Momentos-chave
- FMI aprova 2 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia
- Míssil russo mata uma pessoa em Dnipro. Nove pessoas ficaram feridas
- Potências trocam acusações na ONU sobre as relações entre Moscovo e Pyongyang
- Moscovo debate a reinstalação de mísseis terrestres de curto alcance
- A Ucrânia está a desenhar um plano para acabar com a guerra e impor "uma paz justa"
- Finlândia anuncia novo apoio militar à Ucrânia, no valor de 159 milhões de euros
- Polónia vai assinar acordo de segurança com a Ucrânia antes da cimeira da NATO
- UE desembolsa quase 1,9 mil milhões de euros do mecanismo de apoio a Kiev
- Kremlin: nomeações de Von der Leyen e Kallas são negativas para o futuro das relações UE-Rússia
- Zelensky assinala Constituição e destaca papel das Forças Armadas
- "Quanto mais poderosa for a China, mais aumenta a esperança da paz no mundo" garante Xi Jinping
- Há cada vez mais drones dos EUA no Mar Negro, diz a Rússia. Incidentes levarão a confronto direto com a NATO
Histórico de atualizações
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Este liveblog fica por aqui. Poderá continuar a acompanhar os acontecimentos na Guerra da Ucrânia no novo liveblog que agora abrimos. Continue connosco.
União Europeia aprova novo pacote de sanções contra Bielorrússia
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FMI aprova 2 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia
O Fundo Monetário Internacional anunciou hoje a extensão do Programa de Financiamento Ampliado (EFF) para a Ucrânia, o que vai representar um investimento de 2,2 mil milhões de dólares (pouco mais de 2 mil milhões de euros).
Segundo o comunicado do Fundo, “a performance da Ucrânia, ao abrigo do EFF, continua sólida, apesar das condições desafiantes”: todos os critérios foram cumpridos e a economia ucraniana “mantêm-se resiliente”. O investimento deverá servir para financiar “as reformas institucionais para preparar o caminho para a adesão à União Europeia”.
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Rússia ameaça com contramedidas devido a exercícios nipónicos com países da NATO
A Rússia manifestou hoje a sua insatisfação e alertou o Japão para contramedidas devido aos planos nipónicos de realizar exercícios militares perto da fronteira russa e que contarão também com Espanha, França e Alemanha.
A diplomacia russa revelou, em comunicado, ter alertado o lado japonês para a natureza inadmissível das “atividades militares provocatórias” perto das fronteiras russas no Extremo Oriente com membros da NATO que não pertencem àquela região.
“Consideramos estas atividades uma potencial ameaça à segurança da Federação Russa”, pode ler-se, na nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Moscovo advertiu Tóquio para “contramedidas apropriadas” destinadas a reforçar as capacidades defensivas russas e a proteger a sua soberania.
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Dez ucranianos foram libertados da prisão na Rússia e Bielorússia
O Presidente ucraniano anunciou hoje que dez pessoas foram libertadas do “cativeiro russo” e já estão de regresso à Ucrânia.
Três pessoas foram presas ainda antes da invasão russa em fevereiro de 2022. Dos restantes sete, dois eram padres e os outros cinco eram civis, que foram presos por “resistirem aos ocupantes”.
“Estou grato a todos os que ajudaram. Agradeço à nossa equipa que trabalha na libertação dos prisioneiros. Gostaria também de reconhecer os esforços da Santa Sé para trazer estas pessoas para casa”, escreveu Volodymyr Zelensky no X.
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Míssil russo mata uma pessoa em Dnipro. Nove pessoas ficaram feridas
Uma pessoa morreu e nove ficaram feridas num ataque russo a um prédio residencial de nove andares na cidade de Dnipro, a mais de 200 quilómetros da frente de batalha.
No Telegram, o governador regional destacou que alguns dos feridos se encontram em estado grave. Já o ministro do Interior realçou que o número de vítimas ainda pode aumentar, pois várias pessoas continuam presas nos escombros.
Em imagens partilhadas por Volodymyr Zelensky no X é possível ver que os andares superiores do edifico colapsaram totalmente.
