Momentos-chave
- Fogo de Odemira destruiu reserva de burros
- Snack-bar de São Teotónio está há dias a trabalhar para alimentar bombeiros em Odemira
- Polícia Judiciária investiga se fogo de Odemira teve origem negligente ou dolosa
- Proteção Civil vai analisar o que possa não ter corrido bem em Odemira
- Meios aéreos diminuem no combate ao incêndio de Odemira
- Proteção Civil diz ser "falso" que tenha havido problemas de comunicação
- Incêndio de Odemira: foram assistidas 43 pessoas e nove transpordas para o hospital
- Proteção Civil corrige dados: incêndio de Odemira com 8400 hectares de área ardida
- Incêndio de Odemira em resolução
- Doze meios aéreos juntam-se ao combate ao fogo em Odemira
- Condições meteorológicas favoráveis em Odemira, mas fogo sem evolução significativa
- Situação "mais tranquila" no incêndio de Odemira. Autarca de Aljezur revela que foram deslocadas três pessoas durante a noite
- Interior Norte e Centro continua em perigo máximo de incêndio
- Aviso vermelho em Bragança e laranja em Faro por causa do calor
- Odemira continua a ser a situação mais preocupante. Estão mais de mil operacionais no terreno
Histórico de atualizações
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Odemira: em fase de resolução, continuam quase mil bombeiros no terreno
O incêndio em Odemira, em fase de resolução, continua a ser aquele que junta mais meios de combate às chamas pelas 0h15 de hoje. No total, segundo o site da Proteção Civil, há 22 ocorrências relacionadas com fogos (nenhum deles ativo) – duas com os meios a caminho, 19 em fase de conclusão e o já referido de Odemira -, estando um total de 1455 bombeiros no terreno, acompanhados por 473 viaturas.
Odemira: fogo em fase de resolução. Estão 997 bombeiros no terreno e 336 meios terrestres;
Castelo Branco: está em conclusão o incêndio que está a ser combatido por 237 operacionais e 75 carros;
Águeda: Estão 22 bombeiros no incêndio, em fase de conclusão, acompanhados por 5 viaturas;
Fornos de Algodres: Também em fase de conclusão. No terreno, estão 21 operacionais e seis meios terrestres.
Sintra: 20 homens e 4 viaturas estão no teatro de operações. Fogo em fase de conclusão também;
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Prioridade é evitar que vento leve fogo de Odemira para serra de Monchique
A prioridade atual no incêndio de Odemira é mantê-lo dominado, havendo preocupação com a mudança do vento para norte que, a haver reativações, poderá levar o fogo para a serra de Monchique, adiantou esta quarta-feira a Proteção Civil.
“A estratégia e o que são as prioridades ainda no terreno são de facto evitar e manter o incêndio dominado. Estamos já numa fase de operações de rescaldo e consolidação do rescaldo e importa fazer esta monitorização e acima de tudo, agora com esta rotação do vento para norte, em que o incêndio, se reativar, poderá entrar na serra de Monchique, esta é a prioridade máxima. Neste momento continuamos os trabalhos no terreno, com as equipas dos diferentes agentes de Proteção Civil”, disse esta quarta-feira o comandante nacional André Fernandes.
Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na qual também esteve o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, o comandante nacional, André Fernandes, sublinhou que ao final da tarde não havia ocorrências significativas ativas no país e até às 17h00 tinham sido registados 38 incêndios rurais.
No incêndio de Odemira, o foco está agora num “trabalho de consolidação contínuo e monitorização” das frentes, com preocupação em relação à frente norte, que em caso de reativação pode avançar para a serra de Monchique.
“Neste momento o incêndio está estabilizado mas vamos manter estas ações durante os próximos dois dias. A noite de hoje e a noite de amanhã, em conjunto com o trabalho diurno vão ser fundamentais para garantir que possamos dar este incêndio como extinto”, disse André Fernandes.
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MAI pede toda a atenção e cautela para risco elevado de incêndios nos próximos dias
O ministro da Administração Interna pediu esta quarta-feira que se mantenha “toda a atenção e todas as cautelas” nos próximos dias, face ao risco elevado de incêndio, referindo que a prioridade neste momento é consolidar o rescaldo do fogo de Odemira.
Sobre o fogo de Odemira, sublinhou o facto de não haver vítimas mortais e destacou que na segunda-feira foram consumidos 1.200 hectares numa hora, tendo o incêndio progredido dois quilómetros por hora.
