Momentos-chave
- Jardim: Eleição de Marcelo "reequilibra" país
- Nóvoa: "Se isto não é o país real, onde está o país real?"
- Marcelo diz que o principal adversário "é a situação económica e social"
- Marisa Matias diz que Cavaco falhou na inclusão social
- Marcelo quer ser "árbitro" que ora apita "à esquerda" ora "à direita"
- Nóvoa: "O meu programa chama-se Constituição"
- Maria de Belém na Fábrica da Cavalinho: entre o presépio e as mulheres
Histórico de atualizações
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Boa noite. O liveblog de hoje fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado. Amanhã regressaremos para mais um dia de campanha.
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O candidato presidencial Edgar Silva louvou o “detetor de mentiras”, aludindo ao facto de o concorrente Marcelo Rebelo de Sousa ter recebido apoios diretos do PSD-Madeira, designadamente o “de peso”, “cereja no topo do bolo”, Alberto João Jardim.
“Para quem tanto se ufanou, que tanto se propagandeia como independente, hoje foi um dia farto, um dia gordo”, brincou o ex-padre e deputado regional da Madeira, referindo-se ao antigo presidente do PSD e comentador político em quem os votos são “estar ao lado de Alberto João Jardim” – “em matéria de independentes e independência, estamos entendidos, viva o detetor de mentiras!”, concluiu, falando num comício em Braga.
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Jardim: Eleição de Marcelo "reequilibra" país
O ex-presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou esta quarta-feira que a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa “poderá reequilibrar o país ao centro”, porque o candidato “nada tem a ver com o neoliberalismo errado” de Passos Coelho. “Penso que a eleição do professor Rebelo de Sousa, como é tradição em Portugal, poderá reequilibrar o país ao centro”, disse Jardim durante uma visita ao museu CR7, na Madeira, que contém o espólio do futebolista Cristiano Ronaldo. O ex-líder madeirense, que acompanhou o antigo presidente do PSD nesta ação de campanha no Funchal, acrescentou que “gostava que Marcelo ganhasse à primeira volta, porque à segunda é mais difícil”.
“Eu apoio o professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas tenho uma discordância com ele”, adiantou, apontando que o candidato é “pró situação constitucional”, da qual discorda. Para Jardim, “não apareceu um único candidato antirregime nestas eleições”, considerando, por isso, “que a democracia ficou incompleta”. Instado a comentar se tinha pena de não ter avançado com uma candidatura a estas eleições presidenciais, respondeu: “Eu não sou um Dom Quixote, e, portanto, ou se tem meios ou não se tem”, acrescentando não ter “pena nenhuma” de não ter avançado. “Nestas coisas, ou se vai quase pela certa, ou então não se vai, mas não se anda a brincar aos dons Quixotes nestas coisas”, referiu, citado pela Lusa.
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Belém. "Podem dizer muitas gracinhas", mas "eu ando transbordar de afeto há mais de 4 décadas"
Depois da intervenção acesa de Jorge Coelho, foi a vez de Maria de Belém. Menos quente, mas igualmente assertiva, a ex-ministra da Saúde escolheu a melhor defesa: o ataque. “Caros e caras amigos, podem dar muitos beijinhos a muita gente, distribuir muitos abraços e dizerem muitas gracinhas, mas outra coisa é transbordar de afeto durante mais de quatro décadas”.
Maria de Belém voltou a lembrar as grandes causas da sua candidatura – a economia social, a igualdade de género e a defesa do Estado Social -, antes de lembrar a obra e o currículo que fazem dela, garante, a única pessoa com capacidade para “estar à frente dos destinos do país”. Alguém que teve “capacidade de perceber e conhecer o que é o país, de conhecer e perceber como funcionam as instituições, de ter passado por todas elas, de ter representado o país em múltiplos eventos internacionais”.
Tudo para dizer: “Não. [A] minha candidatura à Presidência da República não é nem uma brincadeira, nem um capricho, nem uma aspiração tardia”.
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Mariana Mortágua: Presidente não é primeiro-ministro, mas não é espectador
Nem Marcelo, nem Maria de Belém, nem Sampaio da Nóvoa, nem Edgar Silva. Para Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, nenhum dos outros candidatos se compara a Marisa Matias. Num jantar na Voz do Operário, a popular deputada bloquista disse às cerca de 400 pessoas presentes que enquanto Marcelo jura defender a Constituição, tentou acabar com o SNS quando era líder do PSD.
Que enquanto Maria de Belém dissolveria a Assembleia da República por incumprimentos do Governo nacional para com Bruxelas, Marisa Matias fez frente ao “monstro anti-democrático” das instituições europeias. Que ao contrário de Sampaio da Nóvoa, a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda considera que uma das funções do Presidente da República é “afrontar” Bruxelas.
