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  • José Luís Carneiro espera que "unidade" do congresso tenha "seguimento" nas listas para deputados

    José Luís Carneiro já chegou ao Congresso do PS e considera importante que a “unidade que se está a viver no congresso” tenha reflexo nas listas a deputados à Assembleia da República.

    O candidato à liderança do PS que acabou derrotado por Pedro Nuno Santos acredita que “há um bom diálogo em curso” e espera que haja também “abertura” para que as propostas da moção apresentada pela sua equipa “possam contribuir para o futuro programa eleitoral”.

    “É muito importante que a unidade que se está a viver no congresso tenha seguimento na elaboração nas listas de candidatura ao Parlamento”, sublinhou.

    Questionado sobre o futuro, nomeadamente sobre se aceitaria voltar a ser ministro de um governo PS, não quis antecipar qualquer cenário nem “queimar calendário”, mas disse estar “disponível para servir o país, independentemente das funções”.

  • Bom dia.

    O primeiro dia do 24.º Congresso do PS terminou com o discurso de António Costa — que pode ler nas entrelinhas aqui — e segue-se um segundo dia em que Pedro Nuno Santos vai falar pela primeira vez aos congressistas enquanto secretário-geral do PS.

    Este liveblog fica por aqui e pode acompanhar tudo sobre a reunião magna dos socialistas neste link e na Rádio Observador.

    https://observador.pt/liveblogs/pedro-nuno-fala-pela-primeira-vez-ao-congresso-como-lider/

  • Análise: "António Costa assumiu erros de governação"

    Na análise ao discurso, o diretor do Observador, Miguel Pinheiro mostra-se “surpreendido” e Rui Pedro Antunes, editor de Política, considera que Costa “acredita na tese da conspiração”.

    [Ouça aqui a análise de Rui Pedro Antunes e Miguel Pinheiro]

    “António Costa assumiu erros de governação”

  • Pedro Nuno Santos elogia "belíssimo discurso" de António Costa e assegura que antecessor "não se vai embora"

    Pedro Nuno Santos sai do primeiro dia do Congresso do PS emocionado — “Emocionei-me, o PS é um grande partido.” Rodeado de jornalistas à saída da FIL, fez questão de sublinhar que António Costa fez um “belíssimo discurso”, que também o emocionou, deixando claro que o seu antecessor “não se vai embora”.

    Questionado sobre se o primeiro-ministro lhe deixa um legado pesado, garante que não, que Costa lhe deixa “muitos resultados, resultados muito positivos e obviamente com muita coisa para fazer e problemas para resolver”.

    Pedro Nuno Santos realça ainda que, caso venha a ser primeiro-ministro, “o relacionamento com o Presidente da República vai ser ótimo”. “Tenho muito respeito pelo Presidente da República”, aponta, quando confrontado com o facto de Marcelo ter querido a sua demissão de ministro das Infraestruturas: “Queria? nunca me disse, gosto muito do Presidente da República.”

  • António Costa vai agora chamar Pedro Nuno Santos para que se desloquem ao púlpito, de punho no ar, para mais uma imagem do ex-líder e do seu sucessor juntos.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Sala levanta-se para aplaudir mulher de Costa. Ex-líder avisa: "Podem-me ter derrubado, mas não me derrotaram"

    Costa prossegue dizendo que estes não foram os anos de Costa, mas do PS, de uma “grande equipa”. Agradece a todos os seus ex-ministros e ministros a Carlos César, Eduardo Ferro Rodrigues e Augusto Santos Silva, mas também aos seus secretários-gerais adjuntos e líderes parlamentares. E agradece com emoção a Luís Patrão, histórico socialista que morreu no ano passado. A sala levanta-se para aplaudir.

    Faz ainda agradecimentos particulares a Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes por terem dirigido as suas campanhas, a Mariana Vieira da Silva e Maria Manuel Leitão Marques pela “coordenação” das políticas do Governo.

    Diz que não é altura para se emocionar, uma vez que vai a congressos do PS há décadas, mas agradece à mulher, Fernanda Tadeu, que diz que merecia ser militante honorária do PS ou até da JS. A sala levanta-se para aplaudir a mulher de Costa.

    Depois ainda recorda as suas vitórias eleitorais, mas diz que foram do PS e não de António Costa.

    “Podem-me ter derrubado, mas não me derrotaram. Podem ter derrubado o Governo, mas não derrotaram o PS, que está aqui forte e vivo”, dispara, com gritos e aplausos na sala. “Vamos prontos para a luta e preparados para vencer”.

  • Costa agradece apoio e garante: "É possível fazer melhor, mas só o PS fará melhor do que o PS"

    “É possível fazer melhor, mas há uma coisa de que podem estar certos: só o PS fará melhor do que o PS”, atira António Costa, ambicionando uma nova vitória do PS nas próximas eleições.

