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Netanyahu diz que Israel não pretende ocupar e governar Gaza

O Crescente Vermelho palestiniano avisa que o Hospital Al-Quds, na cidade de Gaza, pode ficar inoperacional nas próximas 24 horas por falta de combustível para alimentar o gerador daquela unidade hospitalar.

A falta de combustível vai conduzir “ao colapso de todos os serviços hospitalares”, disse, à Al Jazeera, Abu Msbeh, diretor dos centros de emergência de Gaza.

Em causa está o funcionamento de valências hospitalares vitais, como equipamento de ressuscitação, incubadoras e a unidade de cuidados intensivos.

Desde o dia 7 de outubro que o nome de Oren Goldin, de 33 anos, constava na lista de desaparecidos na sequência do ataque em larga escala perpetrado pelo Hamas contra vários kibbutzs e cidades israelitas próximos da Faixa de Gaza.

Esta quinta-feira, a família de Goldin foi informada de que este homem, casado e pai de gémeos com dois anos, foi morto durante os ataques, escreve o Times of Israel. Oren vivia com a família no kibbutz Nir Yitzhak, junto à parte sul da Faixa de Gaza, e que foi das primeiras comunidades a serem atacadas.

O vice-secretário norte-americano do Tesouro disse que Washington e os seus aliados vão impor mais sanções para bloquear o financiamento do Hamas, escreve a Reuters.

Segundo Wally Adeyemo, essas sanções deverão começar a ser aplicados nos próximas dias ou semanas. “Vamos analisar as ações tomados pelos nossos aliados e parceiros. Algumas delas vão ser anunciadas publicamente”, disse o responsável.

Os EUA e os seus aliados preparam-se para, por exemplo, encerrar instituições de caridade que podem estar a facilitar pagamentos dirigidos ao Hamas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) atingiram várias posições do Hezbollah no sul do Líbano, em resposta aos ataques, com recurso a mísseis e rockets, dirigidos ao norte de Israel pelo grupo pró-iraniano.

AS IDF atingiram, com recurso a artilharia, vários complexos do grupo — que Telavive considera uma organização terrorista — bem como postos de observação e “ativos tecnológicos”.

צה"ל ממשיך להשמיד תשתיות טרור ואמצעים של ארגון הטרור חיזבאללה

מטוסי קרב תקפו לפני זמן קצר תשתיות טרור של ארגון הטרור חיזבאללה בשטח לבנון, בתגובה לשיגורים לעבר שטח ישראל ביממה האחרונה. בנוסף, כוחות צה"ל תקפו בירי ארטילרי ובאמצעי הלחימה "עוקץ פלדה" >> pic.twitter.com/MxZxQBlpbi

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) November 9, 2023

As IDF avançaram ainda que o Hezbollah disparou um míssil antitanque para uma zona próxima do kibbutz de Adamit, que fica praticamente encostado à fronteira libanesa.

O Departamento de Estado dos EUA diz que Washington não encontrou, até agora, evidências de crimes de guerra cometidos pelas forças israelitas na sua ofensiva na Faixa de Gaza contra o Hamas. A informação está a ser avançada pelo Times of Israel.

Quando confrontado com as alegações da ONU, que defende que Telavive tem vindo a cometer crimes de guerra em Gaza, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, adiantou que os EUA não têm evidências dessa situação e avisou: “Não vou entrar nos detalhes desses processos”.

O exército israelita esclareceu hoje que aceitou fazer “pausas táticas locais” diárias no norte da Faixa de Gaza, destinadas a ajuda humanitária, insistindo que não haverá cessar-fogo nos combates, que duram há 34 dias.

“Não haverá cessar-fogo”, mas “pausas táticas locais para a ajuda humanitária, limitadas no tempo e na área, quatro horas” por dia, disse o porta-voz do exército israelita, Richard Hetch, numa conferência de imprensa, depois de os EUA terem anunciado que Israel tinha concordado em permitir “pausas humanitárias” diárias no norte de Gaza, para que os civis possam sair para o sul.

Esses corredores foram criados nos últimos dias para permitir a saída dos habitantes de Gaza da zona norte e da cidade de Gaza para o sul do enclave, enquanto prosseguem os combates entre as milícias do grupo islamita Hamas e as tropas israelitas, bem como os fortes bombardeamentos.

Quase 700 pessoas com passaporte estrangeiro e dependentes saíram de Gaza pela passagem de Rafah para o Egito, disse a Reuters, citado pelo The Guardian.

As evacuações foram hoje retomadas, destinadas aos palestinianos feridos, que necessitavam de assistência médica, tendo saído também 12 médicos e 10 acompanhantes, e para titulares de passaporte estrangeiro.

Além disso, entraram em Gaza cerca de 100 camiões humanitários, com alimentos, água e medicamentos.

A ONU denunciou hoje que há cerca de 50 mil mulheres grávidas em Gaza, sendo estimado que 5.500 deem à luz nas próximas semanas.

Estas declarações surgem como um apelo para a situação atual nos hospitais de Gaza, que, além de estarem sobrelotados, estão com escassez de combustível.

“Se há 180 mulheres a dar à luz todos os dias nestas condições, a comida, a água, os medicamentos, o acesso às cesarianas e aos cuidados com os recém-nascidos dependem do combustível”, afirmou a Dra. Natalia Kanem, diretora executiva da agência, citado pelo Al Jazeera.

