Momentos-chave
- Com Trump, a questão territorial passa a segundo plano. Kiev quer "garantias de segurança"
- Peskov reitera que Putin não conversou com Trump e diz que não há qualquer chamada planeada
- Zelensky diz que Rússia está a "expandir a ofensiva", em particular "na direção de Kupiansk"
- Ucrânia está "cautelosamente otimista" com possibilidade de Biden dar luz verde para atacar alvos russos a longa distância
- Zelensky falou com Scholz e agradeceu-lhe apoio da Alemanha
- Trump deverá nomear um enviado especial para liderar negociações para o fim da guerra na Ucrânia
- Moscovo ameaça reação “destrutiva” se Kiev for autorizada a atacar na Rússia
- Blinken encontrou-se com ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia
- Scholz reforça posição contra uso de armas de longo alcance em território russo
- Moscovo ordena detenção da vice-presidente do TPI
- Ucrânia recebe 1,2 mil milhões de euros em apoio humanitário dos EUA
- Blinken confirma apoio reforçado à Ucrânia no fim do mandato de Biden
- Kremlin alerta Polónia sobre sistema de defesa anti-aérea
- Tropas norte-coreanas já combatem com russos em Kursk, de acordo com o Pentágono
- Homem ferido e incêndio em armazém, após ataque russo a Kiev
- 1.770 soldados russos mortos nas últimas 24 horas, segundo forças ucranianas
- Explosões em Kiev após ataque russo
Histórico de atualizações
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Obrigada por ter acompanhado este liveblog. Pode continuar a seguir todas as atualizações desta quinta-feira sobre a guerra na Ucrânia neste novo artigo que abrimos.
Promessa de Trump de acabar a guerra num dia “nunca vai acontecer”, diz embaixador russo na ONU
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Com Trump no poder, onde fica a UE?
José Filipe Pinto não tem dúvidas de que a União Europeia deve alinhar nos planos dos Estados Unidos, mas não em tudo. O especialista em Movimentos Extremistas reflete: “Afinal, onde fica a UE?”
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” a Rádio Observador.
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Com Trump, a questão territorial passa a segundo plano. Kiev quer "garantias de segurança"
“A questão territorial é muito importante, mas continua a ser a segunda questão. A primeira são as garantias de segurança”, afirma um oficial ucraniano sob anonimato. As declarações ao New York Times, às quais se somam a confirmação do presidente do comité de Defesa e Serviços Secretos do parlamento ucraniano, contrariam o que Kiev tem definido como prioridade para alcançar a paz com Moscovo: o respeito pelas suas fronteiras e a retirada total das tropas russas dos territórios ocupados.
A mudança de posição justifica-se com a reeleição de Donald Trump, que tem uma posição muito menos firme no apoio à defesa ucraniano que o atual Presidente Joe Biden. Assim, Kiev quer dialogar novamente com os seus aliados em Washington, mas pondo no centro da conversa as garantias securitárias que um cessar-fogo traria à Ucrânia, que parece ser uma aposta com mais benefícios que o respeito das fronteiras que tem sido focado até aqui. Agora, Kiev mostra-se diponível para criar mesmo uma zona tampão entre as tropas russas e ucranianas, enquanto se continua a apostar no desenvolvimento e reconstrução da Ucrânia.
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Peskov reitera que Putin não conversou com Trump e diz que não há qualquer chamada planeada
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, voltou a garantir hoje, à agência TASS, que o Presidente russo, Vladimir Putin, ainda não falou com o Presidente eleito norte-americano, Donald Trump.
O responsável pela comunicação do Kremlin assegura ainda que não existem quaisquer preparativos para uma conversa telefónica entre os dois líderes.
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Zelensky diz que Rússia está a "expandir a ofensiva", em particular "na direção de Kupiansk"
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje, no seu discurso diário, que a região de Donetsk é aquela a que as forças armadas ucranianas estão a “prestar mais atenção”.
Volodymyr Zelensky referiu que os “ocupantes” estão a tentar “expandir a sua ofensiva, especialmente na direção de Kupiansk”.
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Biden pede a Trump que apoie a Ucrânia no primeiro encontro após presidenciais
O Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu hoje ao seu sucessor, Donald Trump, que apoie a Ucrânia, durante o encontro de pouco menos de duas horas, segundo a Casa Branca.
Na Casa Branca, o Presidente cessante “sublinhou a sua opinião de que o apoio contínuo dos EUA à Ucrânia” é do “interesse de segurança nacional” para os EUA, disse o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, numa conferência de imprensa.
Trump tem questionado a ajuda militar dos EUA à Ucrânia perante a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, e garantiu que acabará com a guerra “em um dia”, apesar de não especificar como.
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Ucrânia está "cautelosamente otimista" com possibilidade de Biden dar luz verde para atacar alvos russos a longa distância
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse hoje, após encontrar-se com o secretário de Estado Antony Blinken, que o país está “cautelosamente otimista” em relação a uma possível luz verde de Joe Biden para que as Forças Armadas ucranianas possam atacar alvos russos a longa distância.
