Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Este liveblog termina aqui. A partir de agora pode continuar a seguir as últimas atualizações sobre as explosões em Beirute neste artigo em atualização do Observador.

    16 funcionários do porto de Beirute detidos. Sobe para 157 o número de mortes nas explosões

  • Seguradoras ainda não decidiram se vão cobrir os danos

    Elie Tarbayeh, presidente da Associação de Companhias de Seguros, disse que vai esperar pela conclusão das investigações em torno das explosões em Beirute para determinar se os estragos serão cobertos pelas seguradoras. “No estágio atual, serão nomeados especialistas para descobrir os danos no porto e para descobrir as causas do acidente, desde que a decisão final seja tomada com base nos dados recebidos”, defendeu.

  • EUA não excluem hipótese de ataque em Beirute

    O chefe de gabinete da Casa Branca disse que os Estados Unidos não descartaram completamente a hipótese de um ataque estar na origem das explosões em Beirute. O governo libanês insiste que a resposta deve estar nas toneladas de nitrato de amónio armazenadas na zona portuária da cidade, mas

    Donald Trump recorda que há duas versões da história em cima da mesa: “Posso dizer que o que aconteceu, não importa como, é terrível. Mas eles não sabem realmente o que foi. Ninguém sabe ainda”. E prosseguiu: “Eu ouvi as duas coisas. Ouvi que foi um acidente e ouvi que eram explosivos”.

  • Químicos tinham sido apreendidos em navio russo

    O nitrato de amónio que estará na origem das explosões em Beirute teria sido apreendido de um navio russo que parou no porto de Beirute com problemas técnicos. O impasse judicial fez com que ficasse por ali durante seis anos, mas as autoridades saberiam o risco que corriam. Leia mais aqui.

  • Dua Lipa pede ajuda a um Líbano "que precisa mais do que nunca" de ajuda

    A cantora Dua Lipa juntou-se aos pedidos de ajuda ao Líbano “numa altura em que o país está de j0elhos e precisa de ajudar mais do que nunca”. “Temos de nos juntar para ajudar”, escreveu a inglesa, abordando os problemas políticos, sociais e sobretudo económicos que o país já vivia

  • Explosão criou uma cratera de 123 metros de diâmetro

    A explosão em Beirute criou uma cratera de cerca 123 metros de diâmetro, segundo escreve a CNN que analisou a imagem satélite do local do acidente, com recurso a um software geoespacial.

  • Avião com ajuda russa já chegou a Beirute

    Um avião russo com equipas de socorro, médicos e material médico aterrou esta tarde em Beirute, avança a Associated Press.

    Segundo a agência de notícias, o avião deixou um hospital de campanha com 50 trabalhadores de emergência e pessoal médico e são esperados mais três voos com origem na Rússia nas próximas 24 horas que também levarão equipamento e material para o combate à Covid-19.

    Enquanto ainda decorrem as operações de busca e salvamento vários países já se mostraram disponíveis para ajudar e o Reino Unido anunciou a doação de mais de cinco milhões de euros para ajudar o Líbano. Há ainda quem a título individual tenha lançado campanhas de crowdfunding, uma delas já com mais de três milhões de euros angariados.

  • Portugal manifesta disponibilidade para prestar auxílio

    “Portugal manifestou hoje [quarta-feira] disponibilidade para prestar auxílio às autoridades libanesas, na sequência do pedido de assistência internacional formulado pelas mesmas ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Este pedido surge na sequência da emergência causada pela explosão que abalou a capital, Beirute, na tarde desta terça-feira”, anunciou o Ministério da Administração Interna em comunicado.

    “Portugal comunicou ao Mecanismo a disponibilidade para o envio de uma Força Operacional Conjunta Nacional (FOCON), composta por 42 operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), da Guarda Nacional Republicana (GNR), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), sob comando da ANEPC, com valências nas áreas da busca e salvamento em ambiente urbano, emergência pré-hospitalar e resposta a eventos NRBQ – Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico. A mobilização desta FOCON depende ainda da aceitação formal por parte das autoridades libanesas”, acrescentou

  • Edifícios icónicos iluminados com a bandeira do Líbano

    Há várias cidades a iluminar alguns dos seus edifícios mais marcants com as cores da bandeira libanesa, em solidariedade para com o país afetado pela forte explosão.

