Momentos-chave
- Zelensky promete reforma do serviço militar obrigatório na Ucrânia
- Mais 170 mil homens. Putin assina decreto para aumentar tropas devido às "atividades agressivas da NATO"
- Moscovo avisa que a Moldávia pode ser nova vítima da “guerra híbrida” entre Ocidente e Rússia
- Governo ucraniano nomeia novo responsável pela ciberdefesa depois de acusação de desvios de fundo ao antigo chefe
- Camionistas eslovacos juntam-se aos polacos e bloqueiam fronteira com a Ucrânia
- MNE russo sem sinais que Kiev ou Ocidente queiram um acordo político
- Orbán diz que UE deveria ter um "acordo de parceria estratégica" em vez de iniciar conversações de adesão
- "O inverno é toda uma nova fase da guerra", disse Zelensky em entrevista
- Primeiro nevão deste inverno faz 10 mortos e deixa 1500 vilas e aldeias sem eletricidade
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, sexta-feira.
https://observador.pt/liveblogs/kiev-pode-reabrir-aeroporto-internacional-em-breve-diz-chefe-de-gabinete-de-zelensky/
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Zelensky promete reforma do serviço militar obrigatório na Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que pretende realizar uma reforma das leis de recrutamento militar de forma a criar condições para a possível desmobilização de alguns combatentes na guerra contra a Rússia.
“Todos na Ucrânia compreendem que são necessárias mudanças nesta área”, disse o líder ucraniano numa publicação no canal Telegram, citado pela agência de notícias espanhola EuropaPress.
Zelensky referia-se aos combatentes que foram destacados para a linha da frente no início da invasão russa, em fevereiro de 2022, e ainda não foram substituídos.
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Mais 170 mil homens. Putin assina decreto para aumentar tropas devido às "atividades agressivas da NATO"
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que prevê um aumento de 15% no número de tropas, ou seja, um mais 170 mil homens, informa a agência de notícias TASS.
O líder russo justifica a medida, dizendo que existem “ameaças” associadas à guerra que Moscovo começou na Ucrânia e à NATO.
“As forças armadas da aliança estão perto da fronteira com a Rússia e estão a ser implementados sistemas de defesa aéreas e colocadas armas”, argumentou Vladimir Putin, que indicou que o “o potencial da NATO nas forças nucleares táticas estão a aumentar”.
“Sob as atuais condições, um aumento no potencial de combate e um aumento das forças armadas é um resposta adequada às atividades agressivas do bloco da NATO”, indicou Vladimir Putin.
O aumento nas tropas russas será feito através de soldados contratados. “Neste sentido, um serviço militar compulsório não está planeado. Nem uma mobilização”, explicou o Ministério da Defesa russo.
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Moscovo avisa que a Moldávia pode ser nova vítima da “guerra híbrida” entre Ocidente e Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Moldávia está em risco de se tornar na nova vítima da “guerra híbrida” que opõe o Ocidente à Rússia.
Após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Skopje, capital da Macedónia do Norte, Lavrov salientou que “a Moldávia está destinada a tornar-se a próxima vítima da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia”, de acordo com a agência de notícias TASS.
A Rússia tem acusado repetidamente os países ocidentais de empurrarem a Moldávia para a guerra na vizinha Ucrânia.
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Governo ucraniano nomeia novo responsável pela ciberdefesa depois de acusação de desvios de fundo ao antigo chefe
O governo ucraniano nomeou Yurii Myronenko como novo diretor do Serviço Especial de Comunicações do Estado, depois de o anterior chefe ter sido acusado de desvio de fundos públicos, anunciou o serviço em 1 de dezembro, avança o The Kyiv Independent esta sexta-feira.
⚡️Government appoints new top cyber defense official.
The Ukrainian government appointed Yurii Myronenko as the new head of the State Special Communications Service after the previous chief was charged with embezzling public funds, the service announced.https://t.co/Alf3dvC2ba
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) December 1, 2023
Yurii Shchyhol, o antigo chefe do Serviço Especial de Comunicações do Estado, juntamente com o seu antigo adjunto Viktor Zhora e quatro outras pessoas, são suspeitos de desviar 1,7 milhões de dólares de fundos estatais afetos à compra de equipamento informático e software entre 2020 e 2022.
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Camionistas eslovacos juntam-se aos polacos e bloqueiam fronteira com a Ucrânia
Camionistas eslovacos bloquearam hoje uma das passagens da fronteira com a Ucrânia em protesto contra a concorrência dos seus colegas ucranianos, juntando-se a um movimento semelhante dos transportadores polacos.
A Associação Eslovaca de Transporte Rodoviário (UNAS) iniciou um bloqueio no cruzamento de Vysne Nemecke, permitindo a passagem de apenas quatro camiões por hora.
“Ficaremos aqui até que sejam tomadas medidas para limitar a concorrência das transportadoras ucranianas”, disse Ratislav Curma, presidente da UNAS, citado pela agência France-Presse.
“Queremos apoiar os nossos colegas polacos”, acrescentou Curma, referindo-se ao movimento de protesto iniciado em novembro pelos transportadores do país vizinho, que exigem o restabelecimento de um sistema de licenças para camiões ucranianos. O sistema de licenças foi abandonado pela União Europeia (UE) e pelos seus estados-membros após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro do ano passado.
Segundo as transportadoras polacas e eslovacas, esta decisão levou a um aumento do número de concorrentes ucranianos no mercado e reduziu significativamente os seus lucros.
Varsóvia e Kiev mantiveram conversações com a UE, mas as negociações não conseguiram resolver o conflito. A agência de fronteira ucraniana tentou hoje prevenir perturbações no tráfego de camiões na passagem de Vysne Nemecke, desconhecendo-se a duração do protesto.