Citado pela Reuters, Andrii Sybiha confirmou que o assunto foi discutido com Antony Blinken.
Sobre a chegada de Donald Trump ao poder e os últimos meses de Joe Biden à frente dos Estados Unidos, Andrii Sybiha diz que a Ucrânia tem uma “imagem clara” do que será “entregue à Ucrânia até ao final do ano”. “Isto ajuda-nos a estrategicamente planear as nossas ações no campo de batalha.”
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Zelensky falou com Scholz e agradeceu-lhe apoio da Alemanha
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou hoje ao telefone com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, agradecendo-lhe pela “assistência na área da defesa e na liderança em unir os parceiros para apoiar a Ucrânia”.
I spoke with @Bundeskanzler Olaf Scholz and thanked him for Germany’s significant bilateral defense assistance and its leadership in uniting partners to support Ukraine.
Chancellor Scholz confirmed that the sixth planned IRIS-T air defense system will be delivered to Ukraine by… pic.twitter.com/2oLWObdHzT
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 13, 2024
O Presidente ucraniano indicou que Olaf Scholz lhe confirmou que a Alemanha vai enviar o sexto sistema de defesa IRIS-T. “Serão entregues à Ucrânia no final do ano. Também discutimos as entregas na área da defesa para o próximo ano.”
“Coordenamos os passos para garantir a melhor defesa e política possível à Ucrânia. Concordamos na importância de manter o formato ‘Ramstein’”, escreveu Volodymyr Zelensky no X (antigo Twitter).
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"Trump não trará surpresas para as guerras"
Bruno Cardoso Reis diz que os nomes indicados para a administração Trump estão muito alinhados com o discurso do presidente eleito. Ainda, a pressão de Blinken para o fim da guerra vai funcionar?
Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Trump deverá nomear um enviado especial para liderar negociações para o fim da guerra na Ucrânia
O Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, deverá nomear em breve um enviado especial para liderar as negociações para o fim da guerra na Ucrânia, avança hoje a Fox News.
Uma fonte indicou à Fox News que haverá um “enviado especial muito sénior com muita credibilidade que terá a missão de encontrar uma resolução, para ter um acordo de paz”.
A nomeação acontecerá em “breve”, acrescentou a mesma fonte.
Segundo a Fox News, o cargo não será remunerado. Entre 2017 e 2019, Donald Trump nomeou Kurt Volker como representante especial para as negociações na Ucrânia para terminar com o conflito que, na altura, ainda estava reduzido ao Donbass.
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Moscovo ameaça reação “destrutiva” se Kiev for autorizada a atacar na Rússia
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou hoje que a eventual autorização do Ocidente à Ucrânia para atacar alvos em território russo com mísseis de longo alcance terá uma resposta “imediata e destrutiva”.
“A resposta à utilização de sistemas ocidentais de longo alcance em todo o território do nosso país será imediata e destrutiva”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, durante a conferência de imprensa diária.
A Rússia considerará uma eventual autorização ocidental – repetidamente pedida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zenlensky – como o “envolvimento dos países da NATO num conflito direto com a Rússia”, acrescentou.
“Isto irá mudar a essência do conflito e a sua natureza, com todas as consequências que daí advêm”, concluiu.
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Blinken encontrou-se com ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia
Ainda em Bruxelas, Antony Blinken reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, depois da sua reunião com o secretário-geral da NATO.
Em comunicado emitido pelo Departamento de Estado dos EUA, os dois chefes diplomáticos “discutiram a continuação do aumento do ajuda dos Estados Unidos à segurança da Ucrânia, incluindo artilharia, defesa aérea, veículos blindados e outras capacidades e munições necessárias”.
Como foi o caso na discussão com Mark Rutte, Blinken e Sybiha também mencionaram a recente “escalada do conflito” por parte da Rússia, com o envolvimento de soldados da Coreia do Norte no campo de batalha.
“O Secretário de Estado sublinhou o apoio dos EUA pela Ucrânia enquanto se defende da agressão da Rússia e continua num caminho irreversível para uma integração Euro-Atlântica completa, incluindo a entrada na NATO”, lê-se no comunicado.
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Scholz reforça posição contra uso de armas de longo alcance em território russo
“Repito a minha posição neste tema: Sou contra a utilização das armas que fornecemos para atacar o território da Rússia”, sublinhou o chanceler alemão Olaf Scholz, no parlamento.
Com estas declarações, ouviu-se pelo Bundestag a palavra “Taurus” repetidamente, cita o jornal Frankfurter Allgemeine. Trata-se dos mísseis cruzeiro de longo alcance alemães que o maior partido de oposição tem defendido, ao contrário de Scholz. Para Friedrich Merz, líder da União Democrata-cristã (CDU), a Alemanha deve levantar a restrição imposta à Ucrânia, permitindo o uso deste tipo de armamento em território russo.
