Histórico de atualizações
  • Jerónimo diz que Passos e Portas apresentam-se "lavadinhos por cima e por baixo”

    O líder da CDU afirmou que os líderes da coligação governamental tentam aparecer aos olhos dos portugueses “lavadinhos por cima e por baixo, como se não tivessem nada a ver” com a situação em Portugal.

    Num comício noturno em Famalicão, Jerónimo de Sousa fez novamente o balanço negro da governação de Passos Coelho e Paulo Portas, sem nunca poupar o líder da oposição, o socialista António Costa, por ter propostas semelhantes.

    “Neste balanço dramático que podemos fazer destes quatro anos – e há quem não queira que falemos disto – lá estão eles a criticar, a dizer mal. Pois, é, camaradas, é que se não criticarmos, se não denunciarmos, se não trouxermos à memória dos portugueses aquilo que eles fizeram, é vê-los a tentar limpar a folha, a apresentarem-se lavadinhos por cima e por baixo, como se não tivessem nada a ver com aquilo que está a acontecer no nosso país”, disse. — LUSA

  • A diferença "não é financeira, é ideológica", diz Costa

    “Não é uma questão financeira, é ideológica. É o radicalismo que anima esta coligação de direita”. Foi assim que António Costa marcou a diferença para PSD/CDS este sábado à noite no comício em Portalegre. Para o líder socialista, o que o afasta de Passos Coelho e Paulo Portas são as opções ideológicas quer na saúde, na educação ou na Segurança Social

    “A direita afastou-se das suas raízes, radicalizou-se numa visão ultraliberal da realidade. Onde cada um é abandonado ao seu destino”, disse. A bitola estava lançada para dizer que não é uma questão financeira na saúde, porque lá, o que o Governo atual fez foi “defender os hospitais privados”. Também não o foi na Educação porque o Executivo o que fez foi “criar novas turmas nos colégios privados, como se a liberdade de escolha não fosse garantir que aqueles que não têm opção de escolher que não seja a escola pública, possam ter direito a ensino da mesma qualidade”.

    E também na Segurança Social. Ora aqui, voltou a frisar a questão do plafonamento para simplificar a leitura que quer passar: “É dizer que aqueles que mais ganham deixam de contribuir em função do que ganham, de forma a que a Segurança Social que serve os mais pobres fique com menos dinheiro”.

    A jornada de António Costa termina aqui. Amanhã de manhã voltaremos. O líder socialista estará na Covilhã de manhã, depois Fundão, Castelo Branco e por fim um jantar em Seia.

  • Nas últimas duas eleições (2011 e 2009), o PS elegeu um deputado e o PSD outro, agora, o PS quer eleger dois mandatos para dar “uma força suplementar” à maioria, disse o número um da lista, Luís Testa. Para isso, aqui ficam algumas propostas para o distrito.

    Propostas do PS para Portalegre

    As propostas do PS para Portalegre

    • Construção da barragem do Pisão. Apesar de não estar no programa, o candidato Luís Testa falou nela;
    • Aprovar o novo sistema de cálculo de preços de água para rega;
    • Desenvolver uma incubadora de empresas agrícolas;
    • Desenvolver a rede rodoviária do distrito e melhorar as ligações com Espanha;
    • Avançar com a Plataforma Logística de Elvas;
    • Apostar no aumento da capacidade do Aeródromo de Ponte de Sor;

  • Passos quer mudança radical: "acabar com a velha política"

    Em Santarém, Pedro e Paulo já discursaram. E foram aplaudidos de pé em casa cheia. Lembrando que no dia 4 os portugueses têm uma “escolha” a fazer, e que essa escolha é entre o regresso da “velha política” (que “só pensa no dia de amanhã ou no ano que vem, e daqui a 30 anos os outros que paguem”) ou uma política de “diálogo” e de “confiança”, Passos afirmou que, ao contrário do que o PS diz, o “Estado social está hoje de melhor saúde do que em 2011, e recomenda-se”. Por isso pediu aos socialistas para pararem de “agitar com os espantalhos” das privatizações dos serviços do Estado.

