Momentos-chave
- Bombardeamentos em Lutsk e Dnipro nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira
- Endesa não prevê subida de preços da eletricidade em Portugal devido à guerra
- OMS aconselha Ucrânia a destruir agentes patogénicos nos laboratórios de saúde pública para evitar propagação de doenças contagiosas
- EUA anunciam esta sexta-feira novas medidas contra Rússia. Pode haver corte de relações comerciais normais com Moscovo
- Portugal tem 18 mil empregos preparados para refugiados ucranianos, diz Governo
- Congresso dos EUA aprova formalmente pacote de ajuda financeira de 13,6 mil milhões de dólares à Ucrânia
- Presidente lituano saúda “noite histórica” em que processo de integração europeia da Ucrânia começou oficialmente
- A garantia dada pelo Conselho Europeu: “ A Ucrânia pertence à nossa família europeia”
- Conselho Europeu condena invasão russa, promete responsabilização de Moscovo e garante aos ucranianos: “Não os deixaremos sozinhos”
- Ponto de situação
- "Estado terrorista." Zelensky acusa Rússia de violar cessar-fogo nos corredores humanitários de Mariupol e de Volnovakha
- Instituto de Física e Tecnologia de Kharkiv alvo de ataque russo, diz Ucrânia
- EUA dizem que Rússia já cercou "múltiplas cidades" ucranianas
- Governo clarifica que sanções da UE "não incluem perda de nacionalidade"
- Ministério da Defesa russo diz que vai abrir corredores humanitários todos os dias entre a Ucrânia e a Rússia
- Ponto de situação do dia 15
- Rússia alega que ataque a maternidade em Mariupol foi "uma provocação encenada" da Ucrânia
- Antigo chanceler alemão encontra-se com Putin em Moscovo para discutir situação na Ucrânia
- "Não haverá falta de nenhum bem essencial", assegura Costa
- Russos não permitiram a saída de civis de Mariupol, diz vice-primeira-ministra ucraniana
- Portugal não vai retirar para já cidadania a Abramovich, diz fonte do ministério da Justiça
- Ministério da Justiça indica que sanções britânicas a Abramovich não se aplicam em Portugal
- Pelo menos 1.207 mortos em Mariupol, 47 enterrados em vala comum, diz autarquia
- Putin: Governo russo vai "encontrar uma forma legal" de se apoderar dos bens de empresas estrangeiras
- Sanções causaram "alguns problemas e dificuldades" à Rússia, admite Putin
- Cruz Vermelha diz que habitantes de Mariupol estão "a atacar-se por comida"
- Comissão pede aos estados propostas de apoio às empresas e setores afetados pela crise energética
- Rússia planeia mudar a lei para facilitar mobilização de recrutas
- Mercados dos fertilizantes: "Situação está cada vez pior", diz Putin. Rússia travou exportações e isso pode levar a subida de preços
- Ucrânia admite não entrar na NATO se for garantida segurança do país
- ONU regista 549 mortos e 957 feridos entre a população civil
- Goldman Sachs encerra operações na Rússia
- Ucrânia admite não entrar na NATO se for garantida segurança do país
- Pelo menos 71 crianças morreram desde o início da guerra, diz provedor
- Lisboa já recebeu 235 refugiados no centro de acolhimento de emergência
- Chelsea pede ao governo britânico para “operar o mais normal possível”
- China alivia controlos cambiais para acelerar queda do rublo face ao yuan
- Houve "debate intenso" no BCE, "contaminado" pelo tema da "invasão da Ucrânia pela Rússia"
- BCE corta previsões de crescimento económico na zona euro (e sobe as da inflação)
- Ucrânia avalia estragos causados pela guerra em 100 mil milhões de dólares
- "BCE vai fazer aquilo que for necessário para salvaguardar os preços", garante Lagarde, fazendo lembrar Draghi
- UE: Bombardeamento de maternidade foi "hediondo crime de guerra"
- Reino Unido "muito preocupado" com possível uso de armas químicas
- "Foi a surpresa do ano, na política monetária". BCE acelera retirada dos estímulos apesar da guerra
