Atualizações em direto
  • Maria Luís envia indireta sobre críticas do PS: "É preciso pensar primeiro no candidato. E só depois se é da cor política do Governo"

    Maria Luís Albuquerque diz que “se há coisa que o nosso país precisa de se empenhar, é em apoiar portugueses nas instituições europeias, em particular na Comissão Europeia. É preciso fazer muito mais”.

    Apesar de se estar a referir a quadros das instituições, aproveitou para mandar farpa ao PS: “Quando temos candidatos a cargos europeus, é preciso que primeiro pensem no candidato. E depois se é ou não o partido de Governo. Porque é o candidato de Portugal.”

  • Preferência por pasta? "Tenho, mas não vou partilhar", diz Maria Luís

    Questionada sobre a quotas de género, Maria Luís Albuquerque diz que hoje ainda há uma “cultura”, que vem de trás, que “separa as mulheres dos homens, dando menos oportunidades às mulheres. E lembra uma frase: “A cultura come a estratégia ao pequeno-almoço.”

    Para Maria Luís “é preciso muito tempo, muitas ações, para conseguir mudar” esta realidade e alerta que “estas coisas levam tempo”. Mas deixa um aviso: “As quotas de género, são para o género subrepresentado. Um dia o género feminino não vai ser subrepresentado. Homens não discutam as quotas: pensem no nosso futuro.”

    Questionada sobre a preferência da pasta que vai assumir, Maria Luís Albuquerque não abriu o livro: “Tenho, mas não não vou partilhar.”

  • Maria Luís Albuquerque: "O país reconheceu Pedro Passos Coelho: ganhámos as eleições em 2015"

    Um dos alunos dirige-se à candidata a comissária a dizer que o “país só se libertou da troika devido a três pessoas: Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque”. Um outro aluno pergunta se considera que o país vai reconhecer o papel de Pedro Passos Coelho.

    Com as primeiras perguntas dedicadas ao período da troika, Maria Luís Albuquerque diz que “a recuperação económica se deveu, em primeiro lugar, à liderança do Governo. Foi sempre um trabalho conjunto, de outras pessoas mais anónimas. E também se deveu aos portugueses, que souberam ultrapassar os problemas.”

    Maria Luís Albuquerque respondeu que “o período mais difícil” que enfrentou na governação “foi o ano de 2012, um ano horribilis: a recessão foi pior do que se esperava. Foi o momento mau que antecedeu a recuperação. Em que tivemos de tomar as medidas mais duras, mais impopulares.”

    Sobre quando o país vai reconhecer o trabalho de Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque arrancou, até agora, o maior aplauso da noite: “O país reconheceu Pedro Passos Coelho: ganhámos as eleições em 2015.

  • Maria Luís Albuquerque defende que é necessário "revitalizar a indústria de Defesa da Europa"

    Maria Luís Albuquerque defende que se deve “revitalizar a indústria de Defesa da Europa” para que os Estados-membros se possam defender coletivamente, numa altura em que alguns dos aliados parecem menos disponíveis.. A candidata a comissária quer que a UE continue a reduzir a “dependência energética da Rússia”.

    Perante uma plateia de jovens, Maria Luís Albuquerque diz que é prioritária a garantia da justiça intergeracional. Elogia ainda o programa Erasmus como um “dos programas mais bem sucedidos da Europa”.

  • Maria Luís Albuquerque defende que habitação deve ser prioridade e que "ainda há muito que fazer na União Económica e Monetária"

    Maria Luís Albuquerque ataca agora as forças populistas “em crescimento” na Europa que se “alimentam de expectativas frustradas”.

    A futura comissária diz ainda, em linha do que foi o discurso de candidatura de Von der Leyen no Parlamento Europeu, que “as necessidades de habitação, não devem deixar de orientar os políticos europeus”.

    Para a candidata a comissária “ainda há muito que fazer na União Económica e Monetária”. Maria Luís Albuquerque defende que a Europa precisa de um verdadeiro mercado de capitais.

  • Maria Luís Albuquerque já fala como futura comissária: "Os próximos cinco anos não vão ser mais fáceis"

    Entretanto, em Castelo de Vide, na Universidade de Verão do PSD, começou a discursar a candidata a comissária europeia, Maria Luís Albuquerque.

    A ex-ministra das Finanças começa a falar de Europa, a que chama da “nossa casa comum” que se os “últimos cinco anos foram muito difíceis, os próximos não vão ser mais fáceis”.

