O antigo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que diria ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para acabar rapidamente com a guerra com o Hamas e trazer de volta a paz.

“Acho que tens de acabar [com a guerra] e fazê-lo rapidamente para restaurar a paz no mundo”, respondeu Trump, questionado numa entrevista à Fox News sobre qual seria a sua mensagem para Netanyahu, citado pelo The Times of Israel.

Não é a primeira vez este mês que Donald Trump dá a entender não estar a favor da ofensiva israelita. “O ataque a Israel, e consequentemente a contraofensiva israelita em Gaza, não teria acontecido se eu fosse presidente”, disse numa entrevista à Fox a 5 de março.

O primeiro-ministro israelita mantém os planos para a avançar sobre a cidade de Rafah, em resposta às preocupações internacionais sobre os riscos da ofensiva para mais de um milhão de palestinianos que se refugiaram nesta região do sul de Gaza.

Netanyahu, que falava antes da reunião do gabinete de segurança do governo israelita, garantiu ainda que nenhuma pressão internacional iria impedir o país de prosseguir os seus objetivos militares.

No entanto, e após o encontro com o chancelar alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro de Israel tinha sinalizado que não iria deixar a população “encurralada. Na verdade, faremos o contrário”. Israel propôs a criação de “ilhas humanitárias” para acolher o enorme numero de deslocados que vive em Rafah em condições precárias. Msa Netanyahu também afirmou que recusará um acordo de paz que torne Israel “fraco” perante os seus vizinhos do Médio Oriente, enquanto o homólogo alemão pediu um “acordo sobre os reféns e um cessar-fogo duradouro” em Gaza.

“Se nos propuserem um acordo, uma via de paz que torne Israel fraco e incapaz de se defender […], isso fará recuar a paz”, declarou Benjamin Netanyahu à imprensa, após um encontro com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Dezenas de pessoas estão a protestar em frente ao gabinete do Primeiro Ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, pedindo um acordo para troca de reféns com o Hamas, avança o The Times of Israel.

Os manifestantes estão sentados nas estradas a bloquear o trânsito junto ao Gabinete de Netanyahu, com a polícia a apelar para irem para o passeio.

לקראת ישיבת הקבינט: בני משפחות חטופים מפגינים בת"א סמוך לקריה ובירושלים סמוך למקום ישיבת הקבינט@eli_hirschmann pic.twitter.com/9XG8Rn2Irg

— החדשות – N12 (@N12News) March 17, 2024

O protesto, organizado por famílias de reféns, acontece numa altura em que está a decorrer uma reunião do Gabinete de Segurança do Governo de Israel para discutir a posição de Israel nas negociações, antes de a delegação israelita retomar as conversações com o Hamas no Qatar.

Decorre ainda um protesto semelhante na cidade de Tel Aviv.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou de ingerência o líder do Partido Democrata no Senado norte-americano, Chuck Schumer, que admitiu a realização de eleições antecipadas em Israel face à perda de apoio da “maioria dos cidadãos”.

“Acho que é uma declaração completamente inapropriada”, disse o chefe do executivo israelita à CNN e à Fox News. “É algo que não devia ter dito e penso que é errado tentar substituir os líderes eleitos de uma democracia irmã e de um aliado firme dos Estados Unidos”, disse Netanyahu, acrescentando: “Não acho que seja correto em nenhum momento, especialmente em tempo de guerra”.

Na quinta-feira, Schumer, considerado o político judeu mais proeminente do Partido Democrata, afirmou que o governo de coligação ultranacionalista de Israel “já não satisfaz as necessidades de Israel depois de 07 de outubro”, data dos ataques do movimento islamita palestiniano Hamas que desencadearam a atual guerra em Gaza, nem tem o apoio da “maioria” dos cidadãos.

“O mundo mudou desde então”, afirmou Schumer, que censurou Netanyahu e os seus parceiros de governo por “uma visão ancorada no passado”.

A presidente da Comissão Europeia considerou este domingo “fundamental” que Israel e o grupo palestiniano Hamas acordem um cessar-fogo que permita libertar os reféns e aumentar a ajuda humanitária para combater a fome em Gaza.

“Gaza está a passar fome e é fundamental conseguir um acordo sobre o cessar-fogo agora, rapidamente”, disse Ursula Von der Leyen no Cairo, durante a abertura de uma cimeira entre o Egito e a União Europeia que deverá aumentar a cooperação para o nível de parceria estratégica.

Acompanhada dos chefes de Estado dos governos de Itália, Áustria, Chipre e Grécia, a presidente da Comissão Europeia assegurou que os 27 países que compõem o bloco estão “extremamente preocupados com a guerra em Gaza e a catastrófica situação humanitária em curso”.

Citada pela agência espanhola de notícias EFE, Von der Leyen também disse haver uma “grande preocupação” sobre as consequências de “uma ofensiva em grande escala” por parte de Israel na localidade de Rafah, no extremo sul, junto à fronteira com o Egito, onde se acumulam 1,5 milhões de pessoas que fugiram à guerra.

Uma operação militar “seria devastadora para a vulnerável população civil”, apontou a líder da Comissão.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) anuncia que foi destruído o túnel mais longo encontrado em Gaza.

De acordo com o jornal Haaretz, o túnel ficava no norte de Gaza e teria uma extensão de mais de 2,5 quilómetros. Terá sido usado pelo Hamas para mobilizar efetivos entre o norte e o sul do território.

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, avisa que um assalto israelita a Rafah iria tornar “muito difícil” atingir a paz na região.

O governante alemão lembra que, “neste momento”, é necessário “garantir que se chega a um cessar-fogo duradouro”. As declarações são citadas pela Reuters. “Isso iria permitir-nos prevenir que tivesse lugar uma ofensiva terrestre.”

Scholz considera que “Israel tem todo o direito a proteger-se”, mas que, “ao mesmo tempo não pode acontecer que aqueles que fugiram de Gaza para Rafah sejam ameaçados diretamente por quaisquer ações militares e operações que possam ocorrer ali”.

Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, critica o que diz ser a “memória curta” dos aliados do país sobre os ataques de 7 de outubro.

“Digo aos nossos amigos da comunidade internacional: a vossa memória é curta? Esqueceram-se depressa do 7 de outubro, o pior massacre cometido contra os judeus desde o Holocausto?”, declarou Netanyahu, no início da reunião de gabinete. As declarações estão a ser citadas por meios como o Times of Israel e a Aljazeera.

Israel terá atingido vários locais no sul da Síria na madrugada de domingo. A Associated Press (AP) cita informações da agência estatal síria Sana.

A agência cita uma fonte militar anónima, que indica que pelo menos um soldado sírio terá ficado ferido. Os sistemas de defesa aérea abateram alguns dos mísseis, que se suspeita que possam ter sido disparados a partir dos Montes Golã, um planalto que fica entre Israel e a Síria.

A Sana refere que os mísseis terão sido disparados por volta das 00h42 locais, menos três horas em Lisboa.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos acredita que esta tenha sido a 24.ª vez que Israel atinge a Síria este ano.

A imprensa israelita está a avançar a informação de que Marwan Issa, número 3 do Hamas e vice-comandante da ala militar do grupo, terá sido atingido em Gaza.

Os jornais israelitas citam fontes palestinianas, que informaram o jornal árabe A-Sharq Al-Awast, de que Issa “foi atingido e que o seu destino ainda não é claro”.