- Juros da dívida dos países da "periferia" do euro disparam com aceleração do fim das compras pandémicas
- BCE faz mercados voltarem a antecipar subida das taxas de juro mais cedo, em setembro de 2022
- Kamala Harris: "A NATO está mais forte, a Rússia mais fraca"
- BCE antecipa fim das compras de dívida regulares para o terceiro trimestre. Euro dá salto e bolsas caem
- BCE não mexe nas taxas de juro e confirma que programa pandémico de compras de dívida termina em março
- Ponto da situação do dia 15
- EUA: Rússia vai pagar "preço elevado" pela invasão da Ucrânia
- Moscovo pede à NATO que deixe de fornecer armas à Ucrânia
- Presidente polaco: "Sabia que este apetite imperial [da Rússia] ia crescer se o mundo não reagisse"
- EUA comprometem-se com 50 milhões de dólares em ajuda humanitária para a Ucrânia
- MNE da Ucrânia: Rússia tem de abandonar centrais nucleares para "evitar desastre na Europa"
- Scholz e Macron exigem cessar-fogo a Putin
- Rússia quer uma "Ucrânia amigável" e garante que nunca quis uma guerra
- Ucrânia pede "corredor" para entrar em Chernobyl
- Bósnia apela à rapidez na adesão à UE
- Vladimir Putin não descarta hipótese de reunião pessoal com Volodymyr Zelensky, diz Sergey Lavrov
- Lavrov diz que maternidade de Mariupol tinha sido tomada por radicais de extrema-direita ucranianos
- MNE russo: "A União Europeia está a agir contra os seus princípios e valores ao fornecer armas letais."
- Mariupol continua sob ataque aéreo. Caravana de ajuda humanitária forçada a voltar para trás
- Zelensky e Scholz discutem adesão da Ucrânia à UE e sanções contra Rússia
- Após reunião, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusa ucranianos de usar civis como "escudos humanos e reféns"
- Ministros da Rússia e Ucrânia não chegaram a acordo sobre cessar-fogo de 24 horas para resolver problemas humanitários urgentes
- Já acabou a reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Rússia
- ONU diz que invasão da Ucrânia já fez mais de dois milhões de refugiados
- Ataque a maternidade em Mariupol fez três mortos — incluindo uma criança
- Dos palcos para a guerra, estrela ucraniana quer mais apoio da NATO enquanto é tempo
- Abramovich, que também é cidadão português, recebe sanções do Reino Unido
- Petrolífera italiana Eni suspende compra de petróleo bruto da Rússia
- As imagens da reunião entre Sergey Lavrov e Dmytro Kulebo
- Já começou a reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia
- Sergey Lavrov também já está na Turquia para negociações com homólogo ucraniano
- Rússia vai abandonar Conselho da Europa — o organismo em que funciona o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
- O poderio militar russo não passa de bluff?
- Coluna militar russa que se dirige a Kiev fez "pouco progresso em mais de uma semana"
- 15.º dia de conflito na Ucrânia: ponto de situação
- Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano já está na Turquia para reunião com homólogo russo
- Já terão morrido entre cinco mil a seis mil soldados russos, dizem EUA
- Duas mulheres e rapaz de 13 anos mortos em Velyka Pysarivka
- Ofensiva a Kiev continua a avançar
- Congresso dos EUA aprova proibição de importação de petróleo, gás natural e carvão russos
- Ucrânia está a preparar transferência massiva de dados para outro país
- Nintendo adia lançamento de videojogo de guerra devido ao conflito na Ucrânia
- Três corredores humanitários na região de Sumy
- EUA. Congresso aprova pacote de 14 mil milhões de dólares para apoiar a Ucrânia
- Encontro entre Kuleba e Lavrov marcado para esta quinta-feira
Histórico de atualizações
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Este liveblog vai ser encerrado, mas o Observador já abriu um novo para continuar a acompanhar os desenvolvimentos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Pode acompanhar aqui.