    Em Tel Aviv, Israel:

    Doha, no Qatar:

    Burj Khalifa no Dubai:

    E também Belfast, na Irlanda do Norte:

  • O que se sabe e o que ainda está por esclarecer 24 horas depois da explosão?

    • O primeiro-ministro Hassan Diab diz que na origem da explosão estiveram 2.700 toneladas de nitrato de amónio, mas há quem questione a capacidade do nitrato de amónio conseguir destruir a cidade de forma tão vasta;
    • O que causou aquilo que até ao momento está a ser tratado como acidente também está ainda por esclarecer. O governo prometeu resultados das investigações em poucos dias;
    • O material terá sido confiscado há alguns anos e estava armazenado nos paióis;
    • A explosão foi tão forte que a nove quilómetros do local, no aeroporto internacional de Beirute, houve ainda algumas janelas a partir-se;
    • O impacto da explosão foi equivalente a um sismo de magnitude 3.3;
    • O país estará em estado de emergência nas próximas duas semanas, com o exército a gozar de plenos poderes na capital;
    • Os responsáveis libaneses negam, até ao momento, que tenha havido intenção de causar a explosão;
    • Até ao momento contabilizam-se mais de cinco mil feridos e 135 mortos, números que têm subido desde a primeira hora;
    • O presidente Michel Aoun já anunciou mais de 55 milhões de euros de fundos de emergência para tentar fazer face à destruição causada;
    • Ainda há pessoas a sair de casa para procurar familiares desaparecidos, com os socorristas ainda à procura de sobreviventes sob os escombros;
    • Os hospitais — muitos deles também afetados pela explosão — ficaram cheios de doentes em poucas horas;
    • A explosão afetou os silos que continham cerca de 85% dos cereais do país;
    • A população de Beirute diz-se desconfiada da tese de acidente e há já relatos de muitas pessoas a saírem da cidade;

  • Tribunal adia leitura de sentença do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri para dia 18

    O Tribunal Especial do Líbano adiou a leitura da sentença do julgamento sobre o atentado à bomba de 2005 que matou o ex-primeiro-ministro libanês Rafik al-Hariri, segundo um comunicado do Tribunal Especial libanês.

    Agendada para a próxima sexta-feira, a decisão será agora proferida a 18 de agosto. Segundo o Tribunal a decisão foi tomada “por respeito às inúmeras vítimas da explosão devastadora de 4 de agosto e aos três dias de luto público decretados” para o país.

  • Nova actualização: pelo menos 135 mortos e cerca de 5.000 feridos

    Nova atualização feita pelo Ministério da Saúde do Líbano: morreram pelo menos 135 pessoas e 5.000 feridos resultantes das explosões no porto de Beirute. O ministro destacou também mais uma vez que subsiste um alto número de desaparecidos numa altura em que as equipas de resgate continuam no terreno cerca de 24 horas depois da explosão

  • Fonte da investigação aponta "negligência" como causa de acidente

    Embora a origem das explosões ainda esteja por descobrir, todos os indícios apontam para o carregamento de nitrato de amónio estimado em 2.750 toneladas que estava há seis anos num armazém. Daí que a investigação em curso procure agora apurar o porquê desse material ter estado durante esse tempo sem ser removido, sem descartar outras possibilidades. Fonte oficial ligada à investigação adiantou à Reuters que este acidente pode ter sido causado por “negligência”, já que “nada foi feito” pelos responsáveis envolvidos no processo de remoção do material.

    Por outro lado, vários cidadãos libaneses que perderam as suas casas e trabalhos culpam os políticos que toleraram décadas de corrupção e má gestão do país.

  • Caso de português afetado "tem de ser avaliado pela nossa diplomacia", diz Marcelo

    O Presidente da República explicou que o caso do cidadão português que está a tentar pedir ajuda para regressar a Portugal “é uma responsabilidade executiva e que tem de ser avaliado pela nossa diplomacia primeiro e depois pelo Governo se for caso disso”.

    Marcelo garantiu ainda que “Portugal tem estado atento à situação no Líbano” e que “foi apoiado os esforços do secretário-geral das Nações Unidas”. “É fundamental para a paz na região e para a paz global que não haja ali uma situação de perturbação, mesmo que não seja possível detetar desde já qual é a perturbação ou as causas respetivas. A pacificação naquela região é muito importante”, disse aos jornalistas que o acompanham numa visita a Lagoa.

