Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • António Guterres: número de civis mortos em Gaza "sem paralelo e sem precedentes"

    Desde que se tornou secretário-geral das Nações Unidas, em 2017, António Guterres nunca tinha visto tantos civis morrerem num conflito. “Sem paralelo e sem precedentes”, disse Guterres aos jornalistas, referindo-se aos civis mortos em Gaza.

    “O que é claro é que, em poucas semanas, milhares de crianças foram mortas. Portanto, é isto que importa. Estamos a assistir a uma matança de civis sem paralelo e sem precedentes em qualquer conflito desde que sou secretário-geral”, disse Guterres durante uma conferência de imprensa.

  • Bom dia,

    Damos por encerrado este liveblog. Continue a acompanhar as notícias relacionadas com a guerra entre Israel e o Hamas através deste novo link.

    Reféns: há acordo entre Israel e Hamas mas partes prometem permanecer “vigilantes”

  • Borrell: criar um Estado palestiniano é a melhor forma de garantir a segurança de Israel

    A criação de um Estado palestiniano é a melhor forma de garantir a segurança de Israel. A afirmação é de Josef Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, que, esta segunda-feira, participou numa videoconferência com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27.

    “Apesar dos enormes desafios, temos de avançar com as nossas reflexões sobre a estabilização de Gaza e o futuro Estado palestiniano”, afirmou Borrell que, depois de um périplo pelo Médio Oriente, diz ter tirado “uma conclusão política” fundamental.

    Josep Borrell

    “Penso que a melhor garantia para a segurança de Israel é a criação de um Estado palestiniano”, concluiu.

  • Chuvas e inundações durante o inverno vão piorar situação em Gaza, avisa OMS

    As chuvas fortes que caíram na passada semana em Gaza deterioram as condições em que muitos refugiados estão atualmente a viver e a Organização Mundial de Saúde alerta que a situação vai piorar.

    GettyImages-1782055407 GettyImages-1782050216 GettyImages-1782064431

    Desde a escalada de violência, a OMS contabilizou mais de 44 mil casos de diarreia e 70 mil infeções respiratórias agudas, mas assume que os números reais podem ser mais elevados. Na sexta-feira, a agência da ONU disse estar “extremamente preocupada com o facto de as chuvas e inundações durante o inverno que se aproxima piorarem ainda mais uma situação já terrível”.

  • Familiares de reféns desapontados depois de reunião com Netanyahu

    O Governo está a enviar mensagens contraditórias, queixaram-se alguns dos familiares dos reféns do Hamas, depois do encontro com o primeiro-ministro israelita. Aos jornalistas, os familiares explicaram que lhes foi dito que libertar os reféns e destruir o Hamas são objetivos igualmente importantes.

    No entanto, num encontro anterior com membros do gabinete de guerra a mensagem passada foi a de que resgatar os reféns com vida era que o principal objetivo.

    “Há alguns dias, encontrámo-nos apenas com os ministros Gantz e Eisenkot”, disse Udi Goren, primo de um refém, citado pela imprensa local. “Disseram-nos inequivocamente que o principal objetivo da guerra era garantir a libertação dos reféns. Agora dizem-nos, em resposta a uma pergunta muito concreta, que os outros membros do gabinete de guerra dizem que há dois objetivos igualmente importantes.”

    A reunião começou com protestos das famílias já que nem todos os 107 representantes puderam entrar devido à falta de espaço. Depois de esperarem ao relento, todos conseguiram entrar no recinto onde aconteceu a reunião.

  • Netanyahu diz que resgatar reféns é "uma missão sagrada"

    Israel não vai desistir de resgatar os reféns capturados pelo Hamas, garantiu o primeiro-ministro israelita, na noite de segunda-feira, considerando que esta é uma “missão sagrada”. Benjamin Netanyahu falava depois de ter estado reunido com os familiares dos reféns.