    “Muito obrigado!” O ainda primeiro-ministro agradece a possibilidade de ter sido secretário-geral do PS, com uma “enorme honra”, e recorda, um por um, todos os que lhe antecederam. Ainda sobre o futuro, garante num pequeno sublinhado que o PS vai “voltar a ser governo nos Açores”.

    E prossegue para agradecer o apoio que lhe foi dado pelo PS “em todos os momentos difíceis”. “Governar não são só coisas boas”, diz, frisando que há “coisas duras” — “Sofre-se”, garante. E Costa frisa ainda que partido lhe deu “sempre” apoio e destaca momentos como aqueles em que “foi difícil conciliar parceiros à esquerda com exigências da UE”, em que foi preciso “lutar para sair do procedimento por défice excessivo”, na pandemia, nos “anos de inflação que invasão da Ucrânia provocou” e “em todos os momentos de grande crise política que tivemos de enfrentar”.

    “Estou certo de que apoio que me deram é o apoio que vão dar a Pedro Nuno Santos”, sublinha.

  • Costa reconhece problemas no SNS, salários e Habitação, mas diz que com a direita seria pior. "É o PS que vai resolver"

    O SNS tem muitos problemas, admite. “Imaginem os problemas que teria se não tivéssemos aumentado em 72% o orçamento do SNS”, atira logo de seguida.

    Mas diz que para reforçar o Estado social também é preciso políticas públicas para a Habitação. Mais uma vez, neste setor, “claro que há problemas”. “Mas é por isso que está cá o PS. É o PS que vai ser resolver os problemas”.

    Lembra o “drama terrível” dos incêndios, mas diz que foi o PS que mudou a política, dando uma prioridade clara à prevenção dos fogos e ao seu combate.

    Nesta passagem em revista pelo seu legado, também recorda a quantidade de jovens que passou a entrar no ensino superior, reconhecendo a “enorme injustiça” dos salários inicialmente pagos em Portugal. Mas volta a atirar à direita: “Ao contrário de outros”, que acusa de motivarem os jovens a emigrar, o PS “luta para que fiquem entre nós”. É pretexto para recordar medidas como o Porta35 ou o IRS Jovem, sempre tentando marcar as diferenças em relação às políticas da direita para as mesmas áreas.

    [Ouça aqui na integra o discurso de António Costa]

    António Costa: “O diabo é a direita”

  • "O diabo não veio por uma razão muito simples, o diabo é a direita", garante Costa

    António Costa continua e para “revelar um segredo”: “o diabo não veio por uma razão muito simples, o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”.

    O ainda primeiro-ministro recorda que as “desigualdades” são “a causa de sempre” do PS e destaca a questão das creches gratuitas e do alargamento da mesma que chegará “se direita não vier para desfazer o que está a ser feito”.

    Enaltece ainda o fim da proibição de casais do mesmo género poderem ter filhos (“podem ser livres no armo e família”) e frisa que ainda esta semana “confirmou, contra veto do Presidente da República, a lei das ordens”.

    Costa prossegue ao ataque à direita: “E continuamos o trabalho de Mário Soares de construção de Estado social. Direita dizia que Segurança Social estava falida e vamos a eleições dizendo que alargámos em 40 anos sustentabilidade”, explica. E sublinha ainda que o PS reduziu para “metade o abandono escolar precoce”. “Não há sucesso se crianças não puderem concluir percurso educativo, se continuarmos no governo abandono vai continuar a reduzir”, garante.

  • Costa faz elogio das contas certas e dispara: "O diabo não veio, não veio e não veio!"

    Costa diz que o PS também não se esquece das “causas antigas”, como a da “liberdade” — daí que tenha votado para alargar a procriação medicamente assistida e aprovar a eutanásia ou a autodeterminação de género. “Hoje no país há mais liberdade”.

    O partido também se bateu por mais democracia, alargando a lei da paridade acabando com os “truques” que os partidos faziam na composição das listas. Também se congratula pelo acordo para a descentralização. “Sabemos que não temos parceiro para a regionalização, temos Presidente que não nos deixava fazer regionalização, mas fizemos até onde pudemos”, defende.

    Depois assegura que o PS sempre foi “o partido da Europa”, tendo defendido a nível europeu uma resposta diferente para a crise provocada pela pandemia. E congratula-se pela política de “contas certas”, uma “mudança conceptual da maior importância”.

    “Não é só termos eliminado cortes e termos hoje dívida menor. É simultaneamente eliminar cortes, aumentar pensões, aumentar salários e investimento público, e ao mesmo tempo diminuir défice e dívida”, atira, ainda em defesa das suas contas certas. “O diabo não veio, não veio, e não veio!”, dispara.

