Momentos-chave
- Marques Mendes: "O PCP entrou numa via de loucura completamente suicida. Parece que o PCP enlouqueceu"
- Corina Machado agradece a Portugal (e outros 6 países) pelo seu "compromisso com a democracia"
- Supremo quer que CNE publique atas das eleições presidenciais
- Numa semana foram detidos 2000 manifestantes. Terão pena máxima, diz Maduro
- Papa Francisco pede que se "procure a verdade" e evite "qualquer tipo de violência"
- Jornalista equatoriana detida em Caracas ao cobrir manifestação pró-oposição
- Manifestações pela mudança política na Venezuela fazem-se ouvir em várias cidades pelo continente americano
Histórico de atualizações
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Bom dia.
Este liveblog fica agora por aqui. Continue a acompanhar os desenvolvimentos na tensão que se vive na Venezuela desde as eleições presidenciais neste novo liveblog.
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Bom dia.
Este liveblog fica agora por aqui. Continue a acompanhar os desenvolvimentos na tensão que se vive na Venezuela desde as eleições presidenciais neste novo liveblog, neste link.
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Tortura, violência sexual e condições degradantes. "A máquina repressiva" usada por Maduro para prender opositores
A ONU denunciou o papel do serviços de informações, em particular do SEBIN, na perseguição a opositores do regime de Maduro. Prisões “indignas” e relatos de tortura — como asfixia e choques elétricos.
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Marques Mendes: "O PCP entrou numa via de loucura completamente suicida. Parece que o PCP enlouqueceu"
“O Partido Comunista Português claramente entrou numa via de loucura, completamente suicida”, comenta Luís Marques Mendes, no habitual comentário na SIC a propósito das posições do partido comunista português que logo a seguir às eleições saudou Maduro e o regime. “Uma coisa que até foi contestada pelo partido comunista da Venezuela“.
“O PCP nos últimos tempos perdeu, completamente, os princípios e a vergonha”, recordando o apoio a Putin e agora a Maduro, numa eleição que é “uma completa fraude eleitoral”. “O PCP perde os princípios”, diz Marques Mendes, lembrando a miséria ou com fome, as prisões cheias por delito de opinião, a saída em massa de venezuelanos para fora do país. “E o PCP dá apoio a tudo isto?”
“É uma loucura completa. Com todo o respeito, parece que o PCP enlouqueceu”, realça.
“O PCP está a suicidar-se em direto, na praça pública e a um ritmo impressionante”. As posições do PCP sobre a Ucrânia e a Venezuela “nem os eleitores do PCP as compreendem, e provavelmente os militantes também”.
O PCP “está a cavar a sua sepultura política”.
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Corina Machado agradece a Portugal (e outros 6 países) pelo seu "compromisso com a democracia"
“Em nome dos venezuelanos, agradeço este importante comunicado conjunto dos governos de Itália, França, Alemanha, Holanda, Espanha, Polónia e Portugal, reafirmando o seu compromisso com a democracia na Venezuela”, escreveu María Corina Machado na rede social X.
A líder da oposição referia-se à declaração conjunta divulgada no sábado, na qual estes governos apelavam “às autoridades venezuelanas que divulguem prontamente todas as atas eleitorais para garantir a total transparência e integridade do processo eleitoral”.
No X, a venezuelana sublinhou ainda que defende que as atas apresentadas pela oposição “sejam verificadas o mais rapidamente possível, de forma internacional e independente, tendo em conta que o regime não o fez dentro dos prazos estabelecidos por lei”.
E apelou ainda “ao fim da perseguição e da repressão que nas últimas horas tem sido cruelmente exercida“, lê-se na publicação. Corina Machado refere-se, por exemplo, à recente detenção de uma jornalista equatoriana após cobrir os protestos pró-oposição.
“Contamos com o mundo democrático para fazer avançar a transição que já começou”, rematou Corina Machado.
En nombre de los venezolanos, agradezco este importante comunicado conjunto de los gobiernos de Italia, Francia, Alemania, Países Bajos, España, Polonia y Portugal, reafirmando su compromiso con la democracia en Venezuela.
Los datos que hemos presentado a los venezolanos y al… https://t.co/MbeoVJjYoq
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) August 4, 2024
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Supremo quer que CNE publique atas das eleições presidenciais
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ) instou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a publicar as atas das últimas eleições presidenciais em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas cujos resultados a oposição contesta.
“A Sala solicita ao CNE que consigne, dentro do lapso de três (3) dias de despacho [dias úteis judiciais] (…) os instrumentos relacionados com o processo de eleições presidenciais de 28 de julho de 2024”, explica a sentença 026, do processo 2024-0000034 do STJ.
