Momentos-chave
- Guterres apela a cessar-fogo humanitário
- Refém israelita morre por falta de alimentos e medicamentos, anuncia Hamas
- Costa defende Estado palestiniano para abrir caminho a "paz duradoura" no Médio Oriente
- Guterres esteve na fronteira de Gaza no Ramadão para pedir cessar-fogo. Palestinianos vivem em "pesadelo sem fim"
- Mortes em Gaza superam 32.100 em cinco meses
- António Guterres já aterrou no Egipto para visitar fronteira com Gaza e apelar ao cessar-fogo
- Israel diz ter capturado 800 militantes do Hamas em incursão em hospital de Gaza
Histórico de atualizações
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Bom dia. Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua este domingo a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra entre Israel e o Hamas. Pode seguir todas as atualizações aqui.
https://observador.pt/liveblogs/israel-diz-que-deteve-mais-480-elementos-do-hamas-e-da-jihad-islamica-em-hospital-de-gaza/
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Guterres apela a cessar-fogo humanitário
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou hoje a um cessar-fogo humanitário afirmando que “nada justifica” os ataques do Hamas nem a “punição coletiva” do povo palestiniano.
“É tempo de um cessar-fogo humanitário, de um compromisso por parte de Israel de acesso sem restrições a bens humanitários em toda a Faixa de Gaza e da libertação de todos os reféns”, escreveu numa publicação no X.
Nothing justifies the horrific attacks by Hamas.
Nothing justifies the collective punishment of the Palestinian people.
It's time for a humanitarian ceasefire, a commitment by Israel for unfettered access for humanitarian goods throughout Gaza, and the release of all hostages.— António Guterres (@antonioguterres) March 23, 2024
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Aviação israelita bombardeia três complexos militares do Hezbollah no Líbano
A aviação israelita bombardeou este sábado três complexos militares do Hezbollah no sul do Líbano, em resposta a vários ataques do movimento xiita.
Os bombardeamentos foram dirigidos a complexos militares em Kfarkela, Naqoura e Ayta ash Shab, bem como a um posto de observação em Al-Jiam, segundo um comunicado militar de Israel.
O movimento xiita libanês Hezbollah reivindicou este sábado seis ataques contra Israel, a maioria com artilharia e mísseis, mas também um com dois ‘drones’, contra plataformas do sistema antimísseis Cúpula de Ferro, em Kfar Blum.
As hostilidades na fronteira de Israel com o Líbano começaram em 08 de outubro, um dia depois do início do conflito que opõe Israel ao movimento islamita palestiniano Hamas, que conta com o apoio do Hezbollah.
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Refém israelita morre por falta de alimentos e medicamentos, anuncia Hamas
O Hamas anunciou a morte de um refém israelita, de 34 anos, por falta de alimentos e medicamentos, avançou a CNN. O movimento islamita palestiniano advertiu ainda que há outros reféns doentes e a precisar de tratamento.
“Anteriormente tínhamos advertido que os prisioneiros do inimigo padecem das mesmas condições que sofre o nosso povo, de fome e privações, pela falta de alimentos e medicamentos”, afirmou Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al Qasam, acrescentando: “A doença ameaça agora a vida de diversos deles.”
“Apesar de ter sobrevivido aos ataques do Exército de ocupação, não escapou à falta de alimentos e medicamentos. O tempo está a esgotar-se e o seu Governo mente.”
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Projétil atinge navio no mar Vermelho mas sem provocar vítimas
Um projétil atingiu hoje um navio, de nacionalidade não revelada, que navegava no mar Vermelho, provocando um incêndio a bordo que foi extinto e sem o registo de vítimas entre a tripulação, informou a Marinha britânica.
O organismo da Marinha britânica de Operações Marítimas Comerciais (UKMTO) indicou que o ataque ocorreu 23 milhas náuticas a oeste de Al Mokha, no Iémen, onde o navio foi “atingido por um projétil não identificado”.
“O incêndio provocado foi extinto com êxito pela população”, assinalou a UKMTO, ao acrescentar que a embarcação e seus tripulantes “se encontram a salvo” e com o navio a prosseguir o seu trajeto.
A ação não foi reivindicada até ao momento, apesar de os Huthis do Iémen já terem efetuado desde 19 de novembro dezenas de ataques contra a navegação comercial no mar Vermelho, no âmbito da sua campanha de solidariedade com os palestinianos da Faixa de Gaza, alvo das operações militares de Israel.
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Israel e Hamas unidos na condenação de atentado do Estado Islâmico em Moscovo
O presidente de Israel, Isaac Herzog, condenou “energicamente o ataque terrorista bárbaro” do Estado Islâmico (EI) em Moscovo, que deixou pelo menos 133 mortos, também hoje repudiado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Herzog falou com o embaixador da Rússia em Israel para transmitir, “em nome do povo israelita, condolências às famílias das vítimas, ao povo russo e aos seus dirigentes pela terrível perda de vidas” no atentado da noite de sexta-feira, já reivindicado pelo EI.
