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  • Sampaio da Nóvoa: "Qualquer soldado raso pode chegar a general"

    A campanha de Sampaio da Nóvoa chegou esta segunda-feira a Coimbra e, à semelhança de domingo, realizou-se um jantar-comício, desta vez com cerca de 300 pessoas. Os convidados foram Maria do Rosário Gama, mandatária para a cidadania sénior, e António Arnaut, pai do Serviço Nacional de Saúde e mandatário de Nóvoa para os serviços públicos.

    Arnaut destacou a “exemplaidade cívica e profissional” do candidato presidencial e afirmou que este “é o único que está em condições de alcançar a segunda volta e derrotar o candidato da direita”. Para o ex-ministro socialista, a Presidência não pode ser “o culminar de uma carreira” de comentador político, mas sim “a decorrência normal de uma causa pública”.

    Pegando nestas palavras, Sampaio da Nóvoa dirigiu-se aos apoiantes com um apelo ao rompimento de “bloqueios institucionais”. “Não podemos estar confortáveis com esta intolerável abstenção”, disse o candidato, que já de manhã tinha dito que a abstenção era, a par de Marcelo Rebelo de Sousa, o grande adversário a derrotar nestas eleições. Para Nóvoa, a elevada abstenção não pode ser dissociada da austeridade. “A crise de participação democrática anda sempre, mas sempre, de mãos dadas com a crise económica”, afirmou. Um pouco mais tarde, disse que “são visíveis sinais de cansaço com uma política velha”, a que funciona “como um clube fechado que reage violentamente quando aparece alguém de fora. Alguém de fora, disse, é ele. Perante a “crise de participação cidadã”, afirmou, “chegou o tempo de um presidente cidadão”.

    Marcelo Rebelo de Sousa também não foi esquecido no discurso. “Aquilo que ainda ontem parecia inevitável, torna-se hoje mais estranho e distante”, comentou o ex-reitor, que logo de seguida retribuiu o mimo que o ex-comentador lhe dedicou há dias, no frente-a-frente que opôs os dois. “Somos todos iguais perante a lei. Qualquer soldado raso pode chegar a general.”

  • Marcelo espera Orçamento aprovado. Caso não esteja fará "o possível e o impossível"

    O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa espera que o Orçamento do Estado seja aprovado. Não disse como, mas defende que o país não pode passar neste momento por uma nova crise política à saída de uma crise. Caso o documento ainda não esteja aprovado quando tomar posse, Marcelo garante: “Se não estivesse, eu faria o possível e o impossível para que fosse aprovado”.

    Seria, disse, “a pior altura para termos uma crise política a juntar a uma crise orçamental”, disse.

    Numa conferência em Castelo Branco sobre o futuro de Portugal, Marcelo rejeitou ainda um cenário de dissolução da Assembleia da República. “Já quase que consideravam como admissível um cenário desses que era uma dissolução com novas eleições. Sem orçamento e sem Governo à saída de uma crise? Isso aproveita a quem?”, questiona.

    No fim, Marcelo deixou ainda um conselho à “oposição”. Têm, disse, de se “reinventar”.

  • Edgar Silva: "Votem, nem que chovam canivetes"

    “Por um voto se ganha, por um voto se perde. Que ninguém falte, que nenhum voto falte para garantir a vitória dos valores de abril, nem que chovam canivetes, que nenhum homem e nenhuma mulher deixe de participar no dia das eleições para defender os valores de Abril”, afirmou o candidato Edgar Silva numa iniciativa de campanha eleitoral junto ao Mercado do Lavradores, no Funchal.

    O candidato comunista, ‘jogando em casa’, pois é natural da Madeira, começou a sua intervenção dirigindo-se às pessoas que se encontravam no local como “amigos de muitas lutas”, muitos dos quais se conhecem pelo nome, e recordou que é abordado na rua apenas por “Edgar” ou “padre Edgar”. “Agora, encontramo-nos em mais outra campanha, numa outra luta e caminhada, agora numa batalha mais larga e mais vasta para um novo rumo para Portugal”, disse, citado pela Lusa.