    “Dizem que queremos fazer a privatização da saúde, da escola pública, da Segurança Social? Nós nunca tivemos um Serviço Nacional de Saúde tão capitalizada, nunca tivemos um sistema de Educação tão ao serviço dos portugueses, e uma ação social tão forte quanto a que este Governo soube dar nestes 4 anos. Escusam de agitar esses espantalhos, porque hoje o Estado social está de melhor saúde do que 2011 e recomenda-se”, disse.

    Para Passos, a escolha é simples: “Se queremos realmente mudar a nossa vida temos de mudar a velha política e construir em parceria, diálogo e confiança um futuro em que possamos pôr as divergências partidárias de lado e pôr o interesse dos portugueses e de Portugal acima de tudo”. “Eu quero”, atirou Passos, deixando a pergunta no ar: e vocês querem?

    “Querem que Portugal seja apanhado outra vez desprevenido ou querem aproveitar as condições boas que temos hoje para nos prepararmos para os dias menos bons que virão no futuro?”, perguntou, concluindo que foi a “falta de visão de há 15 anos que trouxe Portugal a 2011”. “Isso está ao nosso alcance, e à vossa escolha”, disse.

    Já Portas, preferiu criticar diretamente o “radicalismo” e “demagogia” do líder socialista , citando para isso o líder comunista Álvaro Cunhal e o seu famoso ‘olhe que não’:

    “Diz o doutor António Costa: o país não cresceu. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, Portugal está a crescer 1,5%. Diz ele: não há mais emprego. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, 230 mil empregos criados desde o início de 2013. Diz ele: não há mais investimento. Olhe que não, doutor António Costa, olhe que não, o investimento está a subir 4%, segundo o indicador mais prudente”. E ainda deixou um conselho: “faltar à verdade não acrescenta um voto ao dr. António Costa“, disse.

  • Em Portalegre, discursa Rui Nabeiro. O homem forte da Delta falou no comício para dizer que no dia 4 vão estar a celebrar a vitória do PS. Depois contou que muitas pessoas o têm procurado “em desespero”, disse, mas diz, com voz baixa, que não consegue responder a tudo:

    “O meu desespero não é menor porque não consigo responder a todas essas solicitações”

  • António Costa termina o dia de hoje com um comício na Praça da República em Portalegre. Espaço cheio e cheio de bandeiras

  • Catarina Martins é a grande revelação destas eleições, diz Marques Mendes

    No seu espaço habitual de comentário na SIC, o ex-presidente do PSD Marques Mendes apontou a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, como a grande revelação destas eleições.

    O comentador acredita que “Catarina Martins mostra que tem mérito e que se dedicou” e tem evitado que “os eleitores do BE fujam para o PS”. Sobre um possível entendimento com António Costa, Marques Mendes pensa que “será impossível” devido às diferenças sobre os temas da estruturação da dívida e do tratado orçamental.

    Sobre o debate realizado esta semana entre Passos Coelho e o líder do PS, Marques Mendes avaliou que foi mais esclarecedor que o debate televisivo, pois “houve mais tempo para explicações” e “falou-se alguma coisinha sobre o futuro”.

    O vencedor? Para o comentador, o primeiro-ministro “ganhou claramente o debate”. “Até meio, estava empatado, Costa estava igual ou um pouco mais baixo que o anterior [frente a frente], Passos estava mais assertivo, até que surge o tema da Segurança Social e Costa leva dois golos”. Para Marques Mendes, o primeiro golo foi quando Costa recusou o convite para negociar a reforma da Segurança Social após as eleições. “Foi um erro que dá a imagem de radical e não de dialogante”, afirma.

    O outro golo sofrido por Costa foi “contra a própria baliza” quando não soube responder claramente sobre o corte nas prestações sociais não-contributivas. “Deu a impressão de que não se lembrava” ou de que “não conhecia o seu próprio programa”, diz o comentador.

