Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    Obrigada por ter estado connosco ao longo do dia de ontem. Continuamos a seguir a guerra entre Israel e o Hamas neste novo liveblog.

    Estados Unidos dizem que “objetivo imediato” em Gaza passa por acordo de tréguas

  • Peritos da ONU em "choque" com "alegações credíveis" sobre mortes e violações de mulheres e meninas palestinianas em Gaza

    Um grupo de peritos da ONU emitiu esta terça-feira uma nota em que expressa o seu “alarme” relativamente a “alegações credíveis” sobre violações “flagrantes” de direitos humanos de que estarão a ser alvo mulheres e meninas da Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

    Segundo o texto, mulheres e meninas palestinianas estarão a ser mortas de forma arbitrária em Gaza, “em sítios onde procuraram refúgio, ou enquanto fugiam”, dizem os funcionários da ONU, em “choque”, e atribuindo as mortes às forças israelitas.

    A nota também fala em preocupações com as detenções arbitrárias dos mesmos grupos, onde se incluem ativistas humanitárias ou jornalistas. E fala num tratamento “desumano e degradante” que estarão a receber, e que incluirá não terem acesso a produtos menstruais, comida ou medicamentos. Uma das mulheres terá sido presa dentro de uma “jaula”.

    Também há relatos de “várias formas de abusos sexuais”, incluindo buscas enquanto estavam nuas e violações. Estes peritos pedem uma investigação independente e urgente a estes relatos, que podem “constituir violações graves de direitos humanos internacionais e lei humanitária”.

  • Hezbollah afirma ter lançado seis ataques contra Israel ao longo do dia

    O Hezbollah disse que, esta terça-feira disparou seis ataques mísseis que tiveram como alvo um grupo de tropas israelitas que se encontravam numa base militar.

    O grupo libanês acrescentou, segundo a Al Jazeera, que os ataques atingiram posições do exército de Israel nas Fazendas Shebaa, que o Líbano reivindica como suas.

  • Duzentos manifestantes bloqueiam estrada e pedem libertação de reféns diante de ministério israelita

    O jornal israelita Haaretz conta que cerca de 200 manifestantes estão a protestar e a bloquear uma estrada em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Telavive. Pedem a libertação dos reféns que estão presos pelo Hamas em Gaza.

  • Embaixador israelita acusa ONU de cumplicidade com Hamas em Gaza

    O embaixador israelita nas Nações Unidas voltou esta terça-feira a apontar duras críticas à atuação das agências da organização no atual conflito no Médio Oriente, afirmando que “em Gaza, o Hamas é a ONU e a ONU é o Hamas”.

    Gilad Erdan, que falava numa sessão do Conselho de Segurança da ONU na qual os Estados Unidos vetaram, mais uma vez, uma resolução que apelava a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, criticou as recentes palavras do coordenador humanitário da ONU, Martin Griffiths — de que o Hamas não é um grupo terrorista, mas um movimento político —, argumentando ser do conhecimento “de todos” que o grupo islamita palestiniano “se trata de uma organização terrorista”.

    O diplomata israelita também criticou Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), por dizer que os ataques de 07 de outubro contra Israel não foram um exemplo de antissemitismo, uma vez que não foram cometidos contra judeus por causa da sua religião, mas contra os israelitas pela ocupação da Palestina.

    Em relação à própria UNRWA, Erdan declarou mesmo que “12% dos funcionários [da agência] são membros do Hamas, e pelo menos 236 deles são terroristas ativos” naquela organização.

    “O que prova que a UNRWA faz parte da máquina de terror do Hamas, o que faz dela uma organização terrorista”, acusou o diplomata, reforçando: “Em Gaza, o Hamas é a ONU e a ONU é o Hamas”.

  • Biden marca presença Los Angeles em evento para arrecadar fundos para Israel

    O Presidente norte-americano está em Los Angeles para participar num evento que visa arrecadar fundos para Israel, e que é organizado pelo doador pró-Israel Haim Saban, escreve a Al Jazeera. Espera-se que o evento atraia vários protestos.

