Momentos-chave
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  • Primeiro frente a frente acabou em empate técnico

    Num debate em que Lula da Silva dominou na primeira parte e Jair Bolsonaro controlou a última, a Covid-19 e a corrupção foram os temas que deixaram os candidatos em apuros.

    Leia aqui a análise a um debate que acabou em empate técnico.

    O “deboche” da Covid-19 e a “roubalheira” do Petrolão. O primeiro frente a frente de Lula e Bolsonaro acabou em empate técnico

    A cobertura do Observador sobre este debate termina por aqui. Obrigada por ter estado connosco.

  • Declarações finais: "Roubalheira" de um lado, "pequeno ditadorzinho" do outro

    Seguem-se agora as declarações finais dos dois candidatos.

    “Quero um país livre, onde seja respeitada a liberdade de expressão, onde você possa voltar em segurança para casa”, diz o atual Presidente. Bolsonaro foca-se também contra “a ideologia de género” e a “liberalização das drogas”. Destaca que os brasileiros são cristãos e, por isso, diz ser contra o aborto. Por fim, diz-se contra “a roubalheira” e “o desrespeito contra as religiões”.

    Lula da Silva aproveita as suas declarações finais para atacar o adversário. “É o cara que tem a maior cara de pau”, diz. “Quem aprovou a lei da liberdade religiosa foi este que vos fala.” Classifica de Bolsonaro de “pequeno ditadorzinho” e de tentar instrumentalizar o Supremo Tribunal. “Eu não, eu quero governar esse país democraticamente”.

    “Quando eu falo do churrasco, é porque eu quero consertar esse país e comer um churrasquinho e tomar uma cerveja no fim-de-semana. Ele fica doido, porque acha que só ele pode.”

  • "Voltar à cena do crime? O Lula vai voltar para cuidar do povo"

    Apesar de já não ter tempo disponível, é dado um minuto a Lula para um direito de resposta, figura prevista nas regras do debate.

    “O povo não quer uma Rachadinha”, responde o ex-Presidente. “Voltar à cena do crime? O Lula vai voltar para cuidar do povo brasileiro, que o povo precisa

  • Lula deixa esgotar tempo e assiste a monólogo do adversário

    “Igreja não se fecha nem em tempos de guerra”, acusa Bolsonaro nos últimos minutos do debate, em que Lula da Silva já esgotou o seu tempo. “Você não respeita a religião.”

    E o Presidente continua, aproveitando os seus últimos minutos: “Eu tripliquei esse valor [do Bolsa Família]”, diz, apelidando de “vergonha” o valor pago inicialmente no apoio social do tempo de Lula da Silva.

    “Esse cara manda dinheiro para fora, porque volta para o bolso deles, da turma deles”, diz, referindo-se a obras públicas em países como Venezuela e Cuba.

    E remata: “Lula, você devia ficar a curtir em casa em vez de voltar à cena do crime.”

  • Lula é "apaixonado por Ortega, por Maduro", acusa Bolsonaro

    “Fala verdade, você sentiu orgulho de ter Lula como Presidente”, provoca Lula da Silva.

    Bolsonaro reage e pergunta a Lula se o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, não é seu amigo. “Ele fechou igrejas. E você o trata como amigo?” Depois destaca também a ligação a Gustavo Petro, Presidente da Colômbia, que “quer a legalização da cocaína”.

    Lula responde que tem orgulho de ter participado nas comemorações da revolução sandinista. “Mas o regime da Nicarágua diz respeito ao povo de lá, Ortega sabe, eu sei, você sabe”, diz.

    Depois lembra que a segunda volta é a 31 de outubro e o seu aniversário é a 27 do mesmo mês. “E o povo vai-me dar esse presente”, garante. “Quem cuida do povo sou eu. Olhe o Auxílio Brasil”, responde Bolsonaro. E volta à carga: “Ele é apaixonado por Ortega, por Maduro. Por ditadores.”

  • Candidatos acusam-se mutuamente de destruir a Amazónia

    Lula da Silva aproveita depois para criticar as políticas ambientais de Jair Bolsonaro e o seu “desmatamento”. “Nós vamos ganhar eleições para cuidar da Amazónia e impedir que haja garimpo ilegal”, promete.

