As Forças de Defesa de Israel confirmam a realização de um ataque com drones em Nur Shams, na Cisjordânia, reporta o Times of Israel.

O exército dá conta de que o alvo do ataque era um local de comando de terroristas locais, mas não há mais informações até ao momento. Sabe-se apenas que há vítimas a reportar.

O jornalista palestiniano Ali Nayef Ta’ima morreu num ataque israelita, em Gaza, segundo informações oficiais noticiadas pela Al Jazeera. Esta morte aumenta o número total de jornalistas mortos desde o início do conflito para 171.

“O gabinete de imprensa do governo condena a perseguição e o assassinato de jornalistas palestinianos por parte da ocupação israelita”, refere o comunicado.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, confirmou que as negociações de paz para um cessar-fogo entre Israel e Hamas, que estão a decorrer no Cairo, irão continuar durante “os próximos dias”.

“Não queremos assistir a uma guerra total, estamos a fazer tudo para o evitar”, referiu o responsável norte-americano em declarações à agência Reuters.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos considera que a ameaça de ataque do Irão e dos seus aliados contra Israel ainda existe.

A avaliação feita pelos EUA, esclareceu o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, é de que ainda “há uma ameaça de ataque” em curso.

Três pessoas morreram na sequência de um ataque israelita ao campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, noticia a Al Jazeera, que ainda não conseguiu apurar o número total de feridos.

As operações de ajuda humanitária em Gaza estão suspensas esta segunda-feira, depois de Israel ter dado ordens para que a zona de Deir-al-Balah seja evacuada.

“Não podemos fazer entregas hoje com as condições em que nos encontramos”, revelou um alto-funcionário da ONU, que pediu anonimato, em declarações à Reuters.

A mesma fonte confirmou que a ONU não está a sair de Gaza porque as pessoas precisam de apoio. “Estamos a tentar equilibrar as necessidades da população com a necessidade de segurança e proteção do pessoal da ONU”, referiu.

Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, conversou com o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Abdallah Bou Habib, e reiterou o comprometimento da União Europeia em manter a “estabilidade regional” e ajudar a preservar as “vidas de centenas de milhares de civis”.

Na rede social X, antigo Twitter, Borrell recorou que a UE está promover esforços para uma “desescalada” do conflito no Líbano, numa altura em que a tensão entre Israel e o Hezbollah tem subido de nível.

Spoke w/ Lebanon FM Bou Habib, confirming the EU's enduring support to de-escalation efforts and UNSCR 1701, esp. in light of Sunday’s heavy crossfire.

Our goal remains to preserve regional stability and the life of hundreds of thousands of civilians across the Blue Line.

— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 26, 2024

As operações humanitárias da ONU na Faixa de Gaza estão paralisadas após Israel ter emitido novas ordens de evacuação para Deir Al-Balah, na zona centro do enclave palestiniano, indicou esta segunda-feira um alto funcionário das Nações Unidas.

“O que aconteceu no fim de semana leva-nos a um ponto em que simplesmente não podemos continuar a operar“, afirmou o alto funcionário em declarações aos jornalistas, na sede da ONU em Nova Iorque.

“Estamos a tentar equilibrar a necessidade da população com a necessidade de proteção e segurança do pessoal da ONU”, acrescentou, frisando que a paralisação “não significa uma suspensão” das atividades da organização internacional, uma vez que espera que possam ser retomadas o mais rapidamente possível.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Iranianas, Mohammad Bagheri, considera “inevitável” a existência de uma resposta de Teerão ao assassínio de Ismail Haniyeh, o ex-líder do Hamas que foi morto por forças israelitas na capital do Irão.

“O Irão decidirá como e quando se vingará. O Eixo da Resistência vingará o sangue de Ismail Haniyeh, cada membro de acordo com o seu próprio plano e capacidade. O que vimos ontem (o ataque do Hezbollah a Israel) faz parte da vingança”, revelou Bagheri, que foi citado pelo Times of Israel.

Luís Tomé não tem dúvidas de que há uma “escalada clara” do conflito em Gaza. Já na guerra da Ucrânia, considera que os ataques que furam fronteiras da NATO são “armadilha” na qual não se deve cair.

Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

“Não há interesse num cessar-fogo em Gaza”

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, recebeu o primeiro-ministro do Qatar, xeque Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, em Teerão, e discutiram as negociações de cessar-fogo em Gaza.

O Irão saúda os esforços do Qatar para estabelecer um cessar-fogo e, de acordo com o ministério, Araghchi assegura que “apoiará qualquer acordo” que os parceiros da “resistência palestiniana e do Hamas aprovem”.

