Momentos-chave
- Zelensky elogia defesa de um ataque "que nenhum país no mundo" teve de enfrentar
- Turquia impede acesso pelos Estreitos a draga-minas britânicos doados a Kiev
- Ucrânia declara ameaça de ataques aéreos em Kiev, Kherson e Mykolaiv
- Rússia gastou cerca de 565 milhões de euros no ataque desta terça-feira, estima a Forbes ucraniana
- Organização das Nações Unidas condena novos ataques russos contra civis na Ucrânia
- Número de mortos na Ucrânia sobe para cinco. Há registo de 115 feridos
- Ataque russo em Zaporíjia provoca um ferido
- Rússia diz ter abatido em Belgorod 17 rockets lançados pela Ucrânia. Há registo de uma morte e quatro feridos
- Aviões polacos regressam às bases
- Ucrânia pede aos parceiros entregas mais rápidas de drones e mísseis
- "Putin sabe que o inimigo não é a Ucrânia"
- Polónia mobiliza quatro caças F-16 e um avião-tanque aliado para proteger espaço aéreo
- Ucrânia diz ter destruído 59 mísseis de cruzeiro, 10 Kinzhal e 3 Kalibr
- Quatro mortos e 92 feridos na Ucrânia após ataques russos
- Força Aérea ucraniana diz que destruiu 35 drones russos
- Deputada ucraniana diz que a sua casa está "parcialmente em escombros" e que sofreu ferimentos ligeiros
- Kiev e outras cidades ucranianas bombardeadas, pelo menos uma pessoa morreu
Histórico de atualizações
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Bom dia, estamos a fazer a cobertura noticiosa do 679º. dia da guerra na Ucrânia neste outro liveblog.
Zelensky destaca libertação de prisioneiros de guerra: Foi “um dia muito bom para a Ucrânia”
Obrigada por nos ter acompanhado até aqui, continue connosco. Até já!
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Parlamento ucraniano prepara uma versão mais "suave" da lei de mobilização militar
O parlamento ucraniano não vai aceitar integralmente a proposta de lei sobre mobilização e serviço militar do governo, e está a preparar uma versão alternativa.
A deputada Yevheniya Kravchuk, vice-presidente do Comité de Política Humanitária e de Informação, afirmou ao Rada, o canal parlamentar, que o parlamento irá procurar uma versão mais “suave” da lei.
De acordo com o Kyiv Independent, a atual proposta do governo inclui a restrição dos direitos daqueles que evadam o registo ou o serviço militar. Segundo a mesma publicação, o Comissário de Direitos Humanos do país, Dmytro Lubinets, já indicou que estas restrições vão contra a constituição da Ucrânia.
“A Constituição não proíbe a restrição de direitos ao abrigo da lei marcial. Mas a lei de mobilização não pode violar diretamente os direitos fundamentais”, afirma, citado pelo jornal online Dzerkalo Tyzhnia.
A proposta apresentada pelo governo prevê sanções à evasão ao serviço militar como a restrição de licença de condução, a proibição de transações de bens móveis e imóveis e a suspensão de serviços e benefícios estatais.
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Míssil ucraniano destruído na área de Sebastopol
Um míssil ucraniano foi destruido sobre o Mar Negro, junto de Sebastopol, afirma o governador russo da região na plataforma de mensagens Telegram.
Segundo Mikhail Razvozzhayev, o ataque não danificou qualquer infraestrutura, mas “os serviços operacionais continuam a acompanhar a situação”.
Sebastopol é a base da Frota do Mar Negro russa, e por isso um alvo estratégico para as forças ucranianas.
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Borrell afirma que a Rússia "será responsabilizada pelos seus crimes de guerra"
Josep Borrell denunciou o bombardeamento de cidades ucranianas que visam civis, áreas residenciais e infraestrutura vital.
No X, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros afirma que a Rússia “será responsabilizada pelos seus crimes de guerra”.
Russia started the new year by shooting over a hundred of missiles and drones at Kyiv, Kharkiv and other cities, targeting civilians, destroying residential neighbourhoods and life-supporting infrastructure.
Russia will be held to account for its war crimes
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) January 2, 2024
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Kharkiv está a ser bombardeada
A cidade de Kharkiv está a ser bombardeada pelas forças russas, indica Oleh Syniehubov, o governador de Kharkiv, no Telegram.
De acordo com Syniehubov, não há ainda vítimas e uma instituição de ensino ficou danificada.
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Míssil russo atinge clínica de reabilitação em Kiev mas não explode
Um míssil russo atingiu esta manhã um centro de reabilitação militar em Kiev, mas não despoletou.
De acordo com o Comando de Forças Médicas ucraniano, o míssil russo penetrou no edifício mas ficou preso no piso do primeiro andar.
Após a evacuação dos doentes, sapadores militares retiraram a ogiva do míssil e cobriram o telhado, que ficara danificado. Não houve qualquer registo de feridos e a clínica voltou ainda esta tarde à atividade normal.