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Ucrânia anuncia entrega de defesas antiaéreas e mísseis pelos EUA e 8 países europeus
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, anunciou hoje que os Estados Unidos e oito países europeus estão dispostos a entregar em breve novos sistemas de defesa antiaérea, para além de mísseis Patriot e NASAMS.
“Os parceiros internacionais escutaram-nos. Convencemo-los de que fortalecer a defesa aérea da Ucrânia é a primeira prioridade”, indicou, citado pelos ‘media’ ucranianos.
De acordo com Shmigal, a Itália vai enviar o seu segundo sistema SAMP-T, capaz de intercetar mísseis balísticos, enquanto a Alemanha disponibilizará veículos blindados antiaéreos Gepard e mísseis teleguiados IRIS-T.
Shmigal precisou que os mísseis Patriot chegarão em maior quantidade devido à entrega de países como os Estados Unidos, Alemanha, Roménia, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Noruega. Assinalou ainda que a Súecia enviará à Ucrânia dois aviões de vigilância por radar.
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Potências trocam acusações na ONU sobre as relações entre Moscovo e Pyongyang
O Conselho de Segurança das Nações Unidas fez hoje uma declaração a condenar a Rússia pela receção de armas norte-coreanas. Segundo os 48 países subscritores – nos quais se inclui Portugal – esta cooperação viola pelo menos três resoluções do Conselho, de embargo à compra de armas a Pyongyang.
O embaixador russo na ONU negou as acusações, classificando-as como “completamente falsas” e criticou as preocupações expressas pelas potências ocidentais relativamente às relações entre Rússia, China e Coreia do Norte. “Estão a disseminar acusações sem fundo de forma a distrair as atenções das suas próprias ações destrutivas”, afirmou Vassily citado pela Reuters.
Também a comitiva chinesa rejeitou acusações norte-americanas de contribuir para a escalada nuclear da Coreia do Norte. “Os EUA deviam refletir profundamente nas suas próprias ações em vez de culpar os outros e diminuir as suas responsabilidades, como costuma fazer”, declarou Geng Shuang.
A reunião do Conselho de Segurança foi convocada pelos EUA, Reino Unido, França, Coreia do Sul e Japão depois da assinatura de um acordo de cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang na semana passada.
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Moscovo debate a reinstalação de mísseis terrestres de curto alcance
Vladimir Putin anunciou hoje que o Conselho de Segurança russo está a debater retomar a construção de mísseis de curto e médio alcance e a sua colocação em diferentes pontos do globo, avança a agência noticiosa TASS.
As declarações surgem em resposta ao anúncio dos Estados Unidos sobre a colocação destes mísseis na Ásia, numa tentativa de conter a China. O Kremlin acusa os norte-americanos de terem inventado pretextos para se retirarem do Tratado de Forças Nucleares, assinado entre a URSS e os EUA em 1987.
Depois da saída dos EUA em 2019, a rutura de Moscovo com o Tratado, hoje anunciada, marca o fim da política de dissuasão nuclear que as duas potências tinham estabelecido durante a Guerra Fria.
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A Ucrânia está a desenhar um plano para acabar com a guerra e impor "uma paz justa"
“É muito importante para nós mostrar um plano para acabar a guerra que seja suportado pela maioria do mundo. Esta é a rota diplomática em que estamos a trabalhar”, afirmou hoje Zelensky durante o dia da Constituição.
Zelensky destacou que apostar na via diplomática não significa abandonar o caminho militar e que a Ucrânia tem de continuar a fortalecer o seu arsenal. Só assim, conseguirá forçar a Rússia a aceitar uma “paz justa”.
As declarações foram feitas numa conferência de imprensa conjunta com a Presidente eslovena, que se deslocou a Kiev para as celebrações. No X, Zelensky afirmou que os dois chefes de Estado aproveitaram para falar sobre “os preparativos para a segunda Cimeira da Paz” e o “desenvolvimento de planos de ação para lidar com todos os aspetos de segurança”, as duas vertentes do plano ucraniano.
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Zelensky agradece assinatura do documento da Cimeira da Paz à Micronésia
A Micronésia é o décimo Estado a assinar o comunicado resultante da Cimeira da Paz que a Ucrânia organizou na Suíça. Volodymyr Zelensky expressou os seus agradecimentos à Micronésia por se “juntar às fileiras das nações amantes da paz”.