    “Não desistiremos até que sejam libertados. Esta é a minha responsabilidade e a do gabinete de guerra”, disse o político israelita, citado pela imprensa local. “Ouvi a dor das famílias. Falámos de coração para coração. Partilhei com eles tudo o que pude sobre os esforços diplomáticos, dos serviços de informação e operacionais que estamos a desenvolver 24 horas por dia.”

    Benjamin Netanyahu

    “Não deixaremos de lutar até trazermos os reféns para casa, destruirmos o Hamas e garantirmos que deixará de existir uma ameaça a partir de Gaza”, concluiu o primeiro-ministro israelita.

  • Número de jornalistas mortos em Gaza sobe para 50

    O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) voltou a atualizar o número de membros da imprensa mortos no conflito em Gaza. Depois, ao início da tarde, ter sido avançado um balanço de 48 mortos, os número foram atualizados, chegando agora às 50 vítimas mortas, diz o The Guardian.

    O dia da guerra com mais mortes continua a ser o primeiro, quando seis jornalistas morreram. O segundo foi este sábado, 18 de novembro, com cinco vítimas mortais a registar.

  • Familiares de reféns manifestam-se em Israel contra pena de morte para militantes do Hamas

    Introduzir a pena de morte como sentença para militantes do Hamas capturados é uma das pretensões dos partidos israelitas de extrema direita. Esta segunda-feira, enquanto a possível mudança legislativa era discutida no parlamento, as famílias dos reféns manifestaram-se contra esta ideia por considerarem que pode pôr em risco a vida dos reféns.

    “Peço-vos que não capitalizem o nosso sofrimento agora quando a vida dos nossos entes queridos está em jogo”, disse Gil Dickmann, primo de um refém, diretamente a Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional de Israel, segundo o Haaretz.

    Quando perceberam que não seriam todos recebidos por Netanyahu, os ânimos dos familiares exaltaram-se Familiares manifestaram-se à porta da Unicef

    Esta segunda-feira ficou marcada por mais dois protestos dos familiares dos reféns capturados pelo Hamas a 7 de outubro. Uma delas, quando perceberam que nem todos os familiares presentes, na ordem das centenas, iriam poder reunir-se com Benjamin Netanyahu como esperavam.

    A outra manifestação foi às portas da Unicef onde os familiares dos reféns acusaram a organização de não se preocupar com as crianças israelitas feitas reféns.

  • Casa Branca: "Estamos mais perto de um acordo sobre os reféns"

    Depois de Joe Biden, também o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca falou sobre a situação dos reféns do Hamas. “Estamos mais perto de um acordo sobre os reféns do que estávamos antes”, disse John Kirby em conferência de imprensa.

    Kirby disse acreditar que as negociações “estão perto do fim”, mas escusou-se a dar mais detalhes. Questionado sobre o estado de saúde dos reféns — e sobre se estariam ainda vivos ou não — o porta-voz respondeu que os EUA “não tem nenhuma indicação em contrário”.

  • OMS diz que situação dos hospitais em Gaza é “catastrófica”

    A situação dos hospitais em Gaza é “catastrófica”, com a maioria das unidades fora de funcionamento, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS)

    “Temos agora 1,7 milhões de pessoas deslocadas, por isso temos o dobro ou o triplo da população (no sul de Gaza), a utilizar um terço das camas hospitalares em menos de um terço dos hospitais disponíveis”, disse o diretor executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan.

    “Mesmo que amanhã de manhã tivéssemos um cessar-fogo, ainda teríamos um enorme problema nas nossas mãos”, acrescentou.

    Ryan disse que os serviços de saúde na Faixa de Gaza já não são capazes de prestar cuidados a casos médicos mais complexos — incluindo à maioria dos pacientes com cancro e em diálise renal — e provavelmente ficarão sobrecarregados com cerca de 5.500 nascimentos esperados no próximo mês.

  • Reféns. Abriu-se "janela de oportunidade" para negociar

    Em Israel, acredita-se que os próximos dias “são críticos” para recuperar os reféns capturados pelo Hamas, segundo o Times of Israel. Também o Channel 12, que cita fontes diplomáticas, avança que no Governo de Netanyahu há a crença de que se “reabriu uma janela de oportunidade”.

