Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Terminamos aqui a cobertura do conflito no Médio Oriente.

    Pode acompanhar todos os desenvolvimentos desta quinta-feira no liveblog que agora iniciamos.

    Obrigada por estar connosco.

    Israel afirma ter destruído locais de armazenamento de armas e produção de munições em Gaza

  • Guteres diz que coragem do povo palestiniano está a evitar a sua limpeza étnica

    António Guterres voltou a condenar a tentativa de Israel de expulsar o povo palestiniano da Faixa de Gaza e elogiou a sua “resiliência e coragem”, sem as quais teriam sido sujeitos a uma limpeza étnica. O secretário-geral da ONU apela agora à mesma determinação da parte da comunidade internacional.

    “A intenção poderia ser que os palestinianos deixassem Gaza e que outros a ocupassem. Mas tem havido — e eu presto homenagem à coragem e à resiliência do povo palestiniano e à determinação do mundo árabe — um esforço para evitar que a limpeza étnica se torne uma realidade”, defendeu Guterres numa entrevista ao The Guardian, notando que a limpeza étnica dos palestinianos ainda é um perigo. “Faremos tudo o que for possível para os ajudar a permanecer no local e para evitar a limpeza étnica que poderá ocorrer se não houver uma forte determinação da comunidade internacional”, acrescentou.

  • Israel mata membro sénior do Hamas. Afirma que estava a preparar ataque iminente

    Uma operação conjunta das Shin Bet e da unidade especial Yasam da polícia israelita resultou na morte de Husam Malah, um membro do Hamas, que operava a partir da cidade Tulkarm, na Cisjordânia ocupada. Malah era o responsável pela unidade do Hamas em Tulkarm e estaria a preparar ataques para levar a cabo contra Israel “no futuro imediato”, relataram as autoridades israelitas em comunicado, citado pelo Haaretz.

  • Interdição de UNRWA é "escalada" de conflito, afirma Rangel

    A interdição de Israel à agência UNRWA e o envolvimento de soldados norte-coreanos na agressão russa contra a Ucrânia são “uma escalada muito negativa” dos dois conflitos, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

    Os dois assuntos foram abordados durante um encontro em Londres com o homólogo, David Lammy, tendo ambos condenado a legislação aprovada pelo parlamento de Israel (Knesset) na segunda-feira para banir aquela agência especializada das Nações Unidas de território israelita e dos territórios palestinianos ocupados da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

    “Nós consideramos todos que a UNRWA tem um papel insubstituível na ajuda humanitária. Aliás, a ajuda humanitária está com imensos, bloqueios e dificuldades e não temos dúvidas que tem sido a UNRWA que tem, apesar de das dificuldades, conseguido fazer chegar alguma ajuda humanitária essencial e, portanto, essa legislação é altamente censurável e introduz mais um fator de grande preocupação”, afirmou.

    “Estamos a falar de um agravamento de uma situação que ela própria já é uma situação catastrófica”, acrescentou.

  • Missão da ONU no Líbano alvo de 30 incidentes este mês, sete "deliberados" de Israel

    A missão das Nações Unidas no Líbano (FINUL) foi alvo de mais de 30 “incidentes” desde o início de outubro, dos quais cerca de 20 atribuídos ao exército israelita, afirmou hoje o seu porta-voz.

    Desde o dia 1 de outubro, a FINUL registou mais de 30 incidentes que resultaram em danos a bens ou instalações da ONU ou em ferimentos a soldados da paz”, disse Andrea Tenenti, numa conferência de imprensa por videoconferência

    A missão, acrescentou o representante, “conseguiu atribuir cerca de 20 destes incidentes a disparos ou ações das forças armadas israelitas, dos quais pelo menos sete foram deliberados”.

    “O que é particularmente preocupante são os incidentes em que as forças de manutenção da paz, no cumprimento da sua missão, bem como as nossas câmaras, luzes e torres de observação, foram deliberadamente atingidas pelas forças armadas israelitas”, insistiu.

  • Washington desvaloriza rascunho de cessar-fogo que foi tornado público

    A Casa Branca reagiu à publicação de um documento, identificado como um rascunho para um cessar-fogo no Líbano e datado de 26 de outubro, desvalorizando-o. “Há muitos relatos e rascunhos a circular [que] não refletem o estado atual das negociações”, afirmou a presidência norte-americana, citada pela Reuters.

