Boa noite. Este liveblog fica por aqui. Continuaremos a acompanhar aqui as notícias mais recentes sobre a evolução da guerra na Ucrânia, ao longo das próximas horas. Continue connosco.

Só “trabalha e dorme”, diz em entrevista à Reuters e à CNN num bunker em Kiev, no mesmo dia em que arrancou uma ovação do Parlamento Europeu. O presidente da Ucrânia mostrou-se mais resistente do que muitos supunham há dias.

Os EUA deverão fechar o seu espaço aéreo a aviões russos, seguindo uma decisão que a União Europeia e o Canadá tomaram há alguns dias, noticia o Wall Street Journal.

Anton Gerashchenko, conselheiro do ministério da Defesa ucraniano, confirmou Telegram que quatro pessoas morreram durante um ataque a uma base militar na cidade de Zhytomyr.

Segundo o serviço de emergência ucraniano, dez casas ficaram danificadas e três terão ardido.

#Житомир

1 березня о 22:16 внаслідок авіаудару попередньо пошкоджено 10 приватних житлових будинків (у 3-х виникла пожежа), пошкоджені вікна в лікарні.

Попередньо загинуло дві особи, травмовано три. В завалах будинків ймовірно перебувають люди. https://t.co/SRYOUrSeJo pic.twitter.com/0iLZcJ5Vk3

— DSNS.GOV.UA (@SESU_UA) March 1, 2022

O Banco Mundial está a preparar um fundo de emergência de 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) para ajudar a Ucrânia, avança a AFP.

Segundo a agência de notícias, a entidade estará a trabalhar na aprovação de uma primeira fatia do apoio, no valor de 350 milhões de dólares (314 milhões de euros).

#BREAKING World Bank preparing $3 billion emergency aid package for Ukraine pic.twitter.com/ptSIFMmsiH

— AFP News Agency (@AFP) March 1, 2022

Joe Biden irá abordar a questão ucraniana durante o seu primeiro discurso do Estado da União, no Capitólio, esta terça-feira.

De acordo com excertos do discurso divulgados pela Casa Branca, o Presidente norte-americano irá falar da necessidade de agir contra a Rússia, defendendo que Putin não procurou evitar a guerra.

“Ao longo da história, aprendemos esta lição — quando os ditadores não pagam o preço da sua agressão, causam mais caos. Continuam a movimentar-se. E os custos e ameaças à América e ao resto do mundo continuam a crescer”, dirá Biden, segundo o divulgado.

“A guerra de Putin foi premeditada e não foi provocada. Ele rejeitou esforços diplomáticos. Ele achava que o Ocidente e a NATO não iam responder. E pensou que nos podia dividir aqui, em casa. Putin estava errado. Nós estávamos preparados.”

O atleta ucraniano Yevhen Malyshev morreu enquanto combatia as forças russas na Ucrânia, informou a federação russa de biatlo esta terça-feira.

Malyshev tinha apenas 20 anos.

Yevhen Malyshev was a talent in biathlon. He was only 20 (19) years old when he was killed in combat in the war in Ukraine. ???????????????? R.I.P.

Confirmed by Ukrainian Athletes.#IOC Suspend Russia and Belarus! #IPC Suspend Russia and Belarus2!https://t.co/UlTpCNjsRK

— Global Athlete (@GlobalAthleteHQ) March 1, 2022

Boa noite,

Foram vários os acontecimentos que marcaram as últimas horas do conflito, com destaque para o ataque à torre de televisão de Kiev, que provocou a morte de cinco pessoas, para a entrevista do Presidente ucraniano à CNN e para os relatos de novos bombardeamentos em vários bairros da capital ucraniana e na cidade de Vyshneve, a cerca de 30 minutos de distância, durante a noite.

• Volodimir Zelensky deu uma entrevista à CNN, no seu bunker, em Kiev. O Presidente disse que, para já, a Ucrânia “está a ganhar” a guerra. “Estamos a defendermo-nos”, sublinhou, acrescentando que o exército russo não conhecem o povo ucraniano, a sua filosofia e as suas aspirações. “Eles vêm para cá para lutar e morrer.”