  • "Marcelo já baixou a fasquia", diz Marisa Matias

    A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, disse hoje que Marcelo Rebelo de Sousa “baixou um bocadinho a fasquia” eleitoral e está a preparar-se “para fazer de uma derrota uma vitória” na primeira volta.

    “É muito claro que, até há muito pouco tempo, Marcelo Rebelo de Sousa falava e dizia: ‘daqui a umas semanas serei Presidente da República’. Agora já baixou um bocadinho a fasquia e já vem falar de clarificação”, afirmou Marisa Matias aos jornalistas, durante uma visita ao Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, distrito de Santarém.

    Na opinião da eurodeputada do BE, o candidato com recomendação de voto do PSD e do CDS-PP “está a preparar-se para fazer de uma derrota uma vitória”, sendo por isso fundamental garantir que há uma segunda volta, porque “uma derrota na primeira volta é meio caminho andado para uma derrota na segunda volta”.

    Lusa

  • Paulo Morais diz que Portugal é um "verdadeiro eucaliptal"

    O candidato presidencial Paulo de Morais considerou hoje que Portugal é um “verdadeiro eucaliptal”, numa alusão à indústria da celulose que “transformou o país num deserto verde”, com consequências ao nível ambiental.

    “A celulose é uma indústria altamente poluente, porque polui, desde logo, ao nível da produção de matérias-primas. Portugal foi transformado nos últimos anos num verdadeiro eucaliptal, é um eucaliptal sem dimensão, muitas das terras do país que podiam ser aproveitadas para a agricultura estão infestadas de eucaliptos”, disse Paulo de Morais aos jornalistas, à margem de uma visita à povoação de Leirosa, Figueira da Foz.

    O candidato à Presidência da República disse, ainda, que em termos ambientais e de poluição, apesar de nos últimos 40 anos ter havido uma grande reconversão tecnológica ao nível da produção de pasta de papel, “nas consequências para as populações evoluiu-se muito pouco”. “Ao nível dos odores e do mal-estar nas imediações das fábricas de papel continuamos como nos anos 60”, considerou.

    Lusa

  • O candidato andou pela Covilhã e agora está em Castelo Branco

  • Maria de Belém, uma Presidente "positiva"

    Maria de Belém esteve na Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Beja, para exaltar os bons exemplos de investimento público no país e para contrariar uma certa “cultura nacional em que só tem visibilidade o que corre mal”.

    Acompanhada pelo eurodeputado Carlos Zorrinho, a candidata presidencial lembrou o quão criticada foi, na altura, a construção da barragem do Alqueva. O futuro, sublinhou Belém, veio desmentir os velhos do Restelo. “[A barragem já] produziu transformações importantíssimas nesta região” e “ainda tem um potencial em desenvolvimento que só tem vantagens. [Desde logo], enriquecimento da região, criação de emprego [e] reequilíbrio da nossa balança de pagamento. É algo que deve ser valorizado”.

    “O que corre bem anima, aumenta e melhora as nossas energias, melhora a confiança em nós próprios e no futuro e acho que o Presidente da República tem um papel importante no sentido de promover a autoestima e as energias que essa autoestima proporciona”, insistiu Maria de Belém. Estará disposta a repetir os roteiros de Cavaco Silva, se for eleita Presidente? Maria de Belém não enjeita a experiência acumulada pelos outros Presidentes, mas deixou uma garantia: “Vou fazer as coisas à minha maneira” e conduzir uma Presidência pela “positiva, uma Presidência que pretenda investir no desenvolvimento do país, para que com isso, os portugueses tenham melhor qualidade de vida. Até porque dos exemplos negativos há muito quem fale”.

  • Aveiro recebeu bem Sampaio da Nóvoa, que até arriscou a pele (literalmente!) nas festas de São Gonçalinho. O costume, por aqui, é lançar cavacas do alto da capela do santo. Os bolos são tão duros que têm o potencial de lesionar um homem. Mas Nóvoa saiu daqui inteiro.