“O terrorismo de qualquer tipo, especialmente o terror jihadista, ataca indiscriminadamente todos os povos, de todas as crenças e religiões, ao mesmo tempo que semeia medo e destruição”, afirmou o chefe de Estado israelita.
Herzog sublinhou ainda que a luta contra o terrorismo é um “importante desafio internacional que os países do mundo devem combater juntos”.
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Hamas denuncia 19 mortos durante ataque a distribuição de ajuda, Israel nega
Uma distribuição de ajuda alimentar em Gaza voltou hoje a registar um desfecho dramático com o Hamas a afirmar que 19 palestinianos foram mortos por disparos israelitas, uma acusação desmentida pelo Exército.
O ministério da Saúde do Hamas anunciou inicialmente a morte de nove pessoas por “disparos de tanques e obuses do Exército de ocupação israelita” durante uma distribuição de ajuda proveniente do Kuwait e nos arredores da cidade de Gaza, antes do serviço de imprensa do movimento islamita palestiniano ter emitido um novo balanço de 19 mortos e 23 feridos.
O Exército israelita negou ter disparado sobre os palestinianos que aguardavam esta distribuição.
“As informações afirmando que as forças israelitas atacaram dezenas de pessoas perto de um ‘comboio’ de ajuda humanitária são incorretas”, indicou o Exército em comunicado.
De acordo com os “primeiros dados”, “não ocorreu um ataque aéreo contra o ‘comboio’ nem disparos das forças [israelitas] sobre as pessoas perto do ‘comboio’ de ajuda”, afirmou.
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Costa defende Estado palestiniano para abrir caminho a "paz duradoura" no Médio Oriente
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu este sábado a necessidade de abrir caminho a um Estado palestiniano de forma a assegurar uma “paz duradoura” no Médio Oriente que permita a liberdade aos povos israelita e palestiniano.
“É fundamental não só um cessar-fogo, mas que possamos criar as condições para uma solução duradoura que passa pela criação de dois Estados na região onde se assegure a liberdade de vida ao povo israelita e ao povo palestiniano”, defendeu António Costa, em Paris, na sua última visita ao estrangeiro como chefe do Governo português.
Costa manifestou a sua satisfação pelo facto de a União Europeia ter conseguido chegar a um acordo e a “uma posição comum para exigir uma pausa nos combates de forma a permitir a ajuda humanitária ao povo palestiniano”.
“Aquilo que se passa é um caso absolutamente inadmissível de violação do direito internacional e do direito humanitário”, argumentou António Costa, depois de lembrar que os países europeus não só condenaram os ataques do Hamas de 07 de outubro, como concordaram com o direito de Israel a defender-se e até a atacar aquele grupo terrorista palestiniano.
Costa considerou, no entanto, que “ninguém pode reconhecer o direito de Israel a atacar de forma indiscriminada o povo palestiniano e a não assegurar o direito à vida, à tranquilidade e à paz do povo palestiniano”.
O primeiro-ministro cessante deslocou-se a Paris na sexta-feira para assistir, acompanhado pela presidente da Câmara de Paris, a um concerto franco-português, comemorativo da Revolução dos Cravos, pela Orquestra Parisiense Centenária “Colonne”, dirigida pelo maestro Cesário Costa.
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Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel acusa Guterres de ter tornado ONU "antissemita e anti-Israelita"
“Sob a liderança de António Guterres, a ONU tornou-se uma organização antissemita e anti-israelita que protege e encoraja o terror”, escreve o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz
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Guterres esteve na fronteira de Gaza no Ramadão para pedir cessar-fogo. Palestinianos vivem em "pesadelo sem fim"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou este sábado a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmando que os habitantes daquele território “continuam presos num pesadelo sem fim”.
Guterres falava durante uma visita ao posto fronteiriço de Rafah, entre o Egipto e a Faixa de Gaza, onde esteve este sábado para chamar a atenção para os continuados atrasos na entrada de ajuda humanitária a partir daquele lugar.
“Os palestinianos de Gaza — crianças, mulheres, homens — continuam presos num pesadelo sem fim”, disse Guterres, citado pela AFP. “Levo comigo as vozes da grande maioria do mundo, que já viu demasiado.”
Guterres exigiu também um “compromisso inflexível” da parte de Israel para permitir a entrada rápida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Até agora, as exigências israelitas para uma apertada fiscalização dos camiões com ajuda humanitária têm abrandado significativamente a entrada do apoio.
