A Força Aérea israelita levou a cabo três bombardeamentos no sul do Líbano, de acordo com a Al Jazeera. A região afetada foi Zawtar, que fica perto da “linha” que limita a presença militar do Hezbollah no país, segundo a resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As autoridades libanesas ainda não avançaram dados que permitam aferir o número de vítimas e os danos resultantes destes ataques.

Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje ter encontrado provas suficientes para concluir que Israel cometeu e continua a cometer genocídio contra os palestinianos na Faixa de Gaza e condenou os ataques do Hamas, em outubro de 2023.

Numa investigação que levou ao relatório “Sente-se Como Se Fosse Sub-Humano: O Genocídio de Israel contra os Palestinianos em Gaza”, a AI documenta como, durante a ofensiva militar após os ataques do movimento islamita palestiniano em território israelita, “Israel desencadeou o inferno e a destruição contra os palestinianos de forma descarada, contínua e total impunidade”.

Segundo Agnès Callamard, secretária-geral da organização de defesa e promoção dos direitos humanos, “Israel tem tratado os palestinianos em Gaza como um grupo sub-humano indigno dos direitos humanos e de dignidade, demonstrando a sua intenção de os destruir fisicamente”.

Steve Witkoff, o futuro enviado especial de Donald Trump para o Médio Oriente, encontrou-se com os primeiros-ministros de Israel e do Qatar, à procura de impulsionar as discussções diplomáticas para se alcançar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. De acordo com a Reuters, estes encontros foram em separado e ocorreram no final do mês de novembro.

O chefe do governo qatari, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, citado pelo Times of Israel, confirma que o Presidente eleito dos EUA está à procura de uma troca de reféns antes de tomar posse a 20 de janeiro. “Esperamos conseguir ultrapassar a situação antes de o Presidente chegar à Casa Branca, porque temos a prioridade de equilibrar a situação em Gaza e restaurar a segurança na região”, afirma Al Thani.

As fontes citadas pela Reuters adiantam que existem planos para uma nova ronda de negociações “indiretas” entre Israel e o Hamas em Doha, mas que a data ainda não está marcada.

De acordo com um novo decreto aprovado no Knesset (parlamento israelita), será garantida imunidade a qualquer pessoa que transmita “informação confidencial” ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, informa a imprensa israelita.

O porta-voz das IDF, Daniel Hagari, acredita que esta medida é “um perigo para a segurança nacional”. No entanto, esta posição foi rapidamente contrariada tanto pelo chefe das IDF, como pelo ministro da Defesa de Israel.

Israel Katz diz que a opinião de Hagari é “um desvio total da autoridade” e afirma que irá “trabalhar para instaurar um processo disciplinar o mais rapidamente possível”, cita o Haaretz. O chefe das IDF, por sua vez, concorda com as declarações do ministro, reiterando o apoio das Forças de Defesa israelitas pela medida adotada pelo governo.

Posteriormente, na rede social X, Hagari admite ter se “expressado de uma forma que ultrapassou” a sua autoridade, e que, por isso, sofreu uma reprimenda de Herzi Halevi.

בהצהרה שלי הערב בתשובה לשאלה התבטאתי באופן שחרג מסמכותי כדובר צה״ל, ועל כך נזף בי הרמטכ״ל.

מדינת ישראל היא מדינה דמוקרטית וצה״ל כפוף לדרג המדיני. במאות ההצהרות והשאלות שעניתי עליהן מאז ה-7 באוקטובר אני שומר על ממלכתיות.

צה״ל מעביר את עמדתו לגורמים הרלוונטיים בענייני חקיקה…

— דובר צה״ל דניאל הגרי – Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) December 4, 2024

Antony Blinken acusa o Hamas de impedir um acordo para a troca de reféns com Israel, com a esperança de conseguir “alargar a guerra” e envolver o Hezbollah, o Irão e todos os grupos apoiados por Teerão.

O chefe da diplomacia norte-americana, em entrevista à Reuters, refere os esforços diplomáticos feitos para atenuar o conflito entre Israel e o Irão, impedindo desta forma que “a cavalaria não chegasse para salvar” o Hamas.

