O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, voltou a criticar duramente António Guterres – desta vez pelo facto de o secretário-geral das ONU não ter comentado a morte de Yahya Sinwar, o líder do Hamas.

“O líder da ONU não comentou a eliminação do arqui-terrorista Yahya Sinwar, tal como recusou considerar o Hamas uma organização terrorista depois dos ataques de 7 de outubro”, critica Israel Katz, usando uma publicação na rede social X.

Para o ministro israelita, que há poucas semanas anunciou a atribuição do título de “persona non grata” a Guterres, o ex-primeiro-ministro português “lidera uma agenda extremista anti-judeus e anti-Israel”.

“Vamos continuar a considerá-lo persona non grata e a proibir a sua entrada no país”, termina Israel Katz.

UN Secretary-General @antonioguterres did not welcome the elimination of arch-terrorist Yahya Sinwar, just as he refused to declare Hamas a terrorist organization after the October 7th massacre. Guterres is leading an extreme anti-Israel and anti-Jewish agenda. We will continue… pic.twitter.com/Twg1O67NRp

— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) October 18, 2024

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visita esta sexta-feira o Líbano, onde a Força Interina das Nações Unidas (FINUL), para a qual Itália contribui, tem estado sob fogo do exército israelita, envolvido numa escalada de violência com a milícia libanesa pró-iraniana Hezbollah.

Meloni será o primeiro chefe de Estado ou de Governo a visitar o Líbano desde a intensificação dos ataques israelitas ao país, no final de setembro, numa altura em que Roma detém a presidência rotativa do grupo das sete maiores economias mundiais (G7).

Na semana passada, a FINUL acusou as tropas israelitas de dispararem “repetida” e “deliberadamente” contra as suas posições.

Segundo a mesma fonte, cinco soldados da força de manutenção de paz, também conhecidos como capacetes azuis, ficaram feridos e as posições da missão sofreram “muitos danos”.

A FINUL, criada em março de 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, inclui cerca de 10 mil militares oriundos de 50 países. Entre os maiores contribuintes estão Indonésia, Itália, Espanha, França, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou reunião extraordinária do conselho de segurança, na sequência da morte de Yahya Sinwar, que era o líder do Hamas, a organização que fez o ataque de 7 de outubro.

O objetivo irá servir, entre outros aspetos, para avaliar as implicações da morte de Sinwar para as negociações com vista à libertação dos reféns.

De acordo com a imprensa israelita, o encontro irá contar com a participação de membros do governo e das forças de segurança. A reunião vai ter lugar num quartel-general militar de Israel, em Kirya.

O Presidente dos EUA já está em Berlim, onde vai encontrar-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e com o Presidente francês, Emmanuel Macron.

A visita de dois dias terá como foco a guerra da Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.

We’re wheels down in Berlin.

Ready to greet old friends and strengthen our close alliance as we stand together for freedom and against tyranny around the world. pic.twitter.com/zaTFtTOFMT

— President Biden (@POTUS) October 18, 2024

Esta madrugada, na rede social X, Biden escreveu: “Estamos a caminho de Berlim. Prontos para cumprimentar velhos amigos e fortalecer nossa aliança próxima enquanto nos posicionamos juntos pela liberdade e contra a tirania ao redor do mundo”.

Esta visita estava agendada para acontecer antes, mas foi adiada por causa dos furacões que atingiram parte do território dos EUA.

A polícia israelita e o Shin Bet (serviços de informação interna) dizem ter evitado um ataque terrorista que estava planeado para acontecer durante uma manifestação de famílias de reféns.

Segundo um comunicado conjunto citado esta manhã pela imprensa israelita, um homem de 22 anos, natural da zona este de Jerusalém, foi detido sob acusações de estar a preparar ataques em Tel Aviv, colocando explosivos num comboio e disparando contra as forças de segurança israelitas. A ideia seria fazer o ataque num dia em que estivessem a decorrer as habituais manifestações das famílias de reféns que ainda estão nas mãos do Hamas.

A investigação, segundo o comunicado, revelou que o homem procurou ajuda de outras pessoas para conseguir adquirir armas e explosivos, tendo aberto um grupo nas redes sociais chamado “Os Soldados de Deus”.

Depois de morte de Yahya Sinwar, até agora o líder do Hamas e principal “arquiteto” do ataque de 7 de outubro, Israel diz que a prioridade agora é eliminar o seu irmão, Muhammad, bem como outros comandantes da organização.

A indicação foi dada na noite de quinta-feira por Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF). O responsável indicou que as IDF vão continuar a operar em Gaza na procura dos principais responsáveis do Hamas e a tentar recuperar os reféns que ainda estarão nas mãos da organização.