Mesmo em relação a Edgar Silva, Mortágua encontrou diferenças, dizendo que Marisa Matias “nunca se calou” perante os abusos do regime angolano face a Luaty Beirão, ativista que se opõe ao regime de José Eduardo dos Santos. “É preciso perceber que o Presidente não é primeiro-ministro, mas não é espectador”, declarou a deputada.
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A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu hoje a importância de uma segunda volta nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, já que o próximo Presidente terá de tomar decisões “muito importantes e difíceis”. “Julgo que é muito importante que exista segunda volta. Nós não podemos fazer das presidenciais concursos de lugares comuns ou em que já está tudo decidido”, argumentou. No final de uma visita às instalações da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, no concelho de Nelas, Catarina Martins sublinhou aos jornalistas que o próximo Presidente da República terá em cima da mesa decisões difíceis, tendo de “se pensar muito bem quem pode tomar estas decisões”.
Lusa
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Jorge Coelho e uma dica ao "Groucho Marx": "Isto não é para eleger o Mister simpatia"
O primeiro jantar-comício de Maria de Belém está quente e tem um responsável por isso. Seu nome? Jorge Coelho. O ex-ministro de António Guterres elegeu um alvo e não mais o largou: Marcelo Rebelo de Sousa. O candidato presidencial ainda deve estar com as orelhas a arder, tal foi a forma arrasadora como Coelho o atingiu.
O socialista disparou em todas as direções: nas idas à farmácia de Marcelo, nas noites de comentário televisivo, nas alegadas incoerências, na ligação ao PSD. Tudo. Até lembrou “uma velha piada sobre o Groucho Marx” que serve como uma luva a Marcelo Rebelo de Sousa. “Estes são os meus princípios, e se vocês não gostarem deles… bem, tenho outros”, comparava Jorge Coelho.
Mas isto foi só o começo. “Às vezes não parece, mas nós estamos a tratar das eleições a pessoa mais simpática, a pessoa que comenta mais, que nos diverte mais, que em cada momento diz aquilo que queremos ouvir”. Não, diz Jorge Coelho. “Isto não é para eleger o Mister simpatia”.
Talvez aí Marcelo ganhasse, reconheceu o socialista. Mas não é isso que está em causa. “É preciso eleger um Presidente com maturidade, com experiência, que nos possa trazer confiança”. Belém tem-na, Marcelo Rebelo de Sousa não.
O público gostava e o socialista não tirava o pé do acelerador. O ex-ministro acusou Marcelo de estar a fugir ao debate de ideias e de estar a protagonizar um “autêntico circo” à volta da campanha presidencial, que lhe retira “dignidade”. E tudo começou com os debates onde, pela primeira vez em muitos anos, o ex-comentador teve um adversário. “E passou-se da cabeça. Ficou nervoso e desgastou-se”.
Agora, diz Jorge Coelho, Marcelo está a tentar recuperar a imagem simpática que alimentou durante anos. “Está outra vez a tentar fazer com que a sociedade portuguesa esteja anestesiada” por “um valium fraco” que as ponha dormir até dia 24 de janeiro.
“Não podemos deixar passar isto em vão”, atirou o ex-braço direito de António Guterres. “O rei dos comentadores de televisão” bem pode querer iludir os portugueses, mas os portugueses não se vão deixar iludir. Começando pelo suposto afastamento entre Marcelo e a liderança do PSD. Para o socialista, Marcelo e o PSD são como aqueles casais que decidem meter “umas férias conjugais”, mas, meia-volta, não resistem a um bom “desvio”. Foi isso que aconteceu na Madeira, quando Marcelo, Miguel Albuquerque e Alberto João Jardim andaram de braço dado. E até o CDS se deitou na mesma cama madeirense, reiterou Jorge Coelho.
Marcelo é, assim, um “desvio” em andamento, cuja marca de água não é mais do que a “confusão” e obra por fazer, repetiu o socialista. Foi assim no Governo de Francisco Pinto Balsemão, foi assim quando era líder do PSD na oposição e foi assim nas eleições autárquicas em Lisboa, onde foi “copiosamente derrotado por Jorge Sampaio”. Não há obra, acusa Jorge Coelho. Só incoerência. A Marcelo só lhe falta escolher “a música do Avante! para hino de campanha”.
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Nóvoa: "Se isto não é o país real, onde está o país real?"
