Nas últimas horas, foi revelado que o Presidente da Ucrânia sofreu um acidente de carro quando regressava a Kiev. A notícia foi divulgada pelo assessor de imprensa, Sergii Nykyforov, que adianta que Zelensky foi assistido no local e não estará gravemente ferido. “Todas as circunstâncias do acidente serão descobertas pelas autoridades”, garantiu, indiciando que pode não se ter tratado de um simples acidente de trânsito.

Pouco depois de o acidente ser divulgado, o habitual discurso do líder ucraniano foi publicado no Youtube. Por agora não se sabe quando é que terá sido gravado. Até às 00h36, a transcrição da mensagem ainda não tinha sido publicada na página oficial da Presidência, como é habitual.

• Os responsáveis do Kremlin estão a “trabalhar para limpar o nome de Putin de qualquer responsabilidade na derrota” na região de Kharkiv, refere uma avaliação do Instituto do Estudo da Guerra.

• Já foram recuperadas 388 localidades em Kharkiv desde 6 de setembro, divulgou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar. No total, foram libertados oito mil quilómetros quadrados de território e 150 mil pessoas

• O ministério dos Negócios Estrangeiros russo incluiu mais 30 britânicos na lista negra de pessoas proibidas de entrar no país pelo apoio à Ucrânia e pela difusão de notícias antirrussas.

• O Tribunal Urbano de Moscovo ilegalizou o Sindicato dos jornalistas da Rússia, pelo seu apoio a media declarados “agentes estrangeiros”, sendo acusado de difundir informações falsas sobre a campanha militar russa na Ucrânia.

• O líder do conselho da cidade de Kherson disse que as forças ucranianas conseguiram retomar uma localidade nas proximidades a norte da cidade, segundo a CNN.

• A Alemanha entregou mais quatro veículos antiaéreos Gepard à Ucrânia, avançou o Kyiv Independent. O envio surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter criticado o país por não cumprir o compromisso de fornecer mais armas.

• “Estamos longe do fim da guerra”, disse aos jornalistas o secretário-geral da ONU após uma conversa com o Presidente da Rússia. António Guterres acredita que não há um cessar-fogo à vista e “estaria a mentir” se dissesse o contrário.

• Mísseis russos atingiram Kryvyi Rih, cidade natal do Presidente Zelensky, divulgou o líder da administração militar, Oleksandr Vilkul. Yaroslav Trofimov, correspondente chefe do The Wall Street Journal, adianta, citando as autoridades ucranianas, que o ataque terá atingido uma estrutura hidráulica, provocando uma rápida subida do nível da água do rio Inhulets.

• A porta-voz do Comando Operacional Sul ucraniano revelou que estão a detetar sinais de movimento das forças russas de zonas sul da Ucrânia para a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014.

• O chanceler alemão, disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, ainda não encara a invasão à Ucrânia como um “erro”. “Nem há indicação de quando é que novas atitudes [de Putin] poderão surgir”, conclui Olaf Scholz.

• O Presidente da China chegou esta quarta-feira a Samarcanda, no Uzbequistão, onde vai participar na 22.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. É esperado na quinta-feira um encontro entre Xi Jinping com o homólogo russo, Vladimir Putin, à margem do evento.

O discurso diário de Volodymyr Zelensky foi publicado esta quarta-feira no canal de YouTube da Presidência por volta das 23h50, pouco depois do assessor de imprensa ter divulgado que o líder ucraniano sofreu um acidente de carro quando regressava a Kiev.

“A história é escrita por pessoas, não por selvagens. Os eventos mostram que a única saída para os soldados russos é renderem-se às forças ucranianas”, afirmou. “Atacar alvos sem valor militar, atingindo centenas de milhares de civis, é uma das razões pela qual a Rússia vai perder”, sublinhou.

Por agora não se sabe quando é que o discurso de Zelensky foi gravado. Até às 00h36, a transcrição da mensagem ainda não tinha sido publicada na página oficial da Presidência, como é habitual.

O Presidente da Ucrânia sofreu um acidente de carro, avança Sergii Nykyforov, o assessor de imprensa numa publicação no Facebook.

