Histórico de atualizações
  • E é com esta que terminamos este liveblog do Observador. Está concluída agora a primeira volta das eleições legislativas francesas, para a semana há mais, com a segunda volta. Aí, sabermos ao certo qual será a próxima Assembleia Nacional de França. No próximo domingo voltaremos a acompanhar tudo em liveblog. Entretanto, vamos dando notícias.

    Um resto de boa noite!

  • Artigo: Dúvidas houvesse, começou a revolução Macron

    Entretanto, leia o resumo (e alguma análise) desta noite aqui, no Observador. Neste artigo, explico como hoje se começou a formar o caminho para Emmanuel Macron governar com uma maioria de mais de dois terços — mas refiro ainda outros números que, apesar de mais discretos, ajudam a perceber as fragilidades desta vitória que se adivinha para o novo Presidente francês.

  • Com 98% dos votos contados, República Em Marcha tem 32,3%

    Os resultados já estão praticamente fechados. Neste momento, 98% dos votos já estão escrutinados. Eis o que se sabe:

    República Em Marcha + Modem – 32,32%
    Os Republicanos + UDI + Indep. Direita – 18,82%
    Frente Nacional – 13,37%
    França Insubmissa – 10,96%
    Partido Socialista + Partido Radical de Esquerda + Indep. Esquerda + Verdes – 13,66%

  • Merkel dá os parabéns a Macron pelo "grande sucesso"

    A chaceler alemã, Angela Merkel, felicitou hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron, pelo “grande sucesso” do seu partido na primeira volta das eleições legislativas e considerou que o resultado é “um voto forte a favor das reformas”.

    A mensagem de Merkel foi colocada pelo seu porta-voz, Steffen Seibert, na sua conta oficial na rede social Twitter.

    (Lusa)

  • Manuel Valls anuncia que passa à segunda volta

    O ex-primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, acaba de anunciar que ganhou a primeira volta com cerca de 25% dos votos e que vai disputar a segunda votação, no próximo domingo, com um candidato da França Insubmissa, que acabou em segundo lugar com 17%.

    Recorde-se que Manuel Valls tentou conseguir o apoio do República Em Marcha, mas não o obteve — mas também não teve oposição de nenhum candidato do movimento de Emmanuel Macron. Além disso, também não teve o apoio do Partido Socialista — mas, num gesto que deixou as coisas a meio-termo, o PS não apresentou um candidato para concorrer contra Manuel Valls.

  • Resultados atualizados, com 86% dos votos escrutinados

    Enquanto não há resultados finais (falta apurar 14%), é isto que sabemos para já em relação às cinco maiores forças políticas:

    • República Em Marcha + Modem – 31,73%
    • Os Republicanos + UDI – 19%
    • Frente Nacional – 14,09%
    • França Insubmissa – 10,66%
    • Partido Socialista + Partido Radical de Esquerda – 7,9%

    Ora, estes valores nada dizem em relação aos deputados eleitos por cada um dos partidos porque se trata de resultados oficiais — e, como é óbvio, o Ministério do Interior não faz projeções.

    Mas já há três deputados eleitos, uma vez que conseguiram vencer já na primeira volta, com mais de 50% dos votos. Um da UDI (aliada a’Os Republicanos), outro no grupo Divers Gauche (independentes de esquerda) e um último do República Em Marcha.

  • Duro golpe (mais um) para os socialistas: Benoît Hamon não passa à segunda volta

    No dia em que o PS francês tem o seu pior resultado eleitoral de sempre, eis uma notícia sintomática do que se passa hoje: o ex-candidato presidencial dos socialistas, Benoît Hamon, não vai passar à segunda volta. A notícia foi dada por ele mesmo, que anunciou à imprensa que não passa à próxima fase por apenas cerca de 80 votos. Ficou atrás dos candidatos d’Os Republicanos e do República Em Marcha.

  • Deputado do PS irónico: "Um grande obrigado a Hollande e a Valls"

    François Lamy, deputado socialista, acaba de deixar um tweet onde agradece a François Hollande e a Manuel Valls pela derrota histórica do PS desta noite. Eis o que escreveu: “Nesta noite de Berezina, um grande obrigado a François Hollande e a Manuel Valls”.

    Ora vamos lá descodificar isto. Por “noite de Berezina”, François lamy faz referência à Batalha de Berezina, um rio na Bielorrússia, onde que as tropas de Napoleão Bonaparte foram fortemente derrotadas pelo exército russo em 1812. E depois a hashtage #mercipourcesmoments é também uma referência a “Merci pour ce moment”, livro da jornalista e ex-namorada de François Hollande, Valérie Trierweiler. O livro, que se tornou num êxito de vendas imediato em 2014, foi publicado pouco depois de François Hollande ter sido apanhado num affaire com a atriz Julie Gayet.

