A administração de Joe Biden vai desviar mais de 90 milhões de euros de apoio militar inicialmente alocado ao Egípcio para o Líbano, para reforçar os esforços de implementação do cessar-fogo na região. Segundo a Associated Press, este pacote também vai mobilizar para Beirute 7,5 milhões que tinham como destino Israel.

“A maior parte do dinheiro vai para as forças armadas libanesas”, escreve a imprensa norte-americana. Estes fundos têm o objetivo de ajudar as autoridades do Líbano a mobilizarem as suas forças para a região previamente ocupada pelo Hezbollah e apoiar as missões promovidas pela ONU.

Se o grupo curdo YPG (Unidade de Defesa Popular) não se dissolver, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia admite uma “operação militar” contra o conjunto que encabeça as Forças Democráticas da Síria (SDF).

Em entrevista à CNN Turk, Hakan Fidan diz que as forças turcas vão “fazer tudo o que for necessário” para garantir que as suas exigências são cumpridas.

Fidan acredita que a nova liderança da Síria também deve abordar o tema, mas ressalvando que ainda podem demorar algum tempo uma vez que o processo de transição continua em curso. O chefe da diplomacia turca acrescenta que o novo governo tem “o poder” para combater o YPG no terreno sem qualquer ajuda.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar hoje que “o inferno vai explodir no Médio Oriente” se o grupo islamita palestiniano Hamas não libertar os reféns antes da sua posse, a 20 de janeiro.

“Se não libertarem os reféns até à data da tomada de posse, o Médio Oriente será um inferno e isso não será bom para o Hamas, nem para ninguém. O caos vai instalar-se”, disse Trump durante uma conferência de imprensa na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida.

Nas declarações à imprensa, Steve Witkoff, escolhido por Trump como enviado especial para o Médio Oriente, afirmou que os negociadores estão a “fazer muitos progressos” nas negociações para a libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza, a decorrer atualmente em Doha, Qatar.

A Irlanda juntou-se oficialmente à queixa apresentada pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia por alegado genocídio na Faixa de Gaza, informou a instituição judicial num comunicado hoje publicado.

Segundo o comunicado, as autoridades irlandesas apresentaram segunda-feira a documentação necessária à formalização da “declaração de intervenção” no caso, tal como anunciado pelo Governo de Dublin em dezembro do ano passado.

Especificamente, a Irlanda acredita que Israel pode estar a falhar no cumprimento de uma série de artigos da Convenção das Nações Unidas sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio com os seus ataques à Faixa de Gaza.

As forças de segurança da nova liderança síria iniciaram hoje uma “ampla campanha de busca” para capturar membros do antigo regime de Bashar al-Assad no município de Zabadani, a oeste da capital Damasco, divulgou a agência noticiosa oficial SANA.

“A campanha de busca visa confiscar depósitos de munições escondidos, além de prender membros das milícias de Assad que se recusaram a depor as armas”, segundo a mesma fonte.

As novas autoridades da Síria pediram à população civil da zona que colabore com as forças de segurança “para livrar a área dos criminosos e das armas”, acrescentou a agência.

As Forças de Defesa de Israel mataram pelo menos três palestinianos em operações em zonas ocupadas da Cisjordânia, durante o dia de hoje, segundo a Reuters.

O aumento da violência nesta zona da palestina regista-se, após ontem dois homens palestinianos terem disparado sobre viaturas que passavam numa autoestrada perto de Nablus, causando a morte a três israelitas.

As forças israelitas afirmaram que hoje num confronto com palestinianos militantes, em Tamu, nos arredores de Nablus, morreram duas pessoas vítimas de um ataque aéreo. Anunciaram também que um homem de 40 anos foi morto a tiro, em Taluza, uma localidade da mesma região.

Um comandante do braço armado do Hamas foi morto pelas forças israelitas na Cisjordânia, confirmou o grupo palestiniano.

No comunicado das Brigadas Qassam, consultado pela AlJazeera, lê-se que Dababshe foi morto “numa operação cobarde”, numa aldeia de Nablus, cidade na Cisjordânia. O braço armado do Hamas lembra “o percurso do seu líder martirizado que teve várias batalhas e confrontações com o inimigo sionista”.

O secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken será alvo de um processo judicial por ser “um parceiro da guerra de exterminação” da Faixa de Gaza, afirmou um alto funcionário do Hamas.

“As suas declarações são enganadoras e nós não confiamos nelas. A sua parceria nos crimes contra o nosso povo será alvo de uma ação judicial”, disse Osama Hadman, citado pelo Times of Israel.

Numa conferência de imprensa hoje na Argélia, após negociações com mediadores internacionais para um acordo com Israel, Hadman criticou Blinken, depois deste, durante o fim de semana, ter responsabilizado o Hamas por ainda não se ter atingido um cessar fogo.

O Hamas reiterou que exige um cessar fogo definitivo em Gaza para assinar qualquer acordo de libertação de reféns, noticia a Reuters.