Ucrânia cria gabinete para o tratamento dos prisioneiros de guerra
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Bombardeamentos em Lutsk e Dnipro nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira
As cidades ucranianas de Lutsk e Dnipro sofreram bombardeamentos por parte sãs forças russas às primeiras horas da manhã desta sexta-feira, de acordo com relatos da imprensa internacional e com informações prestadas pelas autoridades locais.
Last night several Russian strikes hit the city of Lutsk in western #Ukraine pic.twitter.com/fCRYQ6i6gA
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) March 11, 2022
Enquanto na cidade de Lutsk o alvo dos russos foi uma base aérea, em Dnipro o ataque foi mais próximo das regiões habitadas pelos civis. O The Guardian diz que pelo menos uma pessoa morreu durante os bombardeamentos em Dnipro esta manhã, direcionados a uma região próxima de um jardim de infância e de um prédio de habitação. Como resultado dos ataques, um incêndio deflagrou numa fábrica de sapatos.
Video of the strike in Dnipro earlier this morning pic.twitter.com/ypsaiAH5gV
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) March 11, 2022
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Endesa não prevê subida de preços da eletricidade em Portugal devido à guerra
A Endesa Portugal não prevê uma atualização “significativa” das tarifas de eletricidade aos clientes, após o aumento dos preços nos mercados grossistas devido à guerra na Ucrânia, disse o presidente executivo (CEO) da empresa.
“Não temos previsto fazer uma atualização também significativa”, disse Nuno Ribeiro da Silva, responsável da energética espanhola em Portugal, em entrevista à agência Lusa.
No que diz respeito ao mercado regulado, o secretário de Estado da Energia, João Galamba admitiu já que, a haver aumentos nas tarifas, em abril, serão “irrisórios”, devido a uma ‘almofada’ de 150 milhões de euros do Fundo Ambiental, resultado do aumento das receitas de carbono, que vão ser usados para reduzir os custos de acesso à rede que estão incluídos na fatura da eletricidade.
Nuno Ribeiro da Silva realçou que os mais de 500.000 clientes domésticos da Endesa em Portugal não têm sofrido ajustes nas tarifas, porém, “para novos contratos, pode haver situações em que se reflita algum do aumento brutal” dos preços grossistas, cuja subida chegou mesmo a atingir os 800%.
“As empresas energéticas, nomeadamente na geração de eletricidade, quando têm de ir ao mercado pagar o gás natural a 150, ou 160, ou 200 – como já esteve – euros por megawatt-hora, quando em 2020 era 25 euros, não têm outra hipótese senão refletir, pelo menos em parte, esse aumento da matéria-prima a que recorrem para gerar eletricidade”, apontou o CEO da elétrica com a segunda maior quota de mercado em Portugal, a seguir à EDP Comercial.
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OMS aconselha Ucrânia a destruir agentes patogénicos nos laboratórios de saúde pública para evitar propagação de doenças contagiosas
A Organização Mundial da Saúde aconselhou as autoridades ucranianas a destruírem todos os agentes patogénicos de alto risco que tivessem nos seus laboratórios públicos, para evitar qualquer contaminação ou disseminação de doenças contagiosas pela população ucraniana em caso de ataques russos, confirmou a OMS à agência Reuters.
O grande risco são os laboratórios de saúde pública, nos quais é feita investigação sobre vírus e bactérias capazes de causar doenças. O bombardeamento destas Infraestruturas por parte dos russos poderiam resultar em disseminações intencionais ou acidentais de agentes patogénicos, disse a OMS.
“Como parte do seu trabalho, a OMS recomendou fortemente ao Ministério da Saúde da Ucrânia e a outros organismos responsáveis para destruir agentes patogénicos de alto risco para evitar quaisquer potenciais fugas”, confirmou a OMS.