  • Costa: "Criámos nova oportunidade de governação à esquerda e muros nunca voltarão a existir"

    António Costa afirma que o PS pode “inovar, ousar e rasgar novos horizontes” e recorda que “o PS que em 2015 assinou acordos com PCP, Bloco e PEV foi o mesmo que lutou nas ruas para combater” a ditadura.

    “Derrubámos esses muros e não deixaremos voltar a erguer esses muros. Criámos nova oportunidade de governação à esquerda e muros nunca voltarão a existir”, garante.

    Referiu que o combate às alterações climáticas é a causa do nossos tempos e recorda que Portugal foi o “primeiro país no mundo a assumir compromisso de neutralidade carbónica em 2050 e primeiro a antecipar para 2048” — e enalteceu ainda a mobilidade, com destaque para o passe de transportes.

  • Costa diz que Pedro Nuno vai trazer um "novo impulso", mas dará "continuidade" ao legado do PS

    Costa lembra que Pedro Nuno nasceu em 1977, quando Mário Soares e Medeiros Ferreira pediram a adesão à CEE, e tornou-se maior de idade quando António Guterres formou o seu primeiro Governo. “Aqui está para dar continuidade a esta história que tem muito futuro”.

    Usa a expressão que Pedro Nuno tem usado — diz que trará um “novo impulso” — para dizer que vai “prosseguir o que tivermos de prosseguir e mudar o que tivermos de mudar”, trazendo novas ideias.

    “O PS é maior do que a soma de todos nós, um partido com uma longa história, com uma identidade muito clara que todos os portugueses conhecem”, atira. “Somos um partido que tem uma relação afetiva única com os portugueses”.

    “Aqueles que dizem que somos o partido da mãozinha… Fomos a ponte de união. Onde houve um excluído fomos solidários”, prossegue, garantindo que o PS “nunca faltou” a Portugal nos momentos difíceis.

  • Costa saúda "partido unido" e diz que Pedro Nuno Santos será "primeiro primeiro-ministro que nasceu depois da revolução de Abril"

    António Costa prossegue para dizer que com eleições internas o PS honrou “história de pluralidade” do partido, com uma eleição “participada” e deixa uma saudação a José Luís Carneiro. “PS não é um partido qualquer na sociedade portuguesa, e representa amplo espaço político da esquerda e do centro que só tem representação no PS”, frisa.

    “PS está hoje unido em torno de Pedro Nuno Santos, um partido que demonstra vitalidade, que no ano em que celebra 50 anos passa testemunho a nova geração”, garante o ainda primeiro-ministro.

    E prossegue para dizer que Pedro Nuno “nasceu depois da fundação do PS e vai ser o primeiro primeiro-ministro que nasceu depois da revolução de Abril”.

  • Costa deseja "todas as felicidades" a Pedro Nuno e diz que partido viveu momento "traumático"

    Começa agora a falar António Costa, que começa por saudar Pedro Nuno Santos e desejar-lhe “do fundo do coração, todas as felicidades do mundo”, políticas e pessoais. “Você merece, Pedro Nuno! Força, vamos em frente, vamos ganhar as próximas eleições”.

    Esta eleição interna demonstrou a “vitalidade” do PS, diz. Um partido que enfrentou “uma situação muito difícil, diria até traumática”, que superou com uma “mobilização extraordinária” dos militantes.

  • O best of de Costa: recordações da geringonça, das contas certas e das eleições que ganhou

    Passa agora no congresso um vídeo com um best of dos momentos de António Costa enquanto líder, com música dos Foo Fighters e dos The Killers a acompanhar. Começa pelas declarações que deram início à geringonça e pela foto dos líderes da esquerda a assinar esses acordos, e continua com declarações de Costa sobre números positivos dos seus mandatos, como o crescimento do país, dos rendimentos e do emprego. Alguns momentos, como o do anúncio de que Portugal sairia do procedimento por défice excessivo ou as escolhas de António Guterres para secretário-geral da ONU e de Mário Centeno para a liderança do Eurogrupo, provocam aplausos na sala. A política de contas certas também é destacada em várias imagens.

    Mas o vídeo recorda também momentos mais duros dos mandatos de Costa, incluindo o “mais difícil”, dos incêndios de 2017, e a pandemia.

  • Duarte Cordeiro diz que Pedro Nuno começou congresso com provas da sua "ponderação e capacidade de unir"

    Este será um congresso de “ambição e confiança” em torno da liderança de Pedro Nuno Santos, cuja “força, carisma, determinação e convicções” destaca como qualidades determinantes.

