“A Palestina tem jurisdição sobre Gaza e a Cisjordânia, incluindo Jerusalém, e continuará a cumprir as suas responsabilidades”, afirmou o presidente palestiniano Mahmoud Abbas durante uma reunião com o chefe do Conselho de Liderança Presidencial do Iémen, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, citado pela Al Jazeera.

A reunião entre as duas partes abordou os desenvolvimentos no território palestiniano e na região, bem como os laços bilaterais entre as duas partes, informou a agência noticiosa Wafa.

Abbas renovou o seu apelo ao fim dos ataques israelitas contra os palestinianos, à retirada total das forças israelitas da Faixa de Gaza, à reconstrução e à realização de um processo político “que ponha fim à ocupação e alcance a segurança, a estabilidade e a paz para todos na região”.

A agência das Nações Unidas que presta assistência aos palestinianos alertou para o facto de que, com a aproximação do outono, “o plástico e o tecido não são suficientes para proteger as pessoas da chuva e do frio”.

Numa publicação no X, acompanhada de um vídeo, a agência mostra “a primeira chuva forte da estação em Gaza, hoje”. “A água corre por um campo sobrelotado e inunda tendas improvisadas onde vivem famílias deslocadas”.

First heavy rain of the season in #Gaza today.

Water runs through an overcrowded camp and floods makeshift tents where forcibly displaced families live.

As autumn begins, plastic and fabric are not enough to protect people against the rain and the cold.#CeasefireNow pic.twitter.com/x6eKjjumVY

— UNRWA (@UNRWA) September 22, 2024

Um ataque aéreo israelita atingiu uma casa perto da zona de al-Alami, no campo de Jabalia, informou um porta-voz da Defesa Civil de Gaza, citado pela Al Jazeera.

A equipa de salvamento afirmou que recuperou quatro feridos dos escombros do bombardeamento.

As IDF declararam hoje que não conseguem confirmar nem negar as informações sobre a possível morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar.

Entre as fontes consultadas pelo The Jerusalem Post, nenhuma referiu qualquer tipo de operação de eliminação que as IDF tivessem levado a cabo.

As dúvidas estão relacionadas com o facto de que Sinwar não tem estado em contacto com os seus intermediários que trataram das negociações sobre os reféns. Também está a ser levantada a hipótese de que alguns oficiais israelitas estejam a tentar usar ‘guerra psicológica’ contra os comandantes de nível médio do Hamas.

Em dezembro passado foram divulgadas informações que davam conta de que Sinwar estaria morto ou ferido, teria fugido para Sinai, ou estaria isolado da sua rede e já não estaria no comando.

Mais tarde, verificou-se que o líder do Hamas estava apenas impossível de contactar, como parte de uma tática de ocultação, ou que todos os rumores eram apenas ‘guerra psicológica’ para tentar fazer o Hamas ceder depois de Khan Yunis ter começado a ser controlada pelas IDF.

O gabinete de imprensa do Ministério da Educação e do Ensino Superior do Líbano anunciou que todos os diretores de estabelecimentos de ensino nas zonas afetadas por combates que impedem a frequência segura das aulas devem encerrar as suas escolas, noticiou a Al Jazeera.

Esta tarde a Universidade Libanesa já tinha anunciado o encerramento dos seus polos nas cidades de Sidon, Nabatieh e Tiro amanhã.

Estas perturbações no sistema educativo libanês ocorreram depois de Isreal ter lançado ataques contra o sul do país na noite passada.

O grupo iraquiano, alinhado com o Irão, afirma em comunicado que levou a cabo um ataque contra “um alvo no Vale do Jordão, nos nossos territórios ocupados [Israel]”.

Este ataque foi levado a cabo com um esquadrão de drones “al-Arfad”, é o quinto do grupo hoje e vem no seguimento da notícia que dava conta de um ataque aéreo nas Colinas de Golan.

“A resistência islâmica confirma que as operações continuam a destruir os redutos inimigos a um ritmo crescente”, afirmou o grupo, citado pela Al Jazeera.

O exército israelita afirma que o sistema de alerta do país foi ativado “no vale de Beit Shan e no sul do Golan”, e que este incidente está a ser investigado.

Entretanto, os meios de comunicação social iraquianos, de acordo com a Al Jazeera, referem que foi lançado um ataque de drones a partir do país em direção à zona das Colinas de Golan ocupadas.

Um palestiniano foi morto pelas forças israelitas a oeste do campo de Nuseirat, relata a Al Jazeera.

O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje que a chave para a paz no Médio Oriente passa por assumir a coexistência, o que exige “reumanizar” o inimigo e a imaginação.