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EUA anunciam esta sexta-feira novas medidas contra Rússia. Pode haver corte de relações comerciais normais com Moscovo
Os Estados Unidos vão anunciar esta sexta-feira novas medidas com vista ao isolamento económico da Rússia em retaliação pela invasão russa da Ucrânia, confirmou a Casa Branca, de acordo com o The Guardian.
Vários meios de comunicação social internacionais, incluindo a Reuters e a Bloomberg, têm avançado que o Presidente norte-americano, Joe Biden, deverá anunciar esta sexta-feira o corte das relações comerciais normais com a Rússia, o que poderá dar lugar à imposição de taxas alfandegárias acrescidas sobre os produtos importados da Rússia.
Uma medida poderá passar justamente pela retirada do estatuto de “relações comerciais normais permanentes” entre EUA e Rússia, uma decisão que tem de passar necessariamente pelo Congresso norte-americano.
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Portugal tem 18 mil empregos preparados para refugiados ucranianos, diz Governo
O Governo português diz que já tem preparados 18 mil empregos para refugiados ucranianos em Portugal. A garantia foi dada pela secretária de Estado da Integração e das Migrações, Cláudia Pereira, na madrugada desta sexta-feira, à chegada de um avião com refugiados ucranianos a Lisboa
A governante assegurou que o Governo vai ajudar na integração desta população no país e explicou que, para já, as autoridades portuguesas estão a agilizar uma série de processos práticos, incluindo a testagem à Covid-19.
O voo, com 131 refugiados ucranianos a bordo, aterrou esta noite em Lisboa depois de ter partido de Varsóvia, na Polónia, numa operação que contou com o apoio do Governo português.
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Congresso dos EUA aprova formalmente pacote de ajuda financeira de 13,6 mil milhões de dólares à Ucrânia
O Congresso norte-americano aprovou formalmente na madrugada desta sexta-feira um pacote de ajuda financeira no valor de 13,6 mil milhões de dólares à Ucrânia.
O pacote de ajuda financeira, incluído numa autorização de gastos mais abrangente, já tinha sido aprovado pela Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) e foi agora aprovado pelo Senado, com uma votação de 68 votos a favor e 31 votos contra — merecendo, por isso, apoio nos dois lados do eixo político dos EUA.
O senador democrata Chuck Schumer, líder da maior bancada do Senado, afirmou que “com perto de 14 mil milhões de dólares em ajuda de emergência, o Congresso vai aprovar mais do dobro do que a administração originalmente pediu”.
E garantiu: “Estamos a manter a nossa promessa de apoiar a Ucrânia, enquanto eles lutam pelas suas vidas contra o maléfico Vladimir Putin.”
#BREAKING US Congress passes budget including $14 billion for Ukraine pic.twitter.com/QHuKyCgym7
— AFP News Agency (@AFP) March 11, 2022
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Presidente lituano saúda “noite histórica” em que processo de integração europeia da Ucrânia começou oficialmente
O Presidente da República da Lituânia, Gitanas Nausėda, classifica a reunião do Conselho Europeu que terminou esta madrugada como uma “noite histórica” em que o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia começou a avançar formalmente.
“Noite histórica em Versalhes”, escreveu no Twitter. “Após cinco horas de discussões acaloradas, os líderes da UE disseram ‘sim’ à eurointegração da Ucrânia. O processo começou. Agora, cabe-nos a nós e aos ucranianos alcançá-la rapidamente. A heróica nação ucraniana merece saber que é bem-vinda na UE.”
Ao pedir à Comissão Europeia que emita um posicionamento formal sobre o pedido formulado pelo governo ucraniano, o Conselho Europeu deu efetivamente início ao longo processo que poderá culminar com a adesão da Ucrânia à UE.
A historic night at Versailles. After five hours of heated discussions EU leaders said yes to Ukrainian eurointegration. The process started. Now it is up to us and Ukrainians to accomplish it fast. Heroic Ukrainian nation deserves to know that they are welcome in EU.
— Gitanas Nausėda (@GitanasNauseda) March 11, 2022
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A garantia dada pelo Conselho Europeu: “ A Ucrânia pertence à nossa família europeia”
O comunicado dos líderes europeus centra-se também na crise humanitária e de refugiados que está a ser originada pela guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia.
