O líder da Coreia do Norte enviou uma mensagem de parabéns a Vladimir Putin, que celebrou ontem o seu 72.º aniversário, onde o apelido de “camarada mais próximo”, escreve a BBC.

O líder Kim Jong Un acrescentou que as relações entre Moscovo e Pyongyang vão crescer e atingir um novo nível.

O Conselho da União Europeia anunciou hoje a aprovação de um novo enquadramento “de medidas restritivas em resposta às ações desestabilizadoras da Rússia no estrangeiro”. O órgão europeu define desestabilização como ameaças ao valores fundamentais da comunidade e “a segurança, independência e integridade” de todos os Estados membro e procura dar respostas às “ameaças híbridas” de Moscovo, que assumem contornos políticos, económicos e sociais, entre os quais destacam os ataques informáticos.

“À luz deste novo enquadramento, os visados serão sujeitos ao congelamento dos meios e cidadãos e empresas da UE serão proibidos de lhes disponibilizar fundos. Além disso, pessoas singulares estarão sujeitas a um proibição de viagens, que os impede de entrar ou transitar entre territórios da UE”, acrescenta o Conselho em comunicado.

O administrador regional de Kharkiv, Oleg Sinegubov, relatou um ataque russo contra um complexo industrial no distrito. O ataque não causou danos na produção, mas onze civis ficaram feridos, entre os quais um é um adolescente de 16 anos e três ficaram em estado grave, acrescentou Sinegubov posteriormente no seu canal de Telegram.

Depois de, na semana passada, o exército russo ter conquistado Vuhledar, no Donbass, as tropas chegaram agora a Toretsk, mais a oeste. “Os combates estão a ser travados mesmo em Toretsk. A situação é instável, os combates estão a desencadear-se em todas as entradas. Os russos entraram nos subúrbios leste da cidade“, relatou a porta-voz do Grupo Operacional Luhanks, Anastasia Bobovnikova, em entrevista à televisão estatal ucraniana ontem à noite. Bloggers militares russos adiantam que os combates se estão a aproximar já do centro da cidade, relata a Sky News.

Toretsk é um dos últimos bastiões ucranianos no Donbass e um dos alvos mais frequentes de ataques russos nos últimos meses. Caso as tropas russas tomem esta cidade, ficarão muito perto de Pokrovsk, um dos maiores cruzamentos de vias de transporte em que circulam todos os alimentos e armamento para suportar a linha da frente ucraniana na região.

O ministro da Defesa francês, Sebástien Lecornu, confirmou hoje o envio de jatos de combate Mirage 2000, de fabrico francês, para a Ucrânia, assim como do equipamento necessário para armar as aeronaves. “A entrega continua programada para o primeiro quarto de 2025. Em Cazaux, Gironde, serão equipados com novas capacidades: combate ar-terra e defesa anti-guerra eletrónica”, escreveu o ministro no X.

Em paralelo com este fornecimento, Paris vai ainda continuar a assegurar o treino de pilotos e mecânicos para operar os jatos Mirage, acrescentou Lecornu.

➡️ Mirage 2000 à destination de l’Ukraine : livraison toujours prévue au 1er trimestre 2025.

À Cazaux, en Gironde, ils seront dotés de nouveaux équipements : combat air-sol et défense anti-guerre électronique.

La formation des pilotes, et mécaniciens, ukrainiens se poursuit.

— Sébastien Lecornu (@SebLecornu) October 8, 2024

A companhia estatal russa de media, a VGTRK, foi ontem alvo do maior ataque informático da sua história, que deixou a emissão online de dois canais televisivos sem serviço. A emissão televisiva e de rádio não foi afetada.

“A nossa empresa estatal de media, uma das maiores, enfrentou um ataque informático sem precedentes na sua infraestrutura digital”, relatou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que “os especialistas estão a trabalhar para descobrir as circunstâncias e compreender o rasto deixado por aqueles que organizaram o ataque”.

Contudo, uma fonte do governo de Kiev relatou à agência Reuters que os responsáveis tinham sido hackers ucranianos. “Eles ‘congratularam’ Putin no seu aniversário [que fez ontem 72 anos], levando a cabo um ataque em larga escala contra toda a empresa estatal russa de televisão e rádio”, afirmou a fonte, que pediu o anonimato.

45 cidadãos bielorussos vão ser julgados por “extremismo e conspiração para tomar o poder”, informou o Comité de Investigação bielorusso, segundo a agência estatal BELTA.

A vítima mortal do ataque russo de ontem ao porto de Odessa era um trabalhador portuário ucraniano de 60 anos, noticia o Kyiv Independent.

O ataque ao navio civil com pavilhão de Palau feriu outros cinco cidadãos não ucranianos, numa ação que o ministro dos Negócios Estrangeiros ucranianos, Andrii Sybiha, qualificou como uma “tática terrorista deliberada”.

Este foi o segundo ataque russo em dois dias a navios não ucranianos, na região de Odessa. Na noite de 6 de outubro, uma embarcação civil com pavilhão de São Cristóvão e Neves que carregava 6.000 toneladas de milho ucraniano para exportação foi igualmente atingida. Não foram registadas vítimas neste primeiro ataque, afirma o Kyiv Independent.

Foram intercetados 16 drones ucranianos durante a noite sobre a região de Belgrod e o Mar Negro, segundo o Ministério da Defesa Russo, noticia a agência estatal russa TASS.

No mais recente balanço, as Forças Armadas ucranianas divulgaram que nas últimas 24 horas morreram 1.340 militares russos, fazendo o número total de baixas subir para 662.970.

As autoridades ucranianas não divulgam os números de perdas do seu próprio exército.

A menos de um mês das eleições presidenciais nos EUA, a vice-presidente dos EUA e candidata Kamala Harris deu uma entrevista ao programa 60 minutos, da CBS, em que fala sobre a guerra na Ucrânia. Sobre o que fará de for presidente e o que, no seu entender, acontecerá caso seja Donald Trump a vencer as eleições.

Para Harris, o fim desta guerra só poderá ser negociado com a Ucrânia na mesa das negociações. “Não se pode acabar com esta guerra sem que a Ucrânia e a ONU participem”. Questionada sobre se pondera negociar uma solução com Vladimir Putin, Kamala Harris é perentória: “Não bilateralmente sem a Ucrânia. A Ucrânia deve ter voz ativa no futuro da Ucrânia”.

Lembrando que os EUA estão a apoiar a capacidade de Kiev para se defender das forças russas, a candidata democrata disse mesmo que caso Donald Trump fosse presidente dos EUA, “Putin estaria já em Kiev”. E acrescenta que quando o opositor fala em acabar com a guerra em pouco tempo, está “a falar numa rendição” da Ucrânia.