  • Cândido Ferreira pede mais meios para lutar contra a corrupção

    O candidato à Presidência da República Cândido Ferreira lançou esta segunda-feira, em Faro, um apelo ao primeiro-ministro, António Costa, para que haja um aumento dos meios de luta da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os “crimes de colarinho branco”.

    “Que seja considerada prioridade a dotação de meios que permitam à PGR um combate eficaz, e sem tréguas, aos chamados ‘crimes de colarinho branco’”, disse Cândido Ferreira junto a uma dependência do Banif ao lado do mercado municipal da capital algarvia.

    Lusa

  • Belém critica os que falam mal dos partidos e depois já gostam deles para "ganhar eleições"

    Maria de Belém desenhou um alvo nas costas de António Sampaio da Nóvoa e não parece estar disposta a deixar o antigo reitor da Universidade de Lisboa ganhar balanço nesta corrida presidencial. Num almoço-comício em Beja, onde juntou alguns autarcas da região e militantes socialistas, a ex-presidente do PS criticou aqueles que aproveitam a campanha para “falar mal dos partidos, para dizer que os partidos são geradores de intrigas, que os partidos em Portugal precisam de alguém de fora para os reabilitar” e, depois, “quando chega a altura de ganhar eleições os partidos já são necessários”.

    Por oposição, e mesmo reiterando que esta é uma candidatura não partidária, Maria de Belém lembra que “foi sempre” e assumiu-se “sempre como uma militante do Partido Socialista, porque o ser militante significa que as minhas opções são claras, não as escondo”.

    A ex-ministra da Cultura parece quer insistir num ponto: só ela tem perfil e currículo para ocupar o Palácio de Belém. E é isso que faz questão de dizer em cada intervenção. Em 40 anos de serviço público, “eu não me escondi em lado nenhum, estive sempre na luta pelas causas que pude apreciar e considerar como absolutamente imprescindíveis” para o desenvolvimento do país. “A minha luta pela correção dessas desigualdades não é de hoje, não é um sobressalto cívico recente“, atirou Maria de Belém.

  • Neto: "Gostava que Costa tivesse explicado Banif"

    O candidato presidencial Henrique Neto disse esta manhã, em Coimbra, que o primeiro-ministro devia ter explicado ao país, com todo o detalhe, as condições em que o Governo vendeu o banco Banif.

    “Eu gostava que ele [António Costa] tivesse explicado bem esta questão do Banif”, em vez de ter ido a um programa [de televisão] para ser questionado por três comentadores habituais”, afirmou Henrique Neto, que falava aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha de rua, ao final da manhã de hoje, na Baixa de Coimbra.

    Os comentadores em causa “são de grande qualidade, mas é mau exemplo”, afirmou.

    Lusa

  • Marcelo não é Freitas: "Eu venho da esquerda da direita"

    A rua tinha um nome premonitório… Francisco Salgado Zenha. Seria esta a deixa que falta para Marcelo começar a temer uma segunda volta como em 1986? Marcelo compara, mas acha que não tem comparação. O cenário é idêntico: dois candidatos da área do PS, um da àrea da direita à frente. Diferenças? A área ideológica do candidato “da direita”.

    “Eu venho da esquerda da direita”, diz o candidato social-democrata. E quando a pergunta é: “Isso vai salvá-lo de uma situação parecida à de Freitas do Amaral?” a resposta segue na mesma bitola. O país mudou, o candidato também e nem o governo vem da mesma área política.

    “Eu acho que o país é completamente diferente. Aquelas eleições foram muito dramatizadas em termos ideológicos direita esquerda, muito rígidas e muito atritivas. (…) Sem pôr em causa o mérito de Diogo Freitas do Amaral, que fez a campanha melhor que era possível, há diferenças muito grandes”, diz. A saber:

    1 – “Primeiro foi um confronto ideológico, que não tem existido nesta campanha. Há diversidade de projetos, mas não há clivagens ideológicas profunda”, defende apesar de não haver mais nenhum candidato que venha do espetro político partidário.

