Momentos-chave
- Zelensky já apresentou plano de vitória a Joe Biden
- "Temos de continuar a pressão sobre a Rússia para parar esta guerra"
- Zelensky toma a palavra. Começa por agradecer participação dos EUA na cimeira de paz
- "EUA apoiam a Ucrânia não por caridade, mas porque é do nosso interesse estratégico"
- Invasão da Ucrânia é "uma agressão contra os princípios fundamentais da soberania e integridade territorial", diz Harris
- Zelensky e Kamala Harris discursam na Casa Branca
- Ofensiva russa viola Direito Internacional e Carta das Nações Unidas, acusa Montenegro
- Luís Montenegro oficializa candidatura portuguesa a lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança
- China disponível para disponibilizar ajuda humanitária à Ucrânia
- Ucrânia e Rússia deverão trocar 13 crianças deslocadas
- Zelensky apresenta hoje o plano de vitória ucraniano a Biden e Harris
- O que está a acontecer
- O que tem Biden a ganhar com Zelensky?
- Zelensky agradece o pacote de ajuda de 7,2 mil milhões de euros dos EUA
- Rússia anuncia ocupação de Ukrainsk, em Dontesk, e morte de 880 soldados ucranianos
- Mais de 30 países anunciam "Declaração Conjunta de Apoio à Recuperação e Reconstrução da Ucrânia"
- Mais de 10 drones abatidos em Kiev. Três mortos e 24 feridos em ataques noturnos na Ucrânia
- EUA vão anunciar novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de mais de 8 mil milhões de dólares
Histórico de atualizações
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Bom dia. Este liveblog encontra-se arquivado, mas o Observador continua esta sexta-feira a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia. Pode seguir tudo neste novo liveblog.
“Todas as negociações foram exatamente como a Ucrânia precisava”, afirma Zelensky
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Zelensky já apresentou plano de vitória a Joe Biden
O Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, onde discutiram o “plano de vitória” de Kiev, tal como anunciado. Durante a reunião, Biden destacou duas dimensões essenciais para o apoio à Ucrânia: apoio militar para manter posições campo de batalha e apoio financeiro para reconstruir o país.
Os dois chefes de Estado discutiram os detalhes do plano e, tomando-o como ponto de partida, definiram os passos seguintes, segundo relatou Zelensky numa publicação no X. Contudo, apesar de ter dito que o plano foi apresentado, Zelensky continua sem adiantar detalhes sobre o seu conteúdo.
During the meeting with @POTUS, I presented the Victory Plan to him. We discussed details to strengthen the Plan, coordinated our positions, views, and approaches, and tasked our teams with holding consultations on the next steps.
We deeply appreciate that Ukraine and the United… pic.twitter.com/ow67qHZqF9
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 26, 2024
Num vídeo da reunião, o Presidente afirma ainda que realizou 26 reuniões bilaterais com Estados parceiros, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Trump vai encontrar-se com Zelensky amanhã
Donald Trump vai encontrar-se com Volodymyr Zelensky amanhã.
Na rede social Truth Social, Trump publica um email que contém uma mensagem que é atribuída ao Presidente da Ucrânia.
Na mensagem, é mencionado que Zelensky pode “estar em Nova Iorque na sexta-feira”.
“Acredito que é importante para nós ter um contacto pessoal e compreender-nos a 100%”, é possível ler na mensagem.
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"Temos de continuar a pressão sobre a Rússia para parar esta guerra"
“Temos de continuar a pressão sobre a Rússia para parar esta guerra e atingir uma paz verdadeiramente duradoura e justa”, diz Zelensky.
“É uma prioridade para nós”, diz, por isso é “necessário manter as sanções”, defende.
E, tal como fez ontem na Assembleia-geral das Nações Unidas, destaca a importância de responsabilizar quem está envolvido em crimes de guerra.
A intervenção termina, sem direito a perguntas dos jornalistas presentes na sala.
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Zelensky toma a palavra. Começa por agradecer participação dos EUA na cimeira de paz
Zelensky intervém agora na Casa Branca, antes do encontro com Kamala Harris e Joe Biden.
Começa por agradecer a presença da vice-presidente norte-americana na cimeira de paz. Agora, salienta que é necessário “proteger o povo ucraniano” e agradece o “apoio dos EUA” nesse trabalho.
“Acreditamos que esta guerra pode ser vencida e que uma paz justa pode ficar mais próxima com os EUA.”
É o sétimo encontro entre Zelensky e Harris, que atira um “e não será o último”.
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"Nada sobre o fim desta guerra pode ser decidido sem a Ucrânia", assegura Harris
“Putin começou esta guerra e pode acabá-la amanhã, simplesmente se retirasse as suas tropas do território soberano da Ucrânia”, continua Kamala Harris, ao lado de Zelensky.