  • Marcelo diz que não há "nenhum ferido grave português"

    Marcelo Rebelo de Sousa diz que não tem conhecimento de “nenhum ferido grave português” na seqûencia da explosão em Beirute. “Tinha havido a notícia de um ferido ligeiro, no meio de tantas vítimas mortais e não mortais”, disse, ressalvando que este é o ponto de situação que tinha até ao início da tarde desta quarta-feira.

  • Todos os funcionários do porto de Beirute estão em prisão domicilária

    A Reuters acrescenta ainda um ponto importante em relação ao que se passou esta terça-feira na reportagem feita desde Beirute: todos os funcionários do porto onde se registou a explosão que fez pelo menos 113 vítimas e 4.000 feridos encontram-se em prisão domiciliária enquanto está a ser feita a investigação ao sucedido, sobretudo ao facto de haver 2.750 toneladas de nitrato de amónio há seis anos no armazém onde tudo aconteceu

  • Reuters avança com novo balanço: pelo menos 113 mortos

    A Reuters avança com um novo balanço da explosão desta terça-feira, com pelo menos 113 mortos enquanto as equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes no meio dos escombros

  • Portugal à espera que lhe sejam solicitados meios para apoiar Beirute

    Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, diz que o INEM estará à disposição para integrar o mecanismo europeu de proteção civil na ajuda a Beirute.
    Segundo a responsável, Portugal mostrou-se disponível e aguarda “nas próximas 24 horas” que sejam solicitados os meios necessários para ir prestar apoio ao Líbano.

  • Presidente da República da Guiné-Bissau envia condolências a homólogo

    O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou hoje as explosões ocorridas em Beirute que provocaram a morte a dezenas de pessoas e milhares de feridos, numa mensagem enviada ao seu homólogo libanês, Michel Aoun.

    “Após as explosões maciças em Beirute, que resultaram na perda de muitas vidas e em vários feridos, neste momento de dor, em nome do povo da República da Guiné-Bissau e em meu próprio nome, endereço as minhas sinceras condolências”, refere a mensagem.

    Lusa

  • Acidente ou ataque? Na dúvida, muitos habitantes já começaram a deixar Beirute

    Para a maior parte dos libaneses, diz ao Observador o fotojornalista João Sousa, a viver em Beirute desde janeiro, o que aconteceu esta terça-feira não está a ser encarado como um acidente. “Diria que os libaneses estão bastante céticos em relação a essa tese. O governo disse que foi um acidente, uma explosão; às tantas já se falava em fogo de artifício e que não havia problema nenhum, e os libaneses estão bastante ofendidos também por isso. Dizem que houve mais de uma centena de mortos e milhares de feridos ontem, que o que aconteceu foi muito sério. E acham que o governo libanês não está a levar isto a sério.”

    “Está complicado gerir isto tudo. Eu não diria que as pessoas estão paranoicas, mas estão tão desconfiadas que se acontece alguma coisa os libaneses acabam por apontar o dedo. Se calhar foi um acidente, se calhar. Mas a desconfiança nos políticos é de tal ordem e as probabilidades de isto ter sido intencional, dada a história que o país tem, nomeadamente com Israel, são tão fortes, que se calhar não foi um acidente”, diz o português.

    Ainda assim, e apesar da incerteza — “Não sei o que é que vai acontecer a seguir. Não sei se isto vai ser um incidente isolado ou se vamos ter um crescendo de tensão entre o Hezbollah e Israel” —, João Sousa tenciona manter-se em Beirute. Ao contrário de muitos moradores da capital, que já começaram a fugir para as montanhas: “Vi muita gente a pegar em malas e a sair da cidade”.

    A viver com outras três pessoas, dois libaneses e um sírio, João Sousa está agora sozinho, num apartamento sem eletricidade, no centro de Beirute: “Eles pura e simplesmente evacuaram ontem e foram para as montanhas. Geralmente as famílias libanesas e sírias tem casa nas montanhas, aproveitam e passam lá o verão, porque é mais fresco, ou então vão para lá quando acontecem coisas destas”, explica o fotojornalista ao Observador. “Foi o que aconteceu em 2006 quando Israel bombardeou a cidade, as pessoas fugiram para o campo ou para as montanhas.”

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