A Força Aérea Portuguesa (FAP) intercetou na segunda-feira duas aeronaves russas que se aproximavam do espaço aéreo da NATO e escoltou-as de volta à fronteira dos estados bálticos, divulgou hoje este ramo das Forças Armadas.

Uma dupla de F-16M portugueses, que se encontram na Base Aérea de Siauliai, no âmbito da missão da NATO na Lituânia, intercetaram e identificaram as aeronaves, provenientes da Federação Russa, destacou a FAP na nota.

“Estas foram acompanhadas pelos caças lusos até à fronteira dos estados bálticos”, frisou.

O alerta foi dado ao início da tarde de segunda-feira pelo Centro de Operações Aéreas Combinadas de Uedem, quando duas aeronaves não identificadas se encontravam a sobrevoar águas internacionais em aproximação ao Espaço Aéreo NATO sem plano de voo, explicou a FAP.

“A missão foi concluída com sucesso demonstrando assim o elevado estado de prontidão e proficiência do destacamento português”, realçou ainda.

A missão portuguesa da NATO na Lituânia conta com quatro F-16M e um contingente de até 95 militares da Força Aérea.

Foto: Força Aérea Portuguesa

As forças russas atacaram hoje, pelas 15h00 locais (13h00 em Lisboa) infraestruturas civis na comunidade de Yampil, região de Sumy, causando danos em edifícios privados de duas empresas e num carro. Um empresário de 29 anos ficou ferido na sequência do ataque aéreo, avança a Pravda.

A Letónia aprovou hoje a entrega do primeiro lote de drones à aliança que lidera em conjunto com o Reino Unido para apoiar a Ucrânia. A notícia foi avançada pela Pravda, que cita Delfi.

O ministro da Defesa da Letónia, Andris Spruds, referiu que se trata da primeira grande contribuição do país para a aliança, através da qual vários países da NATO pretendem fazer chegar à Ucrânia um milhão de drones.

Apesar de a Letónia já ter feito envios de drones através de doações públicas, a decisão de hoje marca a entrega do primeiro grande lote à Ucrânia.

O Conselho Superior de Defesa Nacional analisou esta terça-feira as situações no Médio Oriente e na Ucrânia, em reunião extraordinária, segundo uma nota divulgada pela Presidência da República.

O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu-se hoje, em sessão extraordinária, sob a presidência do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, “para efetuar um ponto de situação relativo ao Médio Oriente e à Ucrânia”, lê-se na nota, de apenas um parágrafo, na qual nada mais se adianta.

Esta reunião extraordinária foi convocada pelo Presidente da República no domingo, no contexto da subida de tensão entre Israel e Irão.

“Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o Presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18:00, no Palácio de Belém”, divulgou a Presidência da República no domingo.

Presidido pelo Presidente da República, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

A reunião de hoje deste órgão foi a 36.ª convocada pelo Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, e a primeira com a participação dos novos governantes do executivo PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro.

O XXIV Governo, que tomou posse em 2 de abril, tem Paulo Rangel como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e Nuno Melo como ministro da Defesa Nacional.

As tropas russas terão destruído uma falsa ambulância ucraniana que transportava militares, armamento e um grupo de operadores de drones na margem do rio Dniper, na região de Kherson, anunciou o governador regional na rede social Telegram.

Vladimir Saldo referiu que as ambulâncias são muitas vezes utilizadas por forças ucranianas e que os militares estariam a usar roupas de civis, “disfarçados de civis”, salientando que ambos os factos se tratam de crimes de guerra por parte de Kiev.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que Pediu ao Presidente, Xi Jinping, Para Pressionar a Rússia a acabar com a guerra. Olaf Scholz terá dito, citado Pelo Kyiv Independent, que “as Palavras da China têm Peso na Rússia”.

O chanceler alemão encontrou-se com Xi Jinping durante uma visita de três dias à China e referiu que Pediu ao Presidente da China Para “pressionar Para ter a certeza de que Putin finalmente abandona a sua campanha insana, retira as suas tropas e acaba com esta terrível guerra”.

Nazar Voloshyn, porta-voz do Grupo de Forças Estratégicas Operacionais em Khortytsia, disse que, se a Rússia conseguir conquistar a cidade de Chasiv Yar, terá mais facilidade em capturar outras cidades da região de Donetsk.

O militar referiu ao Politico que, se a Rússia conseguir capturar a cidade, terá a oportunidade para lançar uma ofensiva em outras cidades da região, que são a última fortificação ucraniana em Donetsk.

Voloshyn referiu ainda que o Kremlin pretende capturar Chasiv Yar até 9 de maio, dia em que a Rússia celebra a vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, afirmando que a propaganda do país precisa “desesperadamente de uma vitória”.

O Conselho Supremo de Defesa Nacional da Roménia emitiu um relatório no qual refere que havia espiões russos entre refugiados ucranianos que chegaram ao país. A notícia foi avançada pela Pravda.

A missão dos espiões passava por reunir informação para defesa e segurança, havendo também a tentativa de obter informações sobre exercícios militares na Roménia e sobre o apoio do país à Ucrânia.

O relatório dá ainda conta de táticas de desinformação que tinham como alvo o exército romeno.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a China pode acelerar a paz com a Rússia, desempenhando um “papel ativo” na conferência internacional sobre o fim do conflito prevista para decorrer na Suíça em junho.

