Momentos-chave
- Chefe da diplomacia europeia pede pressão sobre Israel para aprovar cessar-fogo nas próximas horas
- Ataques israelitas no norte da Faixa de Gaza fazem 11 mortos
- Autarcas do norte de Israel descontentes com acordo de cessar-fogo garantem que populações não querem regressar
- Com cessar-fogo iminente no Líbano, EUA esperam que acordo seja catalisador de paz em Gaza
Atualizações em direto
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Chefe da diplomacia europeia pede pressão sobre Israel para aprovar cessar-fogo nas próximas horas
O Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, pressionou esta terça-feira Israel a aprovar de imediato o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah.
Falando aos jornalistas numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o chefe da diplomacia europeia sublinhou que “todas as noites Beirute está sob fortes bombardeamentos” e que é necessário avançar rapidamente para o cessar-fogo.
“Vamos colocar pressão em Israel de forma a aprovar a proposta hoje. Vamos começar a pensar na paz”, disse Borrell, afirmando que não há qualquer desculpa para que Israel não aprove hoje o acordo.
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Ataques israelitas no norte da Faixa de Gaza fazem 11 mortos
Enquanto as atenções se voltam para o norte de Israel e para a possibilidade de um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, na Faixa de Gaza continuam os bombardeamentos israelitas.
De acordo com a Al Jazeera, três bombardeamentos israelitas ocorridos durante esta noite mataram pelo menos 11 pessoas no norte da Faixa de Gaza.
A mesma fonte dá conta de que os ataques ocorreram em az-Zarqa (seis mortes, incluindo mulheres e crianças), no campo de refugiados de Shati, na Cidade de Gaza (três mortos e vários feridos), e em Zeitoun (dois mortos).
Ao mesmo tempo, em Beit Lahiya, no norte de Gaza, continua a haver fortes combates entre militares israelitas e militantes palestinianos.
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Autarcas do norte de Israel descontentes com acordo de cessar-fogo garantem que populações não querem regressar
As populações do norte de Israel estão apreensivas com o acordo de cessar-fogo que se perspetiva para esta terça-feira e alguns dos responsáveis políticos da região já se manifestaram frontalmente contra um acordo que classificam de “vergonhoso”.
Em declarações à imprensa israelita, o presidente da câmara da cidade de Metula, David Azoulay, pede ao governo israelita que “não ceda ao terrorismo” e “não faça este acordo vergonhoso”, um “triste acordo” que significa a “rendição do governo israelita ao Hezbollah, um braço do Irão”.
“A ameaça ainda não foi removida. Não vamos aceitar um regresso à realidade do 7 de outubro no norte”, acrescentou, destacando que 70% das casas da cidade sofreram danos e que os habitantes de Metula não deverão querer regressar à cidade.
De acordo com declarações citadas pelo The Times of Israel, Azoulay estima em dois anos o tempo necessário para a reconstrução da cidade. “Enquanto não houver uma verdadeira segurança aqui, não apenas um ‘sentimento de segurança’, faremos tudo para não regressar.”
No mesmo sentido, o responsável pela comunidade de Margaliot, Eitan Davidi, disse à imprensa israelita que o acordo peca por “depender do Líbano” para garantir a segurança de Israel. Para Davidi, o principal problema é o acordo não prever a criação de uma zona-tampão controlada pelas forças israelitas.
“Os residentes do norte não deixaram as suas casas durante mais de um ano para agora voltarem e terem o Hezbollah como vizinho”, diz o responsável, referindo-se à evacuação em massa da faixa norte de Israel levada a cabo pelo governo israelita durante os combates contra o Hezbollah.
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Afinal, terá Biden dicas quanto ao futuro dos conflitos com Trump na Casa Branca?
Bruno Cardoso Reis explica que, com a administração de Biden a chegar ao fim, os passos dos EUA nos próximos 4 anos são surpresa. Já o desequilíbrio na Europa não é “total responsabilidade” de Trump.
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Com cessar-fogo iminente no Líbano, EUA esperam que acordo seja catalisador de paz em Gaza
O governo israelita deverá aprovar esta terça-feira o acordo de cessar-fogo com o grupo xiita Hezbollah, suspendendo durante 60 dias as hostilidades na região fronteiriça entre Israel e o Líbano.
De acordo com o que já é conhecido do acordo, as forças israelitas vão retirar-se por completo do sul do Líbano e as forças do Hezbollah vão retirar-se por completo para norte do rio Litani, que fica cerca de 25 quilómetros a norte da fronteira com Israel.
Na região fronteiriça, a segurança será assegurada pelo exército libanês e pelas forças de manutenção da paz da ONU. Estes primeiros 60 dias serão de transição para um novo equilíbrio de forças.
Os Estados Unidos olham com esperança para este acordo e apontam para a possibilidade de o mesmo acontecer com o Hamas na Faixa de Gaza.
De acordo com o The Times of Israel, o enviado a Casa Branca para o Médio Oriente, Brett McGurk, viaja até à Arábia Saudita esta terça-feira para discussões centradas no acordo do Líbano como “catalisador” de um outro cessar-fogo em Gaza.
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Bom dia.
O Observador continua esta terça-feira a acompanhar os desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente, com os olhos postos na expectativa de um acordo de cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.
O liveblog de segunda-feira fica arquivado aqui.
Mandados de captura? Irão preferia “penas de morte” para Netanyahu e ex-ministro Yoav Gallant