O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, anunciou hoje que o seu país enviará um segundo porta-helicópteros adaptado para ajudar os hospitais na Faixa de Gaza.

O Dixmude — um dos três porta-helicópteros anfíbios da frota militar francesa – deverá juntar-se ao Tonnerre, que partiu em 25 de outubro para prestar apoio médico à população do enclave palestiniano, perante o bloqueio imposto por Israel.

“Está em processo de conversão num navio-hospital”, explicou Lecornu, acrescentando que esta operação ocorrerá em meados deste mês.

“A população civil de Gaza deve ser protegida. É o direito internacional e também é o dever moral da França desempenhar este papel na região”, argumentou Lecornu.

A Universidade de Cornell cancelou as aulas previstas para sexta-feira, depois de um estudante ter sido acusado de fazer ameaças antissemitas nas redes sociais nas instalações universitárias.

O estudante Patrick Dai, de 21 anos, foi detido na terça-feira e acusado de colocar ameaças de morte contra terceiros, usando comunicações interestaduais, depois de as autoridades dizerem que fez ameaças em um fórum em linha durante o fim de semana.

Foi detido sem admissão de caução, depois da primeira comparência em um tribunal federal.

Uma porta-voz da Universidade declarou que a decisão de encerrar na sexta-feira foi tomada “em reconhecimento da pressão extraordinárias das últimas semanas”.

Mohammed Abu Hatab, jornalista da televisão estatal palestiniana, morreu num ataque israelita em Gaza. Os bombardeamentos atacaram a sua casa, onde 11 membros da sua família também morreram.

Segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas, já morreram 36 jornalistas desde o dia 7 de outubro.

#Update: Today, Mohammed Abu Hatab, a correspondent for the local channel Palestinian TV, was killed along with 11 members of his family in an Israeli airstrike in #Gaza.

Up until now, 36 journalists have been killed in the #Israel–#Gaza war.https://t.co/lNtZEQfEOX

— CPJ MENA (@CPJMENA) November 2, 2023

A Câmara dos Representantes aprovou hoje um pacote de ajuda para Israel. A votação coincidiu também com o primeiro discurso de Mike Johnson como líder da Câmara dos Representantes, mas os democratas norte-americanos não deverão aprovar este pacote nos próximos níveis.

Segundo o ABC, o pacote prevê uma ajuda de mais de 13 mil milhões de euros a Israel, mas está ainda em fase de projeto de lei, o que significa que terá ainda de passar pelo Senado e pela Casa Branca. Os democratas querem que o pacote de ajuda seja destinado a Israel e à Ucrânia, mas a ajuda aprovada hoje só prevê Israel como destino.

O porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida, não deixou o anúncio do certo total à cidade de Gaza feito por Israel na tarde de hoje sem resposta.

“Gaza será uma maldição na história de Israel”, declarou, citado pela France 24. Na mesma mensagem áudio, deixou um aviso aos israelitas: “Muitos dos vossos soldados vão voltar em sacos pretos.”

Horas antes destas declarações, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, revelou que o exército terminou o cerco à Cidade de Gaza, que apelidou de “centro da atividade do Hamas”.

O contra-almirante deixou ainda uma resposta a todos os que pedem uma pausa nos combates: “O conceito de cessar-fogo não está em cima de mesa de forma alguma – as IDF estão a travar uma guerra para desmantelar o Hamas”.

O Papa Francisco defendeu hoje a urgência de fornecer ajuda humanitária a Gaza e alcançar a paz no Médio Oriente, numa conversa telefónica com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

Na chamada, que decorreu durante a tarde, os dois responsáveis abordaram os “últimos acontecimentos na Palestina, incluindo Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém”, e o Papa também expressou tristeza perante as vítimas civis, noticiou a agência palestiniana Wafa.

Por sua vez, o líder palestiniano agradeceu os esforços do chefe da Igreja Católica em prol da consolidação da paz na região e sublinhou a importância de o Vaticano continuar a pedir um cessar-fogo.

Abbas enfatizou a importância de “uma solução política assente na legitimidade internacional para alcançar a liberdade, a independência e a soberania do povo palestiniano”, segundo a mesma fonte.

O dirigente palestiniano frisou a necessidade imperiosa de pôr fim ao terrorismo contra o povo palestiniano na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e reiterou o seu firme repúdio da deslocação forçada de palestinianos.

A estação estatal israelita Kan News revelou que as famílias das pessoas que foram raptadas pelo Hamas têm recebido mensagens supostamente enviadas grupo terrorista.

“Oferecemos ao vosso governo uma troca de prisioneiros, mas não foi aceite”, é o conteúdo das mensagens reveladas pela Kan News, citada pelo Times of Israel, que incluem ainda um link no qual as famílias devem clicar para receber informações dos raptados.

“Esta é a nossa mensagem: a libertação de todos os prisioneiros sionistas em troca da libertação de todos os prisioneiros palestinianos.”

Através da fronteira de Rafah, no Egipto, entraram hoje 102 camiões de ajuda humanitária em Gaza. Segundo o Times of Israel, este é o número mais elevado desde que a ajuda humanitária começou a passar a fronteira.

De acordo com os números avançados pelo Crescente Vermelho da Palestina, entraram 374 camiões desde o dia 21 de outubro.

Today, the @PalestineRCS teams received 102 humanitarian aid trucks from the Egyptian Red Crescent at the Rafah crossing, which were loaded with provisions such as food, water, relief supplies, medicines, and medical equipment.