  • Teerão deve responder aos ataques israelitas antes das eleições norte-americanas

    O Irão vai desencadear uma resposta “definitiva e dolorosa” contra os ataques israelitas da passada sexta-feira, avançou uma fonte de alto nível à CNN. A fonte, que se refere a Israel como o “regime sionista”, não adianta uma data exata para este ataque, mas referiu que “provavelmente vai acontecer antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos”, que se realizam no dia 5 de novembro, a próxima terça-feira.

    Tanto os Estados Unidos como Israel já deixaram ameaças a Teerão para que não prolongue o ciclo de ataques que desencadeou quando lançou quase 200 mísseis contra Israel no início do mês.

  • Cessar-fogo de 60 dias dá a Israel sete dias para retirar do Líbano, revelam documentos tornados públicos

    O ponto chave para um cessar-fogo no Líbano é a aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, de 2006. É o que se pode ler num rascunho deste acordo, apresentado pelos Estados Unidos, que foi tornado público pela televisão estatal israelita KAN.

    Da parte do Líbano, isto implica que a zona fronteiriça com Israel seja ocupada apenas pela UNIFIL — as forças da ONU para a manutenção da paz no Líbano — e pelas Forças Armadas libanesas, a quem devem ser entregues todas as capacidades para monitorizar, regularizar e desmantelar qualquer outra força militarizada que atue na região — nomeadamente o Hezbollah. O Líbano terá 60 dias para levar a cabo esta resolução.

    Já Israel, terá sete dias para retirar todas as suas tropas dessa mesma região e está impedida de cruzar a fronteira, seja com meios terrestres ou aéreos.

    A decisão sobre a altura a partir do qual começam a contar os 60 dias será coordenada com a mediação dos Estados Unidos e dos seus parceiros nas Nações Unidas. A seu cargo estará também um “mecanismo de monitorização e aplicação” do cessar-fogo, que deverá supervisionar que ambas as partes não violam o acordo, podendo aplicar sanções, caso isso não se verifique. Este mecanismo será liderados pelos Estados Unidos e terá na região membros representativos dos Estados Unidos, Itália, Canadá, França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e Espanha, da UNIFIL e outros países da região, aprovados por Israel e pelo Líbano.

  • Primeiro-ministro libanês "cuidadosamente otimista" com a possibilidade de um cessar-fogo nos próximos dias

    O primeiro-ministro libanês afirmou hoje que estão a trabalhar para alcançar um cessar-fogo com Israel o mais rapidamente possível. “Estamos a fazer o nosso melhor para ter um cessar-fogo nas próximas horas ou dias”, afirmou Najib Mikati, numa entrevista com a televisão libanesa Al-Jadeed. Ainda assim, o chefe do executivo libanês mostrou-se “cuidadosamente otimista” com esta possibilidade, cita a AFP.

  • Hezbollah diz que está a atacar base perto de Telavive

    O Hezbollah anunciou que lançou um ataque com mísseis contra um campo militar das Forças de Defesa de Israel (IDF) no sudeste de Telavive, relatam a Reuters e a AFP. As IDF ainda não reagiram a esta declaração.

  • Estados Unidos apoiam ataques israelitas a "alvos legítimos" no Líbano

    O Departamento de Estado norte-americano reafirmou o seu apoio aos ataques israelitas no Líbano, salientando novamente que estes devem ser “alvos legítimos”. “É importante que [Israel] não ameace a vida de jornalistas, forças de manutenção da paz da ONU, membros das Forças Armadas libanesas e também é crítico que as infraestruturas civis e locais culturais significativos sejam protegidos”, afirmou o porta-vos Matthew Miller na sua habitual conferência de imprensa, citada pelo The Guardian. Todos os grupos que Miller apontou que devem ser protegidos por Israel já sofreram baixas devido a ataques israelitas.

  • Forças israelitas atacaram armazéns do Hezbollah no leste do Líbano. Há pelo menos onze mortos

    O ataque das IDF contra a cidade de Baalbek, no vale de Beqaa, tinha como alvo um complexo militar do Hezbollah, em que o grupo xiita libanês armazenava combustível e armamento, entregue pelo Irão, relatam as forças israelitas em comunicado. Este complexo era operado pela unidade de reforço logístico do Hezbollah e “utilizada como um meio significativo para o funcionamento das infraestruturas militares”, acrescentam as IDF.