Os rebeldes Houthis do Iémen afirmam ter atacado, com um “lote de mísseis balísticos”, “vários alvos sensíveis no sul de Israel”, nomeadamente a cidade de Eliat, noticia o Times of Israel.

Na rede social X, antigo Twitter, o porta-voz do grupo, Yahya Saree, disse que os “mísseis atingiram os objetos com êxito, causando baixas diretas nos alvos designados, apesar do secretismo do inimigo”.

We fired a batch of ballistic missiles at various and sensitive targets of the zionist enemy entity south of the occupied territories. Some of these targets were military objects in (Eilat). By God's grace, the missiles achieved their goals successfully,

— Yahya Sare'e (@Yahya_Saree) November 9, 2023

As nossas forças continuam a levar a cabo as suas operações militares em solidariedade com a opressão da nação palestiniana e até que cesse a agressão israelita contra os nossos irmãos em Gaza”, rematou.

No início do dia, Israel comunicou o ataque na cidade de Eliat, no sul do país, tendo dito mais tarde que abateu um míssil sobre o Mar Vermelho. No entanto, não disse a origem deste.

Subiu para 18 o número de mortos após o ataque israelita à cidade de Jenin e ao seu campo de refugiados, na Cisjordânia.

A atualização foi dada pelo Ministério da Saúde palestiniano, citado pelo The Guardian, que disse que quatro desses foram mortos pelas forças israelitas em incidentes paralelos ao ataque.

O movimento xiita libanês Hezbollah garantiu que atingiu dois tanques israelitas durante um ataque com mísseis contra uma posição militar, causando “mortos e feridos” entre os seus ocupantes.

O grupo armado libanês reivindicou, em comunicado, a autoria do lançamento de mísseis contra o posto de Metula, no norte de Israel. O ataque atingiu tanques do tipo Merkava e causou um número indeterminado de vítimas, assegurou.

Os seus combatentes também dispararam projéteis contra uma força de infantaria israelita estacionada “na aldeia libanesa ocupada de Tarbikha”, segundo outra nota de imprensa do grupo, que justificou as duas ações como “apoio ao povo palestiniano na Faixa de Gaza”.

Por sua vez, o Exército israelita confirmou uma série de tiros de morteiro do Líbano contra o seu território, e que uma posição militar em Metula foi atacada com mísseis antitanque e armas ligeiras.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, garantiu, esta quinta-feira, que “não haverá cessar-fogo sem o regresso dos reféns”. As declarações de Herzog foram feitas durante um encontro, em Telavive, com os familiares das pessoas mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza.

“Estamos a lidar com um inimigo cruel, que não conhece Deus”, disse o presidente israelita. Isaac Herzog garantiu aos familiares dos reféns que Israel “está a fazer tudo o que está em seu poder e não perde nenhuma oportunidade de chegar ao momento em que os reféns vão ser voltar para casa”.

O ministro da Saúde palestiniano afirmou, à AlJazeera, que o banco de sangue da cidade de Gaza não se encontra a funcionar, depois de ter sido atingido por um ataque aéreo israelita.

O enviada da ONU para a situação humanitária em Gaza, David Satterfield, reiterou esta quinta-feira que os palestinianos que fugiram para a parte sul da Faixa de Gaza vão poder regressar à parte norte do território.

“Aqueles que agora se encontram no sul, devem ter a capacidade de regressar ao norte, quando for seguro fazê-lo. No entanto, a própria imprensa israelita reconhece que muitos dos edifícios no norte de Gaza foram destruídos pelos combates”, disse David Satterfield.

Dois oficiais, um israelita e um norte-americano, disseram ao jornal Times of Israel que Israel vai expandir as pausas humanitárias no norte da Faixa de Gaza.

Esta terça-feira, o porta-voz do Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca anunciou que Israel tinha concordado em implementar quatro horas diárias de pausa humanitária na parte norte da Faixa de Gaza, para que os palestinianos — que ainda não se deslocaram para o sul do território — o possam fazer.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou hoje estar “chocado” com os atrasos na retirada para o Egito dos cidadãos russos presos em Gaza, o que, segundo Israel, pode demorar até duas semanas.

“Ontem ficámos chocados quando ouvimos uma declaração do embaixador israelita em Moscovo, segundo a qual a elaboração das listas russas (para retirada) poderia demorar até duas semanas”, afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em conferência de imprensa.

“É uma lógica inaceitável”, denunciou, assegurando que, do lado russo, “está tudo pronto” para evacuação através da passagem de Rafah, sob controlo egípcio.

“Não conseguimos compreender porque é que este processo não foi desencadeado, apesar das nossas ações operacionais e do nosso cumprimento de todos os pedidos e condições estabelecidos nas medidas de segurança”, acrescentou.

O embaixador de Israel em Moscovo, Alexander Ben Zvi, disse à agência de notícias russa TASS que o Egito decidiu permitir a passagem de apenas 600 pessoas por dia pela passagem de Rafah.

“Se apenas 600 pessoas por dia forem autorizadas a passar, poderá demorar duas semanas” para retirar os cidadãos russos, disse Ben Zvi, acrescentando que um total de 7.000 pessoas estão à espera para saírem da Faixa de Gaza.

Zakharova disse ainda que “muitas crianças” estavam à espera de ser retiradas, acrescentando que cerca de “300 menores russos” estavam nesta situação.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) vão aprofundar as operações terrestres na cidade de Gaza, disse, aos jornalistas, o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.

“Alcançaremos cada vez fortalezas do Hamas”, garantiu Hagari.