    O congresso começa com uma demonstração de “ponderação e capacidade de unir” por parte de Pedro Nuno, por ter negociado listas únicas com os adversários, aponta. “Será um momento que mostraremos força e energia” aos portugueses, promete, deixando o seu desejo de que o PS consiga levar Pedro Nuno Santos ao cargo de primeiro-ministro.

    FOTO DIOGO VENTURA

  • Cordeiro lembra geringonça e transformação do PS em "partido ecologista" como marcas do legado de Costa

    Duarte Cordeiro destaca o legado de António Costa em três aspetos: a sua capacidade de estabelecer o diálogo à esquerda, acabando com o Governo de “má memória” de Pedro Passos Coelho, e o facto de ter conseguido conciliar “contas certas” com a recuperação de rendimentos, “mostrando alternativas sem perder identidade”; o crescimento dos rendimentos e do emprego, mencionando medidas como os aumentos sucessivos do salário mínimo — “seria impossível se tivéssemos tido um Governo de direita”; e, em terceiro lugar, o PS “tornou-se nestes oito anos num partido ecologista”, apostando cada vez mais nas energias renováveis.

    “São marcas essenciais para levarmos para o futuro”, assegura.

    Fala ainda da importância da reforma da descentralização, na Habitação e na expansão dos transportes especificamente na área metropolitana de Lisboa.

    “Não vamos poder permitir que estes projetos parem ou voltem para trás”, avisa.

    [Ouça aqui na integra a intervenção de Duarte Cordeiro]

    Duarte Cordeiro: “Crise politica foi promovida pela direita”

  • Duarte Cordeiro diz que crise política foi "promovida pela direita". "Não conseguirão quebrar a nossa relação com os portugueses"

    Começa agora a falar Duarte Cordeiro, aqui na qualidade de presidente da federação socialista de Lisboa.

    Diz que este congresso acontece num momento “especial” da vida democrática e da vida do país, por este ser o ano dos 50 anos do 25 de Abril (o PS fez 50 anos no ano passado). “Acima de tudo, será um palco para lançar o futuro”.

    A crise política foi “indesejada pelos socialistas, mas desejada e promovida pela direita”, garante. “Provocada para perturbar o normal funcionamento das instituições. O resultado foi interromper uma legislatura importante, com reformas” essenciais, defende.

    Perante a adversidade, prossegue Duarte Cordeiro, “o PS cresce”. “A história do nosso partido inspira-nos a levantar-nos em momentos como este”. O apoio à “mobilização” de todos serve de apelo: “Podem tentar provocar-nos, mas como dizia Mário Soares, só é derrotado quem desiste de lutar”.

    “Não conseguirão quebrar a relação de confiança com os portugueses”, continua, falando a quem votou PS nos últimos oito anos para garantir que o partido continua com energia e tem a “melhor liderança”, agora do amigo Pedro Nuno Santos.

    Depois, fala do “muito orgulho” no legado de António Costa, “querido” primeiro-ministro, fazendo a ponte entre o passado e o futuro. A sala levanta-se para aplaudir Costa.

  • Temido defende "melhores políticas públicas locais"

    Temido passa agora ao ataque à extrema direita para dizer que só se “alimenta dos antagonismos” e dizendo que “só existe uma resposta aos que se opõem à democracia que é mais democracia”.

    Fala também na proteção dos serviços públicos e por “melhores políticas locais” — e volta a tocar num tema que é do seu interesse já que é o nome mais falado para concorrer no PS à CML nas próximas autárquicas.

    [Ouça aqui a intervenção de Marta Temido]

    Marta Temido atira à “curteza da governação” em Lisboa

  • Temido arranca a atacar Moedas e a atirar à "curteza do propósito" da sua governação

    É a vez de Marta Temido falar ao Congresso, na qualidade de presidente da concelhia de Lisboa do PS, e a começar com um ataque à direita, sobretudo a que governa em Lisboa e à “curteza do propósito dessa governação que afirma pretender fazer no país o que fez na capital: derrotar o socialismo”. É um ato de oposição a Carlos Moedas da parte da ex-ministra, que é nesta altura o nome mais falado no PS para se candidatar à Câmara de Lisboa (e Pedro Nuno Santos já disse que daria uma “excelente” autarca).

    Depois fala da nova liderança do PS para dizer que o partido “está unido” com Pedro Nuno Santos que acredita que “vai dar continuidade às conquistas” dos secretário-gerais que lhe sucederam, destacando Mário Soares, Jorge Sampaio e António Guterres. “Eles representam o socialismo em que acreditamos”, diz Temido que é militante desde o último Congresso do partido, em Portimão, onde recebeu o cartão das mãos de Costa.

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