Volodymyr Zelensky distinguiu 362 soldados ucranianos com prémios estatais, 116 dos quais a título póstumo, refere a Ukrinform.

O decreto refere que as condecorações foram atribuídas pela coragem pessoal demonstrada na defesa da soberania do Estado e da integridade territorial da Ucrânia, bem como pelo sacrifício no desempenho do dever militar.

A Roménia recuperou fragmentos de um drone russo num canal que leva ao delta do Danúbio, perto da fronteira com a Ucrânia, informou o Ministério da Defesa na sexta-feira, citado pela Reuters.

A Roménia partilha uma fronteira de 650 km com a Ucrânia e, no último ano, fragmentos de drones russos têm entrado repetidamente no território do país.

O território romeno fica a poucas centenas de metros dos portos ucranianos do rio Danúbio, alvos frequentes da Rússia.

O Kyiv Independent refere que 93 prisioneiros de guerra ucranianos que foram executados por soldados russos no campo de batalha durante o conflito. A informação foi hoje avançada por um alto representante do Gabinete do Procurador-Geral na televisão nacional.

Yurii Belousov, líder do departamento responsável pelos crimes relacionados com a guerra, afirmou que 80% destes casos foram registados em 2024, mas a tendência surgiu já no final do ano passado. “Desde novembro de 2023, a abordagem dos militares russos em relação aos nossos prisioneiros mudou significativamente para pior”, afirmou Belousov.

O maior caso registado de execução em massa de prisioneiros de guerra ucranianos foi relatado a 1 de outubro, quando 16 prisioneiros foram fuzilados pelas forças russas em Donetsk.

Depois de se renderem, 16 soldados ucranianos foram mortos a tiro por russos. Ucrânia investiga maior execução desde início da guerra

De acordo com Belousov, estas vítimas incluíam soldados de duas unidades diferentes. Os procuradores identificaram provisoriamente os prisioneiros de guerra executados, mas continuam a verificar a informação “por preocupação com os seus entes queridos”.

Volodymyr Zelensky iniciou hoje uma visita a Sumy com um encontro com soldados que combatem em Kursk, na Rússia, no qual agradeceu aos combatentes pelo serviço que prestam.

“Obrigado pelo vosso serviço na defesa do nosso Estado. Agradeço a todos os comandantes, sargentos e soldados pela operação em Kursk, que ajudou muito a motivar aqueles que nos dão armas”, disse o presidente.

Durante a visita, Zelensky também se reuniu com o líder das Forças Armadas para discutir a proteção das infraestruturas, o setor energético da Ucrânia e as defesas aéreas. O presidente ouviu os relatórios dos comandantes militares ucranianos, incluindo a Força Aérea e o Comando Operacional Leste, bem como do Ministro da Energia, Herman Halushchenko.

“Existem soluções para apoiar a região e serão realizadas reuniões separadas sobre o sector da energia na região de Sumy e nas nossas outras regiões fronteiriças. Antes do inverno, o mais importante é ter uma margem de segurança”, disse Zelensky.

O Tribunal de Minsk condenou 12 pessoas a penas de prisão por sabotagem do aeródromo militar de Machulishchy, na Bielorrússia, no ano passado, informou esta sexta-feira o grupo de defesa dos direitos humanos Viasna, citado pelo The Kyiv Independent.

O aeródromo perto de Minsk foi utilizado pelos militares russos e a acusação alega que uma milícia bielorrussa levou a cabo um ato de sabotagem a 26 de fevereiro de 2023, danificando um avião russo de alerta precoce e controlo A-50.

Os suspeitos foram acusados de 11 crimes, incluindo terrorismo e traição, e condenados a penas que vão de dois a 25 anos de prisão. Foram igualmente julgados réus sem envolvimento direto na sabotagem e que podem não ter tido conhecimento da sua preparação, denúncia a ONG de defesa de direitos humanos.

A União Europeia está a preparar um pacote de sanções contra o Irão por ter fornecido mísseis balísticos à Rússia durante a invasão em grande escala da Ucrânia, noticia a Bloomberg esta sexta-feira.

As sanções visam cerca de uma dúzia de indivíduos e entidades, incluindo empresas envolvidas nos sectores da engenharia, dos metais e da aviação.