  • Forças israelitas realizam ataque aéreo em Jenin

    As tropas israelitas terão atacado Jenin esta terça-feira, pelo ar, anunciou a rádio do exército de Israel, citada pela Al Jazeera. O ataque visou uma “célula terrorista” e terá matado três pessoas, informação que não foi confirmada pelas fontes palestinianas.

  • Israel terá prendido seis crianças na Cisjordânia

    A agência Wafa relatou, com base em citações das forças de segurança, que, esta terça-feira, as forças israelitas detiveram cinco crianças de 13 anos e uma de 16 na região de Ramallah.

  • Exército israelita abre investigação interna sobre resposta aos ataques de outubro

    O exército israelita inicia esta semana uma investigação interna sobre eventuais erros cometidos no ataque dos islamitas palestinianos do Hamas em 7 de outubro, que apanhou de surpresa as forças israelitas.

    Sob supervisão dos comandantes superiores de cada unidade, brigada e setor das forças armadas, as investigações visam uma avaliação interna geral, após a decisão de rever o papel do exército nos primeiros dias da ofensiva do Hamas que provocou 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

    Em análise estará a resposta em 7 de outubro, como nos ataques subsequentes quando os soldados foram criticados pela lenta mobilização face à incursão de milhares de militantes.

  • Ministro das Finanças israelita prioriza destruição do Hamas à libertação dos reféns

    O ministro das Finanças de Israel afirmou hoje que a libertação dos reféns raptados pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) “não é o mais importante” e que o desmantelamento total da milícia palestiniana deve ser a prioridade.

    Numa entrevista à estação de rádio Kan, o ultranacionalista Bezalel Smotrich, questionado sobre se a libertação dos reféns deveria ser uma prioridade, afirmou que esta questão “não é a mais importante”.

    “Porquê fazer uma competição? O que é importante agora? O Hamas tem de ser destruído”, afirmou.

    O ministro israelita afirmou que conseguir a libertação dos reféns “é muito importante”, mas sublinhou que procurar esse fim “a qualquer preço” é um “problema”.

  • Hamas considera “sentença de morte” suspensão de ajuda alimentar em Gaza

    O movimento islamita Hamas definiu hoje como uma “sentença de morte” a suspensão pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) do envio de ajuda alimentar no norte de Gaza e apelou para que reverta a decisão.

    Numa nota, o gabinete de imprensa do Hamas descreveu a decisão da agência das Nações Unidas como uma “sentença de morte” para centenas de milhares de pessoas, e apelou ao PAM que recue na sua decisão e que todas as agências regressem ao terreno para evitar as “catastróficas consequências da fome” no enclave palestiniano.

    O PAM tinha já suspendido há três semanas o envio de ajuda alimentar no norte de Gaza, assolado por mais de quatro meses de guerra, após um ataque israelita contra um camião de uma outra agência da ONU.

    A decisão de hoje foi justificada pelo facto de os seus condutores enfrentarem disparos e violência dos desesperados residentes que tentam assaltar as colunas com ajuda alimentar.

  • Hamas confirma ao Qatar ter recebido medicamentos para os reféns

    O Qatar recebeu confirmação por parte do Hamas de que recebeu medicamentos destinados aos reféns que estão a ser mantidos em Gaza, estando a distribuí-los pelos mesmos, informou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado, citado pelo The Times of Israel.

    Esta entrega de medicamentos acontece no seguimento de um acordo mediado pelo Qatar entre Israel e o Hamas em meados de janeiro para entregar medicamentos específicos a reféns que precisam deles. No entanto, esta é a primeira vez que o grupo terrorista confirma estar a cumprir a sua parte do acordo.