• Pelo menos cinco pessoas morreram e cinco ficaram feridas depois de a torre de televisão em Kiev ter sido bombardeada. O Ministério da Administração Interna confirmou que o exército russo foi responsável pelo ataque, que danificou a subestação que fornece eletricidade à torre e o hardware da estrutura. Apesar dos danos, a torre continua de pé.
• O bombardeamento ocorreu perto do memorial das vítimas do massacre de Babyn Yar. A 29 e 30 de setembro de 1941, mais de 33 mil judeus ucranianos foram assassinados pelas forças nazis na ravina de Kiev. O assassinato em massa foi recordado pelo presidente e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucranianos, que condenaram o ataque russo nas redes sociais. “A história a repetir-se…”, escreveu Volodimir Zelensky no Twitter.
• A moral entre as tropas russas estará em baixo e algumas unidades ter-se-ão mesmo rendido. A informação foi veiculada por fonte oficial do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, segundo o qual os russos enfrentam ainda problemas logísticos, como escassez de alimentos e combustível, que estarão a atrasar o avanço dos militares.
• Apesar dos relatos de baixa moral, Moscovo conseguiu esta terça-feira uma nova vitória. De acordo com a informação veiculada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, o exército russo entrou em Kherson, uma importante cidade portuária no sul do país. A câmara municipal permanecerá nas mãos dos ucranianos.
• Volodimir Zelensky e Joe Biden falaram ao telefone. “Os líderes discutiram como os Estados Unidos, do lado dos aliados, estão a trabalhar para responsabilizar a Rússia, impondo sanções que já estão a ter um impacto na economia russa”, informou a Casa Branca.
• O presidente da Venezuela, Nicólas Maduro, condenou a “atividade desestabilizadora dos Estados Unidos e da NATO” e demonstrou o seu “forte apoio” a Vladimir Putin numa chamada telefónica com o presidente russo.
• O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) anunciou as primeiras audiências sobre a situação na Ucrânia, marcadas para 7 e 8 de março, noticia a Agência France Press. Isto não significa que o TIJ tenha aberto um inquérito — esta fase serve para que futuramente se possa proceder a esse passo.
• A União Europeia avançou com a exclusão de sete bancos russos do sistema SWIFT. Segundo a Bloomberg, ficaram de fora desta sanção a principal entidade bancária russa, o Sberbank, e um bando detido em parte pelo gigante do gás Gazprom.

Terão sido atingidas casas de civis durante um ataque a uma base militar na cidade de Zhytomyr, reporta o serviço de emergência ucraniano.

Não há, até ao momento, indicação do número de vítimas.

❗️Оперативна Інформація щодо російського вторгнення#Житомир: наслідки російського авіанальоту

Пошкоджені житлові будинки, приватний сектор. Рятувальники розбирають завали та ліквідовують пожежу.

Інформація щодо руйнувань та постраждалих уточнюється.#stoprussia pic.twitter.com/N4JWS4qOoT

— DSNS.GOV.UA (@SESU_UA) March 1, 2022

Volodymyr Zelensky disse hoje em entrevista à CNN que, para já, a Ucrânia “está a ganhar” a guerra. “Estamos a defendermo-nos”, sublinhou, acrescentando que o exército russo não conhecem o povo ucraniano, a sua filosofia e as suas aspirações. “Eles vêm para cá para lutar e morrer.”

Sobre o Presidente da EUA, Zelensky indicou que ele é o “líder mundial”, apelando diretamente a Joe Biden que leve a cabo uma zona de exclusão aérea, de modo a conter os bombardeamentos do exército de Moscovo. “Isto não significa arrastar a NATO para a guerra”, sublinhou, sinalizando que esta guerra é para o mundo reconhecer que a liberdade e a democracia são valores essenciais.

Ainda assim, o Presidente da Ucrânia está “agradecido” pelas “oportunidades” concedidas por Biden, mas deixou o alerta: “A Ucrânia vai lutar, mas sozinha contra a Rússia não o conseguimos fazer”.

Embora dizendo que a Ucrânia está a ganhar a guerra, Zelensky teme um aumento de presença militar da Rússia, o que pode mudar o estado do conflito.