    A imprensa israelita procurou respostas junto do governo depois de Biden ter dito, esta segunda-feira, que acredita que uma solução estará para breve.

    Segundo o Channel 12, Israel estará a tentar negociar a libertação de 50 mulheres e crianças, enquanto que o Hamas quer recuperar 100 prisioneiros, além de exigir cinco dias de tréguas e que Israel não use drones de vigilância durante esse período.

    O Hamas exige a libertação de 100 prisioneiros e prisioneiras; uma pausa de cinco dias nos combates; e que Israel não utilize os seus drones de observação durante esses cinco dias para controlar o que o Hamas está a fazer.

  • Presidente da Alemanha e primeiros-ministros da Bélgica e Espanha visitam Israel

    Nesta quinta-feira, Pedro Sánchez e Alexander de Croo viajam juntos até Israel. Os dois primeiros-ministros, de Espanha e da Bélgica, deverão visitar também territórios palestinianos, segundo nota do gabinete de Sánchez.

    Da agenda de ambos, fazem parte reuniões com Benjamin Netanyahu e Isaac Herzog, primeiro-ministro e Presidente de Israel, respetivamente, e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana.

    Mais tarde, entre 26 e 27 de novembro, será o Presidente alemão a visitar Israel. Frank-Walter Steinmeier irá reunir-se com Isaac Herzog.

  • Israel bombardeia posições do Hezbollah no Líbano em resposta a ataques na fronteira

    O exército israelita atacou hoje alvos do grupo xiita libanês Hezbollah em resposta ao disparo de vários obuses a partir do sul do Líbano, em mais um dia de troca de tiros na zona fronteiriça.

    Um comunicado militar israelita indicou que o exército utilizou “tanques, um avião de combate e um helicóptero” para atacar “as infraestruturas terroristas do Hezbollah no Líbano”, em resposta ao bombardeamento de várias comunidades fronteiriças e ao incêndio de uma base militar.

    O exército anunciou também que registou uma tentativa de ataque a partir do Líbano com três ‘drones’ (aparelhos voadores não tripulados) e 25 outros projéteis, alguns dos quais foram intercetados pelos sistemas de defesa aérea, enquanto outros atingiram zonas despovoadas.

  • Presidente da União Africana diz que ações israelitas em Gaza são "indesculpáveis"

    “Os atos do Hamas são repreensíveis, mas a resposta é indesculpável.” Foi com estas palavras que o presidente da União Africana condenou a violência da contraofensiva de Israel aos ataques do Hamas de 7 de outubro. Azali Assoumani falava numa conferência de imprensa em Berlim.

    Na sua opinião, a morte de vítimas civis podem alimentar mais extremismo entre os palestinianos. “Imaginem uma criança que viu a sua mãe, que viu o seu pai ser morto… Isso cria extremismo”, defendeu o presidente da União Africana.

  • "Hamas é acusado de usar os civis como cobertura"

    Tem sido estratégia do Hamas. Bruno Cardoso Reis explica que se ataques fossem aos hospitais estávamos perante um crime de guerra. Sobre operação militar israelita: “É manobra de contra-insurreição”.

    Ouça aqui “Guerra na Terra Santa” da Rádio Observador.

    “Hamas é acusado de usar os civis como cobertura”

  • Acordo sobre reféns para breve? Biden acredita que sim

    Foi em resposta a uma pergunta dos jornalistas que o Presidente dos EUA se pronunciou sobre o conflito israelo-palestiniano. Questionado sobre se estará para breve um acordo para libertar os reféns capturados pelo Hamas, Joe Biden respondeu com poucas palavras: “Acredito que sim.”

    Biden falava nos relvados da Casa Branca onde acontecia o tradicional perdão de perus antes do Dia da Ação de Graças — todos os anos, com a aproximação do feriado, os perus são indultados, livrando-se de fazer parte da ementa presidencial.

