Josep Borrell esteve hoje reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, à margem do fórum regional da ASEAN, a realizar-se no Laos. Para além de terem discutido as relações entre a UE e a China e o impacto das políticas económicas de ambas as partes, o alto representante europeu para os assuntos dos negócios estrangeiros instou Wang Yi a discutir com a Rússia o futuro da ofensiva na Ucrânia.

“O alto representante pediu à China que utilize a sua influência na Rússia para contribuir para acabar a guerra. Ele pediu à China para apoiar o processo de paz da Ucrânia e considerar que a declaração conjunta com o Brasil, em maio de 2024, não vai nessa direção”, pode ler-se num comunicado da agência a UE.

A Rússia colocou a edição em russo do jornal alemão Bild na lista de agentes estrangeiros, anunciou hoje o Ministério da Justiça, que alega a publicação de “informações falsas” sobre as políticas do Kremlin (presidência) em relação à Ucrânia.

“A publicação Bild em russo difundiu informações falsas sobre as decisões tomadas pelas autoridades públicas da Federação Russa e as políticas por elas seguidas, bem como informações falsas destinadas a criar uma imagem negativa das Forças Armadas”, lê-se numa mensagem do Ministério da Justiça russo citada pela agência Tass.

Segundo o ministério, o Bild também se opôs à “operação militar especial” na Ucrânia, expressão usada pela Rússia para se referir à invasão do país vizinho, iniciada no final de fevereiro de 2022.

A classificação de agentes estrangeiros é uma forma que a Rússia usa para classificar organizações não-governamentais, órgãos de comunicação social ou até indivíduos que recebem a maior parte do seu financiamento do exterior.

Um caça Su-27 russo intercetou hoje sobre o Mar Negro um avião espião e dois caças britânicos, que mudaram de rumo após a aproximação, o terceiro incidente com aviões da NATO numa semana, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia.

“Um caça Su-27 da defesa aérea russa levantou voo para evitar uma violação da fronteira do Estado russo. A tripulação identificou os alvos aéreos como uma aeronave espiã RC-135 e de combate radioeletrónico e dois caças multifuncionais Typhoon da Força Aérea do Reino Unido”, informou o ministério russo.

“Perante a proximidade do caça russo, os aviões militares estrangeiros mudaram de rumo e afastaram-se da fronteira russa”, explicou o Governo russo, acrescentando que o avião russo regressou à sua base, depois de ter evitado a violação da fronteira.

O secretário-geral das Nações Unidas reuniu-se hoje com o presidente do Comité Olímpico Internacional (IOC), por ocasião da inauguração dos Jogos de Paris 2024, aproveitando para pedir que o desporto seja utilizado como forma de união e os países pausem os conflitos armados cumprindo a Trégua Olímpica.

“Quero expressar o total apoio das Nações Unidas ao IOC. Vivemos num mundo dividido em que os conflitos proliferam de forma dramática. O sofrimento horrível em Gaza, a guerra aparentemente interminável na Ucrânia, o terrível sofrimento do Sudão à RDC, do Sahel a Myanmar”, declarou Guterres, em declarações citadas pela Reuters.

A Trégua Olímpica foi criada durante os jogos na Grécia Antiga, em que todos os conflitos cessavam para que os atletas pudessem competir, “o primeiro registo histórico de uma iniciativa para a paz”, classificou Guterres. “É tempo de lembrar ao mundo a importância da Trégua Olímpica e de fazer o mundo perceber que temos de silenciar as armas”, acrescentou

A frase de Trump é de 19 de julho, depois de ter falado com o Presidente ucraniano, mas o Kremlin reagiu hoje publicamente quando questionado pelos jornalistas, avisando que foi sob Trump que os EUA começaram as sanções à Rússia.

“Estão a enfrentar uma máquina de guerra. É isso que eles (os russos) fazem, lutam em guerras. Derrotaram Hitler. Venceram Napoleão. Temos de acabar com esta guerra”, avisou Trump, segundo o candidato republicano contou depois à Fox News.

O porta-voz de Vladimir Putin saudou o comentário mas disse que Moscovo “nunca usou nem está a usar óculos cor-de-rosa”.

A declaração de Trump “provavelmente será útil para a maioria do público americano saber que há muitas páginas gloriosas na história da Rússia e, de facto, provavelmente poucas pessoas nos EUA, queremos dizer americanos comuns, e talvez representantes da elite política, conhecem a história com tanta profundidade”. respondeu Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias russa TASS.

Quando, na conversa telefónica que tem diariamente com a imprensa, um jornalista lhe falou do artigo de Mike Pompeo, es-secretário de Estado de Trump, onde aconselhava ao ex-Presidente dos EUA, novas sanções para a Rússia, Peskov respondeu:

“Nunca usámos e não usamos óculos cor-de-rosa. [Trump] é um representante da elite política dos EUA, que agora sofre absolutamente de uma total russofobia”, frisou.