Os futebolistas ucranianos Vitalii Sapylo, de 21 anos, e Dmytro Martynenko, de 25 anos, morreram em combate na Ucrânia, confirmou a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro).

Our thoughts are with the families, friends, and teammates of young Ukrainian footballers Vitalii Sapylo (21) and Dmytro Martynenko (25), football’s first reported losses in this war.

May they both rest in peace. pic.twitter.com/f6l9oHHRMr

— FIFPRO (@FIFPRO) March 1, 2022

Há relatos de bombardeamentos em vários bairros de Kiev e na cidade de Vyshneve, a 30 minutos de distância da capital ucraniana, escreve o Kyiv Independent no Twitter.

Rusanivka, Kurenivka, Boiarka serão os bairros atingidos, assim como uma zona junto ao aeroporto internacional de Kiev.

⚡️Russia bombs Kyiv neighborhoods, Vyshneve city outside of the capital, according to the State Special Communications Service of Ukraine.

The neighborhoods currently under attack are Rusanivka, Kurenivka, Boiarka and the area near the Kyiv International Airport, or Zhuliany.

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) March 1, 2022

O Festival de Cinema de Cannes não vai receber delegações russas ou pessoas com ligação ao governo russo, anunciou a organização em comunicado.

“A não ser que a guerra acabe em condições que satisfaçam o povo ucraniano, foi decidido que não vamos receber delegações oficiais russas ou aceitar a presença de pessoas com ligações ao governo russo”, informou o festival de cinema.

“Contudo, gostávamos de saudar a coragem de todos aqueles que na Rússia correram riscos para protestar contra o ataque e invasão da Ucrânia. Entre eles, estão artistas e profissionais do cinema que nunca pararam de lutar contra o regime contemporâneo, que não podem ser associados a estas ações insuportáveis e com aqueles que estão a bombardear a Ucrânia.”

A organização dirigiu-se especialmente aos artistas ucranianos e às suas famílias, “cujas vidas estão agora em perigo”, lembrando todos os que tiveram oportunidade de passar por Cannes e aqueles ainda não o fizeram e cujos trabalhos “dizem muito sobre a história passada e presente da Ucrânia”.

A 75.ª edição do Festival de Cannes, um dos mais importantes festivais de cinema, realiza-se de 17 a 28 de maio.

O governo da Rússia bloqueou as transmissões de dois órgãos de comunicação independentes por divulgarem informações “erradas” sobre as movimentações das tropas russas em solo ucraniano, noticia a AFP.

Os meios, o canal de televisão Dojd e a rádio Eco de Moscovo, foram acusados de apelar a “atos extremistas e violentos” e de publicarem “informações conscientemente erradas sobre as atividades dos militares russos”.

A Djoid e o Eco de Moscovo eram, juntamente com a Novaïa Gazeta, os únicos órgãos de comunicação a noticiar o conflito sem citarem exclusivamente informações fornecidas pelo Kremlin.

Procurando controlar as informações divulgadas sobre as operações na Ucrânia, as autoridades russas proibiram a publicação de notícias que não tenham origem no governo russo.

A Google removeu o canal russo RT do seu motor de pesquisa, alegando a necessidade de tomar “medidas extraordinárias” no meio de uma “crise extraordinária”.

“Estamos a tomar medidas extraordinárias no meio desta crise extraordinária para parar a disseminação da desinformação e para parar com as campanhas de desinformação online”, afirmou Kent Walker, presidente dos assuntos globais da Google.

A Apple, que anunciou hoje a suspensão da venda de produtos e serviços na Rússia, retirou as aplicações da RT e da Sputnik da sua loja.

Olena Zelenska recorreu às redes sociais para prestar tributo às mulheres “incríveis” que lutam pela independência ucraniana.

A primeira-dama mostrou “admiração” pelas mulheres que estão na linha da frente da guerra, as que “todos os dias levam os seus filhos para os abrigos sem entrarem em pânico e os entretêm com jogos e desenhos animados para protegerem as mentes das crianças da guerra” e aquelas que “dão à luz nos abrigos anti-bomba”.

Olena Zelenska mostrou-se otimista que a Ucrânia sairá vitoriosa do conflito.