    Portanto, é isto: um tweet com várias (duas, vá) camadas, mas apenas uma realidade. A de que o PS sofre hoje uma pesada derrota.

  • Se as projeções estiveram corretas, Emmanuel Macron tem resultado histórico — mas há um mas

    Se as projeções estiverem certas, no próximo domingo, Emmanuel Macron e o República Em Marcha contarão com 415 a 455 deputados entre os 577 que vão ocupar a próxima Assembleia Nacional. Ou seja, o Repúblicam Em Marcha, formação política formada para lançar a candidatura presidencial de Emmanuel Macron em abril de 2016, poderá controlar entre 72% a 77% da Assembleia Nacional.

    Isto é histórico — nunca um partido, por si só, dominou desta forma aquele órgão, que tem a função legislativa em França. O mais próximo disso foi a maioria de direita, com a soma dos deputados da RPR (de Jacques Chirac) e da UDF (de Valéry Giscard d’Estaing). Ao todo, eram 472. Ou seja, um número decerto superior ao que o República Em Marcha deverá conseguir no próximo domingo. Mas, ainda assim, nenhum dos dois partidos que constituíram aquela aliança (formada para fazer frente ao Presidente socialista, François Mitterand) conseguiu chegar aos 415-445 que o República Em Marcha pode ter sozinho.

    Mas há aqui um mas: é que o República Em Marcha consegue tudo isto nas eleições legislativas com maior taxa de abstenção na primeira volta, que pela primeira passa para lá dos 50%. E, aqui, há más notícias: nem sempre a participação eleitoral sobe da primeira para a segunda volta nas legislativas francesas.

  • Jean-Luc Mélenchon: "Não permitam que sejam dados poderes plenos ao partido do Presidente"

    Há pouco, falava Jean-Luc Mélenchon, ex-candidato preidenciais e líder da França Insubmissa, a maior força política desta época eleitoral da extrema-esquerda.

    Referindo a abstenção, que passou marginalmente os 50%, disse que “não há maioria, neste país, para destruir o código de trabalho, reduzir as liberdades públicas, nem para a irresponsabilidade ecológica nem para bajular os ricos, tudo coisas que estão no programa do Presidente”.

    Depois, lançou um apelo ao “meios populares e à juventude que se mobilizaram menos do que nas eleioções presidenciais” a votaram nas “dezenas” de círculos eleitorais onde a França Insubmissa terá passado à segunda volta.

    “Na segunda volta, não deem nem permitam que sejam dados poderes plenos ao partido do Presidente”, disse Jean-Luc Mélenchon. “Elejam os nossos deputados.”

  • Edouard Philippe: "No próximo domingo, a Assembleia Nacional será a nova cara da nossa República"

    Edouard Philippe, primeiro-ministro do Governo de Emmanuel Macron, acaba de discursar. Começou por “insistir na importância de votar no próximo domingo” e referiu que a taxa de abstenção recorde se deve “à desmobilização de parte do eleitorado que acham que a eleição do Presidente da República fechou o debate”.

    “Meus caros concidadãos, a França está de regresso”, disse, para depois falar do trabalho que Emmanuel Macron começou a fazer desde que tomou posse, em maio. “Há um mês, o Presidente da República representa a confiança, a vontade e audácia.”

    “No próximo domingo, a Assembleia Nacional será a nova cara da nossa República forte, unida e atenta às necessidades de cada um”, acrescentou.

  • Uma Assembleia Nacional de (praticamente) uma só cor?

    Não é de admirar que os adversários de Emmanuel Macron e da República Em Marcha insistam na mobilização do eleitorado que ficou em casa. Esta imagem (da BFMTV) explica tudo; ou, mais propriamente, aquela mancha roxa, do República Em Marcha, explica tudo. Se as projeções estiverem certas, será assim a próxima Assembleia Nacional.

  • Escolha de Emmanuel Macron para ministro da Economia passa à segunda volta

    Bruno Le Maire, a escolha de Emmanuel Macron para ministro da Economia, venceu a primeira volta com 45,32% dos votos. É o seu melhor resultado numa primeira volta. Antes de entrar no República Em Marcha, Bruno Le Maire foi ministro da Agricultura no Governo de Nicolas Sarkozy entre 2009 e 2012; e foi deputado d’Os Republicanos entre 2012 e até aos dias de hoje. Agora, está bem posicionado para voltar a entrar naquela câmara — e voltar a entrar num Governo —, mas num partido difernete.

  • E já que (quase) todos os partidos falam da taxa de abstenção de hoje (a mais alta de umas eleições legislativas em França desde 1958, ano da fundação da V República), fica aqui um gráfico útil, cortesia da AFP, onde podemos ver a abstenção nas outras legislativas.