    “Você desmatou duas vezes mais do que o meu governo”, responde Bolsonaro. Lula nega e diz que nenhum governo brasileiro teve um legado de política ambiental igual ao seu. O de Bolsonaro diz, é outro: “Destruição, invasão de terra indígena, garimpo ilegal”.

    Bolsonaro diz que Lula se prepara para “dividir a Amazónia com o mundo”. O adversário responde que o objetivo é aumentar o conhecimento científico. E deixa um recado: “O homem do agronegócio não invade, quem invade é bandido. Isso vai acabar, não tem conversa mole”.

  • Bolsonaro desafia Lula e pergunta se já tem ministro da Economia

    Bolsonaro insiste no mesmo tema: “Não me compare com os seus amigos corruptos”, diz.

    Parte depois para falar dos números do crescimento económico, destacando os resultados económicos do seu governo e comparando-os com os do período de Lula no poder. “Há uma diferença entre cuidar da economia como pessoas como eu e o Paulo Guedes e você. E já decidiu quem vai ser o seu ministro da Economia, Lula?”, desafia.

    Lula da Silva não cai na armadilha e ignora a última pergunta, focando-se antes nos sucessos do seu governo. “Tínhamos o melhor ministro da Educação, Fernando Haddad”, diz, referindo-se ao atual candidato do PT a governador de São Paulo. “O Brasil chegou a sexta economia do mundo. Eu era convidado para reunião do G8, do G20.”

  • "A corrupção foi sua". Bolsonaro encosta Lula ao Petrolão

    Os candidatos começam a acusar-se mutuamente de serem mentirosos.

    “Olha aqui, Lula, as empresas que roubaram a Petrobrás”, diz de seguida Bolsonaro, começando a enumerá-las. “Esses ladrões devolveram 30 biliões de reais, fora o que não foi achado.”

    Lula responde que admite ter havido corrupção, “porque os caras confessaram”. “Mas o que eu digo é que não era preciso quebrar as empresas”, declara.

    Bolsonaro pede ao adversário que “não culpe os procuradores”. “A corrupção foi sua”, acusa. Lula responde que o Presidente continua a mentir. E desvia o assunto para o salário mínimo, pedindo a Bolsonaro para explicar porque não faz nenhum aumento.

  • Debate aquece com discussão sobre Petrolão

    Na última fase do debate, Jair Bolsonaro começa por trazer o escândalo de corrupção do Petrolão durante o governo de Lula da Silva e acusando o ex-Presidente de ter usado a Petrobrás para roubar dinheiro. “Lula, dinheiro que você enfiou no rabo e compartilhou com os seus amigos!”, acusa o Presidente.

    Lula responde focando-se na dívida que a Petrobrás tinha e lembrando a capitalização que a empresa teve durante o seu governo, “a maior do capitalismo”. “Se houve ladrão na Petrobrás, prendeu-se e pronto”, responde o antigo Presidente. “Se houve corrupção na Petrobrás, não era preciso ter quebrado as empresas como se quebrou.”

    O ex-Presidente parte depois para o ataque, dizendo que não tem medo, ao contrário do adversário, que invoca sempre “o sigilo” do cargo em cada investigação. “Mas sabe que isso vai acabar, eu vou ser Presidente e vou acabar com esse seu sigilo”, ameaça.

    Os candidatos aproximam-se e começam a falar frente a frente em vez de falarem para a câmara, como fizeram até aqui.

  • Candidatos comprometem-se a combater atrasos no ensino por causa da Covid-19

    Segue agora uma última pergunta de um jornalista antes da ronda final de frente a frente e é sobre educação e o que fazer para ajudar os alunos que ficaram para trás por causa da Covid-19.

    Lula da Silva diz que essa é uma das suas prioridades e que irá ter logo uma reunião com os governadores sobre esse tema se for eleito. “O governo federal vai compartilhar com os governadores e os prefeitos essa responsabilidade”, promete. “Quem sabe trabalhar domingo, quem sabe trabalhar sábado, para que a meninada possa aprender o que não aprendeu por causa da pandemia.”

    “A garotada ficou dois anos em casa, eu fui contra isso”, começa por responder Jair Bolsonaro, que diz que o seu governo já está a atuar nessa área. “No tempo do Lula, a garotada levava três anos para ser alfabetizada. No nosso governo leva seis meses. A gente não fala que vai fazer, a gente mostra que está fazendo.”

