Este liveblog fica por aqui. Vamos concentrar os acontecimentos deste domingo do conflito entre Israel e a Palestina neste novo liveblog.

Obrigada por nos ter acompanhado!

A missão permanente do Irão na Organização das Nações Unidas avisou que, se “os crimes de guerra e o genocídio” de Israel não são “parados imediatamente”, a “situação pode ficar fora de controlo”.

Na conta pessoal do X (antigo Twitter), a missão do Irão sublinhou que, se não são travadas as ações de Israel, pode haver “consequências com um longo alcance”.

“A responsabilidade é das Nações Unidas, do Conselho de Segurança e os Estados que estão a colocar o Conselho num beco”, lamentou Teerão.

If the Israeli apartheid’s war crimes & genocide are not halted immediately, the situation could spiral out of control & ricochet far-reaching consequences—the responsibility of which lies with the UN, the Security Council & the states steering the Council toward a dead end.

— Permanent Mission of I.R.Iran to UN, NY (@Iran_UN) October 14, 2023

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, anunciou hoje que o país atacou um túnel em Gaza com o recurso a ataques aéreos.

“As Forças de Defesa de Israel continuam a atacar alvos na Faixa de Gaza”, escreveu Daniel Hagari na sua conta pessoal do X (antigo Twitter), referindo que foram vistos terroristas a “saírem” de túneis.

“As Forças de Defesa de Israel continuaram a atacar durante o dia alvos militares da organização terrorista Hamas com ênfase em Jabaliya, Zeytun, Al-Furka e Beit Hanun”, indicou o responsável.

צה"ל ממשיך לתקוף מטרות ברחבי רצועת עזה: חוסלו מחבלים שזוהו יוצאים מפיר מנהרה בשטח עזה:

צה"ל המשיך לאורך שעות היום לתקוף בעוצמה מטרות צבאיות של ארגון הטרור חמאס, בדגש על השכונות ג'בליה, זייתון, אל-פורקן ובית חאנון>> pic.twitter.com/OsOmPtJirR

— דובר צה״ל דניאל הגרי – Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) October 14, 2023

Um jornal sírio próximo do regime de Bashar al-Assad noticia neste momento que o exército israelita terá bombardeado o aeroporto de Alepo, na Síria.

Segundo o jornal Al-Watan, o ataque terá deixado a pista do aeroporto fora de serviço, horas depois de esta ter sido reparada na sequência de um ataque semelhante na passada quinta-feira.

Este sábado também terão sido disparados rockets de território sírio para Israel, perto dos montes Golã.

Um porta-voz do Exército israelita anunciou que vai ser dado mais tempo para que os civis abandonem o norte da Faixa de Gaza antes do início da invasão, embora não tenha dado um prazo específico.

“Alargámos uma vez mais o prazo, porque percebemos que há uma enorme quantidade de pessoas que precisam de sair”, afirmou o tenente-coronel Peter Lerner, de acordo com a Al-Jazeera. “Continuamos a encorajar a população no norte da Faixa de Gaza e na cidade de Gaza para que sigam para sul e saiam da zona de perigo.”

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza atualizou o número de mortes na sequência dos bombardeamentos aéreos de Israel, que decorrem desde o ataque do Hamas em solo israelita de sábado passado.

Este sábado, 300 palestinianos morreram na Faixa de Gaza, o valor mais alto registado num só dia ao longo desta semana. Ao todo, 2.228 palestinianos morreram desde sábado. Do lado israelita, já morreram mais de 1.300 pessoas na sequência dos ataques com rockets e incursões no país por parte dos combatentes do Hamas.

O Presidente norte-americano e o Presidente da Autoridade Palestiniana falaram ao telefone na noite deste sábado, confirmou a agência de notícias palestiniana WAFA.

De acordo com o comunicado, Mahmoud Abbas falou a Joe Biden na necessidade de se assegurarem corredores humanitários para a Faixa de Gaza e que seja assegurado o fornecimento de água, eletricidade e combustível no território.

O líder da Autoridade Palestiniana (que é controlada pela Fatah, fação palestiniana rival do Hamas) condenou as mortes de civis dos dois lados e sublinhou a necessidade de assegurar os direitos do povo palestiniano.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um comunicado onde acusa Israel de estar a decretar uma “sentença de morte” para os palestinianos feridos e doentes, na sequência das ordens de evacuação de 22 hospitais no norte da Faixa de Gaza.

“A OMS pede a Israel que reverta imediatamente a ordem de evacuação dos hospitais no norte de Gaza e pede que sejam protegidas as unidades de saúde, trabalhadores da área da saúde, pacientes e civis”, pode ler-se.

