David Cameron vai fazer a sua primeira viagem a Washington no papel de ministro dos Negócios Estrangeiros britânico na próxima quarta-feira. “O foco das discussões será o apoio à Ucrânia na sua luta contra a agressão russa e o trabalho para travar a escalada de tensões no Médio Oriente”, segundo um comunicado do gabinete, citado pela Sky News.

Cameron, recentemente empossado com a pasta dos Negócios Estrangeiros, vai à capital norte-americana encontrar-se com o homólogo Antony Blinken e com membros democratas e republicanos do Congresso. A visita tem também como objetivo “reafirmar a força na relação do Reino Unido com o seu aliado estratégico mais próximo”, podia ler-se também no comunicado.

A Ucrânia contabilizou duas mortes e quatro feridos por alegados ataques russos na região de Kherson este domingo. E diz, segundo o The Guardian, que abateu 10 drones russos.

Um homem de 78 anos foi morto em Sadove. A outra vítima mortal foi uma mulher na cidade de Kherson.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou que os aliados devem estar prontos para eventuais “más notícias” vindas da Ucrânia. “O curso das guerras não é um processo constante, mas variável”, sublinhou numa entrevista à ARD.

“Temos de apoiar a Ucrânia nos bons e maus momentos. Esta é uma guerra de atrito, uma batalha de eficácia, uma batalha de logística”, afirmou.

Stoltenberg voltou a defender que uma vitória da Rússia seria uma “tragédia” para a Ucrânia, mas também um cenário “muito perigoso” para a própria aliança transatlântica. “É do nosso interesse que a Ucrânia sobreviva”, acrescentou.

A Ucrânia e a Polónia anunciaram a abertura de um ponto de passagem fronteiriço adicional e assim abrir uma necessária rota de circulação para Kiev.

A notícia surge numa altura em que vários pontos de fronteira têm estado bloqueados devido aos protestos de camionistas polacos, que criticam o que consideram ser a inação do governo polaco face à perda de negócios para concorrentes estrangeiros desde a invasão russa. A sua principal reivindicação é que os ucranianos deixem de ter acesso completamente livre à União Europeia.

O jornal The Guardian noticiou que o posto de controlo de Uhryniv, onde agora só é permitida a passagem de carros e autocarros, será aberto a partir da 01h00 local de segunda-feira para veículos pesados vazios com um peso máximo de cerca de 7,5 toneladas.

Na manhã de domingo, mais de 2.500 camiões faziam fila na Polónia para entrar na Ucrânia, segundo avançou o Ukrainska Pravda.

A Ucrânia iniciou, este domingo, um investigação sobre a alegada execução de prisioneiros ucranianos pelas forças russas. A procuradoria geral de Donetsk indica que os dados “preliminares” indicam que as imagens foram recolhidas perto de Stepove, nas proximidades de Avdivka, uma cidade onde os ataques estão a intensificar-se.

“Os investigadores e os procuradores iniciaram uma investigação”, declarou a entidade, citada pelo The Guardian, acrescentando que “a execução de prisioneiros de guerra é uma violação grave da Convenção de Genebra e é classificado como um grave crime internacional”.

A Ucrânia estará a estudar os procedimentos para permitir que os jogos disputados no seu território possam ter assistência. Têm estado fechados ao público desde o início da guerra. A hipótese foi avançada, na sexta-feira, 1 de dezembro, pelo ministro dos desportos.

O procedimento está a ser trabalhado pelos ministérios do desporto e administração interna, juntamente com as agências de segurança e administrações militares regionais.

“Estamos a desenvolver um algoritmo para permitir os eventos desportivos acessíveis e seguros para os espetadores”, segundo o mesmo documento, acrescentando que o regresso aos estádios vai permitir melhorar a saúde financeira das equipas.

Não foi anunciado o momento em que tal será possível.

O porta-voz do parlamento ucraniano partilhou na rede X uma imagem retirada de um vídeo que alegadamente revela a execução de dois prisioneiros ucranianos por parte do que diz serem soldados russos.

Ruslan Stefanchuk aponta para crimes de guerra. “A Rússia mostrou, mais uma vez, que é um país terrorista para o qual não há leis nem normas internacionais”.

Execution of Ukrainian soldiers by russians when they surrendered.

This is another crime committed by russian terrorists. Violation of the rules of war. The killing of unarmed soldiers.

russia has once again proved that it is a terrorist country for which there are no laws and… pic.twitter.com/rcyapnbD8R

— Ruslan Stefanchuk (@r_stefanchuk) December 3, 2023

Já no sábado, algumas notícias davam conta que as Forças Armadas da Ucrânia estavam a verificar a autenticidade de um vídeo.

Segundo as forças armadas da Ucrânia, desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, já houve 332 mil baixas do lado russo, com 930 a serem registadas, segundo a mesma fonte (sem confirmação independente), nas últimas 24 horas.

"In seed time learn, in harvest teach, in winter enjoy."
William Blake

The combat losses of the enemy from February 24, 2022 to December 3, 2023. pic.twitter.com/Ns09ZR7xT1

— Defense of Ukraine (@DefenceU) December 3, 2023

A Rússia terá lançado um ataque com 12 drones e um míssil cruzeiro durante a noite na Ucrânia, segundo as forças áreas ucranianas.

Segundo a mesma fonte, o míssil não foi destruído, mas não terá atingido o alvo. Não foram dadas mais informações, nomeadamente sobre os drones.

Na rede X (ex-Twitter), a Defesa ucraniana mostra o ataque a um tanque russo.

Precise shot of ???????? artillerymen destroyed russian Buk M2 missile system, worth approximately USD 30 million. pic.twitter.com/00zjATTAb7

— Defense of Ukraine (@DefenceU) December 2, 2023

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, está em Pequim para um encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, a segunda viagem do aliado da Rússia à China este ano, avança a Reuters.

“As negociações entre o líder bielorrusso e o Presidente da República da China, Xi Jinping, terão lugar em Pequim”, segundo a agência de notícias bielorrussa BelTA. “A agenda inclui temas como o comércio, economia, investimento e cooperação internacional”.

Lukashenko foi recebido com honras militares na primeira viagem que fez a Pequim, de 28 de fevereiro a 2 de março, ouvindo Xi a realçar que a “amizade é inquebrável”.