    Maria Luís Albuquerque diz que a prova do sucesso da UE é a quantidade de países que continuam a querer juntar-se ao bloco europeu.

    A candidata a comissária diz que é preciso “engenho e arte” para construir soluções comuns entre 27 Estados-membros que têm prioridades diferentes.

    Maria Luís Albuquerque diz que “a UE precisa de perceber que nenhum país consegue sozinho ultrapassar os desafios”. A candidata a comissária lembra os Jogos Olímpicos diz que, se considerarmos os Estados-membros, a UE tem “mais medalhas que a China e os EUA. A Europa é também uma potência desportiva”.

    A candidata a comissária fala também do tema das migrações diz que se deve acolher sem colocar em causa a “os valores europeus com a liberdade e a dignidade humana”.

    É preciso completar o projeto da União Económica e Monetária Europeia, já que a “realidade atual é disfuncional e foi agravada pela saída da UE”.

  • Costa lembra "experiência" de Pedro Nuno Santos a negociar Orçamentos. "Se não houver sucesso seguramente não será por culpa sua", garante

    Costa continua a responder a questões dos participantes da Academia Socialista e aventura-se numa resposta sobre o Orçamento do Estado. Graceja que é uma pessoa “particularmente feliz” porque tem “dois sucessores”: “Um que governa, outro lidera a oposição”.

    “Poucas pessoas têm tanta experiência como o Pedro Nuno Santos em negociar Orçamentos. Portanto se não houver sucesso seguramente não será por culpa” do secretário-geral do PS, atira.

  • Costa diz que Portugal "nunca se opôs e nunca se deve opor" a alargamentos na UE. E lança farpa à direita: não é IRC que resolve crescimento

    António Costa acrescenta, ainda em resposta aos jovens socialistas, que a periferia é um conceito discutível e que Portugal ganhou uma nova centralidade na “nova globalização”. “Se não queremos ser politicamente periféricos, temos de estar no centro das questões europeias”. Por isso, Portugal “nunca se opôs e nunca se deve opor” aos alargamentos, porque esses países são “aliados naturais” contra “uma Europa de diretório” dos países fundadores. “O nosso peso político na Europa depende exclusivamente de nós e da forma como soubermos trabalhar”.

    “Bem sei que a direita teoriza” sobre a evolução dos países do último alargamento em relação a Portugal, frisa, mas diz que não se menciona que só agora é que Portugal tem ou supera o nível de qualificações que esses países já tinham em 2014. “O fator das qualificações, quer a direita goste ou não goste”, é determinante na competitividade — “não é o IRC”, ironiza, com aplausos na sala.

  • Costa: resultado das últimas legislativas mostra sentimento de "desigualdade" entre eleitores. "Convém termos noção das nossas falhas"

    António Costa responde agora a perguntas dos jovens que estão a participar na Academia Socialista. Diz que se a UE quer ser mais competitiva os Estados-membros têm de ser mais solidários entre si.

    Depois, diz que a extrema-direita é alimentada pelo sentimento de desigualdade, entre pessoas que sentem que ficaram para trás. “Muito evidente quando olhamos para o resultado das últimas legislativas. É assim, convém termos noção das nossas próprias falhas”, frisa. Depois, diz que não há “nenhuma fatalidade” que determine que estes partidos não tenham o “devido tratamento eleitoral” mesmo depois de terem boas votações iniciais, dando o exemplo das eleições europeias — em que a votação do Chega caiu significativamente.

    Questionado sobre Viktor Orbán, diz que a Hungria até agora conseguiu atrasar decisões sobre a Ucrânia mas nunca bloquear nada de significativo. E acrescenta que a extrema-direita, ao contrário do que estava a ser “anunciado”, não foi decisiva para “determinar a política europeia” após as últimas eleições.

    Depois acrescenta que nunca nenhum Governo português teve de ameaçar com vetos para ter influência — têm percebido que todos temos mais força no mundo “estando juntos”, defende, e que é preciso inserir os interesses nacionais nos europeus, e não apresentar exclusivamente como objetivo os interesses portugueses.

