Se na 1.ª parte o Sporting, controlando, foi molengão na hora de atacar a baliza de Matt Jones, no recomeço tudo mudou. Mas só mudou porque um contra-ataque do Tondela, o único que fez com cabeça, tronco e membros até aos 31′, não só expulsou Patrício, como resultou num penálti que Nathan converteu com a serenidade de um monge no Tibete. O Sporting ainda tentou reagir, cruzou, tabelou, William rematou, mas só na 2.ª parte, com a saída do mesmo William e a entrada de Gelson, empatou.

No primeiro golo, nem de propósito, Gelson foi um quebra-cabeças pela direita, cruzou para João Mário, João Mário para Slimani, cabendo ao argelino o remate final – a meias com o peito do defesa Tikito. Continuou o Sporting com o pé no acelerador, e quem mais se não Gelson – o camisola “60” entrou com tudo e com vontade de partir a loiça toda – a fazer o 2-1, depois de uma trapalhada de Hélder Tavares na área. Nem sinal de Tondela. Só se via o Sporting a tentar o 3-1, mas, no momento-chave, algo corria mal e pairava no ar a sensação de que o Tondela, mesmo a arfar, mesmo encostado às cordas, poderia motivar-se com o desacerto leonino e chegar ao empate.

E chegou mesmo, com muitas, muitas culpas da defesa do Sporting. Bruno Monteiro, desde a defesa, desmarcou Salva na área contrária, o espanhol, possante, passou por Jefferson e rematou cruzado, com Boeck a ficar mal na fotografia. Não deu para mais. O Sporting empatou, empatou em casa onde só perdeu dois pontos esta época, empatou com o último da Liga, empatou com um Tondela que perdeu oito dos últimos nove jogos que fez, e pior: se ambos venceram, verá Benfica e FC Porto a aproximarem-se perigosamente de si no topo.

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E acabou!

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Há mais 5′ para jogar até final…

Surpresa total: Salva Chamorro empata o jogo num momento em que o Tondela estava nas cordas. E empatou em contra-ataque, pois claro. Bruno Monteiro desmarcou o espanhol desde a defesa, Salva ganhou a frente a Jefferson e rematou, na área e cruzado, para o empate. E fê-lo quando o Sporting estava mas perto do terceiro golo do que o Tondela de atacar sequer.

#SCPxCDT: Salva Chamorro estreia-se a marcar pelo Tondela. Foi o 4.º golo do Tondela vindo do banco (Liga) #playmaker #PrimeiraLiga

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Só dá Sporting, aos de Tondela (mesmo com mais um no relvado) faltam-lhes as pernas para mais, mas rematasse sem direção. Sempre é melhor do que na 1.ª parte, onde não se rematava com direção ou sem ela; simplesmente não se fez.

É o speaker do estádio quem o diz: estão 36.902 espectadores no José Alvalade.

Gelson encheu-se de fé, encheu o pé e fez o empate. Mas, não lhe tirando o mérito, não tirando o mérito à entrada acutilante do Sporting no jogo, a verdade é que o médio Hélder Tavares teve muitas culpas no cartório. Jefferson cruzou da esquerda para a área, Hélder tentou cortar e cortou para onde não se deve: para a entrada da área, de onde os atirados de meia-distância gostam de encher o pé. Gelson não é propriamente um Ruiz nem um Bruno César a chutar, mas fez o precisava de fazer, rematou e bateu mesmo Matt Jones.

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I-na-cre-di-tá-vel. O que Romário acaba de falhar na cara de Patrício. O avançado emprestado pelo Benfica ganhou a frente a Ewerton, esperou que o brasileiro se aproximasse, fintou-o, deixou-o sentado no relvado e rematou ao ângulo. Mas falhou o ângulo por muito. Alguém dirá: é só desviar. Pelos vistos, não é.

O Sporting está de cabeça perdida. E tudo porque Ruiz fez tudo bem, rematou para a baliza sem ninguém, mas Tikito apareceu, não se sabe bem de onde e com os braços no ar, a cortar. Pediu-se penálti. Tikito foi imprudente a saltar, sim. Mas o corte é mesmo (em cima da linha) de cabeça.

O remate, na área, foi desviado por Tikito para a baliza de Jones. Meio golo é de Gelson, que entrou endiabrado, passou por tudo e todos na direita, desmarcou João Mario na área, o “17”, por sua vez, desmarcou Slimani, o argelino tirou Tikito da frente com golpe de asa, e rematou para golo. Provavelmente seria golo, provavelmente não. O certo é que o desvio do central do Tondela deu uma ajudinha.

#SCPxCDT: Islam Slimani marca há 4 jogos consecutivos e iguala a sua melhor série de sempre no @Sporting_CP (fevereiro e março 2014)

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As bancadas pediram penálti. Mas não. Ruiz foi genial, picou a bola por cima de um central do Tondela, avançou para a área, tinha mais um por diante, mas caiu. E caiu porque se desequilibrou. Por ele, Ruiz, certamente que tinha rematado. Tanto que ele nem protestou.

Em duas jogadas seguidas o Tondela já mostrou ao que veio na 2.ª parte: recuperar a bola rápido e contra-atacar mais rápido ainda. Por enquanto, a defesa do Sporting está a dar conta do recado.

Ao intervalo, William Carvalho ficou no duche e Gelson entrou na sua vez. Adrien fará a posição “6” do meio-campo.

Aí está o recomeço!

Verdade seja dita, ninguém, nem o Sporting nem o Tondela, fez muito por vencer. Não que tenha sido um aborrecimento a 1.ª parte, mas simplesmente não se rematou. Ou o que se rematou, rematou-se mal. Torto.

O Tondela defendia com segurança – sem trazer propriamente um autocarro a Alvalade, o que é de louvar, visto que é último classificado da Liga –, mas procurava sempre, e assim o Sporting deixasse, contra-atacar. Não o fez até aos 30′. E não o fez porque o passe derradeiro, aquele que desmarcaria alguém nas costas da defesa do Sporting, apanhando-a em contra-pé, falhava. E quando não era o passe que falhava, era a receção. Mas aos 30′ minutos correu tudo conforme planeado. Guzzo desmarcou Nathan nas costas de Naldo, o brasileiro do Sporting é rápido mas não teve pernas para o do Tondela, Patrício tentou remediar o mal, mas a emenda saiu-lhe pior que soneto. Porquê? Porque derrubou Nathan e acabou expulso na sequência do derrube.

O Tondela marcou, o Sporting, que andou um tanto molengão no início, reagiu, pressionou mais alto, mais intensamente, tentou rematar, de onde quer que fosse, como quer que fosse, mas à vontade não se lhes aliou o engenho e o jogo acabou mesmo empato. No recomeço, e mesmo com menos um em campo, o Sporting tem que fazer mais e melhor. É que não só é líder, não só está em casa — e não perde em Alvalade há 25 jogos –, como o Tondela é último e perdeu oito dos últimos nove jogos que realizou.

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Priii, Priiiiiiii! Duas apitadelas, acabou a 1.ª parte.

O árbitro Luís Ferreira dá um minuto de tempo extra.

João Mário entrou na área pela direita, com os pézinhos de lã que só ele tem, ultrapassou o lateral Nuno Santos, adiantou demais a bola, mas esta ainda sobrou para William, que rematou cruzado. Foi mais vistosa que difícil a defesa de Matt Jones para a lateral contrária.