Num discurso num encontro organizado em Paris pela comunidade de Sant’Egidio, Macron insistiu que “a paz só é possível quando as duas partes compreendem que é necessário encontrar um caminho de coexistência”.

Referindo-se ao conflito no Médio Oriente, em particular à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, o líder francês reiterou a ideia de que “esta necessidade de coexistência e reconhecimento é essencial para se poder imaginar a paz”.

O presidente irlandês, Michael Higgins, considera que o encerramento do escritório da Al Jazeera em Ramallah foi uma ação “ultrajante” tomada por Israel, relata o correspondente da Al Jazeera Gabriel Elizondo no X.

“Condeno-o veementemente. Acho que é ultrajante. E gostaria de dizer que a recusa da Al Jazeera em operar em Israel é muito, muito importante”, afirmou Higgins durante uma conferência de imprensa à margem da reunião da Assembleia Geral da ONU.

Pres. Michael Higgins of Ireland held a press conference for Irish media on the sidelines of #UNGA. At the end I asked him for his reaction to Israel shutting down Al Jazeera office in Ramallah.

“I strongly condemn it. I think it's outrageous. And I would like to say, as well… pic.twitter.com/sj2iscNPKY

— Gabriel Elizondo (@elizondogabriel) September 22, 2024

Diretor do Comité para a Proteção dos Jornalistas diz que ação de Israel “ataca gravemente o direito do público à informação sobre uma guerra que ceifou tantas vidas”.

Fecho da Al-Jazeera na Cisjordânia ataca o direito à informação, considera Comité para Proteção dos Jornalistas

O ministro da Defesa israelita, Yoav Galant, afirmou que “a semana passada foi a mais difícil da história do Hezbollah”, durante uma avaliação da situação operacional no Comando Norte das IDF, refere o Times of Israel.

Os comentários do ministro da Defesa surgem depois de o grupo sediado no Líbano ter disparado cerca de 150 rockets contra o norte de Israel esta manhã e depois de as FDI terem feito numerosos ataques aéreos contra alvos do Hezbollah.

O ministro comentou ainda o ataque israelita em Beirute, na sexta-feira, que matou Ibrahim Aqil, o principal comandante do Hezbollah, e outros líderes terroristas.

“A ação das IDF em Dahiyeh [subúrbio de Beirute] é significativa, importante e poderosa. Temos um objetivo – fazer regressar os habitantes do norte às suas casas em segurança e, para isso, tomaremos todas as medidas necessárias”, promete.

O tenente-general das IDF Herzi Halevi afirmou que Israel vai devolver os residentes deslocados do norte do país às suas casas e elogiou a morte de Ibrahim Aqil, em Beirute, na sexta-feira.

Aqil era um dos principais comandantes do Hezbollah, que morreu no ataque de sexta-feira de manhã, assim como outros líderes terroristas da unidade Radwan.

Numa declaração em vídeo gravada na base de Tel Hanof da Força Aérea israelita, no centro de Israel Halevi afirma, citado pelo Times of Israel, que o assassinato de Aqil iria “abalar” o grupo e salienta que o líder terrorista e os seus comandantes tinham “planeado durante anos ocupar a Galileia e são responsáveis pelo assassinato de muitos israelitas, incluindo soldados, ao longo dos anos”.

A Universidade Libanesa anunciou que os seus polos nas cidades de Sidon, Nabatieh e Tiro vão encerrar temporariamente amanhã, devido aos ataques israelitas no país.

“A universidade fornecerá mais atualizações com base na evolução da situação”, informou, citada pela Al Jazeera. No sábado, o exército israelita disse ter realizado centenas de ataques aéreos no sul do Líbano.

Devido à situação de instabilidade atual, as escolas no norte de Israel permanecerão fechadas amanhã, afirma o Ministério da Educação do país, citado pelo Times of Israel.

As aulas serão ministradas remotamente e nenhuma atividade presencial será realizada, incluindo excursões e atividades extracurriculares. O ministério deverá reavaliar a situação amanhã à noite, em conjunto com o Comando da Frente Interna das FDI.

As escolas estão fechadas na sequência do lançamento de rockets do Hezbollah no Líbano. No resto do país, as aulas deverão funcionar normalmente, acrescenta o ministério.

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que nenhum dos lados do conflito israelo-palestiniano está interessado na suspensão dos combates.

“É claro para mim que nenhum dos lados está interessado ​​num cessar-fogo. E isso é uma tragédia, porque esta é uma guerra que deve parar”, disse António Guterres à CNN norte-americana, acrescentando que “nem o governo de Israel nem o Hamas querem realmente o cessar-fogo”.