    Questionado sobre o resultado das últimas sondagens, Marques Mendes disse que não recorda um início de campanha tão disputado e aponta dois desafios para a campanha eleitoral: enquanto o PS deve tentar roubar votos úteis à esquerda, que “podem garantir mais 3 ou 4% de votos”, a coligação deve reconciliar-se com os “eleitores zangados” que votaram no PSD/CDS mas que “vão ficar em casa ou estão indecisos”.

    Perante os resultados das sondagens que dão um grau muito alto de incerteza quanto a quem poderá formar governo, Marques Mendes defende que a melhor solução é uma maioria clara, pois “o país precisa de estabilidade”.

  • Passos e Portas em direto de Santarém

    Passos Coelho toma a palavra em Santarém, num jantar-comício com militantes do distrito. Veja aqui em direto:

    E a intervenção de Paulo Portas está aqui:

  • A coligação Portugal à Frente está em Santarém, onde se prepara para um jantar com centenas de militantes do distrito no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas.

    A cabeça de lista da coligação, Teresa Leal Coelho, já falou, deixando elogios redobrados a Passos – “o homem do leme que dobrou o cabo das tormentas, que agora já se pode chamar de cabo da Boa Esperança” – e a Portas – “outro homem extraordinário, intuitivo, eloquente, e com grande sentido de Estado”. Os dois protagonistas intervém no final do jantar.

    image

  • Livre: "As pessoas não vão perceber que a esquerda tenha maioria e não se entenda"

    O cabeça de lista do Livre/Tempo de Avançar pelo Porto, Ricardo Sá Fernandes, disse que a plataforma quer contribuir para uma união da esquerda e apresentou a regionalização como “principal prioridade” após as eleições.

    “A regionalização é para nós a primeira prioridade”, afirmou o advogado, para quem “o Porto precisa de ser uma região (…) para ajudar o país a sair do buraco em que está”.

    Sá Fernandes, que discursava durante um comício do Livre/Tempo de Avançar (L/TDA) no Porto, apontou também como prioridade a necessidade de “construir com os outros partidos à esquerda uma maneira diferente de encarar a política em Portugal, uma maneira de deitar abaixo o muro de cimento que se construiu” com “PS de um lado e PCP do outro”.

    “Nós seremos a semente capaz de lançar as pontes e impedir que estes partidos continuem de costas voltadas. A esquerda percebe o território que há para ocupar, as pessoas que há para conquistar, são pessoas que não perceberão que no dia 4 de outubro a esquerda tenha maioria e não se entenda”, frisou, reiterando um discurso por diversas vezes defendido pelo cabeça de lista por Lisboa, Rui Tavares.

    Durante o discurso, Rui Tavares defendeu a necessidade da reestruturação da dívida, um assunto que, disse, “tem de estar em cima da mesa do Conselho Europeu”.

    O antigo eurodeputado, que quer na Assembleia da República “deputados e deputadas” que assegurem “que nada será igual”, destacou ainda a falta de uma regionalização “que permita gerir melhor os recursos” e de uma reforma fiscal que “cumpra a Constituição”.

    Do comício no Palácio do Bolhão, no Porto, participou também a ex-parlamentar do BE e candidata “número dois” por Lisboa Ana Drago que não poupou críticas ao “debate incompreensível sobre quem chamou a ‘troika’” e assinalou os “sucessivos episódios: tenho uma carta escrita, para ti ‘troika’ bonita” assinada por PS, PSD e CDS.

    Ana Drago não esqueceu a Segurança Social e “o debate assustador” a que se tem assistido com “uma espécie de leilão de cortes” apresentado como solução pelos partidos.

  • Morte de dirigente da JSD pára campanha em Lisboa

    As ações de pré-campanha da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) foram suspensas no distrito de Lisboa devido ao falecimento Ricardo Júlio Pinho, secretário-geral adjunto da comissão política nacional da Juventude Social-Democrata (JSD), informou fonte do PSD.

    O presidente da concelhia do PSD de Lisboa, Mauro Xavier, disse à Lusa que a partir das 17:00 de hoje e até domingo ao fim da manhã “todas as ações de campanha estão suspensas em todas as estruturas concelhias” do distrito.

