O que vamos fazer para os jogadores se sentirem bem no estágio? “A primeira semana é de regime de livre, de 23 até 28. Os jogadores não estão em hotel, concentrados. Podem estar sozinhos, acompanhados, não tenho nada a ver com isso. Treinos são diários, mas fazem o que quiserem depois disso. É uma primeira semana sem a carga psicológica do estágio. Depois disso, nas outras semanas, o que vamos dar é dias e noites livres. Mas muitas não, para não dançarem muito. Mas podem ir a casa, estar com as famílias. Mas a ideia é que os jogadores possam descomprimir antes de partirmos para França. Isto vai funcionar com rigor, aplicação, concentração, mas também alguma liberdade”, explica Fernando Santos.

Convocar mais do que 23 para estágio, é mau ou bom? “Cheguei a convocar 25 jogadores na Grécia, no Euro. Mas quando tiras dois jogadores, a ambição caí no grupo, treina-se pior. Foi uma experiência nada positiva. No campeonato do mundo, quando só escolhi 23, o estágio correu melhor. E se correu bem, não vou alterar nada. Se pudesse levar mais, levava. Mas não posso.”

Esta é uma seleção mais inexperiente que as anteriores? Fernando Santos responde: “Diz-me que dez jogadores nunca participaram numa fase final. É verdade. Mas alguns já participaram ao nível da formação. Há aqui uma mistura clara da experiência com a irreverência própria da juventude. Portugal tem futuro. E o futuro passa por ter ambição de ganhar.”

Falando do apoio em França, com muitos emigrantes nas bancadas: “Nós vamos ter 11 milhões de pessoas a apoiarmos. E isso é importante para que o nosso sonho se concretize.”

Os adversários no Euro. Primeiro nós, depois eles. “Nós, primeiro, analisámos o que podíamos melhorar na nossa equipa. E depois observámos detalhadamente a Islândia, a Áustria e a Hungria. Sabemos as suas características, como é que jogam e o que podemos explorar nos jogos deles. Mas primeiros temos que pensar onde podemos, nós, melhorar e trabalhar. Quando se aproximar o Europeu e a fase final, vamos trabalhar adversária a adversário, pois têm dinâmicas diferentes. Tudo isso se trabalha nos treinos.”

Até onde é possível chegar em França? “Eu acredito, os jogadores acreditam, que podemos chegar à final e vencer. Portugal não é favorito. Não temos essa presunção. Mas temos a ambição de lutar por esse objetivo. Queríamos chegar em primeiro lugar no apuramento e agora queremos chegar em primeiro no Europeu. Os jogadores, se os ouvirem a falar, também dizem isso. Dizem os que estão convocados e os que não estão. Temos os pés nos chão, sabemos que temos qualidade para defrontar qualquer adversário.”

Laterais ou extremos? “Tendo jogadores com as características do Vieirinha e do Raphael Guerreiro, que são jogadores que atuam mais à frente nos seus campeonatos, são jogadores que em determinados jogos podem jogar mais à frente. A convocatória também teve em conta a polivalência dos jogadores.”

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Sobre a preparação nos estágio antes do Euro: “A questão física é muito importante. O que vamos procurar é, no treino, conseguir treinar as estratégias e fazer a recuperação física dos atletas. Não basta ter a tática bem definida se não tivermos a cabeça e o corpo fresco para poder trabalhar o resto.”

Ainda sobre Tiago, um dos grandes ausentes da convocatória de Portugal, ele que só recentemente voltou à competição no Atlético de Madrid: “Custa muito não levar alguns jogadores. Mas as convocatórias são assim mesmo: não se pode agradar a todos.”

O selecionador, sobre as alternativas ao convocados: “Estes são aqueles que acredito que vão estar no Euro. Mas ainda há jogadores a competir e as lesões acontecem. Esperamos que não. Mas monitorizámos 40 jogadores e temos alternativas até ao Euro.”

Sobre Bernardo Silva, lesionado para três semanas: “Um dos fatores em análise na convocatória foram as lesões. E o Bernardo Silva entrou nesta análise.”

Tiago ausente? “Nós monitorizámos mais de 40 jogadores. Os jogos que fizeram, as lesões que tiveram. Houve vários jogadores que aqui não estão por várias razões.” Quanto à tática, 4-4-2 ou 4-3-3: “Contra a Bulgária e a Bélgica ficou claro que não há um plano A ou B. Temos uma forma de defender e atacar. Vamos ter avançados, mas nenhum fixo. Mas é o próprio jogo que vai difinir como vamos jogar. Estamos mais próximos de um 4-4-2.”

Guarda-redes: Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Olympique Lyonnais) e Eduardo (Dinamo Zagreb).

Defesas: Cédric Soares (Southampton), Vieirinha (Wolfsburgo), Pepe (Real Madrid), Bruno Alves (Fenerbahce), Ricardo Carvalho (AS Monaco), José Fonte (Southampton), Eliseu (Benfica) e Raphaël Guerreiro (Lorient).

Médios: William Carvalho (Sporting), Danilo Pereira (FC Porto), João Moutinho (AS Monaco), Adrien Silva (Sporting), João Mário (Sporting), André Gomes (Valência) e Renato Sanches (Benfica).

Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Nani (Fenerbahce), Ricardo Quaresma (Besiktas), Rafa Silva (Sporting de Braga) e Éder (Lille).

Fernando Santos sobre Renato Sanches: “Quero deixar uma palavra de gratidão a todos os jogadores que ajudaram na qualificação e não vão estar presentes no Europeu. Quanto ao Renato Sanches, todos os jogadores que aqui estão foram escolhidos depois de muita ponderação. São vinte e três. Não vou aqui destacar nenhum jogador individualmente. Temos que pensar que estes são os eleitos.”

Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Nani (Fenerbahce), Ricardo Quaresma (Besiktas), Rafa Silva (Sporting de Braga) e Éder (Lille).

Médios: William Carvalho (Sporting), Danilo Pereira (FC Porto), João Moutinho (AS Monaco), Adrien Silva (Sporting), João Mário (Sporting), André Gomes (Valência) e Renato Sanches (Benfica).

Defesas: Cédric Soares (Southampton), Vieirinha (Wolfsburgo), Pepe (Real Madrid), Bruno Alves (Fenerbahce), Ricardo Carvalho (AS Monaco), José Fonte (Southampton), Eliseu (Benfica) e Raphaël Guerreiro (Lorient).

Guarda-redes: Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Olympique Lyonnais) e Eduardo (Dinamo Zagreb).