    Os jatos da Força Aérea israelita levaram a cabo nove bombardeamentos, “incrivelmente intensos”, ao longo de uma hora, descreve o repórter da Al Jazeera em Beirute, cerca de 80 quilómetros a oeste de Baalbek. Em Shamshtar, uma outra localidade em Beqaa, os ataques israelitas mataram sete pessoas, que estavam dentro de uma casa. As operações de resgate para tentar encontrar sobreviventes entre os escombros continuam, relata o correspondente da agência noticiosa libanesa NNA.

    Ao todo, foram mortas onze pessoas e outras 15 ficaram feridas nestes bombardeamentos israelitas, segundo os números do Ministério da Saúde libanês. Depois de um alerta de evacuação, Israel terá lançado os ataques enquanto os habitantes ainda estavam a fugir, adianta a Al Jazeera.

  • Forças Israelitas afirmam ter matado líder adjunto das Radwan, força de elite do Hezbollah

    Israel anunciou hoje a morte de Mustafa Ahmed Shahadi, o comandante adjunto da força de elite do Hezbollah, as Radwan. Shahadi foi morto num ataque esta manhã em Nabatieh, no sul do Líbano, relataram as IDF em comunicado.

    As forças israelitas acrescentam que Shahadi foi o responsável pelas operações das Radwan na Síria entre 2012 e 2017 e que ajudou a traçar a atual estratégia de combate do Hezbollah no sul do Líbano.

  • Tropas israelitas em Gaza devem continuar a criar "pressão militar" para se chegar a acordo, afirma Gallant

    O ministro da Defesa israelita visitou hoje tropas israelitas em Rafah, no sul da Faixa da Gaza, onde defendeu que a sua prioridade é “criar pressão militar”, para que os círculos políticos possam trabalhar num acordo que traga de volta os reféns. “Vocês aplicam pressão, fazem o que for necessário, e nós traremos um acordo porque vocês criaram as condições para nós o fazermos”, afirmou Yoav Gallant, citado pelo Times of Israel.

    Gallant acrescentou que a ofensiva em Gaza continua a incluir o cumprimento das “tarefas habituais”. “A primeira é manter a defesa das comunidades e das forças e a segunda é manter a liberdade de ação para fazer o que for preciso dentro de Gaza”, detalhou.

  • Sirenes anti-aéreas soam em todo o norte de Israel. Forças israelitas tentam intercetar ataque com drones

    As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão a relatar um ataque em massa com drones, que terão sido disparados do Líbano contra o norte de Israel. As sirenes foram ativadas em toda a região devido ao perigo de queda de destroços e as IDF apelam a todos os cidadãos que permaneçam recolhidos até o ataque acabar.

    Até agora, um dos drones já foi intercetado e outros dois caíram em Acre, uma cidade costeira a norte de Haifa, relata o Haaretz.

  • Armas norte-americanas estarão a ser utilizadas contra civis em Gaza, mas Washington não investiga relatos

    A administração Biden recebeu mais de 500 relatórios sobre a utilização de armas norte-americanas contra civis na Faixa de Gaza, mas nenhum destes casos levou o executivo a acionar medidas depois da fase de inquérito — mais de dois terços dos relatos nunca chegaram sequer a ser investigados –, avançam oficiais norte-americanos com conhecimento das investigações ao Washington Post.

    Os Estados Unidos continuam a fornecer armas a Israel, exigindo apenas que não sejam utilizadas para causar “danos desnecessários” aos civis palestinianos. No entanto, o Departamento de Estado — responsável por investigar as denúncias — não tem feito cumprir esta exigência. Os relatórios incluem dezenas de fotografias de fragmentos de bombas norte-americanas, encontradas em locais de ataques israelitas, onde foram mortos civis, incluindo crianças. Alguns dos casos constituem mesmo violações do direito norte-americano e do direito internacional, adiantam fontes familiarizadas com os mesmos.

    Os críticos da administração Biden acusam-na de estar “a ignorar provas de danos generalizados contra civis de forma a manter uma política de transferência de armas para o governo de Netanyahu praticamente incondicional“.