    2 – Em segundo lugar, “Freitas do Amaral vinha de facto da área do CDS, não vinha ao centro, da esquerda da direita”.

    3 – Em terceiro lugar, “havia um governo que era um governo de Cavaco Silva. Um governo de centro-direita e não de esquerda e o país de facto acabou por ter uma clivagem tão forte que acabou por impedir um resultado na primeira volta e por outro lado por dar uma segunda volta muito marcada por esse choque de candidaturas. Felizmente não é o que tem acontecido nesta campanha”, acredita.

  • Nóvoa em Oliveira de Azeméis para ouvir crianças e idosos

    Depois da visita à feira de Espinho, a caravana de Sampaio da Nóvoa acabou a manhã em Oliveira de Azeméis, onde o candidato inaugurou a sede de campanha e visitou a Santa Casa da Misericórdia local. Ainda antes de ir conhecer as crianças da creche e os idosos do lar, o ex-reitor admitiu aos jornalistas que o “impressionou muito” a “generosidade” demonstrada pelas pessoas em Espinho e nos contactos que tem mantido.

    Na Santa Casa, o candidato mostrou que está à vontade entre miúdos. “São os meus principais votantes”, disse a brincar. As salas da instituição estavam muito barulhentas com os gritos constantes das crianças, mas Sampaio da Nóvoa não se mostrou intimidado. Afinal, já de manhã tinha estado num ambiente de gritos, a feira de Espinho. Um rapaz disse ao candidato que se chamava Vasco e Nóvoa, pegando nele ao colo, disse: “Força, força, companheiro Vasco!” Pouco depois, desabafava: “Que saudades que eu tenho de bebés…”

    Com os idosos, os contactos foram mais parcos, mas um deles foi intenso. Uma mulher, em lágrimas, contou a Nóvoa que já tinha perdido o marido e um filho, o que levou o ex-reitor a lembrar os próprios pais e a abraçá-la. “Tem muita coragem. Tem um olhar de coragem”, disse-lhe.7

    A caravana parou agora para almoço e retoma as atividades de campanha às 14h30, em Aveiro, com uma visita à Festa de São Gonçalinho.

  • Marcelo diz que dispensava animosidade entre candidaturas, mas acaba por esclarecer as dúvidas levantadas sobre o serviço militar obrigatório, levantadas pelo mandatário de Sampaio da Nóvoa. Disse Marcelo que tinha prestado às provas de mestrado no final de 1973 e que “se não fosse o 25 de Abril teria certamente cumprido o serviço militar obrigatório”, respondeu.

  • Maria de Belém: "SNS é absolutamente essencial"

    Maria de Belém Roseira visitou esta segunda-feira o Centro Hospitalar de Portimão, em mais uma ação de campanha centrada nos serviços de saúde e de assistência hospitalar.

    À saída, em declarações aos jornalistas, a candidata presidencial defendeu que cabe ao Presidente da República “garantir o exercício de um direito fundamental” que é o direito à proteção da saúde.

    Com a campanha presidencial a dar os primeiros passos, A troca de galhardetes entre os vários candidatos acabou por marcar o primeiro dia de campanha, no domingo. Desafiada a comentar, Maria de Belém pediu “dignidade”.

    “Uma campanha presidencial em que todos os candidatos dizem que é preciso acabar com a crispação no país, é altura para nos respeitarmos todos uns aos outros”, sublinhou a candidata.

    A comitiva de Maria de Belém segue agora para Beja.

  • Nóvoa diz que Marcelo é como o ditado: "Eu tenho princípios, mas se não gostarem arranjo outros"

    Em Oliveira de Azeméis, Sampaio da Nóvoa voltou a inaugurar uma sede de campanha… e a criticar Marcelo Rebelo de Sousa, que classificou como um dos dois adversários a derrotar nas presidenciais (o outro é a abstenção).

    “Eu combato [Marcelo] com os meus princípios e os dele. São tantos os ziguezagues que faz sentido aquela piada ‘eu tenho princípios, mas se não gostarem arranjo outros’”, disse.

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