A decisão da Sala Eleitoral, uma das seis salas que compõe o STJ em pleno, foi publicada na rede X e entre os documentos solicitados estão as atas de apuramento a nível nacional, os números totais finais, de adjudicação e de proclamação.
“Sendo um facto público, notório e comunicável que o ataque cibernético denunciado contra o sistema informático do CNE impediu a transmissão atempada dos resultados eleitorais, solicitamos também (…) todas as provas associadas a este evento”, explica.
Desde há vários dias que é impossível aceder às páginas web do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
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Numa semana foram detidos 2000 manifestantes. Terão pena máxima, diz Maduro
Nicolás Maduro disse no sábado que desde o dia das eleições presidenciais, a 28 de julho, já foram detidos 2000 manifestantes. Em causa está o facto de se terem manifestado contra o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), escreve a agência de notícias espanhola EFE.
Os detidos serão distribuídos por duas prisões venezuelanas que, segundo o Presidente reeleito, estarão prontas para receber os manifestantes dentro de duas semanas
“Temos 2000 presos detidos e de lá vão para [as prisões de] Tocorón e Tocuyito, com pena máxima. Desta vez não vai haver perdão”, anunciou, num encontro com empresários.
O Presidente acusa os detidos de fazerem parte de uma conspiração contra o seu governo.
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Papa Francisco pede que se "procure a verdade" e evite "qualquer tipo de violência"
Face à polémica vitória eleitoral de Nicolás Maduro, o Papa Francisco pediu este domingo, após rezar o Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, que se “procure a verdade”.
“Lanço um apelo sincero a todas as partes para que procurem a verdade, evitem qualquer tipo de violência, resolvam os problemas através do diálogo e tenham em mente o bem do povo e não os interesses partidários”, disse, citado pelo jornal El Mundo.
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Jornalista equatoriana detida em Caracas ao cobrir manifestação pró-oposição
A jornalista Dayana Krays, do jornal político equatoriano La Data estava na capital da Venezuela a cobrir a manifestação convocada pela líder da oposição, María Corina Machado, quando foi detida a mando do Governo de Nicolás Maduro.
Através da rede social X, o meio de comunicação denunciou a detenção, detalhando que tudo aconteceu quando Dayana Krays voltava para o seu alojamento após terminar a cobertura das manifestações pró-oposição.
“Nas últimas 72 horas, as autoridades venezuelanas detiveram ativistas políticos, manifestantes e expulsaram jornalistas por ‘promover o ódio’“, escreveu o jornal. De acordo com o La Data, Dayana Krays está bem de saúde.
#Urgente ¡PERIODISTA DE LA DATA FUE DETENIDA POR EL RÉGIMEN DE MADURO!
La periodista de @LaDataEc, Dayana Krays, fue detenida por agentes del gobierno de Nicolás Maduro, luego de dirigirse a su domicilio al terminar de cubrir las manifestaciones en contra del fraude electoral en… pic.twitter.com/GlWMej1bXx
— ???????? La Data Ec (@LaDataEc) August 4, 2024
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Manifestações pela mudança política na Venezuela fazem-se ouvir em várias cidades pelo continente americano
Os gritos de apoio à oposição venezuelana que reclama vitória nas últimas presidenciais fizeram-se ouvir em várias cidades do continente americano, segundo regista o jornal El Mundo.
Em Buenos Aires, capital da Argentina, centenas de manifestante juntaram-se com cartazes onde podiam ler palavras como “liberdade” e “justiça”. Na Cidade do Panamá o ajuntamento deu-se no parque Urracá e uma fotografia de González Urrutia denunciava a inclinação do discurso. Na capital da República Dominicana, Santo
Domingo, cerca de uma centena de venezuelanos juntaram-se à porta da embaixada do seu país. Nas Honduras um pequeno grupo de pessoas também se juntou para gritar “liberdade” perto da estátua de Simón Bolívar.
Nos Estados Unidos o apoio à mudança política na Venezuela fez-se ouvir em várias cidades, entre elas Nova Iorque. Haverá cerca de 750 mil venezuelanos no país e mais de metade estão no sul do estado da Flórida.
Também terá havido manifestações no Equador, México, El Salvador, Perú, Costa rica, Paraguai e Colômbia.
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Bom dia!
Abrimos agora este liveblog para acompanhar os desenvolvimentos na tensão que se vive na Venezuela desde as eleições presidenciais.
Os principais acontecimentos deste sábado ficam agora arquivados num outro liveblog, que pode ser consultado aqui.