Osama Hamdan, representante do Hamas, disse, numa conferência de imprensa, que o movimento sunita quer “o final da agressão e uma retirada total do território invadido desde o início da ofensiva”. Hamdan afirmou que Israel era responsável pela dificuldade das negociações.

A posição foi defendida nas negociações desta terça-feira com mediadores do Catar e Egito, consideradas o esforço mais significativo nos últimos meses para alcançar um cessar fogo na Faixa de Gaza.

Osama Hamdan comentou também que Donald Trump deveria ser “mais disciplinado e diplomático” nas suas declarações, após ter o presidente eleito dos Estados Unidos ter ameaçado o Hamas de consequências graves, caso os reféns não fossem libertados até à sua tomada de posse, no dia 20 deste mês.

Os Emirados Árabes Unidos discutiram com Israel e os Estados Unidos da América o pós-guerra na Faixa de Gaza. Pela primeira vez, diz a Reuters, as discussões incluíram a hipótese de Abu Dhabi, juntamente com Washington e outros países, supervisionar temporariamente a governação, segurança e reconstrução do enclave após uma retirada israelita e até que uma administração palestiniana assegure essas funções.

A informação foi confirmada à Reuters por uma dúzia de diplomatas, que explicaram que para já ainda não se avançou para um plano formal por escrito.

As mesmas fontes disseram que, mais de um ano depois do início da guerra, Israel continua relutante em delinear a sua própria visão para Gaza, ao mesmo tempo que a comunidade internacional se tem debatido para formular um plano viável.

O primeiro voo internacional comercial desde a queda do regime de Bashar al-Assad, no início do mês passado, aterrou no aeroporto de Damasco, capital síria.

A agência Associated Press (AP) indica que o avião é propriedade da Royal Jordanian Airlines e partiu do Qatar rumo a Damasco para fazer esta viagem de teste, que teve com o objetivo avaliar as condições técnicas do aeroporto da capital da Síria para retomar os voos regulares.

O Qatar confirma que as conversações entre Israel e o Hamas para que seja alcançado um acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns estão a decorrer, com “reuniões técnicas” entre as duas partes.

“As reuniões técnicas ainda estão a decorrer entre as partes”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, segundo a Al Jazeera.

O porta-voz indicou também que as conversações sobre os pormenores de um possível acordo decorrem, neste momento, entre funcionários de Israel e do Hamas com um estatuto mais baixo na hierarquia: “Não há reuniões principais a decorrer neste momento.”

Pelo menos 45.885 palestinianos morreram e 109.196 ficaram feridos em ataques israelitas em Gaza desde 7 de outubro de 2023. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde da região, que é controlado pelo Hamas, segundo a Al Jazeera.

Israel garante estar totalmente comprometido em alcançar um acordo para a libertação dos reféns que estão em Gaza desde 7 de outubro de 2023, mas diz que enfrenta objeções por parte do Hamas.

“O Hamas é o único obstáculo à libertação dos reféns”, afirma Eden Bar Tal, diretor-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, segundo o The Times of Israel.

Eden Bar Tal diz ainda que a pressão internacional sobre o Hamas, principalmente de países que tenham influência sobre o grupo, será crucial para chegar a acordo.

Gal Hirsch, o ponto de contacto de Israel nos esforços para a libertação de reféns, vai reunir-se nos próximos dois dias com negociadores dos Estados Unidos, do Canadá, do Reino Unido, da Alemanha e da Áustria.

De acordo com o The Times of Israel, os representantes dos cinco países já estão em Israel para as reuniões, que começam hoje. Durante a tarde, deverão também encontrar-se com o Presidente israelita, Isaac Herzog, e com famílias de reféns.

O líder da oposição israelita, Yair Lapid, classificou a forma como o governo está a lidar com um possível acordo para a libertação de reféns como “um fracasso” e “contrária aos interesses políticos e de segurança” de Israel.

“O facto de os reféns ainda não terem regressado a casa é, antes de tudo, um fracasso, não há outra palavra”, afirmou Yair Lapid, segundo a Al Jazeera, acrescentando que o governo israelita tem “apoio da oposição” desde que “diga o que quer”. “O principal é que traga os reféns para casa — e não os está a trazer para casa”, salientou.

A Austrália tomou a decisão de não receber, em abril, um torneio internacional de hóquei no gelo devido a preocupações de segurança relacionadas com a participação israelita no evento.

De acordo com a Sky News Austrália, num email “estritamente confidencial”, a federação australiana de hóquei no gelo cancelou a organização do torneio ao justificar que “os protestos e atividades anti-Israel aumentaram significativamente” nas últimas semanas. As autoridades australianas avisaram a federação de que havia “uma grande probabilidade de um incidente ocorrer” durante o torneio “devido ao crescente sentimento anti-Israel em Melbourne”.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, descreveu o cancelamento do torneio como “lamentável”, mas notou que a maioria dos australianos não está familiarizado com o desporto em questão.