  • Autoridades de Gaza denunciam fome e exigem abertura permanente de Rafah

    As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram hoje que a população enfrenta “fome e doenças” devido à escassez de alimentos e bens essenciais, exigindo a “abertura permanente” da passagem fronteiriça de Rafah, para facilitar a entrada de ajuda.

    “O surgimento de fome na Faixa de Gaza, em consequência da grave escassez de alimentos e de bens de primeira necessidade, confirma que a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, está a urdir um malicioso plano destinado a esvaziar a Faixa de Gaza e a deslocar a sua população para o Egito, o que é rejeitado pelo nosso povo”, indicou o gabinete de imprensa do Governo palestiniano do movimento islamita Hamas, numa mensagem na plataforma digital Telegram.

    “Consideramos a comunidade internacional e a ocupação israelita totalmente responsáveis pela degradação da situação humanitária e pela falta de alimentos nos mercados e lojas da Faixa de Gaza, uma vez que concordaram com a aplicação de uma política de fome contra o povo palestiniano”, afirmaram as autoridades do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

    Emitiram, por isso, um apelo aos países árabes da região para “que assumam as suas responsabilidades e abram permanentemente o posto [de Rafah, na fronteira com o Egito] antes que ocorra uma verdadeira catástrofe humanitária”.

  • Número de mortos em Gaza chega a 13.300, 5.600 são crianças

    É o mais recente balanço do número de mortos em Gaza, desde a escalada de violência no conflito israelo-palestiniano. Desde 7 de outubro, o número de mortos em Gaza chegou aos 13.300, e 5.600 serão crianças, segundo os valores avançados pelo Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas.

  • Ataques de 19 e 20 de outubro. Amnistia Internacional junta provas de crimes de guerra contra Israel

    A Amnistia Internacional continua a reunir provas de que Israel cometeu crimes de guerra na Faixa de Gaza e, segundo o mais recente comunicado, foi isso que aconteceu durantes os ataques de 19 e 20 de outubro. Assim, insta o procurador do Tribunal Penal Internacional “a tomar medidas concretas imediatas para acelerar a investigação de crimes de guerra”.

    Os ataques em questão — que fizeram 46 mortos, 20 deles crianças, segundo a AI — atingiram a Igreja de São Porfírio e uma casa no campo de refugiados de al-Nuseirat, onde estavam abrigadas centenas de pessoas.

    “Estes ataques mortais e ilegais fazem parte de um padrão documentado de desrespeito pelos civis palestinianos e demonstram que o impacto devastador do ataque sem precedentes dos militares israelitas não deixou nenhum lugar seguro em Gaza, independentemente de onde os civis vivam ou procurem abrigo”, defende Erika Guevara-Rosas, dirigente da AI, no comunicado.

    As equipas da organização visitaram os locais e recolheram diversos testemunhos, incluindo de sobreviventes. Assim, com base nessa investigação, a AI determinou que os ataques em causa foram “indiscriminados ou ataques diretos a civis ou a bens civis, que devem ser investigados como crimes de guerra”.

  • Guterres rejeita que um “protetorado” da ONU em Gaza seja solução para depois da guerra

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, rejeitou esta segunda-feira que Gaza se torne “protetorado da ONU” depois da guerra, defendendo em alternativa uma “transição” envolvendo múltiplos atores, nomeadamente os Estados Unidos e os países árabes.

    “É importante poder transformar esta tragédia em oportunidade e, para que isso seja possível, é essencial que depois da guerra avancemos de forma decisiva e irreversível em direção a uma solução de dois Estados”, disse António Guterres à imprensa na sede da ONU.

    António Guterres

    Isto requer que “a responsabilidade por Gaza seja assumida por uma Autoridade Palestiniana”, mas esta “não pode ir para Gaza com os tanques israelitas”, pelo que “a comunidade internacional deve considerar um período de transição”, adiantou.

    “Não creio que um protetorado da ONU em Gaza seja uma solução. Penso que precisamos de uma abordagem multilateral, onde diferentes países, diferentes entidades, irão cooperar”, disse Guterres.

1 de 2