O Hamas pediu hoje aos palestinianos da Cisjordânia ocupada para aumentarem a violência contra os israelitas em resposta às declarações do ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, que sugeriu construir uma sinagoga na Esplanada das Mesquitas.

Questionado durante uma entrevista à rádio do Exército, Ben Gvir respondeu afirmativamente sobre se permitiria a existência de uma sinagoga na Esplanada — local conhecido como Monte do Templo entre os judeus, que alberga a mesquita de Al Aqsa e é o terceiro sítio mais sagrado do Islão, depois de Meca e Medina.

“O que o ministro terrorista Ben Gvir revelou esta manhã sobre a sua intenção de construir uma sinagoga judaica na mesquita sagrada de Al Aqsa representa um anúncio perigoso”, disse o Hamas, num comunicado.

“Apelamos ao nosso povo na Cisjordânia e no interior ocupado [território israelita] para que se mobilize e marche pelos pátios de Al Aqsa e confronte os planos da ocupação”, ripostou hoje o Hamas.

O movimento islamita ainda encorajou a “corajosa resistência e a juventude revolucionária” a escalar a violência contra “o inimigo criminoso e os bandos de colonos”.

O exército israelita confirmou a realização de ataques aéreos no sul do Líbano, dirigidos a estruturas do Hezbollah, em Kfar Kila e Tayr Harfa.

Segundo a Al jazeera, a Agência Nacional de Notícias estatal no Líbano tem estado a relatar bombardeamentos nas cidades de Chamaa e Naqoura.

Há relatos de um impasse nas negociações de paz entre Israel e o Hamas mediadas pelo Qatar e pelo Egipto, noticia o The Guardian.

De acordo com aquele jornal, o Egipto, um dos mediadores cruciais do processo negocial, não aceita uma das exigências de Israel: a manutenção de uma presença militar israelita no chamado “corredor de Filadélfia”, a faixa de terreno que corresponde à fronteira entre Gaza e o Egipto.

Israel tem exigido, como contrapartida para o cessar-fogo e a saída da Faixa de Gaza, a manutenção de forças armadas no corredor de Filadélfia e também no corredor de Netzarim, a faixa de terreno que divide Gaza entre norte e sul.

O objetivo de Israel é impedir a movimentação do Hamas para o norte de Gaza, bem como o contrabando de armas para o interior do território da Faixa de Gaza

Pelo menos 30 palestinianos morreram nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, de acordo com a Al Jazeera, que atribui os dados ao Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

De acordo com a mesma fonte, nas últimas 24 horas 66 pessoas ficaram feridas na sequência de ataques israelitas.

No total, desde o dia 7 de outubro de 2023, já morreram 40.435 pessoas e 93.535 ficaram feridas na Faixa de Gaza.

As tropas israelitas abusaram, maltrataram e humilharam profissionais de saúde palestinianos detidos durante a guerra em curso na Faixa de Gaza, denunciou hoje a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW).

A denúncia da ONG surge depois do jornal israelita Haaretz ter noticiado, no início de junho, que o exército israelita estava a conduzir investigações criminais sobre a morte de mais de quatro dezenas de palestinianos, nomeadamente de profissionais de saúde.

“Os maus tratos infligidos pelo Governo israelita aos profissionais de saúde palestinianos continuaram na sombra e devem cessar imediatamente”, afirmou Balkees Jarrah, diretor interino da HRW para o Médio Oriente.

Israel atacou esta segunda-feira uma escola no centro da Faixa de Gaza que estava convertida em local de acolhimento de refugiados.

De acordo com a Al Jazeera, várias pessoas morreram na sequência do ataque, incluindo mulheres e crianças.

Cerca de 60 organizações não governamentais (ONG) que defendem a imprensa pediram hoje à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, devido aos ataques à liberdade de imprensa e mortes de jornalistas.

Numa carta conjunta, as ONG acusam o Governo liderado por Benjamin Netanyahu de “restringir a liberdade dos meios de comunicação social, o que resultou efetivamente no estabelecimento de um regime de censura”.

O documento, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), é assinado, entre outras organizações, pelo Comité para a Proteção dos Jornalistas, a Repórteres Sem Fronteiras, a Human Rights Watch e a Federação Europeia de Jornalistas.

A carta exige ao chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e ao comissário do Comércio, Valdis Dombrovskis, a suspensão do acordo de associação – que diz respeito em particular ao comércio – e “sanções dirigidas contra os responsáveis” por violações dos direitos humanos.