“O tráfego não será bloqueado no sentido de entrada na Eslováquia. A passagem de carros e autocarros também não será restringida”, indicou nas redes sociais.
Por outro lado, referiu que o transporte de ajuda humanitária, outros bens importantes como animais vivos, combustíveis e produtos refrigerados não será bloqueado.
As autoridades ucranianas deploram estes protestos e exigiram que o Governo polaco tomasse medidas após de ter sido confirmada a morte de pelo menos dois camionistas enquanto esperavam nas longas filas para atravessar a fronteira.
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MNE russo sem sinais que Kiev ou Ocidente queiram um acordo político
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que Moscovo não reconhece sinais de Kiev ou do Ocidente de que exista vontade de uma solução política para a guerra na Ucrânia.
“Até agora não vimos qualquer sinal de Kiev ou dos seus senhores de que estão prontos para um acordo político”, disse o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa em Skopje, onde participou na 30.ª reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
No início de outubro, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto formal que confirma “a impossibilidade de realizar negociações com o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin” e vincula todos os cidadãos nacionais.
Por outro lado, “se ouvirmos os dirigentes da NATO e da União Europeia, eles dizem apenas uma coisa: temos o dever de apoiar a Ucrânia, porque se a Ucrânia for derrotada, será a derrota de todo o Ocidente”, disse Lavrov.
Para “iniciar um processo político são necessários dois, como no tango, mas os tipos do outro lado não dançam tango, dançam breakdance”, acrescentou.
Por isso, salientou, a Rússia não vê motivos para rever os objetivos da sua campanha militar na Ucrânia, que Putin definiu como a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
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Orbán diz que UE deveria ter um "acordo de parceria estratégica" em vez de iniciar conversações de adesão
O primeiro-ministro da Hungria defende esta sexta-feira que a União Europeia deveria assinar um “acordo de parceria estratégica” com a Ucrânia em vez de iniciar as conversações para a adesão do país em guerra ao bloco europeu, segundo a Reuters.
Em meados de dezembro os líderes dos 27 países membros deverão decidir se começam conversações de adesão com a Ucrânia, assim que estiverem reunidas as condições finais e mesmo estando o país em guerra com Rússia, seguindo assim a recomendação da Comissão Europeia.
A decisão requer unanimidade e Viktor Órban já avançou que não vai concordar com a prpoosta atual da União Europeia. Esta sexta-feira afirmou que há vários pontos que requerem esclarecimento antes do início das conversações questionando o impacto da adesão no bloco.
“Se não sabemos [quais as consequências que terá] então não deveríamos começar as conversações… Por isso, vou representar o ponto de vista segundo o qual a União Europeia devria primeiro assinar um acordo de parceria estratégica com a Ucrânia” disse Órban, citado na Reuters. “Este [acordo] poderia durar até 5 – 10 anos, vamos aproximá-los porque a distância é muito grande agora”, explicou o primeiro-ministro húngaro. “Vamos dar tempo para trabalharmos juntos e, quando virmos que podemos, depois levantamos novamente a questão da adesão.”
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"O inverno é toda uma nova fase da guerra", disse Zelensky em entrevista
Zelensky deu uma entrevista à Associated Press durante uma visita Kharkiv esta quinta-feira e reconheceu que o inverno trará mudanças na guerra, disse estar satisfeito com a contraofensiva e confessou que não conseguiu todas as armas que gostaria.
“O inverno é toda uma nova fase da guerra”, reconheceu o Presidente ucraniano, depois de uma contraofensiva que começou no verão. Lutar no inverno não é uma novidade, mas traz de novo problemas como temperaturas gélidas e campos áridos que deixam os soldados expostos.
Em relação à contraofensiva que provocou tanta expectativa, mas não os resultados pretendidos. “Nós queríamos resultados rápidos. Dessa perspetiva, infelizmente, não conseguimos alcançar os resultados desejados. E isto é um facto”, disse o Presidente.
Contudo, Zelensky afirma que a Ucrânia não vai recuar e que está “satisfeito”. “estamos a lutar contra o segundo [melhor] exército do mundo, eu estou satisfeito”, afirmou referindo-se ao militares russos.
Zelensky diz, no entanto não estar “satisfeito” com a perda de pessoas e lamenta não ter conseguido todas as armas que queria, por isso diz: “não posso estar satisfeito, mas também não me posso queixar muito”.
Zelensky visitou as tropas na região nordeste da Ucrânia para animar os combatentes.
O Presidente da Ucrânia está em guerra há quase dois anos e confessou temer que o escalar do conflito entre Israel e o Hamas nas últimas semanas ofusque a invasão russa no seu país.
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Primeiro nevão deste inverno faz 10 mortos e deixa 1500 vilas e aldeias sem eletricidade
O inverno ainda não chegou, mas o primeiro nevão desta estação fria já caiu sobre a europa de leste e a Ucrânia foi fortemente afetada.
A zona do país que mais sofreu com o nevão foi o sul, mas 1500 aldeias e vilas ficaram sem eletricidade e 10 pessoas perderam a vida nas regiões de Odessa, Karkiv, Mykolaiv e Kiev, segundo dá conta o jornal Guardian.
Cerca de 2500 pessoas precisaram de auxílio depois de uma tempestade de neve em Odessa e 850 veículos tiveram de ser rebocados.
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Bom dia!
Bem-vindo a este novo liveblog onde vamos acompanhar ao longo do dia os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia. As principais notícias desta quinta-feira ficam arquivadas neste outro liveblog, que pode ser consultado aqui.
Fique connosco.
https://observador.pt/liveblogs/nato-garante-que-a-russia-nao-vai-vencer-a-guerra-pelo-cansaco/#liveblog-entry-634662