Acusa Putin de estar a atacar infraestruturas civis na Ucrânia e a aterrorizar civis.
Assegura que, tal como fez na Suíça, ao transmitir aos países que concordaram com a fórmula de paz da Ucrânia, “nada sobre o fim desta guerra pode ser decidido sem a Ucrânia”.
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"EUA apoiam a Ucrânia não por caridade, mas porque é do nosso interesse estratégico"
“A História mostra-nos que, se deixarmos um agressor tomar terra, ele não irá parar. Putin pode apontar para a Polónia, para os Estados Bálticos e outros aliados da NATO”, exemplifica Kamala Harris. “Também sabemos que outros possíveis agressores estão a ver, à espera do que vai acontecer.”
“A História lembra-nos e é tão clara a mostrar-nos que os EUA não se podem isolar o resto do mundo”, assegura.
Kamala Harris diz que “os EUA apoiam a Ucrânia não por caridade, mas porque é do nosso interesse estratégico”.
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Invasão da Ucrânia é "uma agressão contra os princípios fundamentais da soberania e integridade territorial", diz Harris
Kamala Harris nota que “o povo americano sabe bem a importância da liberdade, da independência e do direito internacional”.
Descreve que são “ideais são centrais” para o povo americano e que “alguns dos momentos mais importantes” da história do país aconteceram quando fizeram “frente aos agressores, como Putin”. “Tal como temos de fazer agora.”
“A agressão de Putin não é só uma agressão às pessoas da Ucrânia, é uma agressão contra os princípios fundamentais da soberania e integridade territorial.”
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Zelensky e Kamala Harris discursam na Casa Branca
Começou neste momento a conferência de imprensa conjunta entre Volodymyr Zelensky e Kamala Harris.
A atual vice-presidente dos EUA salienta que país “tem de apoiar os seus aliados e honrar os seus valores e estar contra os agressores”. “Temos de defender a segurança e as normas internacionais e um desses princípios está em causa na Ucrânia”, diz Harris.
“É por isso que a luta da Ucrânia importa ao povo americano. Os ucranianos estão a defender as suas casas e o seu território, a sua liberdade e democracia de um agressor brutal”, frisa Kamala Harris.
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Ofensiva russa viola Direito Internacional e Carta das Nações Unidas, acusa Montenegro
Na sua intervenção na Assembleia Geral das Nações Unidas, Montenegro condenou “de forma veemente” “a guerra de agressão da Federação Russa contra a Ucrânia”, notando que esta é uma “violação flagrante do Direito Internacional”.
“Os efeitos negativos desta guerra — crise alimentar, energética e inflacionista — ecoam no mundo interio, com maior impacto nas regiões mais frágeis”, declarou. “Não podemos aceitar o precedente da mudança unilateral de fronteiras pela força, em violação da Carta das Nações Unidas”, rematou Montenegro.
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Luís Montenegro oficializa candidatura portuguesa a lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, discursa pela primeira vez na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde destacou o compromisso português com a paz e o multilateralismo. Nesse sentido, Portugal é candidato a um lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança, para o biénio 2027-2028, anunciou, de forma oficial perante a ONU.
“Guia-nos a vontade de trabalhar para prevenir conflitos, promover um espírito de parceria e proteger as pessoas”, afirmou Montenegro, repetindo críticas ao funcionamento deste órgão das Nações Unidas. “Enquanto a guerra prossegue, com consequências terríveis dentro e fora da Ucrânia, o Conselho de Segurança tem estado em silêncio. Mesmo quando resolução são aprovadas, frequentemente ficam por cumprir”, acusou o chefe do Governo.
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Rússia ataca estação de comboios na região de Sumy. Três pessoas ficaram feridas
A Rússia atacou esta tarde uma estação de comboios na cidade de Druzhba, na região de Sumy. A informação foi avançada pelo procurador regional no Telegram e é citada pela agência ucraniana Ukrinform.
O ataque ocorreu às 13 horas locais, 11 horas em Lisboa e foi feito com recurso a drones FPV. Três funcionários da estação de comboios ficaram feridos.
Foi aberta uma investigação ao caso, já que as autoridades locais referem que foram usados meios de combate que são proibidos pelo direito internacional.
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Alemanha aprova apoio militar de 400 milhões de euros à Ucrânia
O Bundestag aprovou hoje a proposta do governo alemão para um apoio de mais 400 milhões euros de ajuda militar à Ucrânia.
“Isto permitirá a aquisição de defesa aérea adicional, tanques, drones, munições e peças sobressalentes, o que reforçará efetivamente as forças armadas ucranianas na defesa do seu país”, é possível ler num comunicado do governo alemão.
