Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Obrigada por nos ter acompanhado neste liveblog, que será agora arquivado para dar lugar a um novo, disponível neste link.

    Fundo para a família do polícia que disparou contra Nahel já ultrapassou um milhão de euros. Emmanuel Macron faz visita surpresa à polícia em Paris

  • Polícia francesa deteve 49 pessoas esta noite

    Às 23h30 (menos uma hora em Portugal), a polícia tinha realizado 49 detenções em todo o território francês, de acordo com o Ministério do Interior.

  • Macron pede ao governo que continue a "restaurar a ordem"

    O presidente francês pediu aos seus ministros que “continuem a fazer de tudo para restaurar a ordem e garantir o regresso à calma”, de acordo com uma fonte que esteve na reunião realizada este domingo e que reuniu o chefe de estado, a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne e vários ministros.

    Macron também pediu ao governo “que continue a estar ao lado de polícias, magistrados, administrativos, bombeiros, funcionários eleitos”, segundo a mesma fonte, citado pelo Le Figaro.

  • Polícia dispersa grupo de extrema-direita em Lyon

    A polícia de Lyon dispersou um grupo de cerca de cem indivíduos ligados a movimentos de extrema direita, com recurso a gás lacrimogéneo.

    Ao longo dos últimos dias têm sido registados incidentes entre os manifestantes e membros de grupos de extrema-direita em várias cidades francesas.

  • Macron vai receber os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional

    O presidente francês vai receber, esta segunda-feira, os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional. Já a primeira-ministra Elisabeth Borne vai reunir-se com os líderes dos grupos políticos no parlamento francês.

    Na terça-feira, Emmanuel Macron reúne-se com os presidentes de Câmara dos mais de 220 municípios afetados pelos tumultos das últimas noites.

  • Ex-presidente Hollande pede "ordem" e diz que problema não está na imigração

    O ex-presidente francês François Hollande pediu, esta noite, o restabelecimento da “ordem republicana” e “unidade nacional para apoiar a família do jovem Nahel, unidade nacional para a justiça, e apoio à aplicação da lei e às autoridades públicas”.

    Em entrevista ao canal LCI, o ex-chefe de Estado defende que os tumultos que têm ocorrido em França “não são um problema de imigração”, acrescentando que o país deve “aprofundar o modelo social e o modelo republicano, para dar a esses indivíduos o orgulho de ser francês”.

  • Autarca de Nanterre recorre ao apelo da família de Nahel para pedir o fim dos protestos

    O presidente da câmara municipal de Nanterre, epicentro da revolta após a morte na terça-feira de um adolescente alvejado pela polícia, apelou hoje à população que siga o apelo da família de Nahel Merzouk para o fim dos protestos.

    “Sei a angústia que é partilhada por um grande número de habitantes da nossa cidade, desde estas últimas noites, face aos acontecimentos verificados. No sábado 01 de julho, uma imensa emoção percorreu Nanterre, no momento do funeral de Nahel no cemitério do Mont-Valérien. A família pediu-nos para não assistir e evidentemente respeitámos esse pedido”, indicou Patrick Jarry, num comunicado.

    Na mesma nota, o presidente do município agradeceu ainda à família e próximos que organizaram a cerimónia fúnebre “apesar da sua imensa dor, com grande dignidade”, e ainda à mesquita Ibn Badis e crentes “que contribuíram com muita eficácia ao bom desenrolar da cerimónia fúnebre na qual participou uma considerável assistência”.

    Patrick Jarry agradeceu igualmente aos funcionários municipais, e em particular, como frisou no comunicado, “ao nosso serviço da tranquilidade pública com os seus mediadores” pelo apoio fornecido.

    “Após esta cerimónia, a família apela ao fim das violências. Peço a toda a população de Nanterre que apoie esta mensagem e que atuem para que seja respeitada”, concluiu o autarca.

    A avó de Nahel Merzouk, o jovem francês com origens magrebinas que foi morto pela polícia nos arredores de Paris, apelou hoje aos manifestantes que parem com os confrontos, após cinco noites consecutivas de tumultos.

    “Quero que tudo isto acabe. Peço às pessoas que estão a destruir coisas que parem. Não destruam as escolas”, afirmou a avó de Nahel, identificada como Nadia, em declarações ao canal BFMTV.

    Nadia acusou parte dos manifestantes de estar a usar a morte do neto como uma desculpa para destruir o país.

    “Não destruam as escolas, não destruam os autocarros”, reforçou.

    No entanto, condenou as manifestações de apoio ao polícia que disparou contra o jovem, na terça-feira, em Nanterre.