Segundo o assessor, Volodymyr Zelensky foi assistido no local e não estará gravemente ferido. Mas as autoridades estarão a investigar o acidente.

“Em Kiev, um carro colidiu com o carro do presidente da Ucrânia e os carros da comitiva. Os médicos que acompanhavam o chefe de Estado prestaram socorro ao motorista do carro e transferiram-no para uma ambulância. O Presidente foi examinado por um médico e não tem ferimentos graves”, escreveu Nykyforov. “Todas as circunstâncias do acidente serão descobertas pelas autoridades”, garantiu, indiciando que pode não se ter tratado de um simples acidente de trânsito.

O líder ucraniano esteve esta quarta-feira em Izium, uma cidade na região de Kharkiv recentemente reconquistada pelas forças ucranianas.

Os responsáveis do Kremlin estão a “trabalhar para limpar o nome de Putin de qualquer responsabilidade na derrota” na região de Kharkiv, avança o Instituto do Estudo da Guerra (ISW).

Num comunicado divulgado no Twitter, o ISW refere que estão a tentar culpar os conselheiros militares “mal informados” pelas perdas na região de Kharkiv.

#Kremlin sources “are now working to clear #Putin of any responsibility for the defeat, instead blaming the loss of almost all of occupied #Kharkiv Oblast on underinformed military advisors,” says @TheStudyofWar.

Via @CNBC’s @HollyEllyatt: https://t.co/pzk6w8rZ5z

— Institute for the Study of War (@TheStudyofWar) September 14, 2022

A Ucrânia tem reclamado a reconquista de várias cidades na região, nomeadamente Izium, onde esta quarta-feira o Presidente Zelensky fez uma visita surpresa.

Na sequência dos bombardeamentos denunciados em Kryvyi Rih, o ministro dos Negócios Estrangeiros descreveu os ataques como “crimes de guerra e atos de terror”.

“Derrotado pelo exército ucraniano no campo de batalha, os cobardes russos estão agora em guerra com as nossas infraestruturas essenciais e com os civis”, escreveu Dmytro Kuleba no Twitter.

Russian missile strike on Kryvyi Rih hydraulic structures is a war crime and an act of terror. Beaten by Ukrainian army on the battlefield, Russian cowards are now at war with our critical infrastructure and civilians. Russia is a terrorist state and must be recognized as such.

— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) September 14, 2022

Reforçou ainda que a Rússia é um “Estado terrorista” e deve ser reconhecido como tal, um pedido repetido por várias vezes pelo Presidente ucraniano.

As forças ucranianas já recuperaram 388 localidades em Kharkiv desde 6 de setembro, divulgou a vice-ministra da Defesa da Ucrânia. No total, as Forças Armadas libertaram oito mil quilómetros quadrados de território e 150 mil pessoas adianta Hanna Maliar.

“Os números estão a ser constantemente atualizados, porque é um processo dinâmico”, sublinhou, acrescentando que ainda são necessárias medidas para estabilizar as localidades e garantir a segurança da população.

O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou hoje a inclusão de mais 30 britânicos na lista negra de pessoas proibidas de ingressar o país, ao acusá-los de apoiar a Ucrânia e difundir notícias antirrussas.

“Foi tomada a decisão de incluir na lista negra 30 dirigentes de entidades britânicas, que respondem pela promoção coordenada de uma agenda informativa antirrussa, e a representantes do ‘lobby’ da Defesa britânico”, assinalou em comunicado a diplomacia russa.

O ministério justificou a medida devido ao percurso “inamistoso” do Reino Unido, “no âmbito do qual Londres toma medidas destinadas a desacreditar a operação militar especial da Rússia na Ucrânia e oferece ajuda consequente ao regime nazi de Kiev”.

O Tribunal Urbano de Moscovo ilegalizou o Sindicato dos jornalistas da Rússia, organização que se destacou no seu apoio a media declarados “agentes estrangeiros” e que foi acusado de difundir informações falsas sobre a campanha militar russa na Ucrânia.

O Tribunal acedeu desta forma a um pedido da procuradoria de Moscovo, segundo indicou o diário Kommersant.