Blinken admite ver “progresso” no desenvolvimento do plano para o “dia a seguir” à guerra em Gaza, que considera essencial para garantir que a troca de reféns ocorre sem problemas e que o cessar-fogo se mantenha “duradouro”. “É necessário se Israel vai abandonar Gaza totalmente, como acreditamos que deve fazer, para criar um ambiente seguro, aumentar o fluxo de apoio humanitário e permitir a reconstrução em Gaza”, refere.

Apesar do acordo de cessar-fogo proibir explicitamente o Hezbollah de adquirir novo armamento, os serviços secretos dos Estados Unidos da América acreditam que têm havido esforços do grupo xiita para “reabastecer os seus armazéns” e “recrutar combatentes” ao longo das últimas semanas.

A informação é avançada pela Reuters, citando dois agentes norte-americanos, que não têm indicações que permitam avaliar uma redução destes esforços nos últimos sete dias de cessar-fogo.

Acrescentam também que o Hezbollah tem estado a operar com “capacidades limitadas”, tendo já perdido mais de metade do seu armamento durante o conflito com Israel.

“A única forma de reestabelecer a confiança é através de uma investigação profunda e aprendizagem”, afirmou Isaac Herzog, reforçando o pedido para a abertura de um inquérito que “investigue compreensivamente as falhas e o desastre terrível” do 7 de outubro de 2023.

O Presidente de Israel, citado pelo Haaretz, acredita que uma investigação “fiável, intransigente e independente” permitirá “assumir responsabilidades, tirar conclusões e criar confiança entre os cidadãos e o seu país”.

“Numa operação do Shin Bet com a assistência das IDF, o corpo do refém Itay Sabirsky foi trazido da Faixa de Gaza para ser enterrado em Israel”, anunciaram esta tarde as Forças de Defesa de Israel, na rede social X.

De acordo com o comunicado, Itay Sabirsky terá sido raptado pelo Hamas durante os ataques do 7 de outubro no Kibbutz Bari, e morto posteriormente em Gaza, onde o seu corpo foi mantido.

הותר לפרסום כי במבצע של שב״כ בסיוע צה"ל, הובאה מרצועת עזה גופתו של החטוף איתי סבירסקי ז״ל לקבורה בישראל.

איתי, חבר קיבוץ בארי, נחטף על ידי ארגון הטרור חמאס ב-7 באוקטובר 2023, נרצח בשבי החמאס על ידי שוביו וגופתו הוחזקה ברצועת עזה >>

— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 4, 2024

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acredita que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah “está a ser mantido”, e defende que todas as partes envolvidas continuam a desejar o acordo.

Citado pelo jornal israelita Haaretz, Blinken sublinha que o cessar-fogo é “a melhor forma” para garantir que os 70.000 cidadãos israelitas regressam ao norte do país, depois de terem sido forçados a abandonar as suas casas devido aos ataques do Hezbollah na região.

A força aérea israelita reivindicaram um ataque aéreo a uma plataforma de lançamento de rockets do Hezbollah no sul do Líbano, porque “constituía uma ameaça para o Estado de Israel, violando simultaneamente os acordos entre Israel e o Líbano”.

Adicionalmente, referem que as IDF também conseguiram destruir armazéns de munições na mesma região.

כלי-טיס של חיל-האוויר בהכוונת פיקוד הצפון, תקף משגר שזוהה במרחב מג׳דל זון והיווה איום על מדינת ישראל תוך הפרה של ההבנות בין ישראל ללבנון.

כוחות צה״ל השמידו אמצעי לחימה שאותרו במרחבים אלחיאם, א-צוונה ועיתרון שבדרום לבנון.

צה״ל פרוס במרחב דרום לבנון ופועל נגד כל איום המסכן את… pic.twitter.com/LamSq4ZWms

— Israeli Air Force (@IAFsite) December 4, 2024

Benjamin Netanyahu recebeu esta tarde a família do refém israelo-americano Edan Alexander, depois de o Hamas ter publicado um vídeo seu durante o fim-de-semana, detido em Gaza.

O gabinete do primeiro-ministro, segundo o The Times of Israel, avança que Netanyahu garantiu à familia que estava a “trabalhar sem parar para assegurar a libertação dos restantes 101 reféns” no enclave.

Hamas esteve no Egito este domingo para discutir tentativa de novo acordo de cessar fogo

“O único problema que se mantém é o dos reféns. O conflito está praticamente terminado, não existe essencialmente nenhuma atividade militar significativa”, defende Massad Boulous, o conselheiro de Donald Trump para o Médio Oriente, citado pelo jornal israelita Haaretz.