“Inúmeras pessoas estão a fugir da guerra na Ucrânia. Oferecemos proteção temporária a todos os refugiados de guerra da Ucrânia. Saudamos os países europeus, especialmente nas fronteiras com a Ucrânia, por mostrarem uma solidariedade imensa ao acolherem os refugiados de guerra ucranianos”, diz a nota publicada esta madrugada.
“A UE e os seus Estados-membros vão continuar a mostrar solidariedade e a fornecer apoio humanitário, médico e financeiro a todos os refugiados e aos países que os acolhem”, dizem os líderes europeus, apelando à disponibilização de fundos “sem demoras” através do recurso aos mecanismos mais flexíveis de mobilização de fundos europeus.
Além disso, o Conselho Europeu exige à Rússia que cumpra “as suas obrigações à luz do direito internacional”, assegurando os corredores humanitários que permitem a chegada da ajuda às vítimas e a saída em segurança dos civis que querem abandonar o território em conflito.
Quanto ao desejo da Ucrânia de aderir à União Europeia, formalizado pelo Presidente Volodymyr Zelensky já durante a guerra, o Conselho Europeu reconhece que o país está a exercer o direito de “escolher o seu próprio destino” e pede à Comissão Europeia que se pronuncie sobre o pedido ucraniano. Entretanto, “e sem demoras, vamos reforçar os nossos laços e aprofundar a nossa parceria para apoiar a Ucrânia a percorrer o seu caminho Europeu”, garante o Conselho Europeu. “A Ucrânia pertence à nossa família europeia.”
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Conselho Europeu condena invasão russa, promete responsabilização de Moscovo e garante aos ucranianos: “Não os deixaremos sozinhos”
O Conselho Europeu publicou esta madrugada uma dura nota de condenação da guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia, na qual apelou à responsabilização do regime de Moscovo pelos “crimes” cometidos em solo ucraniano, garantiu o acolhimento dos refugiados oriundos da Ucrânia e assegurou que os ucranianos pertencem à “família europeia”, motivo pelo qual não serão deixados sozinhos.
“Há duas semanas, a Rússia trouxe a guerra de novo à Europa”, começa por afirmar um comunicado conjunto dos chefes de Estado e Governo dos 27 membros da UE, após uma reunião em Versalhes, França, dedicada à concertação de posições sobre a guerra na Ucrânia. “A agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia é uma violação grosseira do direito internacional e dos princípios da Carta da ONU, e mina a segurança e a estabilidade da Europa e do mundo.”
A invasão, continua a nota, “está a infligir um sofrimento inenarrável sobre a população ucraniana”.
“A Rússia, e a sua cúmplice Bielorrússia, têm responsabilidade total sobre esta guerra de agressão e vão ser responsabilizadas pelos seus crimes, incluindo por visarem indiscriminadamente civis e o objetos civis. Neste aspecto, saudamos a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional de abrir uma investigação”, dizem os líderes europeus, referindo-se à possibilidade de os líderes políticos e militares russos virem a ser condenados por crimes de guerra.
Os líderes europeus pedem ainda que seja garantida a segurança das centrais nucleares ucranianas, que têm sido um alvo primordial das forças russas, e apelam a que a Rússia permita a assistência da Agência Internacional de Energia Atómica.
“Exigimos que a Rússia cesse a sua ação militar e retire todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia imediata e incondicionalmente, e que respeite completamente a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, apelam os líderes europeus.
Na nota, os chefes de Estado e de Governo da UE deixam uma saudação ao “povo da Ucrânia pela sua coragem na defesa do seu país” e pelos “valores partilhados da liberdade e democracia”. E garantem: “Não os vamos deixar sozinhos.”
A UE promete continuar a enviar “apoio político, financeiro, material e humanitário” para a Ucrânia — e compromete-se a ajudar na “reconstrução de uma Ucrânia democrática quando o massacre russo terminar”.