“Sob Trump, os americanos começaram esta corrida de sanções, sob Trump um grande número de sanções foram impostas contra o nosso país, e a este respeito ele não é muito diferente para nós de todos os outros.Talvez ele mostre um pouco mais de sabedoria política em termos de manter canais de diálogo. Mas, de facto, não tem um impacto especial em nada, e devemos estar cientes disso”, rematou Peskov, segundo a agência de notícias Reuters.

É o mais recente de vários nomes do Ministério da Defesa da Rússia detidos. Dmitry Bulgakov, um ex- vice-ministro da Defesa, responsável pela logística militar até ser demitido em setembro de 2022, foi já acusado de corrupção, informou a agência de notícias Interfax, citada pela Reuters.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve hoje o ex-vice-ministro da Defesa Dmitri Bulgakov (2008-2022), acusado de um alegado crime de corrupção.

“Estão a ser realizadas ações de investigação e operações para estabelecer as causas e as condições que contribuíram para as atividades ilegais”, esclareceu a assessoria de imprensa do FSB, segundo a agência de notícias russa Interfax.

Bulgakov foi transferido para o centro penitenciário FKU Sizo-2, localizado nos arredores da capital russa, Moscovo.

As autoridades russas não forneceram, até ao momento, mais informações sobre o caso.

A detenção de Bulgakov segue-se às detenções de vários altos funcionários do ministério da Defesa nas últimas semanas.

Dmytro Kuleba diz que recebeu “um sinal” de que a China está trabalhar numa “solução permanente” para a guerra e elogiou o facto de considerar a soberania e a integridade da Ucrânia “invioláveis”.

Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano elogia China por trabalhar numa saída estratégica da guerra

Para o Major-General Arnaut Moreira, Trump tem vontade de resolver a guerra na Ucrânia, mas não tem um plano para a paz. Sublinha que eventual vitória do antigo presidente americano vai ter resultados imediatos na guerra.

Ouça aqui o novo episódio d’ “O Domínio da Guerra” da Rádio Observador.

“Trump acha que é a chave para resolver a guerra na Ucrânia”

É mais um capítulo na (errada) contabilidade das ajudas dos Estados Unidos à Ucrânia. Washington está a apoiar muito menos do que aquilo que foi aprovado pela administração Biden devido a uma sobreavaliação do armamento enviado para Kiev.

Um relatório divulgado ontem revela que o Pentágono encontrou mais 2 mil milhões de dólares (mais de 1,8 mil milhões de euros) de erros nos seus cálculos relativos a munições, mísseis e outros equipamentos enviados para a Ucrânia. Assim sendo, o valor do material indevidamente avaliado sobe para um total de 8,2 mil milhões de dólares, informa a Reuters.

O novo relatório do Government Accountability Office admite que
o Departamento de Defesa dos EUA não tem conseguido avaliar com exatidão o material militar enviado para a Ucrânia devido a definições contabilísticas pouco claras, acrescenta a agência de notícias britânica.

E o cálculo não é irrelevante. Em 2023, o Pentágono disse que foi usado o “valor de reposição” em vez do “valor depreciado” para apurar o valor do material enviado. Havia um erro de 6,2 mil milhões de dólares, pelo que outros milhares de milhões foram enviados para Kiev.

Mas não parou aí. Segundo a Reuters, o Pentágono disse ao GAO que, desde então, foram detetados mais 2 mil milhões de dólares de sobreavaliações. Ou seja, podem ser enviadas mais armas nesse valor para a Ucrânia.

O Presidente ucraniano tem avisado vezes sem fim de que a invasão russa não se ficará pela Ucrânia e os países vizinhos parecem dar-lhe ouvidos. A Lituânia está a elaborar planos para a evacuação em massa de civis em caso de guerra, informou o Ministério da Administração Interna, citado pela LRT, televisão pública.

País da NATO, a Lituânia teme o ameaçado confronto entre a Aliança Atlântica e Moscovo. Se a guerra estalar entre os dois blocos, o seu território corre sério risco de ser o primeiro afetado: faz fronteira com a Bielorrússia, aliada da Rússia, e com o enclave russo de Kaliningrado, fortemente armado.

Uma explosão no campo petrolífero e de gás na região ártica russa de Yamal-Nenets matou pelo menos uma pessoa e feriu outras sete, avançou a RIA Novosti.

Ainda não se sabe a origem, ou se há alguma intervenção ucraniana, mas a agência de notícias estatal russa adianta que as autoridades abriram um processo criminal preliminar sobre a potencial violação das normas de saúde e segurança industrial.

As vítimas seriam trabalhadores deste campo chamado Urengoyskoe East, que é explorado pela Rosneft, a empresa petrolífera estatal. Quatro dos feridos foram levados para o hospital, disse Dmitry Artyukhov, o governador da região, citado pela Ria Novosti.