Boulous refere que o Presidente eleito acredita que a libertação dos reféns deve ser imediata e que não deve estar associada ao “dia a seguir” em Gaza, depois da guerra terminar.

Donald Trump nomeou Adam Boehler como enviado especial norte-americano para assuntos relacionados com reféns, tanto em Gaza como em qualquer parte do mundo que envolva a detenção ilegal de cidadãos dos EUA.

De acordo com a publicação na sua rede social Truth, o Presidente eleito relembra que Boehler foi o principal negociador para os Acordos de Abraão — que estabeleceu a normalização das relações entre Israel e os Emirados Árabes UNidos — e realça a sua experiência com “algumas das pessoas mais difíceis do mundo, incluindo os talibãs”.

???? President Trump announces that @aboehler will serve as Special Presidential Envoy for Hostage Affairs! pic.twitter.com/Ih9D0gGLBN

— Trump War Room (@TrumpWarRoom) December 4, 2024

Adam Boehler, em agosto, escreveu uma peça de opinião onde criticou a administração de Joe Biden por “colocar polícia à frente de vidas americanas”, defendendo que as forças militares dos EUA deviam intervir diretamente, no terreno, em Gaza, para recuperar os reféns detidos pelo Hamas.

Segundo o Hamas, Isarel elaborou um plano para uma operação de resgate dos reféns em Gaza e, com esta informação, o grupo palestiniano ameaça “neutralizar” os prisioneiros caso as forças israelitas avancem com esta operação.

A informação é avançada pela Reuters, que teve acesso a um comunicado interno onde o Hamas terá dado a indicação aos seus membros para “não terem em consideração qualquer consequência possível, e que Israel era responsável pelo destino dos reféns”.

O grupo palestiniano não menciona a data planeada para levar a cabo a operação israelita em Gaza.

O ministro da Defesa israelita Israel Katz afirmou que, desta vez, há hipótese de ser lançado um acordo de reféns com o Hamas.

“A intensidade da pressão sobre essa organização monstruosa chamada Hamas está a aumentar e há uma hipótese de que desta vez possamos realmente avançar em um acordo de reféns”, disse o responsável, citado pelo Times of Israel.

“A coisa mais importante hoje na guerra é trazer os reféns para casa. Este é o objetivo supremo que está diante de nós e estamos a trabalhar de todas as maneiras para que isso aconteça”, disse Katz, durante uma visita à base aérea de Tel Nof.

As Forças de Defesa de Israel detiveram cinco israelitas que atravessaram, de forma não autorizada e ilegal, a fronteira com o Líbano, escreve o Times of Israel.

Os detidos, que vivem na cidade de Arad (no sul) foram levados para um posto policial e estão a ser interrogados.

Atravessar a fronteira de forma não autorizada é um crime, punível com uma pena de prisão de até quatro anos.

Uma delegação israelita, liderada pelo diretor do Shin Bet, Ronen Bar, vai ao Cairo esta quinta-feira para discutir um possível cessar-fogo em Gaza, avança o jornal Al-Araby al-Jadeed. Da delegação vai também fazer parte um enviado especial nomeado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Os responsáveis egípcios fizeram um esboço de uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, depois de terem mantido conversas com o Hamas. Essa proposta tem orientações que podem servir de base para um progresso nas negociações — depois de o Hamas ter demonstrado disponibilidade para negociar.

A polícia israelita e o Shin Bet (o serviço de segurança interno) detiveram oito colonos israelitas, por terem atacado propriedade de palestinianos na Cisjordânia e também as próprias forças de segurança, avança o Times of Israel.

“Neste momento, estão a ser realizadas muitas ações de investigação, que incluem a recolha de provas, a recolha de evidências nos locais, bem como o interrogatório dos suspeitos”, refere um comunicado conjunto das duas forças de segurança.

Os incidentes começaram depois de as autoridades israelitas terem desmantelado ontem um colonato ilegal perto da cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia. Nas horas seguintes, os colonos invadiram duas vilas palestianas próximas — Beit Furik e Huwara — onde incendiaram propriedades. Atacaram também forças israelitas, tendo deixado feridos dois polícias da Guarda de Fronteira.