  • Costa vai estar "mais ausente" da vida partidária, mas garante: "Pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá"

    O último desafio é o financiamento da UE, identifica Costa, na sua intervenção na Academia Socialista. “Sei que é um tema desagradável”, graceja. “Mas as coisas são como são: não são grátis”. Para manter a política de coesão, a PAC ou uma política industrial, é preciso explorar as novas regras de governação económica, mas “inteligentes” e “amigas do investimento inteligente”. E encontrar “novos recursos para uma União que seja mais do que tem sido”. Esses não virão de mais “generosidade” dos Estados-membros, avisa, lembrando o esforço “gigantesco” que a Alemanha tem feito para alterar o seu modelo energético para ter uma independência quase total do fornecimento da Rússia. E isso beneficiará “todos os Estados-membros”.

    “Temos mesmo de ter outros recursos”, que podem ser por recurso à dívida ou novas taxações, defende o antigo primeiro-ministro. Por algumas “devemo-nos bater”, acrescenta. Dá os exemplos das taxas de carbono e de comércio digital, que devem ser receitas próprias da UE e não dos respetivos Estados-membros.

    Uma “última palavra”: “Nos próximos anos estarei menos presente na atividade do PS do que estive nos últimos muitos, muitos, muitos anos”. Essa maior ausência “não significa menor pertença” ao PS, promete. “Pode ser que me vejam menos, mas eu estou cá”.

  • Costa diz que Europa não pode ter "duplos critérios" e avisa que uma vida vale tanto na Ucrânia como em Gaza

    Costa continua a falar dos desafios que a Europa enfrenta. O próximo é a inserção na Europa no mundo — “A Europa tem de mudar com o mundo” e olhar com “humildade” para o mundo além dos EUA, China e da própria Europa. O sul, avisa, é “plural” e inclui as novas potências com que a Europa se tem de entender. “Não é um mundo que queiramos bipolarizado entre China e EUA. Queremos ser parte desse mundo, entre iguais”.

    Tem de ser assim se a Europa não quiser “ser ultrapassada e ficar a queixar-se”. Para isso, diz, é preciso apoiar os esforços de António Guterres para que haja um novo modelo de governação mundial que corresponda ao mundo de hoje, e não pós-Segunda Guerra. A Europa deve “saber liderar naquilo que é compatível: nos valores”. Sem “duplos critérios”, percebendo que uma vida vale tanto em Gaza como na Ucrânia e o Direito Internacional vale para a Rússia como para Israel.

  • Costa diz que assuntos europeus são tema "central num Governo" e avisa: "Europa deixou-se ultrapassar por EUA e China"

    Na Academia Socialista, Costa prossegue: o debate europeu “tem de estar mais presente na nossa vida política diariamente”. É um tema “central no centro do Governo”, avisa, e não um assunto externo.

    O ex primeiro-ministro fala nos desafios do novo ciclo europeu. Nomeia alguns: a transição climática e digital, o reforço do pilar social, e outros mais recentes. O mais “inesperado”, diz, é que a paz e a guerra voltaram a ser assunto europeu. “A guerra não é exterior à Europa, é mesmo na Europa, e diz-nos respeito a todos”, avisa. Não só pelo direito à autodeterminação da Ucrânia, mas também saber como e quem define os termos da paz na Europa no futuro”. “Não podem ser definidos pela força, mas de acordo com o Direito Internacional, e de forma multilateral, e não pela Rússia. Por isso, a Rússia não pode ganhar a guerra. É uma guerra de todos nós”.

    Costa defende também que se encare com “seriedade” um novo alargamento, muito diferente dos anteriores, com nove países a integrar, e com realidades diferentes. “Temos de nos preparar no ponto de vista das instituições e orçamental”, avisa, como fez várias vezes enquanto primeiro-ministro.

    Depois, avisa que é preciso ter “outro ritmo” no investimento em Defesa, só sustentável se for acompanhado por um esforço de reindustrialização e reinvenção da economia europeia. Assim, diz que o próximo desafio é saber como a Europa se mantém competitiva e próspera: “É tempo de voltarmos a ter uma política industrial. A Europa precisa mesmo, para ser competitiva e não estar dependente do exterior”.

    Isso será “decisivo” para o modelo social europeu, avisa. Este tem assentado em produzir barato noutros países, e terá de passar a assentar em produzir em países europeus. Para isso, é preciso investimento na inovação. “Temos de enfrentar a realidade. A Europa deixou-se ultrapassar em domínios tecnológicos pelos EUA e a China e estamos a correr atrás do prejuízo”. Agora precisa de investir em “tecnologias do futuro”.