“Em menos de duas semanas desde a primeira Cimeira da Paz, mais dez participantes juntaram-se ao seu comunicado final. Os nossos esforços de paz são fundados no respeito por todos os países, regiões e partes do mundo”, escreveu o Presidente ucraniano no X, repetindo ainda a mensagem de agradecimento que tem deixado a todos os assinantes.
I am grateful to the Federated States of Micronesia for joining the ranks of peace-loving nations that signed the first Peace Summit’s communiqué.
The global coalition supporting a just and lasting peace for Ukraine, the rest of Europe, and beyond, based on the UN Charter's…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 28, 2024
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Finlândia anuncia novo apoio militar à Ucrânia, no valor de 159 milhões de euros
O Ministério da Defesa finlandês vai entregar um novo lote de equipamento militar a Kiev. Esta será a vigésima quarta remessa de ajuda militar que a Finlândia vai entregar à Ucrânia, num esforço total de 2,2 mil milhões de euros.
“A Finlândia está comprometida em apoiar a Ucrânia na sua luta contra o ataque injustificado da Rússia. Isto não é apenas sobre a Ucrânia, mas sobre o direito à existência de todos os povos livres. Nós, os finlandeses, aprendemos na nossa própria história o quão importante é este problema”, declarou o ministro da Defesa Antti Häkkänen, num comunicado do próprio Ministério.
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"Altos cargos da UE são boa notícia para Ucrânia"
O historiador Bruno Cardoso Reis analisa o impacto das nomeações para os altos cargos da UE para a Ucrânia.
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Polónia vai assinar acordo de segurança com a Ucrânia antes da cimeira da NATO
Ainda não é totalmente certo mas quase. “Há 99% de probabilidades de assinarmos este acordo com o Presidente Zelensky (antes da cimeira)”, disse hoje o primeiro-ministro polaco aos jornalistas, citado pelos órgãos de comunicação social polacos.
Donald Tusk referia-se ao acordo bilateral de segurança com a Ucrânia, referindo que antes da cimeira da NATO em Washington, que começa a 9 de julho, haverá conversações em Varsóvia com o Presidente da Ucrânia.
“Tenho de determinar, em conjunto com o ministro da Defesa, como podemos continuar a ajudar a Ucrânia, mas não podemos enfraquecer as capacidades de defesa da Polónia”, disse Tusk aos jornalistas.
Segundo o chefe de governo polaco, o acordo está praticamente “concluído”, faltando apenas clarificar alguns pormenores e formulações.
Ontem, a UE e dois Estados-membros, a Lituânia e a Estónia, assinaram acordos de segurança com o Presidente ucraniano, sendo que ao todo, já 17 países, incluindo Portugal, firmaram pactos semelhantes.
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UE desembolsa quase 1,9 mil milhões de euros do mecanismo de apoio a Kiev
A União Europeia (UE) desembolsou hoje quase 1,9 mil milhões de euros de pré-financiamento a Kiev ao abrigo do Mecanismo em favor da Ucrânia, divulgou hoje Comissão Europeia em comunicado.
Este montante eleva para 7,9 mil milhões de euros o apoio total da UE já transferido para a Ucrânia desde que o mecanismo se tornou operacional em março.
O novo financiamento, segundo o comunicado, apoiará a estabilidade macrofinanceira da Ucrânia, à medida que este país adota reformas estruturais críticas a longo prazo no âmbito do plano de reforma e crescimento da Ucrânia para os próximos quatro anos, que foi objeto de uma avaliação positiva por parte da Comissão e do Conselho da UE.
O pré-financiamento de hoje representa a antecipação de 7% do apoio ao empréstimo ao país ao abrigo do mecanismo de apoio para apoiar a execução do Plano Ucrânia.
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Kremlin: nomeações de Von der Leyen e Kallas são negativas para o futuro das relações UE-Rússia
A nomeação de Ursula von der Leyen não muda nada, a escolha de Kaja Kallas não vai melhorar nada. Por isso, “as perspetivas para as relações entre Bruxelas e Moscovo são más”, disse hoje o porta-voz do Kremlin aos jornalistas, citado pela Reuters.