    Ricardo Júlio Pinho, secretário-geral adjunto da comissão política nacional da Juventude Social-Democrata (JSD), morreu hoje aos 29 anos vítima de doença prolongada, disse à Lusa o presidente do PSD de Oeiras, Ângelo Pereira.

    O corpo está em câmara ardente na Igreja Nova Oeiras desde as 17:00 de hoje e o funeral realiza-se no domingo às 10:00, adiantou o presidente do PSD de Oeiras.

    Ricardo Júlio Pinho foi vereador na Câmara Municipal de Oeiras entre 2009 e 2013. – LUSA

  • Passo de corrida nas ruas de Tomar

    A coligação passou a tarde deste sábado em Tomar (onde se notou a ausência do ex-ministro Miguel Relvas, de onde é natural). Estava marcada um encontro com representantes de IPSS do distrito, na Santa Casa da Misericórdia de Tomar, mas no caminho até lá houve tempo para atravessar uma das ruas da cidade a pé. Foram apenas uns metros, mas foi o suficiente para se notarem as diferenças: Passos, a um ritmo mais acelerado, acenava às pessoas, Portas preferiu ficar para trás para distribuir cumprimentos e teve depois de apanhar o resto da comitiva em passo quase de corrida.

    Com um cordão de jotas e de segurança apertado, o percurso que já era pequeno fez-se bastante em ritmo de corrida. Passos trocou apenas breves diálogos com algumas pensionistas, que lhe pediam, à semelhança do que aconteceu esta semana em Oeiras (com a “senhora de cor de roda”), para que não houvesse mais cortes. Ao fundo ouviam-se alguns insultos, abafados pelas palmas e gritos de força de quem erguiam bandeiras da coligação Portugal à Frente.

    Certo é que, tanto à chegada como à saída de Tomar, a palavra de ordem foi rapidez.

  • CDU quer “política alternativa” para os emigrantes

    Os candidatos da CDU pelo Círculo Eleitoral da Europa defenderam este sábado em Paris uma “política alternativa” e em “defesa dos emigrantes”, denunciando o esquecimento, por parte do Governo, dos portugueses residentes no estrangeiro.

    “Quem nos conhece sabe o que fizemos na vida associativa. Se formos eleitos, bater-nos-emos em defesa dos direitos dos emigrantes e por uma política alternativa, patriótica e de esquerda para que também nas comunidades se construa um Portugal no futuro”, declarou o candidato Raul Lopes, durante a apresentação da lista da CDU pelo Círculo Eleitoral da Europa no café cultural Lusofolie’s.

    Raul Lopes, recém-eleito membro do Conselho das Comunidades Portuguesas por Paris, disse que integra uma lista “com gente que tem dado provas de estar sempre presente na luta em defesa dos direitos dos portugueses da diáspora”.

    A cabeça-de-lista da CDU pelo círculo eleitoral da Europa, Teresa Soares, sublinhou que em 30 anos de trabalho no estrangeiro “não foi preciso muito tempo para perceber” que os portugueses no estrangeiro “não são tratados” pelo Governo como os que vivem em Portugal, considerando que os emigrantes são vistos como “portugueses de segunda e, por vezes, de terceira”.

    O ensino do português está pelas ruas da amargura. Introduziram uma propina – sei que aqui em França não há mas nos outros países há – e perdemos num ano mais de dez mil alunos. Os professores são metade daquilo que eram em 2010, o português tornou-se língua estrangeira, os serviços das embaixadas e dos consulados estão cada vez pior. Estamos cada vez mais abandonados pelo nosso país”, lamentou a professora residente na Alemanha.

    Questionada pela porta-voz do Movimento dos Emigrantes Lesados do BES/Novo Banco, Helena Batista, sobre o que pensa do caso, Teresa Soares respondeu: “O que pensamos fazer pelo vosso caso é aquilo que queremos fazer por quase todos os portugueses: é que haja justiça social e que não tratem as pessoas como pessoas que estão lá longe e que não interessam”.

    Teresa Soares especificou à agência Lusa que os emigrantes lesados do BES são “uma das preocupações”, mas não “a preocupação prioritária”.