Em setembro, os EUA já tinham confirmado que Teerão tinha fornecido à Rússia mísseis balísticos Fath-360 de curto alcance, como mais um passo na sua crescente cooperação militar com Moscovo.

As tropas ucranianas poderão ser forçadas a retirar da cidade de Pokrovsk, na cidade de Donetsk, afirmou esta sexta-feira Janek Kesselmann, vice-comandante do Centro de Informações Militares da Estónia.

“Na nossa avaliação, as unidades ucranianas assumiram posições defensivas a cerca de 7 a 8 quilómetros (quase 4 milhas) a norte. E como a Ucrânia foi forçada a retirar-se da cidade, é provável que vejamos a consolidação das atividades inimigas nessa direção”, disse Kesselmann.

A frente oriental perto de Pokrovsk tem sido palco de combates ferozes durante vários meses e um ponto focal da ofensiva russa em Donetsk. A cidade é um importante centro logístico para as forças ucranianas.

Segundo o Kyiv Independent, durante a última semana, o número médio de ataques russos na linha da frente foi de 167 por dia, 50% dos quais tiveram como alvo a direção de Donetsk da linha da frente, de acordo com os serviços de informações militares da Estónia.

As autoridades ucranianas revelaram que um funcionário russo que trabalhava na central nuclear de Zaporíjia, sob ocupação desde março de 2022, foi morto esta sexta-feira num ataque com um carro-bomba.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o diretório dos serviços de informação do Ministério da Defesa indicou que o alvo foi Andrei Korotkiy, que, segundo a Rússia, trabalhava no departamento de segurança da central.

“Korotky é um colaborador envolvido na organização e execução de crimes de guerra e repressão dos ucranianos sobre a ocupação”, justificou a Ucrânia, que acrecentou que todos os criminosos de guerra serão punidos.

A explosão do carro aconteceu na cidade de Enerhodar, onde se situa a central nuclear.

O Kremlin diz que Vladimir Putin está disponível para conversar com qualquer líder ocidental, incluindo Joe Biden, mas que ainda não se contactaram para agilizar este encontro, de acordo com o porta-voz Dmitry Peskov, citado pela agência estatal russa TASS.

Esta declaração surge no seguimento da possibilidade de Putin viajar até ao Brasil em novembro, para participar na conferência dos G20. Segundo Biden, um encontro com o Presidente da Rússia não é algo a descartar, mas que não acredita na presença de Putin no Rio de Janeiro.

As autoridades ucranianas denunciaram que a Rússia destruiu cerca de 80% das infraestruturas críticas na cidade de Pokrovsk, um centro logístico no leste da centro da Ucrânia, numa altura em que as tropas de Moscovo continuam a avançar nesta direção.

Segundo o líder da administração militar de Pokrovsk, as forças russas estão a cerca de sete quilómetros da cidade, onde permanecem 13.000 civis, incluindo 94 crianças. De recordar que Pokrovsk fica situada numa zona de interceção de estradas e ferrovias. É, por isso, um ponto logístico significativo para os militares e civis na região de Donetsk.

“O inimigo está a deixar-nos sem eletricidade, sem água, sem gás. Prepará-nos para o inverno”, lamentou Serhiy Dobriak em declarações à televisão nacional ucraniana, citadas pelo jornal Ukrainska Pravda.

O Kremlin considera que as autoridades ucranianas estão a “brincar com o fogo”, declarações que surgem um dia depois das forças russas terem afirmado que intercetaram um drone ucraniano perto da central nuclear da cidade ucraniana de Kursk.

“Vamos, naturalmente, trazer este assunto à atenção dos representantes da AIEA [Agência Internacional de Energia Atómica]”, disse Dmitry Peskov aos jornalistas, segundo a Reuters.

Na sequência dos relatos sobre a presença do drone, alguns meios de comunicação social russos relataram que um fogo tinha deflagrado a alguns quilómetros da central.

A Ucrânia, através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, já veio garantir que não esteve envolvido em nenhum ataque. “Negamos categoricamente as alegações nos média russos sobre ataques ucranianos junto da central nuclear de Kursk ou nas suas imediações”, escreveu Heorhii Tykhyi na rede social X (antigo Twitter).

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a morte de mais de 350 soldados ucranianos nas últimas 24 horas na região de Kursk.

Adicionando estes números, são agora mais de 20 mil soldados ucranianos que pereceram desde o início da ofensiva da Ucrânia naquela região.

