Momentos-chave
- Tropas russas ganharam 478 quilómetros quadrados este mês em território ucraniano
- EUA também confirmam presença de soldados da Coreia do Norte na Rússia
- Kremlin nega envolvimento nas eleições da Geórgia
- Zelensky critica diretamente Guterres e acusa-o de tomar uma posição "surreal" e "pró-russa" no conflito
- Morreram 2.045 soldados ucranianos durante o dia de ontem, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia
- "Expansão perigosa". NATO confirma que há tropas norte-coreanas a caminho de Kursk, na Rússia
- Morreram 690.720 militares russos desde o início da guerra, segundo Estado Maior da Ucrânia
- Grupo de ex-soldados norte-coreanos procura desincentivar militares que vão reforçar as forças russas na Ucrânia
- Ataque russo em Kharkiv provoca 21 feridos, incluindo cinco crianças
- Governador de Voronej diz que publicar vídeos dos resultados dos ataques ucranianos pode ajudar Kiev
- Rússia diz ter tomado mais uma localidade em Donetsk: Tsukuryne
- Zelensky diz que Modi pode exercer a sua influência para que guerra na Ucrânia chegue ao fim
- EUA pedem investigação sobre possível fraude eleitoral na Geórgia, onde venceu partido pró-russo
Histórico de atualizações
-
Este liveblog fica por aqui.
Continue a acompanhar toda a atualidade sobre a guerra na Ucrânia neste novo liveblog, onde a informação está a ser atualizada ao minuto.
-
Rússia ataca instalações médicas em Kharkiv. Há seis feridos
As forças russas atacaram esta noite um edifício de instalações médicas em Kharkiv, recorrendo a uma bomba FAB-500, avança o Kyiv Independent, a partir de informação do governador regional Oleh Syniehubov.
O ataque ocorreu às 21 horas locais, menos duas horas em Lisboa.
Há pelo menos seis pessoas feridas, já que o ataque atingiu instalações médicas e ainda um edifício administrativo, o prédio Derzhprom, que tem estado sob proteção da UNESCO desde 2022.
-
Portugal e 12 países da UE criticam visita de Orbán a Tiblissi após eleições
Portugal e outros 12 países da União Europeia (UE) criticaram esta segunda-feira a “visita prematura” do primeiro-ministro húngaro à Geórgia para demonstrar apoio ao partido no poder, vencedor declarado das legislativas, e condenaram as “violações das regras internacionais” durante o sufrágio.
Em comunicado, os ministros dos Negócios Estrangeiros de 13 Estados-membros, incluindo Alemanha e França, criticaram a “visita prematura” de Viktor Orbán a Tiblissi para congratular o Governo georgiano e apoiá-lo pouco depois da divulgação dos resultados, que continuam a ser contestados pelos observadores internacionais.
“Os observadores internacionais reportaram violações [das regras] durante a campanha eleitoral, assim como no dia da eleição”, denunciaram os governantes do bloco comunitário.
-
Biden considera “muito perigoso” envio de soldados norte-coreanos para a Rússia
O Presidente norte-americano, Joe Biden, alertou esta segunda-feira que o envio de militares norte-coreanos para a Rússia é “muito perigoso”, no dia em que o Pentágono anunciou a chegada de dez mil soldados da Coreia do Norte a solo russo.
“Perigoso. Muito perigoso”, comentou aos jornalistas o líder da Casa Branca, depois de votar antecipadamente em Wilmington, no estado de Delaware, para as presidenciais nos Estados Unidos, que vão determinar o seu sucessor.
-
Ataques russos destroem casas e afetam fornecimento de gás e eletricidade
A Rússia lançou “cerca de 15 ataques durante o dia” contra Nikopol, segundo informação de Serhii Lysak, o responsável da administração regional.
“O agressor atingiu Nikopol, mas também as comunidades de Pokrovsk, Myrivka e Marhanets, usando principalmente drones kamikaze”, explicou no Telegram.
-
Exército ucraniano diz que ainda não houve confrontos entre forças da Ucrânia e soldados da Coreia do Norte
Vadym Mysnyk, porta-voz do grupo ucraniano operacional táctico Siversk, diz que ainda não houve confrontos entre as forças ucranianas e os soldados da Coreia do Norte.
A informação foi revelada durante uma entrevista ao canal de televisão Pershyi, refere o Kyiv Independent.
-
Zelensky encontra-se com primeiro-ministro da Islândia e agradece "apoio no caminho para a NATO"
Zelensky está na Islândia para um encontro com o primeiro-ministro Bjarni Benediktsson. Na rede social X, o Presidente da Ucrânia agradece “o apoio da Islândia e dos Estados parceiros nórdicos no apoio à Ucrânia desde o primeiro dia da invasão” da Ucrânia.
