Momentos-chave
- Cruz Vermelha alerta sobre limite da capacidade em hospital de Gaza
- Israel prorroga lei que permite fechar meios de comunicação estrangeiros
- OMS denuncia mais de mil ataques a infraestruturas de saúde na Palestina desde 7 de outubro
- Ursula von der Leyen: "O derramamento de sangue em Gaza tem de parar agora"
Atualizações em direto
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Cruz Vermelha alerta sobre limite da capacidade em hospital de Gaza
O hospital de campanha que a Cruz Vermelha mantém em Rafah, no sul de Gaza, está a funcionar no limite da sua capacidade, alertaram hoje responsáveis da organização humanitária com sede em Genebra.
O aumento da capacidade ficou a dever-se ao internamento dos feridos do recente ataque israelita contra o campo de deslocados de Al Mawasi, no enclave palestiniano e que causou mais de uma centena de mortos.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha indicou hoje que 26 feridos deste ataque foram transportados para a instalação médica de campanha montada em Rafah, com capacidade para 60 pacientes, sendo que desde maio a infraestrutura tem respondido a um aumento cada vez maior de internamentos, em virtude da guerra.
“Os ataques levaram a nossa capacidade de resposta até ao limite em todas as instalações de saúde (da Cruz Vermelha) no sul da Faixa de Gaza”, disse o chefe local da delegação do organismo, William Schomburg.
“Outro incidente deste tipo [ataque de grande escala] pode obrigar os nossos médicos e enfermeiros a tomar decisões muito difíceis”, acrescentou sem especificar.
Segundo o Comité Internacional da Cruz Vermelha, muitos pacientes atendidos após o ataque contra Al Mawasi apresentavam ferimentos provocados por estilhaços tendo sido submetidos a intervenções cirúrgicas de urgência.
A organização humanitária referiu também que, na semana passada, o departamento de consultas do hospital de campanha de Rafah atendeu 850 doentes, na maioria mulheres e crianças deslocados do local onde residiam.
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Israel prorroga lei que permite fechar meios de comunicação estrangeiros
O parlamento israelita aprovou a prorrogação até final de novembro de uma ordem temporária que permite o encerramento de meios de comunicação estrangeiros considerados prejudiciais à segurança nacional, destinada a censurar a Al Jazeera.
O governo israelita aspirava transformar em permanente esta ordem, conhecida como ‘lei Al Jazeera’ e aprovada em abril passado para concretizar o encerramento dos escritórios em Israel daquele canal do Qatar antes do final de julho, altura em que expirava.
Este projeto de lei, elaborado pelo Ministério das Comunicações, visa limitar a atividade de emissoras estrangeiras se houver uma “probabilidade convincente” de danos à segurança nacional de Israel.
O governo de Benjamin Netanyahu acusa a Al Jazeera de “transmissões contra Israel que procuram prejudicar a segurança nacional”.
Desde o passado dia 5 de maio, o canal do Qatar deixou de ser transmitido na televisão israelita, além de as autoridades israelitas terem bloqueado todas as páginas na internet da rede de meios de comunicação Al Jazeera e retirado todas as acreditações dos funcionários deste órgão de informação.
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OMS denuncia mais de mil ataques a infraestruturas de saúde na Palestina desde 7 de outubro
Desde o dia 7 de outubro de 2023, já se registaram mais de mil ataques contra infraestruturas de cuidados de saúde nos territórios palestinianos ocupados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
“Apelamos à proteção dos trabalhadores da saúde e das infraestruturas de saúde, ao acesso humanitário e a um cessar-fogo imediato”, pede a OMS numa mensagem divulgada nas redes sociais.
No total, a OMS diz já ter registos de 1003 ataques a infraestruturas de saúde nos territórios palestinianos ocupados por Israel desde 7 de outubro.
Estes ataques resultaram em 746 mortos e 967 feridos. Foram afetados 106 infraestruturas de saúde e 114 ambulâncias.
Since October 7, WHO has documented over 1000 attacks on health care in the occupied Palestinian territory.
We appeal for the protection of health workers and health facilities, for humanitarian access and an immediate ceasefire.#AllEyesOnGaza
— World Health Organization (WHO) (@WHO) July 17, 2024
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Ursula von der Leyen: "O derramamento de sangue em Gaza tem de parar agora"
O tema da guerra no Médio Oriente foi um dos temas fortes do discurso da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta quinta-feira em Estrasburgo.
“A Europa tem uma responsabilidade (…) particularmente no Médio Oriente”, destacou Von der Leyen num discurso aos eurodeputados no qual procura obter votos com vista à sua reeleição como líder do executivo comunitário.
“Quero ser muito clara: o derramamento de sangue em Gaza tem de parar agora”, afirmou. “Demasiadas crianças, mulheres e civis perderam as suas vidas como resultado da resposta de Israel ao brutal terror do Hamas.”
Destacando que “o povo de Gaza não pode suportar mais” a guerra, Von der Leyen apelou a uma “resposta imediata” que inclua a “libertação dos reféns israelitas” e a preparação do “dia seguinte” da Faixa de Gaza.
Neste âmbito, “a Europa tem de cumprir o seu papel”, não só na promoção da “ajuda humanitária”, mas também no apoio a uma “Autoridade Palestiniana eficaz”.
Considerando que “a solução dos dois estados é o melhor caminho” tanto para israelitas como para palestinianos, Ursula von der Leyen destacou que os povos do Médio Oriente “merecem segurança e prosperidade”.
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Bom dia.
O Observador continua esta quinta-feira a acompanhar ao minuto os desenvolvimentos da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
O liveblog de quarta-feira fica arquivado aqui.