  • Israel altera lei para permitir encerrar media estrangeiros acusados de ameaçar o Estado

    O gabinete de segurança de Israel apresentou hoje novas alterações à legislação que permite o encerramento de meios de comunicação estrangeiros que alegadamente prejudicam a defesa do Estado.

    Entre as alterações introduzidas incluem-se prolongar as medidas de condicionamento para além do período de guerra e conceder poder de decisão ao Ministério da Segurança Nacional.

    O líder do comité de segurança, Zvika Fogel, apresentou hoje novas alterações na legislação que deverão abrir caminho ao encerramento de meios de comunicação estrangeiros, como a cadeia televisiva do Qatar Al Jazeera, que tem sido alvo de críticas por parte do Ministério das Comunicações, pela forma como tem feito a cobertura informativa do conflito.

    Com estas novas alterações, a legislação – que inicialmente se apresentava como uma medida excecional para preservar a segurança do Estado contra qualquer ameaça externa – prevê agora o prolongamento das medidas de encerramento de media e a requisição das instalações destes meios de comunicação uma vez ultrapassado o atual conflito militar contra o grupo islamita Hamas.

  • Não há descanso para as crianças", lamenta Save the Children sobre veto do cessar-fogo

    Pelos menos um milhão de crianças continuam com as vidas em risco em Gaza, sujeitas a bombardeamentos, fome e doenças, além do desgaste mental de vários meses de guerra, lamenta a organização Save the Children numa nota de imprensa publicada hoje no site. As declarações são publicadas no seguimento do veto do cessar-fogo proposto pela Argélia no Tribunal Internacional de Justiça. Também hoje, o número de crianças palestinianas mortas no conflito ultrapassou 12.400.

    “[O veto] também acontece no seguimento de o governo de Israel declarar Rafah, o último local que os civis consideravam seguro em Gaza, como o seu próximo alvo. Mais de 1,3 milhões de civis palestinianos, incluindo mais de 600 mil crianças, estão agora presos em Rafah sem terem para onde fugir, tendo seguido as ‘ordens de evacuação’ emitidas por Israel, dirigindo-os para a área sob a premissa falsa de que estariam a salvo”, lê-se. “Nenhum lugar em Gaza é seguro”.

    Jason Lee, diretor da Save the Children na Palestina, declarou-se “chocado” com o “novo mínimo” atingido, naquilo que considera um “poço profundo de falhanços por parte da comunidade internacional”.

    Após quatro meses de violência sem tréguas, estamos a ficar sem palavras para descrever aquilo por que as crianças e famílias em Gaza estão a passar, bem como sem ferramentas para responder adequadamente. A escala da morte e destruição é astronómica.

    “As crianças estão a ser fracassadas pelos adultos que deviam estar a protegê-las. Já está mais do que na hora para que os adultos assumam as suas responsabilidades e obrigações legais face às crianças que foram apanhadas num conflito no qual não participaram, que só querem poder viver”, termina a nota.

  • “EUA podem propor cessar-fogo com pés e cabeça”

    Major-General Isidro Morais Pereira considera que os Estados Unidos, apesar de vetarem o cessar-fogo, “se mantêm coerentes”. Defende que deve ter a visão de Israel, “para evitar outro 7 de outubro”.

    Ouça aqui mais um episódio de Guerra na Terra Santa

    “EUA podem propor cessar-fogo com pés e cabeça”

  • Palestinianos "pessimistas e frustrados" com esforços diplomáticos pelo cessar-fogo

    Depois de os EUA terem vetado no Tribunal Internacional de Justiça a proposta de cessar-fogo imediato apresentada pela Argélia, os palestinianos mostram “pessimismo e frustração” relativamente aos esforços diplomáticos pelo fim do conflito, de acordo com Tareq Abu Azzoum, correspondente da Al Jazeera em Rafah.

    “Há um grande pessimismo e frustração. Os palestinianos não querem confiar na comunidade internacional, pelo que temos ouvido por parte dos locais aqui em Gaza”, informou o jornalista. “Durante a reunião do Conselho de Segurança, houve mais ataques terrestres em Gaza. As pessoas estão completamente frustradas.”