É chegado o momento de “inundar” Gaza de apoio humanitário, disse Guterres, classificando como um “ultraje moral” que dentro de Faixa de Gaza esteja a registar-se uma grave fome entre a população.
Rafah é também a cidade onde estão neste momento refugiados centenas de milhares de palestinianos, que tiveram de fugir do norte da Faixa de Gaza — e Israel já garantiu que vai levar a cabo uma intervenção militar naquela cidade, o que tem motivado apelos de toda a comunidade internacional para que essa ação seja evitada.
Guterres pede um cessar-fogo imediato na região para permitir o apoio dos palestinianos.
O secretário-geral da ONU partilhou através do Twitter várias fotografias da sua passagem pela fronteira de Gaza, que aconteceu a propósito do mês sagrado do Ramadão.
Every year, I undertake a solidarity mission during the holy month of Ramadan, a time for spreading compassion, community & peace.
This year, I have come to the Rafah crossing to spotlight the hardship and pain of Palestinians in Gaza – and the obstacles to easing their plight. pic.twitter.com/EJmtL966O4
— António Guterres (@antonioguterres) March 23, 2024
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Mortes em Gaza superam 32.100 em cinco meses
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, atualizou hoje para 32.142 o número de pessoas mortas desde o início da guerra com Israel e revelou que 72 destas mortes ocorreram nas últimas 24 horas.
De acordo com a mesma informação, citada pela AFP, há ainda a contabilizar 74.412 feridos ao longo destes mais de cinco meses de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano — incluindo 114 feridos nas últimas 24 horas.
O Ministério da Saúde de Gaza apontou os sete massacres contra civis nas últimas horas e sublinhou que muitas das vítimas “ainda estão debaixo dos escombros” e “deitadas nas estradas”.
Assim, acrescentou, o número de mortos e feridos poderá aumentar uma vez que “a ocupação [dos israelitas] impede as ambulâncias e o pessoal de proteção civil” de chegaram às vítimas.
Segundo as autoridades de Gaza, há ainda cerca de sete mil pessoas que se encontram desaparecidas.
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António Guterres já aterrou no Egipto para visitar fronteira com Gaza e apelar ao cessar-fogo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, aterrou este sábado no Egipto para visitar a fronteira com a Faixa de Gaza e para reforçar os seus apelos a um cessar-fogo imediato.
Segundo a Reuters, Guterres foi recebido em Al Arish, no norte da Península do Sinai, perto da fronteira com Gaza, pelo governador regional Mohamed Shusha.
Na receção a Guterres, Shusha disse a Guterres que há 7 mil camiões carregados com ajuda humanitária naquela região egípcia a esperar para entrar na Faixa de Gaza. Contudo, as exigências israelitas relacionadas com a inspeção detalhada dos camiões estão a fazer abrandar a entrada da ajuda humanitária em Gaza.
O secretário-geral da ONU ainda deverá, diz a Reuters, visitar um hospital egípcio onde há vários palestinianos retirados de Gaza a receber tratamento médico.
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Israel diz ter capturado 800 militantes do Hamas em incursão em hospital de Gaza
O exército israelita matou mais de 170 homens armados e capturou cerca de 800 militantes do Hamas durante a incursão militar realizada esta semana no hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, de acordo com os jornais israelitas.
De acordo com o The Times of Israel, a incursão começou na segunda-feira e foi levada a cabo por um conjunto de unidades militares com a missão de localizar infraestruturas e depósitos de armamento pertencentes ao grupo extremista.
O Haaretz diz ainda que o exército israelita conseguiu detetar vários túneis secretos e depósitos de armamento do Hamas no complexo hospitalar de Al-Shifa — algo que Israel tem usado como justificação para atacar estruturas como hospitais, escolas e mesquitas na guerra em Gaza.
Na sexta-feira, de acordo com o Haaretz, o porta-voz das forças israelitas, Daniel Hagari, já tinha dito que tinham sido detidos “oficiais muito importantes” do Hamas no hospital.
Numa mensagem publicada no Twitter, as forças israelitas dizem que continuam com a operação militar na área do hospital Al-Shifa, lutando com o objetivo de evitar causar danos a civis, pacientes, equipas médicas e equipamentos médicos.
כוחות צה״ל ושב״כ ממשיכים בלחימה ממוקדת במרחב בית החולים שיפאא׳. צוות הקרב של חטיבה 401, צוות הקרב של חטיבת הנח"ל וכוחות שייטת 13 בפיקוד אוגדה 162 נלחמים במרחב תוך הימנעות מפגיעה באזרחים, חולים, צוותים רפואיים וציוד רפואי>> pic.twitter.com/sc6CgEBpua
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) March 23, 2024
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Bom dia.
O Observador continua este sábado a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra entre Israel e o Hamas.
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