“Também quero agradecer o apoio ao nosso país no caminho para a NATO”, refere. “Convidar a Ucrânia para se juntar à Aliança é o primeiro ponto do ‘plano de vitória’ e um caminho de confiança para chegar a uma paz justa.”
Na mensagem, Zelensky frisa que é precisa união “para fazer frente a Putin” e “responder de forma conjunta a decisiva ao envolvimento da Coreia do Norte na agressão russa contra a Ucrânia e o uso da Rússia de armamento norte-coreano e iraniano”.
I had a meeting with the Prime Minister of Iceland, @Bjarni_Ben.
I am grateful to Iceland and the Nordic partner states for supporting Ukraine since the very first days of the full-scale war. I also thank Iceland for supporting our country on the path to NATO. Inviting Ukraine… pic.twitter.com/BxMoWC7CwP
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 28, 2024
-
EUA não vão impor novos limites à forma como Ucrânia usa armas norte-americanas se Coreia do Norte entrar na guerra
Os EUA não tencionam impor novos limites à forma como a Ucrânia usa armas norte-americanas se a Coreia do Norte entrar na guerra, anuncia o Pentágono.
O Pentágono estima que mais de 10 mil soldados da Coreia do Norte tenham sido enviados para a Rússia para treino. É um aumento face à estimativa de 3 mil soldados revelada na quarta-feira passada, nota a Reuters.
-
Tropas russas ganharam 478 quilómetros quadrados este mês em território ucraniano
O exército russo avançou 478 quilómetros quadrados em território ucraniano desde o início de outubro, naquele que é o maior ganho territorial de Moscovo num mês desde as primeiras semanas de guerra, em 2022, segundo a agência AFP.
Com base em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), organismo norte-americano, a agência noticiosa France-Presse (AFP) indicou que até domingo as forças russas tinham avançado mais no terreno na comparação com agosto e setembro (477 e 459 quilómetros quadrados, respetivamente).
A região de Donetsk, onde se situa um importante centro logístico, foi um cenário de dois terços dos avanços russos em outubro (324 quilómetros quadrados). As forças de Moscovo estão agora a poucos quilómetros da cidade, para a qual se aproximam pelo sul e pelo leste.
-
EUA também confirmam presença de soldados da Coreia do Norte na Rússia
Depois de o secretário-geral da NATO ter confirmado, os Estados Unidos da América reforçam o comunicado de Mark Rutte, indicando que foram enviados cerca de 10.000 militares da Coreia do Norte para serem treinados na Rússia e combaterem contra a Ucrânia.
Segundo a porta-voz do Pentágono Sabrina Singh, citada pela Associated Press, alguns desses soldados norte-coreanos já estarão mais próximos da fronteira ucraniana, a avançar para a região de Kursk.
-
Kremlin nega envolvimento nas eleições da Geórgia
Moscovo não interfere no que se passa internamente na Geórgia, nem tem planos para tal, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência estatal russa TASS.
Peskov vai mais longe e aponta o dedo a “várias forças da Europa”, afirmando que tentaram realmente influenciar o resultado das eleições, ao contrário das acusações que fazem à Rússia.
-
Índia pode mediar paz entre Rússia e Ucrânia?
José Filipe Pinto reflete sobre o papel da Índia numa possível solução para a guerra na Ucrânia. Ainda, com o aproximar das eleições norte-americanas, estará o Irão pronto para enfrentar os EUA?
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
-
Tropas da Coreia do Norte na Rússia. "NATO e Ocidente devem responder"
O professor da Academia Militar, António José Telo, diz que a presença da Coreia do Norte na Rússia é uma “escalada importante no conflito na Ucrânia” e que a NATO e o Ocidente “devem responder”.
Ouça aqui a entrevista a António Jose Telo
Tropas da Coreia do Norte na Rússia. “NATO e Ocidente devem responder”
-
Quase 80% dos edifícios de Vovchansk foram destruídos por ataques russos
Uma investigação levada a cabo pela Bellingcat em conjunto com a agência France Presse permitiu concluir que 80% dos edifícios de Vovchansk foram destruídos desde o início da invasão russa à Ucrânia.
Esta cidade que se situa na região de Kharkiv a apenas cinco quilómetros da fronteira com a Rússia foi um dos alvos mais atacados pelas tropas de Moscovo.
Foram destruídas escolas, bibliotecas e igrejas, sendo que os habitantes da cidade relataram que os militares russos chegaram a disparar contra civis que tentavam fugir.
-
Zelensky critica diretamente Guterres e acusa-o de tomar uma posição "surreal" e "pró-russa" no conflito
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou, pela primeira vez diretamente, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
Para o Presidente ucraniano, ao deslocar-se à cimeira do BRICS, em Kazan, na Rússia, António Guterres fez algo “surreal”. “E isto não é apenas sobre as Nações Unidas, é sobre muitos países”, afirmou, numa entrevista ao Times of India.