    A candidata Encarnação Galvão, operária da indústria relojoeira na Suíça, apresentou os eixos centrais da política que o PCP-PEV propõe para as comunidades, nomeadamente a “defesa de uma verdadeira igualdade entre portugueses residentes e fora do país; a defesa da língua, da cultura e da identidade nacionais e a garantia dos direitos constitucionais dos jovens portugueses na diáspora de aprendizagem do português como língua materna”.

    O programa inclui, também, a reorganização da rede consular, a defesa dos direitos dos trabalhadores no estrangeiro, a revalorização salarial dos trabalhadores da administração pública, tendo em conta elevados níveis de vida em países de acolhimento e a valorização e incentivo ao movimento associativo.

    Encarnação Galvão enumerou, ainda, “a garantia e direito a uma comunicação social democrática e pluralista nos canais públicos de televisão e rádio; a valorização das remessas dos emigrantes como contributo para o desenvolvimento económico do país e o respeito pela autonomia e papel do Conselho das Comunidades Portuguesas”.

    A lista da CDU pelo círculo eleitoral da Europa é completada por André Martins, trabalhador-estudante na Bélgica, que declarou que “os jovens em Portugal estão sem rumo e sem esperança”, sendo “forçados a sair e a abandonar as suas famílias”.

    Fonte: Lusa

  • Costa: "A 4 de outubro podemos ser todos a senhora de cor de rosa"

    António Costa foi esta sexta-feira ao programa humorístico dos Gato Fedorento e de lá trouxe a deixa para a tarde em Évora. Pediu a todos os portugueses que querem mudar de política que sejam como a “senhora de cor-de-rosa” e deem a resposta ao primeiro-ministro no dia das eleições. Costa referia-se a uma senhora que discutiu com o primeiro-ministro e deixou a comparação: “Para no dia 4 de outubro podermos ser todos como a senhora de cor-de-rosa, pormos lá a cruzinha e dizer ao primeiro-ministro o que queremos para o país”.

    Ora em Évora, Costa falou para todos e especificou aqueles que têm o “coração” virado para a esquerda e pede-lhes que “não se enganem no adversário”. O distrito é dividido, nas últimas duas eleições, PS, PSD e CDU dividiram entre os três os três mandatos à Assembleia da República, mas numa eleição onde cada mandato é importante dado o empate nas sondagens, Costa pede para que todos os votos contem e por isso, que sirvam para que o PS eleja o segundo parlamentar por este círculo alentejano.

    Até porque o líder do PS não quer mais “discussões jurídicas” sobre quem pode ser tido como vencedor das eleições – se quem tem mais votos ou mais mandatos – e apela por isso ao voto de todos. “Só há uma forma de acabar com a discussão, dar mais votos e mais deputados para que ninguém discuta a vitória do PS”, disse. Esta tarde, Costa alongou-se mais sobre o assunto e mandou recados à direita: “À medida que se apercebem que vão perder as eleições, vão colocando condições: primeira era preciso uma maioria, depois mais votos, agora mais deputados. Não é altura de o país acrescentar à gravíssima crise económica, uma grave crise política”.

    E para isso o PS precisa de alargar o espectro, se de manhã falou com Basílio Horta, fundador do CDS, à tardem em território alentejano onde o PCP é forte, deixou também um toque à esquerda: “PS colocou-se hoje no centro de uma nova maioria de confiança que se está a construir em Portugal. (…) Para aqueles que têm o coração à esquerda, não se enganem no adversário. Nós não nos enganamos no nosso adversário”, frisou.

    Pode rever o discurso de António Costa em Évora clicando no link em baixo.

  • Passos não faz "cenários pós-eleitorais" e desvaloriza sondagens

    Em Tomar, e depois de António Costa ter desvalorizado o resultado da última sondagem que dava o PS com mais votos mas menos deputados eleitos, Passos também reagiu a esse eventual resultado inédito. Mas desvalorizou e deixou claro que, por mais que os jornalistas insistam, não vai fazer cenários pós-eleitorais.

