Este é o ponto de situação dos incêndios que estão ativos em Portugal à 1h30. Acompanhe também o mapa interativo com o número de meios mobilizados no incêndio da Sertã e nos que nele tiveram origem: Mação, Proença-a-Nova e Vila Nova de Ródão.

• Mação: a situação está a melhorar mas está longe de estar controlada. Nenhuns meios foram desmobilizados;
• Sertã: o autarca espera que o fogo seja dominado esta noite;
• Proença-a-Nova: a frente ativa ainda mobiliza 160 operacionais e 50 bombeiros;
• Vila Velha de Ródão: o incêndio já passou o monumento das Portas do Ródão e encontra-se com duas frentes ativas, tendo já obrigado ao corte da EN18.
• Nisa: o incêndio proveniente da frente de fogo de Vila Velha de Ródão entrou no concelho e obrigou à evacuação de várias aldeias;
• Penacova: o incêndio deverá ser dado como extinto nas próximas horas. Não há aldeias em risco mas o incêndio está a evoluir em direção a Foz do Caneiro;
• Mangualde: um foco de incêndio ainda ativo em Abrunhosa do Mato que está a preocupar as autoridades;

Com João Costa

No centro do país, as frentes de incêndio de Vila Velha de Ródão, Mação, Nisa e Sertã obrigam, cerca das 01h30, ao corte de cinco estradas municipais, cinco estradas nacionais, A23 e CP Linha da Beira Baixa:

• Estrada Municipal entre Vale do Grou e Casas da Ribeira;
• EN 359 em São José das Matas;
• A23 entre Gardete e Mouriscas;
• EM 244 entre Gavião e Mação;
• EN 244 entre Belver e o nó da A23;
• EM1010 (Belver – Alvisquer – Vale Pedro Dias);
• EM 1011 entre Areia e Outeiros;
• EM 1153 entre Vale do Coelho e Vilar da Mó;
• EN 597 entre Vale da Gama e Vale de Coelho;
• EN 519 entre Belver e Furtado;
• EN 18 cortada;
• CP Linha da Beira Baixa entre Belver e Barca de Amieira/Mouriscas e Fratel;

O vice-presidente da Câmara da Sertã, Rogério Fernandes, disse estar “esperançado” de que o fogo que lavra no concelho desde a tarde de domingo seja dominado esta noite, indicando que as chamas continuam apenas em zona de mato.

De acordo com o autarca, o incêndio no concelho da Sertã encontrava-se pelas 22h30 com “o máximo de três quilómetros de frente ativa”, lavrando apenas em zona de mato, sem ameaçar habitações.

O fogo evoluiu um bocado derivado ao vento que se levantou ao fim do dia, mas agora com o cair da noite vem sempre mais alguma humidade e estou esperançado que as coisas fiquem resolvidas”, declarou o vice-presidente da Câmara da Sertã.

Lusa

Devido às “várias frentes de fogo”, em Amieira do Tejo e Arneiro, já foram evacuadas as povoações de Vila Flor, Falagueira, Amieira do Tejo e Albarrol, indicou a presidente da Câmara Municipal, apontando para cerca de 100 o número de pessoas retiradas das suas casas, por precaução, e instaladas no pavilhão municipal de Nisa.

No concelho, continuavam esta noite ativas duas frentes de fogo, que mobilizavam, cerca das 00h50, 140 operacionais, com o apoio de 39 viaturas.

Durante a noite, o centro de comando de operações de combate ao fogo também vai passar do Arneiro para o heliporto, na vila de Nisa, sede de concelho, indicou, referindo não haver, até cerca das 23h00, registo de danos pessoais, nem em habitações. O fogo em Nisa, com origem no que lavra em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco, estava esta manhã dominado em cerca de 90%, mas, durante a tarde, agravou-se, referiu fonte dos bombeiros.

Lusa

Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, revelou ao Observador que, apesar da situação estar a melhorar, o incêndio em Mação continua ativo. “A coisas estão longe de estar controladas e resolvidas”, contou.

O autarca informou ainda que nenhuns meios foram desmobilizados uma vez que “a situação continua muito preocupante”.

No início da noite, o fogo voltou a descontrolar-se às portas da vila de Mação ameaçando o quartel de bombeiros, cuja estrada de acesso foi cortada.

Humberto Oliveira, presidente da Câmara da Penacova, garantiu que a evolução do incêndio é “favorável”, depois de uma tarde de “muita luta”. Em declarações à RTP3, Humberto espera dar o incêndio como extinto nos próximos momentos.

Não há aldeias em risco mas o incêndio está a evoluir em direção a Foz do Caneiro, que poderá correr algum risco, segundo o autarca, que assegura que os meios estão prontos “para qualquer eventualidade”.

Um foco de incêndio ainda ativo em Abrunhosa do Mato, Mangualde, deixou as autoridades em alerta. A zona de Mangualde foi fustigada por três incêndios de dimensão significativa esta quarta-feira. A A25 chegou a ser cortada durante a tarde.

Pelas 19h00, um dos incêndios foi dominado mas, mais tarde, um outro foco – o único ativo – preocupa os bombeiros. Mais de 100 operacionais combatem as chamas em Abrunhosa do Mato.