A procuradoria justificou o pedido na sequência de uma auditoria, que detetou supostas violações “graves e irreparáveis” cometidas pela organização sindical.

O líder do conselho da cidade de Kherson disse que as forças ucranianas conseguiram retomar uma localidade nas proximidades a norte da cidade, avança a CNN.

“Os ocupantes estão em pânico e a população local está com elevadas expectativas”, disse Oleksandr Samoilenko à televisão estatal ucraniana.

A Alemanha entregou mais quatro veículos antiaéreos Gepard à Ucrânia, avança o Kyiv Independent. O envio surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter criticado o país por não cumprir o compromisso de fornecer mais armas.

⚡️Germany delivers 4 more Gepard anti-aircraft vehicles to Ukraine.

Germany had previously delivered 20 Gerard self-propelled anti-aircraft guns, bringing the total amount to 24, according to the German government. Germany is also preparing to send six more Gepard vehicles.

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) September 14, 2022

O secretário-geral das Nações Unidas conversou esta quarta-feira com o Presidente da Rússia e considera que a hipótese de um acordo de paz está distante. “Estamos longe do fim da guerra”, disse aos jornalistas.

António Guterres disse, citado pela CNN, que não há um cessar-fogo à vista e “estaria a mentir” se dissesse o contrário.

Durante o telefonema, Guterres e Putin discutiram vários temas, incluindo o acordo para a exportação de cereais a partir do Mar Negro e as exportações russas de alimentos e fertilizantes. “Estamos a arriscar a falta de comida no mundo este ano”, sublinhou.

A situação dos prisioneiros de guerra foi um tema em destaque. Segundo Guterres, Putin disse que a Rússia não vai ser um obstáculo à missão da ONU para apurar a verdade sobre o que aconteceu na prisão de Olenivka, na região de Donetsk, onde morreram dezenas de soldados ucranianos. Falaram ainda sobre a central nuclear de Zaporíjia.

O chanceler alemão também conversou, na terça-feira, com o Putin. Considera que o líder russo ainda não encara a invasão à Ucrânia como um “erro”.

Mísseis russos atingiram Kryvyi Rih (em Dnipropetrovsk), cidade natal do Presidente Zelensky. O ataque foi denunciado no Telegram pelo líder da administração militar, Oleksandr Vilkul.

Também Maria Avdeeva, especialista em segurança internacional e desafios de segurança, que tem cobrido a guerra, disse que oito mísseis foram disparados sobre a região às 17h locais, direcionados ao sistema de abastecimento de água. “Com as falhas no campo de batalha, os terroristas tentam repetidamente provocar crises humanitárias e atacar infraestruturas civis”, escreveu no Twitter.

At 5 pm Russia fired eight cruise missiles at waterworks in Kryvyi Rih, Zelensky's hometown. Failing at the battlefield, terrorists repeatedly try to provoke humanitarian crisis and attack civilian infrastructure. pic.twitter.com/jDVLL3xi4J

— Maria Avdeeva (@maria_avdv) September 14, 2022

Yaroslav Trofimov, correspondente chefe dos negócios estrangeiros do Wall Street Journal, adianta, citando as autoridades ucranianas, que o ataque terá atingido uma estrutura hidráulica, provocando uma rápida subida do nível da água do rio Inhulets.

O conselheiro do ministro da Administração Interna da Ucrânia partilhou um vídeo que mostra que o nível da água já atingiu uma ponte.

8 Russian rocket strikes on Kryvyi Rih today.

Rockets were directed at hydraulic structures.

This caused water level of Inhulets river to increase, threatening the city.

Russia obviously wants to cause a crisis situation, – deputy head of Presidential office Kyrylo Tymoshenko pic.twitter.com/t7jf6E1qT0

— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) September 14, 2022

A porta-voz do Comando Operacional Sul ucraniano disse, numa conferência de imprensa, que estão a detetar sinais de movimento entre as forças russas de zonas sul da Ucrânia para a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014.

“Estamos a ver e entendemos as tentativas dos ocupantes de fugirem para a Crimeia e de se reagruparem lá. Será mais fácil para nós: o armazenamento de equipamentos militares é um grande alvo”, explicou Natalia Humeniuk, citada pela CNN.