    “Não sou comentador nem analista, não porque não saiba fazer análises mas porque essa não é a minha função, não vale a pena insistirem para eu não parecer umdisco riscado”, disse, lembrando que vai haver “sondagens todos os dias” e que, por isso, não se pode dar importância.

    Os jornalistas ainda tentaram questionar o primeiro-ministro sobre se viabilizaria um orçamento do PS, em caso de vitória socialista (e depois de Costa ter dito que não o faria), mas Passos, que estava já prestes a sair do local, não respondeu.

    “O que nós precisamos em Portugal é de ter estabilidade política e de ter a possibilidade de aproveitar as melhores energias e dos portugueses… E não andar às voltas a ver como havemos de fazer governos e de ter apoio político.”, disse.

  • O presidente do Partido da Terra (MPT), José Inácio Faria, disse este sábado que a ambição do MPT é eleger, pelo menos, dois deputados para formar um grupo parlamentar e criar uma “política de consensos” na Assembleia da República.

    “Queremos ter um grupo parlamentar na Assembleia da República, porque é aí que se resolvem os problemas nacionais e queremos criar uma política de consensos na assembleia que não tem existido há pelo menos 20 anos”, disse aos jornalistas. Ele, que não se candidata às legislativas por ter sido eleito eurodeputado, adiantou que os partidos com assento parlamentar “estão idênticos há cerca de 20 anos e nada tem saído de positivo destas legislaturas”.

    Nesse sentido, referiu que o MPT quer sentar-se no hemiciclo da AR ao centro para gerar consensos e levar “um pouco mais de bom senso” ao parlamento.

    O nosso posicionamento é ao centro. É exatamente a favor de uma política de consensos e para poder chegar a incutir um pouco de bom senso que falta na AR. Não nos candidatamos a ser Governo, candidatamo-nos sim a trazer um pouco mais de bom senso na AR”, disse no seu discurso de encerramento da convenção do partido.

    O eurodeputado afirmou que o Partido da Terra tem propostas “muito concretos para aliviar o stress a que os portugueses chegaram”, como acabar com o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

    “Temos o índice de felicidade interna bruta que é o caminho que pretendemos seguir na apresentação do programa e proposta para AR”, sustentou.

    O mandatário do MPT por Lisboa e antigo presidente da Câmara de Lisboa, António Carmona Rodrigues, disse aos jornalistas que se revê “muito no triângulo de elementos de base em que o partido se baseia”, nomeadamente “os valores da ecologia, humanismo e de sociedade liberal”.

    “Este partido preenche um espaço que está por ocupar na vida política portuguesa e vai mostrar, essencialmente, que é possível fazer política de uma forma diferente”, afirmou, sublinhando que o MPT quer “estabelecer diálogos, pontes e concertações” na AR.

    Fonte: Lusa

  • Bloco diz que Aguiar-Branco lucrou um milhão de euros na concessão dos transportes do Porto

    O candidato número dois do BE pelo Porto, José Soeiro, acusou o ministro Aguiar-Branco de ter lucrado, através do escritório de advogados de que é sócio maioritário, um milhão de euros com a subconcessão dos transportes do Porto.

    José Soeiro discursava no comício da Praça dos Poveiros, no Porto, apelidando da “maior vigarice” a “concessão vergonhosa da STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] e da Metro do Porto”, cujo “autor do crime é o secretário de Estado Sérgio Monteiro, o ‘bota de ouro’ das parcerias público-privadas no tempo do Governo do PS [uma alusão ao ter trabalhado na Caixa Geral de Depósitos]”.

    “No Porto, Aguiar-Branco [ministro da Defesa Nacional] é a cara deste processo de concessão dos transportes do Metro e da STCP contra a opinião dos utentes, contra a opinião dos autarcas das várias cores que existem, mas ele é também sócio maioritário do escritório de advogados que ganhou um milhão de euros em pareceres e consultadorias feitas à Metro do Porto”, disse.

    Mas o primeiro-ministro também não saiu ileso das críticas do candidato do BE, acusando Passos Coelho de estar “em fuga, fechado em salões, em conferências depois de ter sido arrasado em três debates seguidos pelas três mulheres mais competentes que se apresentaram nesta campanha”.