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Moscovo ordena detenção da vice-presidente do TPI
Apesar de não pertencer ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e não reconhecer a sua jurisdição, a Rússia ordenou a detenção da vice-presidente do TPI, confirma a agência estatal russa TASS.
“Rein Alapini-Gansou foi detida in absentia de acordo com o Artigo 301 do Código Penal russo. Foi também colocada na lista de procurados internacionais”, afirmou o representante do Tribunal Basmanny de Moscovo.
Tomoko Akane, a atual presidente do TPI, foi quem ordenou o mandado de captura de Vladimir Putin, apoiada por Alapini-Gansou. Para além de Akane e da vice-presidente, outros juízes também receberam ordens de detenção da Rússia.
Justiça russa emite mandado de captura de juiz do Tribunal Penal Internacional
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Ucrânia recebe 1,2 mil milhões de euros em apoio humanitário dos EUA
Os fundos foram transferidos a partir da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) e em coordenação com o Departamento do Tesouro e de Estado norte-americano, revela o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal.
Na rede social X, Shmyhal adianta que os 1,2 mil milhões de euros serão alocados integralmente para programas sociais e humanitários e agradece o apoio e investimento dos EUA.
???????????????? Ukraine has received a $1.35 billion grant from the United States.
We’re directing these funds toward essential humanitarian and social programs.
The U.S. Government provided the funding through the United States Agency for International Development (USAID) and in…— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) November 13, 2024
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Blinken confirma apoio reforçado à Ucrânia no fim do mandato de Biden
Com o risco de “corte” do financiamento dos EUA à Ucrânia sob a administração do Presidente eleito Donald Trump, Antony Blinken revela que Joe Biden irá aproveitar os restantes dias do seu mandato para fazer chegar mais apoio a Kiev.
“O Presidente Biden tenciona ultrapassar a burocracia e utilizar todos os dias para continuar a fazer o que fizemos nos últimos quatro anos: reforçar esta aliança”, adianta o Secretário de Estado norte-americano, citado pela Reuters em Bruxelas.
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Kremlin alerta Polónia sobre sistema de defesa anti-aérea
“A inauguração de uma base norte-americana de defesa de mísseis na Polónia é uma tentativa de conter o potencial militar da Rússia”, avisou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, em conferência de imprensa esta manhã, citado pela agência estatal russa TASS.
Adicionalmente, Peskov refere que ao longo de todo o conflito com a Ucrânia, as Forças Armadas russas têm sido “muito cuidadosas” com a população civil ucraniana, mas que as forças opostas não têm retribuído a mesma intenção.
Sobre Vladimir Putin, o porta-voz adianta que o Presidente vai dar uma “grande” conferência de imprensa este ano, na segunda metade do mês de dezembro. “Putin vai responder detalhadamente a perguntas dos cidadãos e de jornalistas russos, regionais, federais e estrangeiros”.
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Blinken defende resposta firme ao envolvimento de Pyongyang na guerra da Ucrânia
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, defendeu hoje, em Bruxelas, uma “resposta firme” à entrada de tropas da Coreia do Norte na guerra russa contra a Ucrânia.
“As forças norte-coreanas estão a combater – e agora literalmente em combate – e este novo elemento exige uma resposta firme, que será obtida”, em declarações após um encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Mark Rutte.
Blinken destacou ainda a necessidade de serem reforçadas as parcerias com países da região do Pacífico, face à Coreia do Norte, cujas forças “entraram literalmente em combate” na região de Kursk.
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Tropas norte-coreanas já combatem com russos em Kursk, de acordo com o Pentágono
A Coreia do Norte enviou 10.000 tropas para a Rússia, maior parte das quais já está na frente de combate em Kursk, afirmou um porta-voz do Pentágono à imprensa.
“As forças russas têm treinado os soldados [norte-coreanos] em artilharia, drones e operações básicas de infantaria”, referiu Vedant Patel, defendendo que a eficácia do uso destes soldados será “em grande parte ditada por o quão bem os russos os conseguem integrar no exército”.
De acordo com o New York Times, as forças armadas russas já reuniram 50.000 soldados, incluindo norte-coreanos, tendo em vista um ataque para recuperar a região russa de Kursk, cujo território foi capturado pela Ucrânia este ano.
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Homem ferido e incêndio em armazém, após ataque russo a Kiev
Um homem de 48 anos ficou ferido na cabeça devido à queda de detritos, na sequência dos ataques levados a cabo pela Rússia esta manhã, na região de Kiev.
Igualmente resultado desta ofensiva foi um incêndio que deflagrou num armazém, em Bovary, segundo afirmam a administração militar da região e os Serviços de Emergência ucranianos, no Telegram.
????????#Footage of the aftermath of the morning strike on #Kyiv, published by the Ministry of Internal Affairs of Ukraine @MVS_UA
As reported by the department, as a result of the attack, a building was destroyed, a fire broke out in the Brovary district of the Kiev region, which was… pic.twitter.com/rCEr4Yflul
— News.Az (@news_az) November 13, 2024