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Proteção Civil da Madeira pede que sejam evitados comportamentos de risco
O Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira pediu esta quarta-feira à população que evite comportamentos que constituam perigo de incêndio rural, na sequência dos avisos amarelo e laranja emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em comunicado, o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) “recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural”, pedindo que sejam evitadas “a realização de fogueiras para recreio, lazer ou confeção de alimentos”, bem como a utilização de “equipamentos de queima e de combustão”.
O SRCP recomenda igualmente aos cidadãos que não queimem “matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração”.
Fumar ou fazer lume em espaços florestais e vias que o circundem também deve ser evitado, refere o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira.
O IPMA colocou a costa sul da Madeira e o Porto Santo sob aviso laranja devido ao tempo quente, a vigorar entre as 00h00 de quinta-feira e as 00h00 de sábado.
A generalidade do arquipélago da Madeira está esta quarta-feira sob aviso amarelo devido à “persistência de valores elevados da temperatura máxima”, de acordo com o IPMA.
A partir das 00h00 de quinta-feira, a costa sul da Madeira e o Porto Santo passam a estar sob aviso laranja para o tempo quente, indica o IPMA, justificando com “a persistência de valores muito elevados da temperatura máxima”.
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Fogo de Odemira destruiu reserva de burros
O incêndio rural que deflagrou no sábado em Odemira, dominando hoje de manhã, destruiu uma zona de 40 hectares de floresta no Vale d’Alhinhos, em São Teotónio, onde estava instalada desde março uma reserva de burros.
Cláudia Candeias, presidente da Associação Arco do Tempo, que gere a reserva, contou hoje em declarações à agência Lusa que nos últimos dias foram vividos momentos complicados, com a necessidade de retirar os sete burros da reserva para os colocar a salvo.
O incêndio, explicou, destruiu as pastagens dos animais, instalações e material e consumiu os sobreiros e medronheiros existentes na propriedade.
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Snack-bar de São Teotónio está há dias a trabalhar para alimentar bombeiros em Odemira
Um snack-bar de São Teotónio, no concelho de Odemira, está a trabalhar quase em exclusivo para alimentar os bombeiros que combatem o fogo que deflagrou no sábado no concelho, disse a proprietária, agradecendo a colaboração da população e voluntários.
Vânia Mateus, do snack-bar Sobreirinho, disse à agência Lusa que, quando o fogo começou, no sábado, foi contactada pela coordenadora logística dos Bombeiros de Odemira e começou a trabalhar na preparação de refeições para os operacionais do dispositivo de combate ao fogo, que progrediu para os concelhos de Monchique e Aljezur, no distrito de Faro.
“Comecei a trabalhar com ela desde o início do incêndio e tivemos de fazer apelos de ajuda na segunda-feira, porque deixei de ter ‘plafond’ meu para dar resposta às necessidades”, afirmou Vânia Mateus, referindo-se aos pedidos de colaboração feitos pelas redes sociais e que geraram uma onda de solidariedade superior à que se podia esperar.
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Polícia Judiciária investiga se fogo de Odemira teve origem negligente ou dolosa
A Polícia Judiciária (PJ) suspeita que o incêndio rural de Odemira, no distrito de Beja, tenha começado num parque de merendas, estando a investigar se teve origem em comportamentos negligentes ou dolosos, revelou hoje fonte policial.
A mesma fonte indicou à agência Lusa que o fogo terá começado num parque de merendas perto da povoação de São Miguel e que as investigações em curso visam esclarecer se o fogo resultou de comportamentos negligentes ou dolosos.
Segundo a fonte da PJ, a investigação está a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Portimão desta polícia.
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Proteção Civil vai analisar o que possa não ter corrido bem em Odemira
O comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve admitiu hoje a hipótese de ter havido situações que não correram bem no combate ao incêndio de Odemira, mas assegurou que tudo será analisado com o fogo extinto.
Ao ser questionado pela agência Lusa sobre um turismo rural que ardeu em São Teotónio, no concelho de Odemira, distrito de Beja, e cuja proprietária diz ter pedido socorro sem que ninguém tenha aparecido, Vitor Vaz Pinto disse não ter ainda elementos para saber se isso corresponde ao que se efetivamente se passou no terreno, mas garantiu que essa análise irá ser feita.