“Von der Leyen não é a favor da normalização das relações entre a UE e a Rússia. É assim que a conhecemos, é assim que a recordamos. Nada muda a este respeito”, disse Peskov quando questionado sobre a nomeação da política alemã para mais cinco anos de mandato como presidente da Comissão Europeia.
Por outro lado, a escolha da primeira-ministra da Estónia para chefe da diplomacia europeia também não vai ajudar, na perspetiva do Kremlin à relação entre as duas partes.
“A senhora Kallas também não demonstrou nenhuma inclinação diplomática até agora e é bem conhecida no nosso país pelas suas declarações absolutamente intransigentes e, por vezes, até abertamente anti-russas”, referiu Peskov.
“Por isso, não acreditamos que a diplomacia europeia contribua de alguma forma para a normalização das relações”, acrescentou. -
Zelensky assinala Constituição e destaca papel das Forças Armadas
O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, assinalou hoje o Dia da Constituição da Ucrânia e destacou o artigo 17 sobre a proteção da integridade territorial e que envolve as Forças Armadas.
“Milhões de ucranianos demonstram o compromisso com ele (artigo 17) todos os dias”, afirmou Zelensky em declarações gravadas na estação ferroviária de Lviv, na região ocidental da Ucrânia, após o regresso de Bruxelas onde participou no Conselho Europeu de quinta-feira.
Our Constitution's first article begins with the word "Ukraine."
And from the first minutes of the war, millions of people demonstrated that Ukraine was their top priority.
Everyone who thought, first and foremost, not of themselves. Who understands that in times of war, a… pic.twitter.com/IbC8jmZm0d
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 28, 2024
Hoje, no âmbito das declarações proferidas sobre o 28.º ano da Constituição (aprovada em 1996), Zelensky referiu-se também “à decisão histórica” da União Europeia sobre a Ucrânia.
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"Quanto mais poderosa for a China, mais aumenta a esperança da paz no mundo" garante Xi Jinping
Presidente garantiu o compromisso da China com a prosperidade comum e a cooperação amigável e sobretudo com a criação de uma “ordem internacional mais justa”, onde “o mais forte” não se impõe.
“Quanto mais poderosa for a China, mais aumenta a esperança da paz no mundo” garante Xi Jinping
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Há cada vez mais drones dos EUA no Mar Negro, diz a Rússia. Incidentes levarão a confronto direto com a NATO
O ministro da Defesa russo ordenou ao Estado-Maior do exército que apresentasse propostas para “responder com prontidão” às “provocações” dos drones estratégicos norte-americanos no Mar Negro.
A informação foi avançada hoje pelo Ministério da Defesa em comunicado no Telegram, argumentando que registou um aumento da atividade na zona dos drones dos Estados Unidos. Segundo o governo russo, os drones estariam a fazer o reconhecimento e a recolher informações sobre os alvos das armas ocidentais de alta precisão utilizadas pela Ucrânia para atacar instalações russas.“Isto demonstra o envolvimento crescente dos Estados Unidos e dos países da NATO no conflito na Ucrânia, ao lado do regime de Kiev”, concluiu o Ministério da Defesa, lançando um aviso seguido de ameaça:
“Estes voos multiplicam a probabilidade de incidentes no espaço aéreo com aviões russos, o que aumenta o risco de um confronto direto entre a NATO e a Federação Russa.” Os Estados membros da Aliança serão “responsáveis por isto”, sublinha.
No domingo cinco pessoas morreram numa praia da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014), junto ao Mar Negro, com os destroços de um míssil que Moscovo disse ter sido fornecido pelos EUA à Ucrânia.
O Kremlin rapidamente responsabilizou Washington e disse que o ataque teria consequências, só não se sabia quais e quando.
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Bom dia, vamos continuar a seguir aqui a guerra na Ucrânia. Pode ler o que se passou ontem neste outro artigo em direto.
EUA, Israel e Ucrânia negoceiam entrega de sistemas Patriot a Kiev
Obrigada por nos acompanhar, até já!