  • Bolsonaro rejeita envolvimento no Orçamento Secreto: "Nunca comprei o voto de ninguém"

    Agora a última questão, sobre “governabilidade”, em que o jornalista diz que ambos os candidatos compraram o Congresso, um com o Petrolão e outro com o Orçamento Secreto. “Como vão conseguir apoio agora?”, questiona.

    “Não tenho nada a ver com este Orçamento Secreto”, garante Jair Bolsonaro, destacando que houve deputados do PT envolvidos no escândalo. “Esse orçamento foi criado por Rodrigo Maia”, diz, referindo-se ao antigo presidente da Câmara dos Deputados. “Nunca comprei o voto de ninguém.”

    Já Lula da Silva começa por destacar que cada Presidente tem de lidar com o Congresso que foi eleito. “Vou tentar criar um orçamento participativo”, promete, para “diminuir o poder de sequestro que o Centrão teve no governo Bolsonaro”.

  • Lula e Bolsonaro acusam-se mutuamente de serem mentirosos

    “Os senhores comprometem-se a aprovar uma lei específica para que o judiciário aplique pena a quem divulgue informações falsas?”, questiona uma jornalista, falando nas fake news de ambas as campanhas.

    Lula da Silva diz que as mentiras fazem parte do modo de funcionamento do adversário: “Já participei noutras campanhas e o nível era outro, era civilizado, a verdade sempre prevalecia”, afirma. “Acho que a campanha tem de ser regulada, a Justiça tem de tomar decisões, e sempre que houver mentira vamos entrar com processo.”

    “Lula, se você não mentisse, não seria você”, começa por responder Bolsonaro, trazendo ao de cima a acusação de “canibal” e, mais recentemente, de “pedófilo”. “Pondo em causa aquilo que é mais sagrado, a família”, diz, mostrando a decisão do juíz do Supremo, Alexandre Moraes, de mandar retirar o último vídeo de campanha do PT que retrata o Presidente como pedófilo por ter dito que “pintou um clima” com raparigas de 14 anos.

  • Lula assume-se contra privatizações: "Não é solução para nada"

    A segunda pergunta foca-se na economia. O jornalista pergunta onde irão os candidatos buscar fundos para sustentar o programa Auxílio Brasil e qual seria a política de privatizações dos dois.

    “A Covid, o ‘Fique em Casa’, uma guerra, explodiram os preços no mundo todo. No Brasil não foi assim”, começa por responder Jair Bolsonaro. “Como Presidente, abri mão de todos os impostos federais dos combustíveis”, diz, o que deu ao país “a gasolina mais barata do mundo”. “Trabalho de quem? Jair Bolsonaro.”

    Lula da Silva diz que não consegue perceber em que mundo vive o adversário e acusa Bolsonaro de ter cometido um erro ao privatizar a BR Distribuidora. “Acho que privatizar não é solução para nada”, sentencia.

  • Número de juízes no Supremo em discussão. "O senhor só está aqui por obra e graça de um amigo do PT", diz Bolsonaro sobre juíz

    Tem agora início a segunda parte do debate, em que jornalistas colocam perguntas a ambos os candidatos.

    A primeira questão é para clarificar as posições dos candidatos sobre o possível aumento do número de juízes do Supremo Tribunal, que pode “por em causa a independência judicial”, à semelhança de países como “a Venezuela e a Hungria”.

    “Você não indica o ministro da Suprema Corte para ele votar favorável a você”, diz Lula. “Tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo é um retrocesso que a República brasileira já conhece”, afirma o candidato, aludindo à ditadura militar.

    Já Jair Bolsonaro destaca que esta é uma medida que está a ser discutida no Congresso e que teve o apoio de alguns deputados do PT. “No passado, Lula já tentou criar mais quatro vagas para o Supremo Tribunal”, afirma. “Neste momento, o PT tem sete ministros indicados pelo PT e eu tenho dois”.

    “O senhor só é candidato por causa de um ministro que foi indicado para o Supremo Tribunal por Dilma Rousseff. O senhor só está aqui por obra e graça de um amigo do PT”, acusa, referindo-se ao juíz Edson Fachin, que anulou a condenação de Lula da Silva relacionada com a Lava Jato.