  • Apenas sete centros de saúde a funcionar no centro e sul de Gaza, diz UNRWA

    Devido aos bombardeamentos e restrições de acesso contínuos em Gaza, apenas sete centros de saúde estão neste momento operacionais entre o centro e o sul do território, num total de 23, de acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).

    “A nossa equipa de médicos, enfermeiras e parteiras providencia ajuda nos nossos centros de saúde, bem como as equipas médicas em movimento pelos abrigos da UNRWA”, lê-se num post na rede social X (antigo Twitter).

  • Cessar-fogo imediato proposto pela Argélia vetado no Tribunal Internacional de Justiça

    Os Estados Unidos da América (EUA) vetaram a resolução de cessar-fogo imediato apresentada pela Argélia no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia (Países Baixos), neste que é o segundo dia da audiência pública “sobre as consequências jurídicas decorrentes das políticas e práticas de Israel nos Territórios Palestinianos Ocupados, incluindo Jerusalém Oriental”.

    Durante a manhã e início da tarde, 13 países votaram a favor da proposta argelina, com abstenção do Reino Unido.

    Pela terceira vez desde o início do conflito, os EUA vetaram uma proposta pelo cessar-fogo imediato em Gaza no Conselho de Segurança. Linda Thomas-Greenfield, embaixadora norte-americana das Nações Unidas, defendeu que o cessar-fogo imediato poderia minar as atuais negociações entre o Hamas e Israel, considerando a proposta “sonhadora” e “irresponsável”.

    “Colegas, ao longo das últimas semanas deixámos incrivelmente claro que esta resolução perante o conselho não vai alcançar o objetivo de paz sustentável e pode ser contraproducente”, declarou Thomas Greenfield. “Prosseguir com um voto hoje foi sonhador e irresponsável. Por isso, enquanto não pudermos apoiar uma resolução que poria negociações sensíveis em risco, ansiamos por nos envolvermos num documento que acreditamos que vai responder a muitas das preocupações que todos partilhamos. Um documento que pode, e deve, ser adotado pelo conselho.”

  • Mais de 700 mil palestinianos podem morrer à fome, diz governo de Gaza

    O gabinete de comunicação do governo de Gaza avisou hoje que mais de 700 mil palestinianos podem morrer à fome no norte do território, situação agravada pelas restriões israelitas à entrada de ajuda humanitária na área. Num comunicado, citado pela Al Jazeera, o gabinete pediu à Rússia, Turquia, China, aos países árabes e a “todos os países do mundo livre” que intercedam pelo fim do “genocídio e fome” em Gaza.

    Apelamos por um fim urgente e imediato da guerra genocida contra mulheres e crianças civis, bem como pela entrada de 10 mil camiões de ajuda humanitária nos próximos dias em Gaza”, lê-se na nota. “Responsabilizamos a administração dos EUA e a comunidade internacional, além de Israel, totalmente responsáveis por esta fome.”

  • EUA vetam resolução da Argélia que exigia cessar-fogo humanitário imediato em Gaza

    Os Estados Unidos vetaram hoje um projeto de resolução proposto pela Argélia no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza. A resolução, da autoria de Algéria e com amplo apoio dos países árabes, recebeu 13 votos a favor, um voto contra (Estados Unidos) e uma abstenção (Reino Unido).

    O veto norte-americano não apanhou o Conselho de Segurança da ONU de surpresa, uma vez que a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, já havia anunciado no domingo que iria votar contra o texto da Argélia, argumentando que a proposta apoiada pelos países árabes poderia interferir nos esforços em prol de um acordo que resultaria na libertação de todos os reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

    Linda Thomas-Greenfield informou ainda que os Estados Unidos irão propor a sua própria resolução que pede um cessar-fogo temporário e “assim que possível” no enclave.

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