  • Marine Le Pen pede aos eleitores para "suprimirem a política mundialista do senhor Macron"

    Marine Le Pen, da Frente Nacional, discursou há momentos em Hénin-Beaumont. Inicialmente, referiu que a taxa de abstenção é “inquietante” e a culpou a eleição de Emmanuel Macron que “não entusiasmou os franceses”.

    Depois, perante o resultado historicamente baixa do PS, disse que “a recomposição da via política está a acontecer, o partido de Macron absorveu o PS, que tem um resultado extremamente baixo”.

    E, depos, dedicou o resto do seu discurso a juntar Os Republicanos ao República Em Marcha, já que estes serão os grandes adversários diretos da Frente Nacional nos círculos onde a extrema-direita conseguiu passar à segunda volta. “Estes dois partidos estão, na verdade, de mãos dadas”, disse. Depois, prometeu uma política de “crescimento, emprego, poder de compra, defesa, segurança e defesa da nossa identidade nacional” e pediu aos “patriotas” que a ajudassem a “suprimir a política mundialista do senhor Macron”. E terminou congratulando-se com o seu “resultado pessoal”, com cerca de 45% dos votos, o que a leva até à segunda volta em Hénin-Beaumont.

  • Os Republicanos apelam à mobilização contra o statu quo de Emmanuel Macron

    François Baroin, d’Os Republicanos, acaba de falar. O grosso do seu discurso foi a falar contra o República Em Marcha, referindo que o partido de Emmanuel Macron quer aumentar os impostos e acusando-o de ser um partido que “propõe o statu quo”.

    Prometeu 1 euro nas zonas rurais a cada euro investido nas cidades, defendeu que se virasse “as costas ao laxismo penal” e apelou a que fosse negada uma maioria absoluta a Emmanuel Macron, “para que o nosso país se possa equilibrar”. Como tal, apelou à mobilização no próximo domingo.

  • PS: após o pior resultado, partido pede "pluralismo" e não a "doença" de uma Assembleia Nacional com maioria Macron

    Jean-Christophe Cambadélis, primeiro secretário do Partido Socialista, acaba de falar. No início, referiu a abstenção histórica (com uma taça de participação aquém dos 50%, são as legislativas menos concorridas desde 1958) e culpou-a a uma “fadiga eleitoral”.

    De seguida, perante os 9% do Partido Socialista e dos 30-40 deputados que as projeções lhe dão, admitiu um “recuo sem precedentes da esquerda, especialmente do PS”.

    Com os olhos na segunda volta, falou que agora está em causa “amplificação [da maioria do partido de Macron] ou do pluralismo”. “Porque se esta maioria absoluta for amplificada, ela será quase sem oposição real e teremos uma Assembleia Nacional sem verdadeiro poder controlo”, disse. “A nossa democracia não se pode permitir a esta doença.”

  • REM quer "maioria que seja coerente com o desejo de reunir o país"

    A presidente interina do República Em Marcha (REM), Catherine Barbaroux, acaba de falar na sede de campanha do partido de Emmanuel Macron. Referindo-se à maioria absoluta que as projeções apontam — a confirmar daqui a uma semana, na segunda volta — a presidente do REM fala do desejo de “uma maioria que seja coerente com o desejo de reunir o país e que aja eficazmente”.

  • Marine Le Pen terá tido entre 45% e 47% dos votos

    A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, terá tido entre 45% e 47% dos votos, segundo aquilo que podemos ouvir na BFMTV e das projeções que partem do círculo eleitoral de Hénin-Beaumont, onde ela concorre.

    É, até agora, o melhor resultado de Marine Le Pen numas eleições legislativas — e ela já não é novata. Ao todos, já concorreu outras quatro vezes (1993, 2002, 2007 e 2012). Só na primeira é que não conseguiu passar da primeira volta — mas nunca conseguiu vencer a segunda. Agora, com este resultado, pode estar mais próxima desse cenário. E, assim, a eurodeputada seria deputada na Assembleia Nacional pela primeira vez.

  • As primeiras projeções dão maioria absoluta ao República Em Marcha de Emmanuel Macron

    A projeção da BFMTV diz o seguinte:

    República Em Marcha – 32,6%, 415 a 455 deputados
    Os Republicanos – 20,9%, 80 a 100 deputados
    Partido Socialista – 9%, 30 a 40 deputados
    Frente Nacional – 13,1%, 1 a 4 deputados
    França Insubmissa – 11%, 10 a 20 deputados

    Nota: estes números são apenas projeções e não são os resultados finais. Segunda nota: nestas presidenciais francesas, as sondagens raramente tiveram dúvidas e nunca se enganaram!

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