Até agora a informação não foi confirmada por fontes independentes. Até agora a Rússia não comentou as declarações.

Na quarta-feira, as secretas ucranianas disseram que está a decorrer uma “retirada urgente” de representantes russos, oficiais de inteligência e comandantes militares, que começaram a sair da Crimeia com as suas famílias.

Olaf Scholz, chanceler alemão, disse hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, ainda não encara a invasão à Ucrânia como um “erro”.

Num encontro com o primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, Olaf Scholz lamentou que ainda “não haja uma perceção crescente” pela parte de Putin para encarar a “invasão como um erro”.

#BREAKING Scholz says Putin still doesn't see invading Ukraine as 'mistake' pic.twitter.com/2wzByXTiZ0

— AFP News Agency (@AFP) September 14, 2022

“Nem há indicação de quando é que novas atitudes [de Putin] poderão surgir”, conclui Olaf Scholz.

O Presidente da China já chegou a Samarcanda, no Uzbequistão, onde vai participar na 22.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. É esperado um encontro entre Xi Jinping com o homólogo russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, à margem do evento.

Vai ser o primeiro encontro entre os dois líderes desde o início da guerra na Ucrânia. Esse vai ser, segundo a Reuters, um dos temas discutidos durante a reunião, bem como a situação em Taiwan e a cooperação bilateral.

No 203.º dia de guerra, o Presidente Volodymyr Zelensky participou na cerimónia do hastear da bandeira ucraniana na cidade de Izium, na região de Kharkiv. Há meses sob domínio russo, no passado domingo foi libertada pelo exército de Kiev como parte de uma contraofensiva na região.

Segundo a mais recente atualização de Zelensky, oito mil quilómetros quadrados de território já foram “libertados” da ocupação russa.

• O Ministério da Defesa ucraniano divulgou o que diz ser uma “câmara de tortura” na cidade libertada de Balakliya, na região de Kharkiv.

russian torture chamber in liberated Balakliya.
The Lord's Prayer was carved on the wall by Ukrainian prisoners.
russia must be held accountable for this blatant genocide. pic.twitter.com/ObQJGjfEQw

— Defense of Ukraine (@DefenceU) September 14, 2022

• A Rússia considerou uma ameaça a proposta de garantias de segurança apresentada por Kiev e que conta com o envolvimento do Ocidente, argumentando que o projeto não prevê o estatuto neutral da Ucrânia.

• O governador ucraniano da região de Donetsk, ocupada pelas forças russas praticamente desde o início da ofensiva, diz que nos últimos dias se têm intensificado os ataques na zona “com tanques, morteiros e artilharia”. Nas últimas 24 horas, cinco civis foram mortos.

• Volodymyr Zelensky recorreu ao Telegram para agradecer a Oleksandr Syrsky, comandante das forças terrestres da Ucrânia, e a “todos os guerreiros” do país. “Vocês salvam o nosso povo, os nossos corações, as nossas crianças e o futuro”, escreveu.

• Portugal e Espanha asseguraram estar firmemente empenhados em continuar a apoiar a Ucrânia nos planos político, militar, financeiro e humanitário, numa reunião ministerial.

• Cerca de cinco mil militares ucranianos já terminaram o treino do programa INTERFLEX, promovido pelo governo britânico e ministrado no Reino Unido e na Irlanda do Norte, disse o Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

• Depois de ter anunciado na terça-feira que as forças russas tinham abandonado “completamente” Kreminna, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serhiy Haidai, revelou que alguns soldados leais ao Kremlin regressaram à cidade, onde estarão a tentar “criar a impressão da sua presença em massa”.

Ao longo deste mês, as forças ucranianas já recuperaram oito mil quilómetros quadrados de território, disse o Presidente Zelensky. Num discurso na terça-feira, referiu que em metade dessa área já foram implementadas medidas de estabilização, que continuam no restante território “libertado”.

Esta quarta-feira, o chefe de Estado ucraniano esteve presente na cerimónia do hastear da bandeira ucraniana na cidade de Izium, na região de Kharkiv. Há meses sob domínio russo, no passado domingo foi libertada pelo exército de Kiev.