“Estou convencido de que a primeira cimeira mundial de paz na Suíça pode abrir caminho para uma paz justa para a Ucrânia. O papel ativo da China pode certamente acelerar o nosso progresso neste caminho”, escreveu Zelensky na rede X, após o chanceler alemão, Olaf Scholz, se ter avistado com o Presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, e ter dado conta do apoio dos dois líderes à iniciativa a realizar-se em junho.

A Suíça vai realizar uma conferência internacional de alto nível sobre a paz na Ucrânia em 15 e 16 de junho, mas a Rússia não tenciona participar, segundo o Governo suíço.

O chanceler alemão disse hoje em Pequim que pediu ao Presidente chinês que pressionasse Moscovo para parar a sua “campanha sem sentido” na Ucrânia, ao mesmo tempo que afirmava que os dois líderes apoiam a conferência de paz na Suíça.

A França anunciou que os representantes da Rússia estão convidados para a celebração de 80 anos do desembarque dos Aliados na Normandia, mas um comunicado da organização excluiu Putin do convite devido “às circunstâncias” (guerra na Ucrânia). A notícia foi avançada pelo Le Figaro.

O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse apenas, em conferência de imprensa, citado pela Pravda: “Ninguém nos informou oficialmente. Mas não tenham problemas nesse aspeto, o feriado principal é o Dia da Vitória em Moscovo, no dia 9 de maio.”

A organização das celebrações explicou que apesar de não convidar Putin, que tem um mandato de captura do Tribunal Penal Internacional, convida a Rússia a ser representada “dado o seu papel e os seus sacrifícios para com o povo soviético, assim como a sua contribuição para a vitória em 1945”.

A assembleia parlamentar do Conselho da Europa (APCE) aprovou por unanimidade uma resolução para que os ativos congelados da Rússia sejam mobilizados para um fundo para a reconstrução da Ucrânia. A informação foi divulgada através do serviço de notícias da APCE na rede social X. O texto da resolução será publicado em breve, lê-se o comunicado.

The @CoE Parliamentary Assembly *unanimously* adopts a resolution calling for frozen Russian state assets to be transferred to a new fund to reconstruct Ukraine.

More details and text of the resolution coming soon… #StandWithUkraine ???????? pic.twitter.com/1O9DjFeSvW

— PACE (@PACE_News) April 16, 2024

O comissário ucraniano para os direitos humanos anunciou esta terça-feira que cerca de 37.000 civis e soldados estão desaparecidos desde o início da invasão russa, há dois anos, número incompleto devido à ocupação de cerca de 20% do território.

“Quase 37.000 pessoas estão desaparecidas: crianças, civis e soldados”, publicou no Facebook o comissário ucraniano Dmytro Loubinets.

Apesar da nova contagem, sublinhou, “estes números podem ser muito mais elevados”, uma vez que a recolha de informação ainda está a decorrer.

Desde o início da invasão russa, em de fevereiro de 2022, morreram dezenas de milhares de pessoas, entre civis e soldados, mas não existe um número global fiável.

Os procedimentos para identificar os mortos ou desaparecidos podem demorar meses.

Os agricultores polacos levantaram esta terça-feira o bloqueio da passagem fronteiriça de Uhryniv-Dolhobychuv, acabando com o protesto.

“De acordo com informações recebidas pela Guarda de Fronteira da República da Polónia, em 16 de abril, às 13h50, horário de Kiev, os participantes da ação no território da Polónia pararam de bloquear o movimento de veículos de carga em frente ao posto de controle Uhryniv-Dolhobychuv”, partilhou Andrii Demchenko, porta-voz do Serviço Estatal de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, ao Pravda.

O professor António José Telo diz que a China tem tratado a Rússia como um filho adotivo adolescente, desde o início da guerra na Ucrânia. Defende também que os EUA querem coligação para conter Irão.

Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

“Rússia quer atrair China para nova Guerra Fria”

O general Hennadii Shapovalov foi esta terça-feira anunciado como novo comandante das forças do comando de operações do sul da Ucrânia, relata o Kyiv Independent.

Segundo a Bloomberg, a Rusal, maior produtor de alumínio russo, pode perder quase 40% das suas vendas devido às sanções impostas pelo Ocidente.

No total, a empresa estima que as sanções podem afetar 1,5 milhões de toneladas métricas de vendas anuais. A Rusal pode ser obrigada a reduzir a produção e, de acordo com a mesma fonte, a situação atual pode ser idêntica à de 2008, altura em que se registou uma crise financeira internacional.

O ministério da Defesa da Ucrânia revelou hoje que cerca de 300 ucranianos foram mortos e 667 ficaram feridos por minas e explosivos que as tropas russas espalharam por grande parte do país.

De acordo com dados partilhados pelo chefe do Departamento de Ação contra as Minas e Segurança Ambiental, Ruslan Berehulia, as autoridades ucranianas confirmaram cerca de 660 incidentes envolvendo engenhos explosivos, especialmente durante a fase inicial da invasão, que começou em fevereiro de 2022, segundo a agência noticiosa Ukrinform.

Beregulia afirmou que cerca de 15% dos cidadãos ucranianos vivem a sua vida quotidiana em condições de perigo devido a objetos explosivos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, promulgou hoje uma lei para mobilizar mais tropas face à invasão russa, um texto polémico porque não prevê um período de desmobilização para os soldados.

De acordo com uma nota publicada na página na Internet da Rada, o parlamento ucraniano, o texto foi hoje apresentado ao Presidente, que o assinou.

A Ucrânia, que enfrenta uma escassez de soldados voluntários, estava a trabalhar neste texto há vários meses, que foram repletos de controvérsia após mais de dois anos de guerra contra a Rússia, que já fez dezenas de milhares de mortos.