  • Costa lembra orgulho em Centeno no Eurogrupo e defende instituições europeias: "Bruxelas não nos obriga a fazer coisa nenhuma"

    No início da sua intervenção, o antigo primeiro-ministro diz que esta será a última vez em que se sentirá “livre” para participar em atividades partidárias, uma vez que este ano assumirá o cargo de presidente do Conselho Europeu.

    Costa refere a reação “muito diferente” que a UE teve, sem “austeridade e com solidariedade”, à crise da pandemia, por comparação com a crise das dívidas soberanas. Lembra medidas fundamentais como o lay-off.

    Continua falando dos créditos que o país ganhou, a nível europeu, durante a governação do PS, acrescentando que se orgulha da escolha de Mário Centeno como presidente do Eurogrupo, lembrando a designação do “Ronaldo das Finanças” — e os socialistas aplaudem.

    Depois, passa a lembrar a importância do processo de descolonização; fala na projeção atlântica portuguesa, uma “condição essencial para a afirmação da nossa autonomia”. O fim do ciclo colonial implicava outra forma de Portugal se inserir no mundo, e por isso contou a inserção na Europa, frisa. Portugal tem “facilidade em ser mediador de conflitos” e o único parceiro com quem teve longos conflitos já tem uma relação de paz longa, recorda. E lembra o apoio europeu, imprescindível para o nível de desenvolvimento do país.

    “Aqueles que sonham com o dia em que deixemos de ter a solidariedade europeia são os que não sabem o que era Portugal antes da solidariedade europeia. Convém não desvalorizar essas políticas”. Mas tão ou mais importantes do que os fundos comunitários, acrescenta, são os choques de competitividade que daí surgiram — com práticas como o trabalho infantil a serem eliminadas.

    O próximo grande choque de competitividade, avisa, “é mesmo o da convergência salarial com a UE”, se não se quiser “desperdiçar” a educação e o esforço das famílias portuguesas. Em resumo, diz, já não faz sentido a distinção entre assuntos europeus e política interna.

    E também critica o discurso anti-Europa: “Temos de fazer isto porque Bruxelas nos obriga é uma retórica falsa, porque não obriga a coisa nenhuma”, frisa. Isto porque as instituições europeias incluem os Estados-membros, que decidem em nome dos europeus, argumenta. “As decisões não são impostas do exterior. São impostas através de representantes dos Estados-membros”. Cada vez que um ministro apanha um voo para Bruxelas está a decidir em nosso nome, frisa. “No passado temos exemplos de ministros que decidiram mal, com maus resultados, e os que decidiram bem, com bons resultados”.

  • À chegada à rentrée, Costa deseja "felicidades" a Maria Luís Albuquerque e recusa dar conselhos a Pedro Nuno: "Sigo o meu líder"

    António Costa acaba de chegar à Academia Socialista, em Tomar, evento que marca a rentrée do PS. Ainda à entrada, é questionado sobre conselhos que possa dar a Pedro Nuno Santos quanto ao processo orçamental, mas responde que agora “segue” o líder do partido. Deseja também “felicidades” a Maria Luís Albuquerque no cargo de comissária europeia, comentando apenas que é “uma escolha do Governo”.

  • Show até ao fim. Suspense foi mantido até 13 minutos antes do jantar, mas convidado-surpresa é mesmo Maria Luís

    A convidada-surpresa do jantar-conferência deste sábado na Universidade de Verão não foi revelada até a mesma chegar a Castelo de Vide, 13 minutos antes do início do jantar. Tal como o Observador noticiou há mais de uma semana, a convidada surpresa seria o novo(a) comissário(a).

    Novo comissário vai ser surpresa revelada no Alentejo. Montenegro inclinado a escolher mulher

    O PS acusou o PSD de fazer um “show” em torno do anúncio nova comissária. O nome de Maria Luís Albuquerque foi, no entanto, revelado há quatro dias numa comunicação ao país de Luís Montenegro a partir de São Bento. Apesar de o nome ter sido conhecido na quarta-feira, o PSD optou por só revelar quem era a surpresa agora quando Maria Luís Albuquerque chegou à Universidade de Verão.

  • Boa noite,

    Vai poder acompanhar neste Liveblog a primeira intervenção pública da nova comissária europeia, Maria Luís Albuquerque, prevista para as 21h30.

    Antes disso o presidente-eleito do Conselho Europeu, António Costa também vai discursar na Academia Socialista, com discurso previsto para as 20h30.

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