Mais de 4000 bombeiros combatem as chamas de norte a sul mas os principais esforços estão concentrados na região centro. Acompanhe o mapa interativo do Observador dos incêndios. Os dados apresentados são retirados da página da Proteção Civil e atualizados com regularidade.

Veja o mapa interativo dos incêndios no centro do país

O incêndio que deflagrou esta tarde no concelho de Penacova, está dominado, mas um segundo fogo originado pelo primeiro, cerca das 18h00, continua ativo às 23h30, mas sem ameaçar povoações.

O fogo que teve início em Paradela, na freguesia de Lorvão, concelho de Penacova, “está dominado, mas o outro [que deflagrou às 18h22], continua ativo e com alguma intensidade”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira.

As chamas deste segundo incêndio, na zona de São Mamede, igualmente na freguesia de Lorvão, já não ameaçam povoações, adiantou o autarca.

Lusa

Cerca de 150 pessoas concentraram-se em frente ao posto de comando da Proteção Civil a observar as chamas que lavram às portas da vila de Mação.

Crédito: João Porfírio

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, revelou ao Observador que no momento em que o fogo voltou a descontrolar-se às portas da vila de Mação, “não havia um único carro de bombeiros disponível” na zona “para fazer frente ao incêndio”. No entanto, o autarca contou que “houve uma resposta rápida dos meios que estavam posicionados noutro local”.

Em declarações ao jornalista Pedro Jorge Castro, o presidente disse que tomou conhecimento da situação presencialmente quando saiu do carro e apercebeu-se “que algo de grave iria acontecer”. Vasco Estrela tinha estado momentos antes, por volta das 20h no posto de comando da Proteção Civil com o comandante distrital. “A situação parecia relativamente controlada e de repente as coisas descambaram desta maneira”, relatou o presidente.

Vasco Estrela contou ainda que não foi uma mudança de vento que levou ao descontrolo da chamas mas não adiantou qualquer motivo. O autarca não se arriscou a fazer previsões mas explica que a situação parece-lhe estar controlada.

Metade do concelho de Mação ardeu, o correspondente a cerca de 20 mil hectares. Sete casas arderam, revelou ainda o autarca.

A assistente social da Câmara Municipal de Mação, Vanda Serra, fez saber numa partilha pública no Facebook que não consegue atender toda a gente.

Não consigo atender toda a gente… O fogo está na vila, sim, junto ao Centro de Saúde e Bombeiros Voluntários, São Miguel, tal como na Mantela. Mas está tudo bem. Agora mais controlado. O pior já passou”,escreveu.

A situação em Mação agravou-se nas últimas horas com o corte da estrada que dá acesso ao quartel dos bombeiros e com várias habitações ameaçadas mas o presidente da Câmara, Vasco Estrela, prefere não fazer previsões.

Cerca de 1700 operacionais, apoiados por 511 viaturas e 11 meios aéreos combatiam, pelas 23h00, as chamas nas principais frentes dos incêndios que lavram o centro do país, segundo dados disponibilizados na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A frente que atinge a vila da Mação é a que mais preocupa as autoridades. As chamas ameaçavam há momentos algumas habitações e cortaram o acesso ao quartel dos bombeiros como testemunhou o jornalista do Observador Pedro Jorge Castro.

O incêndio que está a lavrar com intensidade em Mantela, concelho de Mação, a cerca de uma quilómetro do Centro de Saúde, aproxima-se esta noite do aglomerado urbano, empurrado pelo vento forte. O presidente da Assembleia Municipal de Mação, Saldanha Rocha, disse à agência Lusa que a aldeia de Mantela foi evacuada na última hora, tendo sido retiradas cerca de 20 pessoas, devido a este incêndio que começou na terça-feira.

Esta aldeia “está na linha de fogo”, acrescentou o autarca.

O posto de comando de operações está instalado no centro da vila de Mação, sendo dezenas os populares que se encontram no local a acompanhar o evoluir da situação. As constantes mudanças no sentido do vento, e a sua força, estão a causar apreensão, quer entre os populares, quer entre as autoridades.

O fogo aproxima-se dos estaleiros municipais e do quartel dos bombeiros.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) na internet, cerca das 22:00 estavam perto de centena e meia de operacionais a combater este incêndio, apoiados por 61 meios.

Lusa

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Vídeo de João Porfírio

As chamas do incêndio de Mação estão a aproximar-se da vila. Estão neste momento a cerca de 300 metros do quartel dos bombeiros, relata o jornalista do Observador Pedro Jorge Castro que está na vila. A estrada que dá acesso ao quartel já foi cortada.

O último balanço disponível na página da Proteção Civil dá conta de mais de 2200 bombeiros mobilizados no combate às chamas nas várias frentes dos incêndios na região centro.

2224 bombeiros, apoiados por 609 veículos e 14 meios aéreos: é este o ponto de situação cerca das 21h30, de acordo com os últimos dados da página da Proteção Civil.

O incêndio que preocupa mais as autoridades neste momento é o da Sertã, nomeadamente a frente que ameaça habitações em Mação.

A23 encerrada nos dois sentidos entre Abrantes e Perdigão (do quilómetro 41 ao quilómetro 92), como alternativa os condutores devem optar pela A13.

N110 encerrada nos dois sentidos entre Coimbra e Penacova, ao quilómetro 6, junto à localidade de Foz do Carneiro.