Quanto à pressão económica sobre Rússia e Bielorrússia, os países da UE estão “determinados” a aumentá-la: “Adotámos sanções significativas e estamos preparados para agora rapidamente com mais sanções.”
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Estados Unidos admitem imposição de novas sanções a Moscovo
A secretária do tesouro norte-americana considera que as sanções adotadas “devastaram” a economia russa. Porém, admite a imposição de novas sanções face às atrocidades dos russos contra civis.
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Voo com 91 refugiados ucranianos aterra sexta-feira de madrugada em Lisboa
Numa curta nota, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação assinala que o avião que transporta os 91 refugiados ucranianos aterrará pelas 00h40 no Aeroporto Humberto Delgado.
Voo com 91 refugiados ucranianos aterra sexta-feira de madrugada em Lisboa
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Conselho de Segurança da ONU vai discutir alegações de atividades dos EUA na Ucrânia relacionadas com armas químicas e biológica
O Conselho de Segurança da ONU vai discutir as alegações, feitas pela Rússia, de que os Estados Unidos estão a desenvolver atividades relacionadas com armas químicas e biológicas na Ucrânia.
EUA alertam que Rússia pode estar a preparar-se para “usar armas químicas”
Na quarta-feira, os Estados Unidos acusaram a Rússia de “espalhar intencionalmente” teorias da conspiração e mentiras, e consideraram “absurdas” as alegações em causa.
“Essa desinformação russa é um absurdo total e não é a primeira vez que a Rússia inventa tais falsas alegações contra outro país. Além disso, essas alegações foram desmascaradas de forma conclusiva e repetida ao longo de muitos anos”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, em comunicado.
Os EUA alertaram também que a Rússia pode estar a preparar-se para “usar armas químicas”.
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Ponto de situação
Nas últimas horas, foram vários os acontecimentos a marcar o conflito na Ucrânia. Este é o ponto da situação:
- As forças russas atacaram esta noite o Instituto de Física e Tecnologia de Kharkiv, que tem um “reator experimentar nuclear”, informou o Parlamento ucraniano. A explosão provocou um incêndio num hostel nos arredores. As informações mais recentes referem que o fogo continua ativo.
- A Ucrânia informou a Agência Internacional de Energia Atónica (IAEA), que responde diretamente às Nações Unidas, que perdeu hoje todos os contactos com a central nuclear de Chernobyl. Em comunicado, a IAEA disse ter conhecimento das notícias que dão conta do estabelecimento da energia na central, uma situação que está neste momento a tentar confirmar.
- Depois de terem afirmado que o ataque à maternidade de Mariupol teve como alvo um grupo de extrema direita que teria ocupado o edifício, os russos acusaram a Ucrânia de ter encenado o ataque. Para justificar a narrativa, o Kremlin usou o exemplo de uma influencer, que diz ter sido fotografada usando “maquilhagem realista”.
- A maternidade de Mariupol foi a terceira a ser atingida pelas forças russas desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, informou Jaime Nadal, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). As outras maternidades estavam localizados na zona de Kharkiv.
- O ministro da Saúde ucraniano informou que 60 hospitais ficaram danificados devido a ataques russos. Pelo menos cinco profissionais de saúde morreram devido a “balas terroristas russas”, disse Viktor Liashko. Já o ministro da Educação adiantou que mais de 280 escolas foram danificadas ou destruídas.
- A caravana militar russo continua a avançar, em duas linhas paralelas, em direção à capital, Kiev. De acordo com informações recolhidas pelos Estados Unidos da América, o exército russo avançou cinco quilómetros nas últimas 24 horas, encontrando-se a 40 quilómetros de Kiev.
- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) estima que o conflito tenha provocado até até agora mais de 1.500 vítimas, 957 das quais civis. Os números reais são “consideravelmente superiores”, alertou o organismo. Oleksiy Reznikov, ministro da Defesa da Ucrânia, disse que o exército russo fez mais vítimas entre a população civil do que entre militares.