  • "Tudo tinha corrupção no seu governo, tudo". Bolsonaro disputa votos dos nordestinos

    “Se tem um mentiroso aqui, esse mentiroso se chama Jair Messias Bolsonaro”, acusa Lula da Silva, dizendo uma vez mais que é ele o candidato mais próximo dos nordestinos.

    Bolsonaro rebate, acusando Lula de ter prejudicado o Nordeste com obras paradas pela corrupção. “Tudo tinha corrupção no seu governo, tudo”, afirma.

    “Se tem uma coisa que é cara de pau, é a cara de pau desse cara”, responde Lula, dizendo que fez mais de 80% das obras dessas região, contra apenas 3% do governo Bolsonaro. “Não tem um projeto seu.”

    Jair Bolsonaro responde focando-se na ação do governo de Dilma Rousseff, questionando por que não foi capaz de acabar muitas dessas obras e tiveram de se arrastar para serem concluídas no último governo.

  • Candidatos debatem quem é mais "amigo de bandidos"

    O debate foca-se agora no tema da criminalidade e Lula da Silva fala do caso de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro morta a tiro. Insinua que Bolsonaro é “amigo” de “bandidos”.

    “Falando em amizade com bandidos”, responde Bolsonaro. “Em cada 5 votos, você tem 4 deles.” Lula responde dizendo que tem “orgulho” de ser “o único candidato capaz de entrar numa favela sem segurança”. “Eu ia, sabe porquê? Eu acredito no povo.”

  • Lula diz que sogra morreu de Covid. "Fez discurso em cima do caixão da esposa e está chorando pela sogra", responde Bolsonaro

    Lula da Silva diz que sabe o que sentem as pessoas que perderam entes queridos para a Covid-19, por ter perdido a sua sogra para a doença. Bolsonaro reage com violência. “Fez discurso em cima do caixão da esposa e está chorando pela sogra”, afirma.

    O candidato do PT não reage à provocação e volta a sublinhar que o Presidente não visitou doentes.

  • "Você é o rei da fake news, da estupidez", acusa Lula da Silva

    Os candidatos debatem agora o uso do termo “gripezinha” por parte do Presidente. Jair Bolsonaro diz que não desvalorizou a Covid-19 e que decretou estado de emergência numa altura em que órgãos como “a Globo diziam que não havia problema, porque Brasil tem clima quente”.

    “Você é o rei da fake news, da estupidez”, responde Lula. “Você quis ser bonzinho e ir ao enterro da Rainha de Inglaterra quando podia ter visitado centenas de pessoas que morreram de Covid aqui”.

  • Bolsonaro tenta colar governadores do PT a corrupção durante combate à Covid

    Jair Bolsonaro aproveita para puxar para o tema da corrupção, dizendo que a comissão de inquérito sobre a Covid-19 provou que houve corrupção de responsáveis do PT no Nordeste: “Irmãos nordestinos morreram de falta de ar por corrupção”, afirma.

    Lula responde que os responsáveis locais foram limitados pela ação do governo nacional, que não permitiu a compra de vacinas em larga escala no início da pandemia.

    “Era visível que o Panzuello não entendia nada de saúde”, diz Lula, referindo-se ao ministro da Saúde de Bolsonaro. “Pára de mentir”, responde o atual Presidente. A intenção de alguns governadores de comprarem eles as vacinas levaria “à roubalheira”, diz Bolsonaro.

    E defende-se com as conclusões da CPI: “A CPI não encontrou nada sobre mim e sobre Panzuello”.

  • Lula ataca Bolsonaro com mortes da Covid-19: "O senhor debochou, disse que quem tomava vacina virava jacaré"

    Lula da Silva foca-se agora na crise da Covid-19, destacando que o Brasil tem apenas “3% da população mundial”, mas teve “11% das mortes de Covid-19”.

    E questiona: “O senhor não carrega nas costas o sofrimento dos brasileiros, de ser o responsável de 400 mil mortes neste país?”

    Jair Bolsonaro fala em “acusações levianas”. Lula diz que são “dados científicos”. “O senhor atrasou a vacina”, acusa, e pede a Bolsonaro que assuma a “negligência”.

    “O senhor debochou, riu, disse que quem tomava vacina virava jacaré”, afirma Lula, dizendo que Bolsonaro “brincou com a pandemia e a morte”.

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