Cerca de uma hora depois de abandonarem o Castelo de Windsor, William e Kate Middleton recordaram através do Twitter o “consorte dedicado” a sua majestade, leal companheiro desde a sua ascensão ao trono, em 1952.

The Duke of Edinburgh was a devoted consort to Her Majesty The Queen for nearly 70 years, from Her Majesty’s Accession in 1952 until his death. pic.twitter.com/MVa8BpBysJ

— The Prince and Princess of Wales (@KensingtonRoyal) April 17, 2021

Um pouco por todo o reino, foi esta tarde cumprido um minuto de silêncio em memória do duque de Edimburgo. O primeiro-ministro Boris Johnson juntou-se à homenagem a partir da sua casa de campo, em Chequers.

In Memoriam HRH The Prince Philip, Duke of Edinburgh, 1921-2021. pic.twitter.com/QoKgxOYnt5

— Boris Johnson (@BorisJohnson) April 17, 2021

Foi o momento mais insólito da tarde em Windsor, num alinhamento que correu dentro do previsto. A polícia acabou por deter uma mulher que surgiu em topless nas imediações do Castelo, correndo em direção à estátua da rainha Victoria. O breve protesto aconteceu durante o minuto de silêncio cumprido em todo o país em memória do príncipe Filipe. “Salvem o planeta”, gritou a mulher, cujas palavras acabaram por ser abafadas pelas palmas dos populares que se reuniram às portas do castelo, apesar das limitações impostas pela pandemia.

'Topless' woman taken away by police outside Prince Philip's funeral pic.twitter.com/8WXbaWasWI

— The Independent (@Independent) April 17, 2021

No final do funeral, Harry, William e Kate caminharam lado a lado. Eduardo, a mulher e os filhos seguiam à frente.

Poucos momentos depois, os irmãos estão a sós, a conversar um com o outro.

O momento é simbólico, sobretudo após a polémica entrevista que os duques de Sussex deram a Oprah Winfrey e que terá estado na origem de uma eventual cisão entre Harry e William.

Isabel II foi a primeira a abandonar a capela, no mesmo Bentley em que chegou, imediatamente após o final da cerimónia fúnebre.

Finda a cerimónia de 50 minutos, os convidados começam a sair da Capela de São Jorge ao som de um órgão tocado na capela.

A urna de Filipe descerá com a ajuda de um elevador. O caixão irá permanecer num jazigo subterrâneo construído há 200 anos por Jorge III, a cinco metros de profundidade.

Os seus restos mortais só deixarão a Capela de São Jorge aquando da morte da rainha. Aí o casal será sepultado lado a lado, na Capela Memorial Rei Jorge VI.

Filipe ficará sepultado na capela, mas só até à morte da rainha

No interior da capela, os 30 convidados encontram-se sentados com alguma distância entre si, à exceção dos casais. Isabel II ocupa o seu lugar habitual, à direita do altar, na ponta da segunda fila, agora sem o duque de Edimburgo ao seu lado.

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William, que está acompanhado pela mulher Kate Kiddleton, e Harry, sentam-se em lados opostos da nave central da capela, com este último na outra extremidade da fila onde está sentada a rainha.

Depois da leitura de uma passagem bíblica, o coro interpreta dois temas escolhidos pelo príncipe Filipe. “Jubilate in C” foi composto por Benjamin Britten a pedido do duque em 1961. Já a adaptação musical de Salmo 104 foi feita por William Lovelady, a propósito do 75º aniversário de Filipe, em 1996.

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O tema está fortemente relacionado com as celebrações da família real britânica. Depois de mais algumas palavras do deão de Windsor, o coro entoa a música, que foi escolhida também para os casamentos de William e Kate e de Harry e Meghan e para o funeral de Diana.

O coro composto por apenas quatro pessoas começa por interpretar o tema “Eternal Father”, que costuma ser conhecido como o hino da Marinha Real. A música é uma associação direta ao passado náutico de Filipe.

“Fomos inspirados pela sua lealdade à rainha, pelo seu serviço à nação e à Commonwealth, pela sua coragem, força e fé. As nossas vidas foram enriquecidas pelos desafios que nos lançou, pelo encorajamento que nos deu, pela sua bondade, humor e humanidade”.

As palavras são do deão David Connor, na abertura da cerimónia fúnebre.

O caixão de Filipe está coberto pelo seu estandarte, por uma coroa de flores e ainda pelo seu chapéu da Marinha e a espada que Jorge VI do Reino Unido ofereceu ao duque aquando do casamento com Isabel II, em 1947.

No altar da Capela de São Jorge estão emblemas e insígnias escolhidas a dedo pelo próprio príncipe Filipe.

A urna do duque de Edimburgo percorre agora a nave central da Capela de São Jorge, ao som do coro deste templo, reduzido a apenas quatro elementos por causa da pandemia.

Antes de entrar na capela, o príncipe Carlos, visivelmente emocionado junto à urna do pai.

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Após um minuto de silêncio, arranca a cerimónia fúnebre no interior da Capela de São Jorge, onde já se encontram os 30 convidados.

O serviço vai ser conduzido pelo Deão de Windsor, David Conner, que vai elogiar “a bondade, o humor e a humanidade” de Filipe. Durante o serviço vai ainda dizer: “Fomos inspirados pela sua lealdade inabalável à nossa rainha, pelo seu serviço à nação e à comunidade, pela sua coragem, força moral e fé.”

Este não é um funeral de Estado, mas sim real, no qual não vai existir, a pedido de Filipe, nem sermão nem elogio fúnebre.

Todos os convidados estão a usar máscaras faciais, uma das restrições impostas pela crise sanitária. Em vigor estará também a medida de distanciamento social. A rainha vai se sentar sozinha.

Aos 94 anos, Isabel II, no papel de viúva, acompanhou o cortejo do príncipe dentro do Bentley.

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