“Foi-me dada a conhecer essa notícia. Trata-se de uma notícia, não sei em pormenor o que se passou, mas compreenderão que, numa área de interesse como esta, que tinha um perímetro de 50 quilómetros, haverá situações que possam ter corrido menos bem. Havemos de aferir o que se passou e depois vamos ver ou não a veracidade dessas declarações”, respondeu o comandante na conferência de imprensa em que deu o fogo como dominado.
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PCP pede medidas de apoio às vítimas e mudanças na política da floresta
O PCP pediu hoje que se tomem medidas imediatas de apoio às vítimas dos incêndios florestais e considerou urgente “mudar de política na floresta, no ordenamento do território e na Proteção Civil”.
Em comunicado, o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP Vladimiro Vale defende que os vários incêndios que têm assolado Portugal nos últimos dias “põem em evidência insuficiências diversas que importa superar”.
“O problema dos incêndios e do seu combate continua a estar muito condicionado pela falta de resposta às causas estruturais como o abandono do mundo rural, degradação dos serviços públicos, destruição da pequena e média agricultura, substituição de áreas de produção agrícola por matos ou monocultura de floresta”, refere Vladimiro Vale.
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Associações preocupadas com impacto do incêndio em Odemira pedem reconversão de eucaliptais
As associações ambientalistas Quercus e Acréscimo manifestaram-se hoje preocupadas com o impacto do incêndio em Odemira nos ecossistemas florestais e defenderam a reconversão dos eucaliptais naquela zona.
Em comunicado, as duas associações sublinham que o incêndio que deflagrou no sábado em Odemira tem afetado zonas de floresta mediterrânica junto à serra de Monchique e está a destruir parte da zona especial de conservação da Rede Natura 2000, que integra também a zona de proteção especial para a avifauna.
Preocupadas, por isso, com o impacto do incêndio nos ecossistemas florestais e na afetação dos serviços ambientais, a Quercus e a Acréscimo apontam que o fogo tem afetado igualmente vastas áreas de eucaliptal da empresa Navigator, que pedem que sejam reequacionadas.
“É fundamental para reduzir o risco de propagação de incêndios devido a projeções de materiais incandescentes a grande distância, as quais dispersam focos secundários de fogo e, portanto, dificultam o controlo e extinção do incêndio como se está a verificar em várias áreas, nomeadamente em Odemira, Aljezur e Monchique”, refere o comunicado.
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SIRESP sem problemas de abastecimento de energia em Odemira
A empresa que gere o SIRESP garantiu hoje que o sistema “não regista qualquer problema de abastecimento de energia” no incêndio de Odemira, avançando que foi “a única rede de comunicações que se manteve permanentemente ativa” na região.
Num comunicado enviado à Lusa, a empresa pública Siresp S.A., que comanda e coordena a rede de comunicações de emergência e segurança do Estado, informou que os dados recolhidos mostram que a rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) tem “redundância de transmissão, de cobertura (terrestre e satélite) e energética na região de Odemira, assente em grupos geradores”.
“A rede não regista qualquer problema de abastecimento de energia: nem na alimentação elétrica normal, nem nas baterias ativadas quando a energia falha nem nos grupos de geradores que são mobilizados antes de as baterias se esgotarem”, precisou a empresa, adiantando que a rede SIRESP assegura neste momento a cobertura da área do incêndio rural de Odemira através das Estações Base de Odeceixe, São Teotónio, Alto do Foia e de uma estação móvel.
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Meios aéreos diminuem no combate ao incêndio de Odemira
Meios no incêndio de Odemira começam a diminuir: neste momento estão no local oito meios aéreos e 1069 operacionais apoiados por 356 operacionais.
Durante a manhã chegaram a estar 15 meios aéreos a combater o incêndio que dura há 15 dias e que foi, esta quarta-feira, dado como dominado.
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Proteção Civil diz ser "falso" que tenha havido problemas de comunicação
A Proteção Civil desmente que tenha havido problemas de comunicação durante o incêndio de Odemira, nomeadamente no SIRESP. “É falso, é mentira”, disse o comandante regional da Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto.
O responsável esclareceu que o sistema não comprometeu a operação e explicou que existem “meios redundantes de comunicação [no terreno] na eventualidade de surgir alguma situação”.