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ONU exige libertação de dois poetas russos condenados a penas de prisão
A Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu hoje a libertação dos poetas russos Artiom Kamardine e Iegor Shtovba, condenados a penas de prisão por terem participado numa leitura pública contra o conflito na Ucrânia.
A condenação dos dois escritores está “em flagrante contradição com os padrões internacionais de proteção da liberdade de expressão”, afirmou a relatora especial da ONU sobre a situação dos Direitos Humanos na Rússia, Mariana Katzarova, em comunicado.
Além de ter exigido a libertação imediata, aquela responsável apelou ainda às autoridades russas para que investiguem as alegações de que terá havido tortura e maus-tratos a um dos poetas, Artiom Kamardine, durante a detenção.
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Zelensky elogia defesa de um ataque "que nenhum país no mundo" teve de enfrentar
O Presidente Zelensky elogiou a defesa de um ataque “que nenhum país no mundo” conseguiu rechaçar, agradeceu a Rishi Sunak pela contribuição para as defesas aéreas da Ucrânia, e pediu mais apoio militar e diplomático dos aliados.
O Presidente ucraniano avança que, desde 29 de dezembro, a Rússia lançou cerca de 300 mísseis e 200 drones “Shahed” contra o país. “É com a nossa defesa dos céus aqui na Ucrânia que devemos provar que as democracias são capazes de proteger a vida contra todas as formas de terror”, declara Zelensky num vídeo divulgado no X, notando que nunca algum país do mundo conseguiu repelir um ataque combinado entre drones e mísseis à escala do desta noite.
In just a few days between December 29th and now, Russia has used about 300 missiles and over 200 “Shahed” drones against Ukraine.
Prior to Ukraine, no country in the world had ever successfully repulsed such combined attacks with the use of drones and missiles, including… pic.twitter.com/a7znn4GoDE— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 2, 2024
“Tal como as nossas armas devem ter um longo alcance, também a nossa diplomacia, a nossa defesa do direito internacional e da justiça, tem de o ter, para ser suficientemente eficaz”, argumenta.
A Ucrânia tem procurado reunir apoios para a “fórmula ucraniana para a paz”, um plano de 10 pontos apresentado por Zelensky com termos e condições para o fim do conflito.
Zelensky apresenta “fórmula ucraniana para a paz” e rejeita novos acordos de Minsk
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Ataques em Nikopol deixam 2 feridos e destroem 19 casas
Ataques durante o dia de hoje fizeram 2 feridos e danificaram 19 casas, uma empresa de transportes e linhas de gás e eletricidade em Nikopol, na margem direita do rio Dnipro, a cerca de 60 quilómetros de Zaporíjia.
Foram seis descargas de artilharia e igual número de drones kamikaze que atingiram tanto o centro da cidade como aldeias nos arredores, segundo mensagem no Telegram de Serhiy Lysak, governador da região.
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Secretas ucranianas bloqueiam câmaras de videovigilância hackeadas pela Rússia
O Serviço de Segurança da Ucrânia, o SBU, anunciou que bloqueou câmaras de videovigilância hackeadas pela Rússia, que as utilizou para “iluminar” os ataques desta noite.
De acordo com uma mensagem divulgada no Telegram, as duas câmaras de segurança estavam instaladas em Kiev e foram hackeadas pelos serviços de inteligência russos para “espiar” as forças ucranianas e localizar infraestruturas críticas.
O SBU explica que estas câmaras foram utilizadas de modo a ajustar os ataques contra a capital. Segundo a mesma força, já cerca de 10 mil câmaras de videovigilância foram bloqueadas pelos ucranianos desde o início da guerra.
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Turquia impede acesso pelos Estreitos a draga-minas britânicos doados a Kiev
O Governo turco reiterou hoje que não permitirá que os draga-minas cedidos pelo Reino Unido à Ucrânia atravessem o Bósforo, em aplicação da Convenção de Montreux que impede a passagem de navios de guerra numa situação de conflito.
Os nossos aliados foram devidamente notificados de que, enquanto prosseguir a guerra, os draga-minas doados à Ucrânia pelo Reino Unido estão impedidos de passar pelos Estreitos (de Dardanelos e do Bósforo) no mar Negro”, assinala um comunicado hoje emitido pela presidência turca.
O texto desmente os “rumores surgidos em diversos média” sobre uma autorização para esta passagem.
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Reino Unido e Estados Unidos lamentam ataques "deploráveis" na Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico falou hoje com o seu homólogo norte-americano sobre os últimos acontecimentos da guerra na Ucrânia, lamentando os “deploráveis” ataques aéreos.
David Cameron e Antony Blinken “discutiram os deploráveis ataques aéreos da Rússia contra Odessa, Lviv, Dnipro, Kharkiv e Kiev durante o Ano Novo, e o seu firme compromisso em apoiar a Ucrânia este ano”, afirmou um porta-voz americano, citado pela Sky News.
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Bombardeamento em Kiev mata antiga futebolista ucraniana
Viktoriya Kotlyarova faleceu na última sexta-feira devido a um bombardeamento que atingiu Kiev.