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China disponível para disponibilizar ajuda humanitária à Ucrânia
A China diz que está “a monitorizar atentamente a situação humanitária na Ucrânia” e que “está preparada para disponibilizar nova ajuda de acordo com as necessidades da Ucrânia”. A informação foi avançada por Wang Yi, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, após um encontro com Andrii Sybiha, o líder do gabinete da Presidência da Ucrânia.
O encontro aconteceu em Nova Iorque, à margem da Assembleia-geral das Nações Unidas, escreve a Ukrinform.
O ministro chinês referiu que o país “tem sempre defendido uma resolução pacífica das disputas” e que a China “nunca toma parte nos jogos geopolíticos”.
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Ucrânia e Rússia deverão trocar 13 crianças deslocadas
A Ucrânia e a Rússia vão trocar 13 crianças que foram deslocadas após a invasão russa. A informação foi avançada por fontes do Qatar, que mediaram as conversações, escreve o Guardian.
A Rússia foi acusada de ter forçado a deportação de milhares de crianças ucraniana nas áreas da Ucrânia que são atualmente controladas pelas forças russas.
“O processo de reunificação das famílias envolve a reunificação segura de nove menores e um adulto com as suas famílias na Ucrânia”, citou a AFP. “Também vai incluir a reunificação de quatro menores com as suas famílias na Rússia.”
Os nove menores ucranianos têm idades entre os 12 e os 17 anos e vão ser acompanhados por um familiar, que tem 19 anos. Dois dos menores ucranianos têm paralisia cerebral e foram colocados numa casa de apoio antes da guerra — ambos vão ser acompanhados por uma equipa médica no regresso ao país.
As crianças russas têm entre dois e sete anos. Dois deles estavam em centros de apoio antes do início da guerra.
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Três infraestruturas energéticas atingidas por drone na Ucrânia
Denys Shmyhal, o primeiro-ministro da Ucrânia, anuncia que três infraestruturas energéticas do país foram atingidas por um ataque de drones e mísseis durante a madrugada.
Numa publicação no Telegram, Shmyhal diz que “os terroristas russos não conseguiram atingir os seus objetivos — o sistema energético da Ucrânia está a operar de modo equilibrado, não há cortes de energia planeados”.
Segundo Shmyhal, uma das infraestruturas atingidas fica na região de Mykolaiv, no sudoeste da Ucrânia, mas sem especificar a localização das outras duas.
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Ataque russo mata três pessoas na região de Donetsk
A Rússia continua a atacar a zona Este da Ucrânia esta quinta-feira, matando pelo menos três pessoas e deixando cinco feridos, avançam fontes regionais.
O governador da região, Vadym Filashkin ,disse numa mensagem no Telegram que uma pessoa foi morta e três outras ficaram feridas perto da cidade de Chasiv Yar, onde as tropas russas têm feito pressão nos últimos meses.
Segundo a Reuters, Filashkin disse ainda que durante a noite outras duas pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas, num bombardeamento russo perto de Toretsk.
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Zelensky apresenta hoje o plano de vitória ucraniano a Biden e Harris
Joe Biden vai receber o Presidente ucraniano na Casa Branca, hoje, pelas 18h45. Segundo a informação citada pela AFP, Zelensky deverá prestar declarações, juntamente com Kamala Harris, às 20h05.
Nesta visita, o chefe de Estado ucraniano vai apresentar o seu plano de vitória que, segundo Zelensky, contém as medidas a implementar até ao fim do ano, para assegurar o cessar da guerra e a vitória ucraniana. Também será debatido o tema dos mísseis de longo alcance, existindo, até ao momento, uma proibição de recurso a este armamento ocidental, para atacar localidades dentro das fronteiras russas.
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O que está a acontecer
- Joe Biden anuncia um novo pacote de ajuda de 7,2 mil milhões de euros à Ucrânia durante encontro com Zelensky em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
- Alterações à doutrina nuclear russa são “aviso para o Ocidente”, alerta Kremlin.
- Rússia anuncia ocupação da cidade de Ukrainsk e afirma que morreram 670 militares ucranianos.
- Mais de 30 países, incluindo os EUA, reafirmam apoio à Ucrânia e anunciaram condições para recuperação e reconstrução do país.
- Forças de defesa aérea de Kiev intercetam drones russos em direção à capital, causando danos materiais.
- Vários ataques nas regiões ucranianas de Kherson, Odessa e Zaporíjia provocaram mortos, feridos e danos.
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O que tem Biden a ganhar com Zelensky?
À margem da reunião magna das Nações Unidas que decorre em Nova Iorque, multiplicam-se os encontros bilaterais e trilaterais. Esta quinta-feira, Zelensky vai apresentar a Biden plano para a vitória.