As of now, a total of 374 trucks have been… pic.twitter.com/uvRFMOcIqi

— PRCS (@PalestineRCS) November 2, 2023

O primeiro-ministro israelita poderá estar a ponderar um breve cessar-fogo humanitário, como resposta a um pedido dos Estados Unidos, relata o jornal Times of Israel.

A informação surge numa altura em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chega a Israel para reunir com Netanyahu.

A Turquia anunciou hoje que está pronta para receber doentes com cancro, que ficaram sem acesso a tratamentos depois de o hospital turco-palestiniano ter ficado sem combustível. Esta unidade hospitalar era a única em Gaza onde eram feitos tratamentos contra o cancro.

“Estamos prontos para fornecer todo e qualquer apoio para continuar o tratamento de pacientes com cancro que receberam alta forçada do hospital devido à falta de recursos”, disse Fahrettin Koca, ministro da saúde da Turquia. “A comunidade internacional e as instituições relevantes, infelizmente, não tomaram iniciativa suficiente para evitar os ataques ao hospital”, acrescentou.

يجب على المجتمع الدولي أن يختار بين تعمد ترك المرضى يموتون وإنقاذ حياتهم

اضطر مستشفى الصداقة التركي الفلسطيني العامل في غزة إلى وقف أنشطته تماما يوم أمس نتيجة لنفاد الوقود والهجمات الإسرائيلية المستمرة. رغم كل تحذيراتنا ونداءاتنا للمؤسسات ذات الصلة والمجتمع الدولي

ونحن في تركيا…

— Dr. Fahrettin Koca (@drfahrettinkoca) November 2, 2023

O alerta tem sido dado nos últimos dias e hoje o principal representante da agência da ONU para assistência aos refugiados palestinianos disse que as reservas de combustível estão “completamente esgotadas”. E não só: os serviços públicos que restavam em Gaza “entraram em colapso” e os camiões de ajuda humanitária que têm entrado não são suficientes.

Uma vez que não existe combustível, as Nações Unidas não vão conseguir distribuir, por exemplo, água aos hospitais de Gaza.

Setenta e quatro norte-americanos com dupla nacionalidade já deixaram a Faixa de Gaza, disse hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na véspera do início de uma visita do chefe da diplomacia de Washington, Antony Blinken, ao Médio Oriente.

“Retirámos hoje 74 americanos com dupla nacionalidade”, anunciou Biden numa breve conversa com jornalistas ao receber o Presidente da República Dominicana, Luis Abinader, para uma reunião na Sala Oval, em Washington.

A Casa Branca afirmou anteriormente que cerca de 500 a 600 cidadãos norte-americanos ficaram retidos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.

Desde então, o conflito que já dura há quase um mês continua a agravar-se sem fim à vista.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, garantiu hoje que o exército terminou o cerco à Cidade de Gaza, que apelidou de “centro da atividade do Hamas”.

Segundo Hagari, os soldados israelitas estão “a atacar postos avançados, quartéis-generais, posições e infraestruturas de lançamento [de mísseis] e a eliminar terroristas em combate corpo a corpo”.

O contra-almirante deixou ainda uma resposta a todos os que pedem uma pausa nos combates: “O conceito de cessar-fogo não está em cima de mesa de forma alguma – as IDF estão a travar uma guerra para desmantelar o Hamas”.

O movimento xiita libanês Hezbollah afirmou hoje ter atacado simultaneamente “19 posições e instalações militares” israelitas, antes de o seu líder determinar se o grupo envolverá totalmente o Líbano no conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Num comunicado, o partido pró-iraniano indicou que, às 13h30 TMG (e de Lisboa), os seus combatentes atacaram “ao mesmo tempo 19 posições e instalações militares sionistas com a ajuda de mísseis teleguiados, de morteiros” e outro armamento e enviaram simultaneamente drones (aeronaves não-tripuladas) para atacar “as quintas ocupadas de Shebaa”.

Entretanto, o Exército israelita já retaliou, anunciando ter realizado um “ataque de grande envergadura” contra o Hezbollah, em resposta aos projéteis disparados pelo movimento a partir do Líbano para território de Israel.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que pedirá a Israel que tome “medidas concretas” para minimizar o perigo para os civis em Gaza, apelando à prevenção de qualquer escalada na região.

“Vamos falar sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar os danos aos homens, mulheres e crianças de Gaza”, disse Blinken aos jornalistas antes de partir para Israel.

O chefe da Diplomacia norte-americana também garantiu que os Estados Unidos estão “determinados” em evitar qualquer escalada do conflito entre Israel e o Hamas.

Desde que o Hamas atacou Israel, já morreram 72 trabalhadores da ONU em Gaza, avançou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina.

“Estão a lutar diariamente para encontrar comida, para encontrar água, para proteger os seus filhos. E, apesar disso, e apesar da perda dentro desta organização [ONU], continuam focados em fazer tudo o que for possível para fornecer apoio ao povo de Gaza. Mas é uma luta diária constante”, referiu o representante da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina à CNN.

As Nações Unidas anunciaram que vários ataques israelitas mataram hoje mais de 20 pessoas que estavam abrigadas em escolas da ONU, em Gaza.

Fonte das Nações Unidas disse à CNN que, em poucas horas, três escolas que abrigam cerca de 20 mil pessoas foram alvo de ataques.

???? Four @UNRWA shelters damaged in less than 24 hours in????#GazaStrip

Today a @UN school was damaged in Jabalia Refugee Camp, reportedly killing at least 20 people

Another shelter at Beach Refugee Camp was also damaged, with one child reportedly killedhttps://t.co/vz5cqZRksg pic.twitter.com/q4cAdn5XzE

— UNRWA (@UNRWA) November 2, 2023