De acordo com a publicação partilhada pela Associação Ucraniana de Futebol no X, a antiga jogadora “foi morta, juntamente com a sua mãe Ludmyla, em Kiev, como resultado de bombardeamentos inimigos”.
???????????? On December 29, former player Viktoriya Kotlyarova (Chornovil) was killed along with her mother Ludmila in the Kyiv as a result of enemy shelling from the rashists.#russiaisaterroriststate pic.twitter.com/IA2el99M4w
— Ukrainian Association of Football (@uafukraine) January 1, 2024
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Apelo ao envio de drones "é pedido de socorro"
Análise do Coronel Carlos Mendes Dias aos mais recentes bombardeamentos russos: “Tenho dificuldade em ver como pura vingança”. Ainda o pedido ucraniano de entregas mais rápidas de drones e misseis.
Ouça aqui o “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Ucrânia declara ameaça de ataques aéreos em Kiev, Kherson e Mykolaiv
De acordo com um comunicado partilhado pela Força Aérea ucraniana no Telegram, aqui citado pelo Pravda, foi emitido um alerta aéreo de grande escala nas últimas horas.
O primeiro alerta surgiu nas regiões de Kherson e Mykolaiv e dizem respeito a um ataque massivo com recurso a drones. Já Kiev também está sob alerta devido a uma “ameaça de míssil”.
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Zelensky agradeceu ao Reino Unido pela "ajuda substancial e abrangente"
O Presidente da Ucrânia falou esta terça-feira com o primeiro-ministro do Reino Unido sobre as ameaças russas dos últimos dias, que culminaram no lançamento de, pelo menos, “500 mísseis e drones”.
Estou grato ao Reino Unido pela sua ajuda substancial e abrangente no reforço da defesa aérea da Ucrânia, especialmente com radares, sistemas avançados anti-drones e mísseis”, escreveu Volodymyr Zelensky no X.
I spoke with UK Prime Minister @RishiSunak on Russia’s continued air terror against Ukrainian cities. Over the previous five days, the enemy has launched at least 500 missiles and drones toward Ukraine.
I am grateful to the United Kingdom for its substantial and comprehensive… pic.twitter.com/4e1ko7aEtY
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 2, 2024
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Charles Michel diz que ataque de hoje "mostra a verdadeira intenção de Moscovo"
O presidente do Conselho Europeu respondeu esta terça-feira àqueles que “acreditam nos rumores de que a Rússia está realmente interessada nas negociações de paz”, afirmando que “o número de drones lançados nas últimas 24 horas sobre a Ucrânia mostra as verdadeiras intenções de Moscovo”.
For anybody believing the rumours that Russia is genuinely interested in peace talks, the record number of drones fired in the last 24 hours at Ukraine show the true intention of Moscow.
The attacks are all the more cynical given that the increase in their intensity coincides…
— Charles Michel (@CharlesMichel) January 2, 2024
Charles Michel disse que estes ataques são cínicos, já que se intensificaram durante o Ano Novo. “O espírito da Ucrânia não pode ser quebrado. A União Europeia apoia a Ucrânia”, concluiu o diplomata europeu.
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Rússia gastou cerca de 565 milhões de euros no ataque desta terça-feira, estima a Forbes ucraniana
A ofensiva russa disparou, esta manhã, pelo menos 99 mísseis e 35 drones Shahed contra a Ucrânia, num ataque que resultou em cinco mortes e 127 feridos, segundo os últimos números divulgados pelas autoridades ucranianas.
Segundo a Forbes ucraniana, a Rússia gastou cerca de 565 milhões de euros neste ataque, numa avaliação que se baseou em várias estimativas de preço. Por exemplo, um míssil Kh-101 custa 12 milhões de euros e um drone Shahed 136 custa 46 mil euros.
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Eletricidade praticamente restaurada em Kiev
Cerca de 250 mil habitantes da capital ucraniana ficaram sem eletricidade na sequência dos bombardeamentos desta manhã, mas a situação está praticamente solucionada.
De acordo com a BBC, aqui citada pela Sky News, o fornecimento de energia em Kiev está praticamente restaurado, esperando-se que o processo seja concluída durante esta tarde.
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Lituânia e Letónia querem mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia
Gitanas Nausèda, Presidente da Lituânia, e Edgars Rinkevics, seu homólogo da Letónia, condenaram os ataques aéreos que se registaram hoje na Ucrânia e pediram mais apoios para aquele país.
Para Rinkevics, os ataques foram “brutais” e “a defesa aérea ucraniana funciona bem, mas a Ucrânia deve obter mais ajuda”. O letónio pediu aos países ocidentais que levem “a sério” a situação.
Another set of brutal Russian air strikes against Kyiv this morning, innocent civilians again being victims of the Russian terrorism. Ukrainian air defense works well but Ukraine must get more help. New Year’s celebrations are over and the West must get serious and act now
— Edgars Rinkēvičs (@edgarsrinkevics) January 2, 2024
Já Nausèda afirmou que “os ucranianos fazem maravilhas com a defesa aérea que o Ocidente forneceu, mas precisam de mais”, referindo-se a “sistemas de defesa aérea para a Ucrânia”.