Volodymyr Zelensky ataca depois a ideia de que António Guterres se deve assumir “neutral” no conflito. “Não se pode dizer que é neutral nesta guerra. Ser neutral é estar ao lado da Rússia”, argumentou o Presidente da Ucrânia.
“Entre o agressor e a vítima, não pode haver neutralidade”, prosseguiu Volodymyr Zelensky. “É um apoio escondido à Rússia”, ataca ainda o Chefe de Estado.
No entender de Volodymyr Zelensky, quem “esteve presente” na cimeira de paz e falou sobre a “neutralidade” e de que “gostava de resolver a guerra” — como António Guterres fez questão de realçar — parece mais ser “pró-russo”.
“Quer queiram ou não, quer entendam ou não, existe um facto: neutralidade nesta guerra significa apoio da Rússia”, reiterou Volodymyr Zelensky; acrescentando: “Isto é guerra. Depois de todas as vítimas, tortura, deportações de crianças…”
-
Morreram 2.045 soldados ucranianos durante o dia de ontem, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia
As tropas de Moscovo mataram 2.045 soldados ucranianos durante o dia de ontem, segundo o Ministério da Defesa russo.
Além destas perdas, o Ministério aponta que desde o início da guerra a Rússia já destruiu, entre outros, 647 aeronaves, 283 helicópteros, 18.894 tanques, 27.694 veículos militares e 584 sistemas de mísseis antiaéreos.
A Rússia não anuncia as próprias perdas.
-
"Expansão perigosa". NATO confirma que há tropas norte-coreanas a caminho de Kursk, na Rússia
O secretário-geral da NATO anunciou hoje que militares norte-coreanos estão a caminho de região russa de Kursk, ocupada pela Ucrânia, e exigiu à Rússia que “pare imediatamente” com o que classificou de uma “expansão perigosa” da guerra.
“Hoje posso confirmar que as tropas norte-coreanos enviadas para a Rússia estão a caminho da região de Kursk”, disse Mark Rutte, numa declaração sem direito a perguntas no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.
O secretário-geral da NATO considerou que o “envolvimento de tropas norte-coreanas é uma escalada significativa na guerra ilegal da Rússia” e é “mais uma quebra de todas as resoluções do Conselho de Segurança” das Nações Unidas.
“É uma expansão perigosa da guerra da Rússia. A NATO exige que pare imediatamente com estas ações”, completou Mark Rutte.
-
Morreram 690.720 militares russos desde o início da guerra, segundo Estado Maior da Ucrânia
O Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia anunciou que morreram 690.720 militares russos desde o início da guerra entre os dois países, sendo que 1.680 foram abatidos durante o dia de ontem.
— Armed Forces of Ukraine ???????? (@UArmedForces) October 28, 2024
No mesmo relatório pode ler-se ainda que Kiev destruiu, entre outros, 9.120 tanques, 18.395 blindados de combate, 984 sistemas de defesa aérea, 17.867 ‘drones’ e 27.660 tanques de combustível.
As forças ucranianas não declaram as próprias perdas.
-
Grupo de ex-soldados norte-coreanos procura desincentivar militares que vão reforçar as forças russas na Ucrânia
Um grupo de quase 200 ex-soldados norte-coreanos a viver na Coreia do Sul vai desincentivar os militares do regime de Pyongyang que se preparam para reforçar as tropas de Moscovo na Ucrânia, anunciou hoje o South China Morning Post.
Este grupo de antigos soldados é formado por desertores com pelo menos sete anos de experiência militar e pretende aproveitar o conhecimento interno que tem acerca das forças da Coreia do Norte para demover os soldados norte-coreanos.
“Somos todos veteranos militares que compreendem a cultura militar e o estado psicológico da Coreia do Norte melhor do que ninguém”, sublinhou Ahn Chan-il, um dos membros do grupo.
-
Ataque russo em Kharkiv provoca 21 feridos, incluindo cinco crianças
Uma série de ataques aéreos russos a Nordeste de Kharkiv durante a madrugada de hoje provocou 21 feridos, incluindo cinco crianças, segundo o Serviço de Emergência do Estado, citado pelo Kyiv Independent.
Ihor Terekhov, presidente da Câmara, anunciou no Telegram que foram destruídos pelo menos três apartamentos em Kharkiv. Terekhov disse ainda que estão a decorrer operações de resgate num prédio de nove andares.
Durante o dia de ontem, seis pessoas ficaram feridas vítimas de ataques russos aos distritos de Saltivskyi e Shevchenkivskyi.