- O Ministério da Defesa russo anunciou a abertura de corredores humanitários em direção à Rússia, todos os dias, pelas 10h (hora de Moscovo). O chefe da diplomacia norte-americana classificou a proposta como “absurda”.
- A Rússia proibiu a exportação de vários cereais, como trigo e centeio, para os países que integram a União Económica da Eurásia (UEE) até 31 de agosto. O objetivo é assegurar alimentos suficientes para o mercado doméstico.
- As plataforma da Meta, o Facebook e o Instagram, vão permitir temporariamente a publicação de conteúdos violentos contra russos e soldados russos e ameaças de morte tendo como alvo Vladimir Putin, na condição que sejam divulgados no contexto de guerra, noticiou a Reuters, que teve acesso a documentos internos.
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"Estado terrorista." Zelensky acusa Rússia de violar cessar-fogo nos corredores humanitários de Mariupol e de Volnovakha
Volodymyr Zelensky voltou a discursar ao país na noite desta quinta-feira. De acordo com o Presidente ucraniano, cerca de 100 mil pessoas foram retiradas através dos corredores humanitários, mas denunciou que o de Mariupol e o de Volnovakha continuam “completamente bloqueados”.
“Mesmo tendo feito tudo para organizar um corredor humanitário, as tropas russas não pararam de disparar. Apesar disso, decidi enviar camiões para Mariupol com comida, água e medicamentos”, disse o Presidente da Ucrânia, agradecendo aos camionistas, “pessoas corajosas que estiveram prontas para cumprir a sua missão”.
Contudo, as forças russas começaram um “ataque” recorrendo a tanques, “num local em que o corredor deveria ter acontecido”.
Mencionando que as tropas russas destruíram um edifício que acolhia o serviço de emergência de Donetsk, Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de ser um “Estado terrorista” e de levar a cabo ações por “terroristas experientes”.
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Presidência diz que guerra provocou danos de 91 mil milhões euros
Oleg Ustenko admitiu que o sistema financeiro ucraniano está em boa situação, “dadas as circunstâncias atuais”, exemplificando com o facto de o país ter “uma taxa de câmbio mais ou menos estável”.
Presidência diz que guerra provocou danos de 91 mil milhões euros
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A enigmática coluna com 20 mil soldados às portas de Kiev: fraqueza russa ou um ataque iminente?
Milhares de soldados estão quase paralisados junto a Kiev. EUA dizem que só guardam mantimentos, mas a coluna com 64 quilómetros também tem unidades de combate. E parecem estar a dias de atacar.
A enigmática coluna com 20 mil soldados às portas de Kiev: fraqueza russa ou um ataque iminente?
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Bruxelas garante que União Europeia está melhor preparada face a crise migratória de 2015
Em 15 dias de guerra na Ucrânia, a UE já recebeu 2,31 milhões de pessoas forçadas a fugir do país, número que ultrapassa o total de migrantes chegados ao espaço comunitário no conjunto de 2015 e 2016.
Bruxelas garante que União Europeia está melhor preparada face a crise migratória de 2015
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Centenas em Lisboa condenam invasão russa e quem lucra com conflito
Com o tema “Parar a guerra, dar uma oportunidade à paz”, a ação aconteceu noutros pontos do país, com os manifestantes em Lisboa a empunharem bandeiras azuis ou brancas, com uma pomba desenhada.
Centenas em Lisboa condenam invasão russa e quem lucra com conflito
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20 mil pessoas deixaram Kiev nos últimos dois dias, informou o governo ucraniano
Cerca de 20 mil ucranianos deixaram a capital, Kiev, nos últimos dois dias, informou a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk.
Durante o mesmo período, 60 mil pessoas saíram de Sumy, no nordeste do país, e três mil foram retiradas “com dificuldade” de Izyum, perto de Kharkiv, disse a governante.
De acordo com informações veiculadas pelo Ministério do Interior durante a tarde, cerca de 400 mil pessoas foram retiradas de zonas atingidas pelas forças russas.