A organização pede ainda que seja assegurada a entrega de materiais médicos, água, comida e outro tipo de ajuda humanitária através da passagem de Rafah, pelo Egipto. A OMS diz que muito do material foi colocado na fronteira, mas ainda não foi entregue por a passagem continuar fechada.

Os líderes de Israel e dos Estados Unidos conversaram hoje ao telefone, a quinta vez desde o ataque do Hamas no passado sábado, segundo confirmaram os dois gabinetes.

A equipa de Benjamin Netanyahu afirma que os dois falaram sobre a situação atual e o primeiro-ministro israelita agradeceu a Joe Biden o apoio “de segurança e de informações” dado pelos Estados Unidos, bem como as visitas dos secretários de Estado e da Defesa norte-americanos a Israel nos últimos dias.

As Forças Armadas de Israel (IDF) confirmaram, segundo o Times of Israel, que foram lançados rockets para território israelita a partir da Síria.

As sirenes soaram em Alma, perto da fronteira com o Líbano, e em Avnei Eitan, nos montes Golã, perto da fronteira com a Síria. Não há, para já, feridos a registar.

Israel respondeu com fogo de artilharia em direção a território sírio.

O especialista em Relações Internacionais Luís Tomé não tem dúvidas: a incursão começa esta noite: “Campanha está a intensificar-se”.

Luís Tomé alerta ainda para alastrar do conflito a outros países.

Ouça aqui a análise na íntegra:

Invasão a Gaza. “O pior está para vir”, alerta especialista

Os líderes da União Europeia (UE) vão participar num Conselho Europeu extraordinário na próxima terça-feira, para acertar posições relativamente à guerra entre Israel e o Hamas.

Nos últimos dias, um comissário europeu anunciou que a UE ia suspender a ajuda humanitária à Palestina, tendo entretanto sido desautorizado. Para além disso, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen tem assumido uma posição de apoio total a Israel, enquanto que o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tem sublinhado a necessidade de Israel cumprir o Direito Internacional.

O primeiro-ministro António Costa falou esta tarde a propósito da situação no Médio Oriente.

Costa afirmou que “Israel tem todo o direito a defender-se, agindo militarmente contra o Hamas”. O primeiro-ministro ressalvou, no entanto, que deve fazê-lo “respeitando as populações civis na Palestina”.

No Fórum Europa, organizado pela Juventude Socialista em Alvor, o chefe do Governo acrescentou que “as mulheres, os homens e as crianças que vivem na Faixa de Gaza” têm de ver assegurado “o seu direito humanitário”.

O Ministério da Defesa alemão anunciou que vai enviar dois aviões militares para Israel, de forma a que estes possam trazer cidadãos alemães e as suas famílias.

Segundo a agência de notícias alemã DPA, os dois A400M já estão a caminho e há mais voos a serem planeados.

Em Israel há mais de 100 mil habitantes que têm dupla nacionalidade israelita e alemã.

Um porta-voz do grupo pró-Irão Hezbollah, que controla o sul do Líbano, anunciou à Agência France Press que um dos seus membros morreu hoje “na sequência de ataques aéreos ou de combates provocados por Israel”.

Os confrontos no sul do Líbano e norte de Israel têm-se registado pontualmente, numa altura em que há o risco de o Hezbollah se envolver no conflito. O Irão anunciou este sábado que o grupo está disposto a intervir se a ofensiva em Gaza avançar.

Dois civis libaneses também terão morrido hoje na sequência dos confrontos, avançou um autarca do sul do país.

O hospital Arab Ahli, em Gaza, foi atingido num ataque aéreo da Força Aérea israelita, confirmou a diocese episcopal de Jerusalém, que gere esta unidade de saúde.

“Dois pisos ficaram parcialmente danificados e quatro pessoas ficaram feridas. As salas de ecografia e mamografia ficaram danificas”, anunciou no Facebook o arcebispo Hosam Naoum, de acordo com a Al-Jazeera.

O antigo ministro Avigdor Lieberman desmentiu a informação avançada pelo partido Likud (de Benjamin Netanyahu) de que se teria juntado ao governo de emergência nacional.

“Apoiamos e vamos continuar a apoiar qualquer ação tomada por este governo para eliminar o Hamas e os seus líderes”, começou por anunciar o antigo aliado de Netanyahu, que é agora um dos seus principais opositores.

Mas depois fez uma clarificação: “Não tenho qualquer interesse em ser o ministro número 38 do governo e ser usado como folha de parreira”, acrescentou, referindo-se à folha usada tradicionalmente em pinturas para cobrir os órgãos genitais.