    O colunista Jean Messiha, que apoiou a candidatura presidencial de extrema-direita de Éric Zemmour, em 2022, depois de ter passado pela Frente Nacional de Marine Le Pen, iniciou uma angariação de fundos para a família do agente que já terá recolhido 700.000 euros segundo os promotores, sublinhando que este se limitou a fazer o seu trabalho e que “está a pagar um preço alto” pela sua ação.

    Esta iniciativa “parte-me o coração”, apontou Nadia, culpabilizando o agente pela morte do neto.

    Em paralelo, uma coleta em favor da família de Nahel garantiu 108.900 euros, de acordo com os números registados na tarde de hoje.

    “Nahel, de 17 anos, morreu em condições de extrema violência. Deixa uma mãe desfeita pela perda do seu único filho. Necessita do nosso apoio para enfrentar os grandes desafios que a esperam”, aponta a petição.

    Entretanto, o Governo francês pediu hoje para que se evitem generalizações sobre a polícia francesa e garantiu que, em caso de abuso, a justiça investigará.

    “É preciso ter cuidado para não se fazerem generalizações com base numa situação específica. Esta é a mensagem, penso eu, que as nossas forças de segurança que estão mobilizadas no terreno precisam de ouvir”, defendeu o Governo francês, segundo declarações do porta-voz do executivo, Olivier Véran, ao canal público FranceInfo.

    Nahel, de 17 anos, foi morto pela polícia na sequência de uma operação de controlo de trânsito em Nanterre.

    O Ministério Público disse que o jovem estava a conduzir na faixa dos autocarros, tendo sido mandado parar pela polícia, mas não obedeceu à ordem.

    Um dos agentes disparou contra Nahel, atingindo-o no braço e no peito.

    O agente da polícia suspeito da morte do jovem está acusado de homicídio e em prisão preventiva.

    As cerimónias fúnebres de Nahel decorreram no sábado, em Nanterre, com um velório privado, uma cerimónia na mesquita e o enterro num cemitério local, onde compareceram várias centenas de pessoas.

  • "Polícia tem responsabilidade" por parte da violência em França, diz Mélenchon

    O líder do partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, atribui à polícia responsabilidade pela violência que atinge França há vários dias.

    “Todos são responsáveis por uma situação que é, antes de mais nada, um abuso social gigante em certos bairros do nosso país e um abuso policial sistemático contra certas populações”, disse Mélenchon, acrescentando que os polícias “são responsáveis por parte da situação” de violência. “Hoje, o poder político já não controla a polícia (…) é a polícia que assusta o poder”, criticou, citado pelo Le Figaro.

  • Macron reunido com membros do governo para fazer "ponto de situação"

    O presidente francês, Emmanuel Macron, está reunido a esta hora com alguns membros do governo para fazer um ponto de situação da situação de violência em que França está mergulhada há vários dias.

    Macron está reunido com primeira-ministra, Elisabeth Borne, o ministro do Interior Gérald Darmanin e o ministro da Justiça Eric Dupond-Moretti.

  • Camião da Cruz Vermelha vandalizado em Nanterre

    Um camião da Cruz Vermelha foi completamente incendiado em Nanterre, o que se traduz numa perda financeira “muito significativa”, anuncia o Libération.

    “Este ato malicioso vai atrapalhar as atividades dos nossos voluntários”, escreveu, por seu lado, a Cruz Vermelha no Twitter. “É importante lembrar que a Cruz Vermelha Francesa trabalha para prevenir e aliviar todo o sofrimento humano, com toda a imparcialidade e sem qualquer discriminação.”

    DR

    DR

  • Três manifestantes condenados a penas de prisão

    São os primeiros casos, desde que começaram os tumultos em França: três manifestantes, com idades entre os 18 e os 22 anos, foram condenados a penas de prisão.

    Segundo a France Bleu, os arguidos, envolvidos nos desacatos de sexta-feira, foram presentes a tribunal neste domingo e condenados a penas que variam entre os três e os quatro meses de cadeia.

  • Tumultos em Brest atingiram concessionário da Renault

    Em Brest, cidade portuária do noroeste de França, os tumultos da última noite destruíram parcialmente um concessionário autonómel, da marca francesa Renault, noticiou o jornal regional Le Telegramme.

    Na quinta noite de protestos em França mais de 700 pessoas foram detidas pela política, cinco delas em Brest.

  • Governo francês decide manter dispositivo de 45 mil agentes nas ruas

    Depois de uma reunião durante a tarde deste domingo, o ministro francês da Administração Interna anunciou a decisão de manter o dispositivo de 45 mil agentes nas ruas francesas, o mesmo número dos últimos dois dias.