  • Conselho de Segurança da ONU manifesta “profunda preocupação” com proibição de UNRWA por parte de Israel

    O Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou hoje “profunda preocupação” com a decisão de Israel de proibir a atividade da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) e apelou aos israelitas que respeitem as suas “obrigações internacionais”.

    Num contexto em que o Conselho tem dificuldade em uniformizar uma posição desde os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas de 7 de outubro de 2023, devido ao veto norte-americano em apoio ao seu aliado israelita, a declaração publicada hoje apela a “todas as partes para permitirem que a UNRWA cumpra o seu mandato, tal como adotado pela Assembleia Geral da ONU, em todas as suas áreas de operação”.

    Na declaração é ainda sublinhado o “papel vital” da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), tida como a “espinha dorsal” da resposta humanitária na Faixa de Gaza.

  • Líder do Hezbollah diz que grupo está disposto a negociar cessar-fogo mas com condições

    O novo líder do Hezbollah garantiu hoje que o grupo xiita libanês está disposto a manter negociações indiretas com Israel para chegar a um cessar-fogo, mas com condições, para encerrar mais de um ano de guerra.

    “Se o inimigo decidir [concordar com] um cessar-fogo, diremos que sim, mas com condições. O caminho será realizar negociações indiretas para esse fim”, disse Naim Qassem, que no início de outubro – quando era o número dois do Hezbollah – deu o seu apoio às negociações de tréguas mediadas pelo presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri.

    Qassem lembrou que Berri, que também lidera o grupo xiita Amal, aliado do Hezbollah, é “o pilar das negociações”, embora tenha lamentado que “ainda não haja um projeto claro que seja consensual” para acabar com o conflito.

    Berri, que é presidente do Parlamento há três décadas, é uma figura crucial que serve de canal de comunicação do grupo com o restante espetro político libanês.

    “Não vamos implorar por um cessar-fogo”, acrescentou, entretanto, Qassem

  • Novo líder diz que Hezbollah vai continuar com o mesmo plano de guerra contra Israel

    O novo líder do Hezbollah afirmou hoje no seu primeiro discurso que o grupo xiita libanês continuará com o mesmo plano de guerra contra Israel do seu antecessor, Hassan Nasrallah, assassinado há mais de um mês num bombardeamento israelita.

    “A agenda de trabalho é a mesma de Hassan Nasrallah. Continuamos com o mesmo plano de guerra”, disse Naim Qassem, num discurso transmitido pela televisão em que apareceu ao lado das bandeiras do Líbano, do Hezbollah e de uma foto emoldurada do seu antecessor, que sempre prometeu que o grupo cessaria os seus ataques a Israel se fosse alcançada uma trégua em Gaza.

    Num tom calmo, o clérigo septuagenário disse que a Faixa de Gaza, o Líbano e outras partes do Médio Oriente enfrentam “uma guerra israelita, norte-americana e europeia com todo o seu poder”, denunciando que está a ser cometido um “genocídio” no enclave palestiniano.

    “Sempre dissemos que não queremos a guerra, mas estamos preparados no caso de nos imporem e faremos isso com firmeza e triunfaremos, se Deus quiser”, insistiu Qassem, afirmando que o único objetivo do Hezbollah “é proteger Líbano” e “apoiar a Palestina”.

    “Mais de 43 mil mártires não abalam o mundo? Cem mil feridos não abalam o mundo? Nem o assassínio de crianças? Este crime deve ser enfrentado”, declarou Qassem, referindo-se às mortes no enclave palestiniano desde o início da guerra há mais de um ano.

    “Damos as boas-vindas a qualquer país árabe, islâmico ou do mundo que nos queira apoiar. Não dizemos não a quem nos apoia no mundo, seja ocidental, árabe ou quem quer que seja. Não diremos que não”

  • Israel ataca cidade de Baalbek depois de ordens de evacuação

    Depois de terem emitido novas ordens de evacuação, as tropas israelitas começaram a atacar a cidade de Baalbek, no leste do Líbano, avançou o governador local. “Estão a ser realizados ataques intensos à cidade de Baalbek e aos seus arredores”, afirmou Bachir Khodr, segundo a CNN Internacional.

    A população da cidade, e de outras vizinhas, começou esta manhã a sair em massa da zona.

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