O Ministério da Defesa da Rússia informou, na rede social Telegram, que destruiu um total de 13 drones ucranianos durante o dia de hoje.

Seis veículos aéreos não tripulados foram abatidos na zona onde as forças ucranianas destruíram um depósito de armazenamento de combustível, na região de Voronezh.

Outros seis drones foram neutralizados na região de Belgorod e um na região de Rostov.

Enquanto se dirigia para o sul do país, o helicóptero do Presidente da Bielorrússia esteve no ar ao mesmo tempo que drones Shahed russos, perto da fronteira com a Ucrânia, também no sul.

Três drones russos entraram no espaço aéreo da Bielorrússia enquanto Lukashenko estava no ar

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia avançou que morreram 1230 soldados russos nas últimas 24 horas.

Загальні бойові втрати противника з 24.02.22 по 04.10.24 орієнтовно склали / The estimated total combat losses of the enemy from 24.02.22 to 04.10.24 pic.twitter.com/NNeAeiVM7r

— Генеральний штаб ЗСУ (@GeneralStaffUA) October 4, 2024

Com a adição destes números, totalizam-se agora aproximadamente 657.940 baixas russas.

O ministro da Defesa de França, Sébastien Lecornu, anunciou que a empresa germano-francesa KNDS vai enviar 12 novos canhões Caesar para a Ucrânia.

En marge du forum industriel organisé à Kiev, signature hier par @KNDS_France d’un contrat pour fournir 12 canons CAESAR financés par l'Ukraine.

Les hausses des capacités de production de notre industrie de défense permettent de soutenir l’Ukraine.

— Sébastien Lecornu (@SebLecornu) October 4, 2024

“O aumento das capacidades das nossas indústrias de defesa permite-nos apoiar a Ucrânia”, avança Lecornu.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou que um depósito de combustível russo foi atingido durante a noite.

O alvo foi o armazém Annaneftproduct, na aldeia de Anna, na região russa de Voronezh, a 520 km de Moscovo e a cerca de 325 km da fronteira ucraniana.

Foram partilhadas imagens do incêndio no depósito atacado em Voronezh nas redes sociais.

🔥In the village of Babyakovo, near Voronezh, a warehouse with propylene is burning brightly

The burning area is 2,000 square meters. 54 firefighters and 17 units of equipment work on site. Em-Che-Esniki are now trying to prevent the fire from spreading to a nearby warehouse. pic.twitter.com/kxDVXCfkfd

— ★V141NG★ (@RUSSRACIST) October 4, 2024

Na região de Perm Krai foi atingido um outro depósito de combustível, provocando um incêndio de mais de 10 quilómetros quadrados, informa o Ministério de Situações de Emergência da Rússia na rede social Telegram.

Imagens do incêndio partilhadas por esse organismo do governo russo já estão a ser replicadas na rede social X.

🔥🔥🔥 Dua depot minyak Rusia diserang drone di malam hari.

👀 Pangkalan penyimpanan produk minyak terbakar di Perm Krai dan depot minyak Annanaftoprodukt di wilayah Voronezh! pic.twitter.com/hzFVOnMefp

— Winda Valkyrie (@Narasiwinda) October 4, 2024

Ukrainian General Staff confirms strike on fuel depot in Russia’s Voronezh region https://t.co/HfMZs7s4Ld

— Ukrinform-EN (@Ukrinform_News) October 4, 2024

O organismo também avança que os sistemas de defesa anti-aérea da Rússia foram ativados e que os alvos foi atingido, provocando um incêndio, cita o Ukrinform.

Imagens do fogo têm estado a ser partilhadas nas redes sociais com o X, incluindo pelo antigo conselheiro do Ministério da Administração Interna ucraniano, Anton Geraschenko:

Russian Telegram channels report a drone attack on an oil depot in the Anninsky district of Russia's Voronezh region. A fire broke out there. pic.twitter.com/zXQrgw0yo9

— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) October 4, 2024

Durante a noite, a Rússia atacou infraestruturas ucranianas importantes com recurso a 19 drones Shahed, informa o Comando da Força Aérea no Facebook.

Segundo a mesma fonte, foram intercetados 9 dos 19 drones lançados pelos russos, sendo que outros sete foram perdidos devido a problemas eletrónicos, já que não há registos de danos ou vítimas.