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Incêndio de Odemira: foram assistidas 43 pessoas e nove transpordas para o hospital
Na conferência de imprensa em Odemira, o comandante regional da Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto, revelou que na noite de quarta-feira foram assistidos “mais sete populares”, com um a ter de ser transferido para o hospital — no total do incêndio são 43 pessoas assistidas e nove transportadas para o hospital.
No que toca ao número de deslocados, a Proteção Civil revela que foram 1459 pessoas no total e 124 animais, tendo sido ativadas cinco zonas de concentração e apoio à população que não vieram a ser necessárias.
Neste momento mantém-se a estrada municipal 501 (EN51) “com alguns cortes” e o caminho municipal 1186 também cortado.
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Proteção Civil corrige dados: incêndio de Odemira com 8400 hectares de área ardida
Vítor Vaz Pinto, comandante regional da Proteção Civil do Algarve, revelou em conferência de imprensa que o incêndio foi dado como dominado às 10h15 e que neste momento há “pouca chama ativa”, o que levou à atualização do estado do incêndio.
“Vamos ter muitas reativações ao longo do dia”, alerta o responsável, sublinhando que o vento mudou de direção e que é preciso “particular atenção” a “alguns pontos”.
O comandante regional da Proteção Civil do Algarve corrigiu ainda os dados que tinham sido dados ontem — em que as informações apontavam para os 10 mil hectares de área ardida — e revelou que serão 8400 hectares.
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Incêndio de Odemira em resolução
O incêndio de Odemira entrou em fase de resolução, segundo o site da Proteção Civil.
Apesar disso, continua a ser o que mais meios mobiliza em todo o país, com 15 meios aéreos e 1108 operacionais apoiados por 367 veículos.
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Doze meios aéreos juntam-se ao combate ao fogo em Odemira
O incêndio em Odemira já conta com doze meios aéreos para combater as chamas.
Depois de, como é habitual, durante a noite todos estes aparelhos terem parado de trabalhar, o site da Proteção Civil revelou agora que se juntaram dois meios aéreos no combate ao incêndio.
No local estão ainda 1100 bombeiros apoiados por 367 veículos.
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Condições meteorológicas favoráveis em Odemira, mas fogo sem evolução significativa
Mais de mil operacionais continuam hoje envolvidos no combate ao incêndio de Odemira, onde durante a noite as condições meteorológicas, como o aumento da humidade, foram mais favoráveis, mas sem que tivesse havido uma evolução significativa.
Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) remeteu para o briefing previsto para as 11h30 de hoje, em Odemira, mais informações sobre este incêndio, que começou no sábado e já atingiu 10 mil hectares.
A informação disponível pelas 07h45 no site da ANEPC indicava que estavam envolvidos 1.077 operacionais, apoiados por 367 viaturas.
O fogo, que deflagrou em São Teotónio, no concelho de Odemira, mantinha ao início da noite de terça-feira duas frentes ativas, obrigando as autoridades a cobrir um perímetro de 50 quilómetros.
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Situação "mais tranquila" no incêndio de Odemira. Autarca de Aljezur revela que foram deslocadas três pessoas durante a noite
O presidente da Câmara Municipal de Aljezur, José Gonçalves, conta à Rádio Observador que “a situação está mais tranquila” e espera que as duas zonas mais preocupantes no concelho fiquem “solucionadas e resolvidas” ainda esta quarta-feira.
O autarca explicou que os bombeiros, durante a noite, conseguiram “trabalhar de maneira mais efetiva porque as condições assim o permitiram” e antecipou um cenário positivo: “Creio que hoje ficarão solucionadas e resolvidas as duas situações mais preocupantes no nosso concelho, mas vamos aguardar o evoluir do cenário do incêndio”, disse, frisando que é necessário “consolidar o que está ainda em falta”.
Ainda sem um balanço definitivo, o presidente de Aljezur revelou que foram registados “alguns danos materiais”, nomeadamente “pelo menos uma habitação que ardeu e pequenas estruturas de apoios”. Durante a noite foi também preciso “deslocar três pessoas”, já depois de na noite anterior ter sido necessário retirar 17 pessoas no concelho. Até ao momento não há vítimas.
José Gonçalves afirmou ainda que dos 10 mil hectares que já foram consumidos pelas chamas neste incêndio, dois mil serão área afetada no concelho de Aljezur.
Ouça aqui as declarações do Presidente da Câmara Municipal de Aljezur à Rádio Observador.