    Gérald Darmanin pediu às forças de segurança que mantenham a firmeza e que as detenções sejam feitas de forma rápida.

  • Mãe de soldado assassinado pelo extremista Mohamed Merah apela à calma

    “Lanço um apelo aos pais, protejam os vossos filhos.” Latifa Ibn Ziaten, ativista franco-marroquina, é mãe do soldado francês assassinado pelo extremista Mohammed Merah, em 2012. No Twitter, apela à calma e pede aos pais que estejam atentos aos seus filhos.

    Segundo o Governo francês, cerca de 30% das detenções têm sido de menores de idade.

    Latifa Ibn Ziaten argumenta que é preciso “zelar pelas crianças”, “educar as nossas crianças e, acima de tudo, protegê-las”, frisando que os tumultos que se vivem em França são muito graves. “A violência não vai adiantar de nada. Cabe a nós fazer tudo o que pudermos para tomar conta dos nossos filhos.”

    Mohammed Merah era um jihadista francês, responsável por sete mortes em 2012, incluindo a de três crianças. Foi morto pela polícia.

  • Macron reúne-se com mais ministros do que o esperado

    O Presidente francês vai reunir-se esta tarde, às 19h30 (uma hora menos em Lisboa), com vários ministros, mais do que os inicialmente anunciados.

    Além da primeira-ministra, Elisabeth Borne, Macron vai receber no Palácio do Eliseu Gérald Darmanin, ministro da Administração Interna, Éric Dupond-Moretti (Justiça), Bruno Le Maire (Economia), Olivia Grégoire (Comércio), Christophe Béchu (Coesão Territorial) e Olivier Klein (ministro da Cidade).

  • Porta da autarquia de Tarn incendiada durante a noite

    É mais um município a queixar-se de ser alvo de violência dos manifestantes. Em Tarn, região da Occitânia, a porta da autarquia foi incendiada na noite de sábado para domingo.

    A autarquia, que denunciou o “ato criminoso”, deixou um agradecimento pela rápida ação dos bombeiros e da polícia no Twitter.

  • Protestos chegam à Suíça. Um adulto e seis jovens detidos em Lausanne, um deles de nacionalidade portuguesa

    Três raparigas e três rapazes entre os 15 e os 17 anos — com nacionalidade portuguesa, somali, bósnia, suíça, georgiana e sérvia —, e um suíço, de 24 anos, foram detidos em Lausanne.

    Na cidade da Suíça francófona, mais de uma centena de pessoas juntaram-se no centro de Lausanne, na noite de sábado, onde muitas montras de lojas acabaram vandalizadas. Segundo a polícia local, o sucedido são ecos das manifestações francesas e surgem em resposta a apelos nas redes sociais.

  • "Quero que parem", diz avó do jovem assassinado. "Estão a usar Nahel como pretexto" para a violência

    A avó de Nahel, o jovem de 17 anos morto a tiro pela polícia francesa, pediu calma aos franceses e queixou-se de a morte do seu neto estar a ser usada como desculpa para atos de violência. As declarações de Nadia foram feitas à BFM TV.

    “Quero que parem”, disse Nadia. “Quero que isto pare em todos os lugares”, disse a avó de Nahel, pedindo aos manifestantes que parem de destruir escolas e autocarros.

    Nadia diz confiar na justiça e garante que só está ressentida com o agente que matou o seu neto. “Eu confio na justiça”, garantiu, acusando os manifestantes de “usarem Nahel como pretexto” para os seus atos de violência.

  • Cidade na Normandia decreta recolher obrigatório para menores até 31 de julho

    Entre as 21h e as 6h, quem tiver menos de 16 anos só poderá estar na rua se estiver acompanhado por um adulto. A medida, inédita, foi tomada por um autarca da região da Normandia, escreve a France Bleu.

    O recolher obrigatório em Darnétal, comuna francesa no Seine-Maritime, estará em vigor até 31 de julho, segundo explicou o autarca, citado pelo jornal.

  • Nîmes. Colete à prova de balas salva a vida de polícia atingido a tiro

    O incidente aconteceu na noite de sexta para sábado, mas só domingo foi revelado. Um agente da polícia foi atingido por um tiro durante os tumultos em Nîmes e, graças ao colete à prova de balas, não sofreu ferimentos graves. Já foi aberto um inquérito por tentativa de homicídio.

    “O uso do colete à prova de balas evitou que o agente ficasse gravemente ferido pelo projétil. Um raio-X confirmou a presença de munição no colete à prova de balas”, explicou a promotora da República de Nîmes, Cécile Gensac, em comunicado.

1 de 3