    “Catarina Martins, que arrasou Passos Coelho no debate da televisão, a mulher de cor-de-rosa da berma da estrada que arrasou Passos Coelho no diálogo que teve e a mulher do Minho que quando Passos Coelho lhe falou dos estágios disse e deu nome que toda a gente já percebeu que é aquilo que ele é mas que é no Minho que se diz: és um aldrabão”, disse.

    Recordando que José Pedro Aguiar-Branco é o ministro da Defesa mas também o cabeça de lista no distrito do Porto da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), o deputado bloquista ironizou, dizendo que também é “naturalmente um exemplo de empreendedorismo e um advogado de sucesso”.

    “Se querem um exemplo do que é que é a promiscuidade, a pouca vergonha, os interesses olhemos para o Porto e para a concessão dos nossos transportes públicos. O que está a acontecer no distrito é um assalto feito por gente fina e contra esse assalto nós temos a obrigação de usar todos os meios que temos ao nosso dispor”, criticou.

    Segundo Soeiro, “o trabalho foi tão bem feito que o Governo PSD/CDS quando tomou posse decidiu convidar o ‘bota de ouro’ das PPP para secretário de Estado dos Transportes e o ‘bota de ouro’ das PPP transformou-se então no campeão das privatizações”.

    “Vimos também Paulo Portas a entrar numa espécie de máquina do tempo para falar das mulheres como se ainda estivéssemos no século passado e como se elas fossem umas flores para pagar as contas à hora certa e cuidar das crianças e dos idosos”, respondeu ainda o bloquista às declarações que o vice-primeiro-ministro fez sobre as mulheres. — LUSA

  • O comício de António Costa em Évora em direto, aqui.

  • Jerónimo acusa Cavaco de "tentar condicionar voto livre"

    O líder da CDU acusou o Presidente da República de “tentar condicionar o voto livre dos portugueses”, sobre futuros convites para a formação de Governo por parte de Cavaco Silva.

    Durante um participado desfile na baixa do Porto, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre notícias que deram conta da intenção do Presidente da República de vir a convidar para a formação do novo elenco executivo a força política que mais mandatos conseguir no parlamento e não a mais votada nas legislativas.

    “É evidente que há uma leitura da pressão, da chantagem, no sentido claro de condicionar a liberdade de opção de voto, com este processo de bipolarização, do chamado empate técnico, aparece o Presidente da República, a subir acima do chinelo… [quando] deve limitar-se à Constituição e àquilo que ela define. Isto não vale porque está a tentar condicionar o voto livre dos portugueses”, afirmou.

    Para o líder comunista, que concorre em coligação com “Os Verdes”, “seria avisado, por parte do Presidente da República e de todos, que deixem os portugueses decidir livremente no dia 4 de outubro, que votem sem serem condicionados por essa chantagem, essa bipolarização que querem criar artificialmente, sem conhecerem a opinião do povo português”.

    Jerónimo de Sousa vincou um “grande apelo” para que “deixem os portugueses ser livres no momento do voto e as soluções serão encontradas depois na formação da nova Assembleia da República”.

    “A experiência da vida diz-me que quem faz contas apressadas, geralmente fá-las erradas”, resumiu. — LUSA

  • Em Évora, nas duas últimas eleições (2011 e 2009), PS, PSD e CDU elegeram um deputado cada.

    As promessas do PS para Évora

    No programa socialista para este distrito são estes os principais pontos (além dos nacionais)

    A construção do novo Hospital de Évora, que custa, de acordo com Capoulas Santos, 100 milhões de euros até porque o Estado “já tem o terreno”;A paragem da “exploração mineira em curso na Boa-fé, em plena serra do Monfurado”A reabilitação dos centros históricos;Instalação “condigna da Biblioteca Pública de Évora e do Arquivo DistritalA valorização e exploração do potencial do Alqueva, em articulação com um Plano Nacional de RegadioMedidas concretas para a agricultura “e na recuperação do montado”

1 de 3