Ao quarto dia, Deus andava entretido a criar o que faltava do mundo para que o Homem não se aborrecesse. Ao quarto dia, Sampaio da Nóvoa (salvas as devidas distâncias, está bom de ver) olhou para a obra dos últimos três dias e considerou que era boa. Por isso, não só prometeu continuar a trabalhar (e nem ao sétimo dia vai haver descanso) como trouxe para a campanha um chavão que ainda a ninguém tínhamos ouvido: o país real.
Em Faro, num jantar-comício que já começa a distinguir esta caravana das restantes, Sampaio da Nóvoa acabou um dia longuíssimo em que parecia que havia mais um brilharete à mão. Depois de dois mil quilómetros de estrada, o candidato olhou para trás e gostou do que viu. “Se isto não é o país real, onde está o país real?”, desabafa, perante a plateia de 380 pessoas que teimam em só gritar “Sampaio! Sampaio!” e não o “Nóvoa a Presidente” que a comitiva se tinha esforçado por introduzir nos últimos dias.
O professor aproveitou mais uma noite de ajuntamento expressivo para falar outra vez no “tempo novo”, a expressão que mais vezes repete e que não se cansa de dizer que foi o que o trouxe até aqui. “O novo tempo cabe numa única palavra: dignidade”, disse, considerando que a sua candidatura visa “unir o que foi desunido” nos últimos quatro anos. Ou mais. “Já tivemos dez anos de um Presidente que prometeu cumprir e defender a Constituição e não o fez”, atirou sobre Cavaco, numa altura em que isso dá jeito porque há quem diga que Marcelo e Cavaco não mudam se não na capacidade de sorrir.
“Há ainda quem veja a democracia como uma coutada de caça aos votos”, disse ainda, motivando uma explosão de gritos no ginásio do Instituto Dom Francisco Gomes, que em Faro se dedica a ajudar crianças e jovens em risco. “Tem uma coisa, para mim, que é boa: nã é catavento”, comenta um homem mesmo ao lado da mesa dos jornalistas. Lá nisso tem razão: goste-se ou não, Sampaio da Nóvoa tem-se focado nas mesmas mensagens. “Não há portugueses de primeira e de segunda”, “todos, de Caminha a Olhão, têm de ter as mesmas oportunidades” e “o futuro está nesta candidatura” são outras frases do discurso desta noite.
A noite de hoje acaba em Faro. Amanhã às 9h, a campanha começa em Coruche.
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O dia de Sampaio da Nóvoa teve vários improvisos, mas acaba de forma convencional. Com o já habitual jantar-comício.
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Maria de Belém está prestes a discursar naquele que será o primeiro jantar de comício desta campanha, na Expocenter – The Day After, em Viseu.
Já está quase tudo a postos para o jantar de comício de Maria de Belém, em Viseu pic.twitter.com/uZ4cuqc7Cf
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 13, 2016
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Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, intervém na sexta-feira num jantar-comício da candidatura de António Sampaio da Nóvoa, revelou à agência Lusa fonte da candidatura.
O governante socialista vai participar num evento a decorrer na sexta-feira em Matosinhos. A chegada de Santos Silva à campanha consiste em mais um momento de apoio público de um ministro do atual Governo, depois da intervenção na terça-feira do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, num comício em Évora.
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Maria de Belém: "O nosso passado é que é a prova e a segurança do nosso futuro"
De cartas na mesa. Assim parece estar Maria de Belém. Esta quarta-feira, depois de ser recebida pelo presidente da Câmara de Mortágua, José Júlio Norte, a ex-ministra da Saúde voltou a puxar do seu principal trunfo: um currículo de 40 anos de serviço público e de causas. Tudo para dizer que “o nosso passado é que é a prova e a segurança do nosso futuro”.
A candidata continuou ao corte. “Vejo nesta campanha candidatos a fazerem muitos coisas que nunca tinham feito na vida. Aproximaram-se de compromissos que nunca tiveram no leque das suas preocupações”.
São “bem-vindos”, diz Belém. Mas, nessa estrada já eu caminhei, parece dizer. E é isso vem no cartão de visita da candidata. “Transparente, coerente, com firmeza e determinação”. Assim vai Maria de Belém antes do primeiro jantar de campanha, às 20h00, em Viseu.
Belém a ser recebida pelo presidente da Câmara de Mortágua. Lá ao fundo, o retrato de Cavaco Silva observa, atento. pic.twitter.com/Cd2PB4gy9n
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 13, 2016
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Henrique Neto desconfia, mas sublinha renegociação do Governo com FMI
Henrique Neto mostrou-se “desconfiado” da renegociação da dívida portuguesa ao FMI, mas considerou sintomático que este Governo tenha conseguido e o anterior não. Henrique Neto defendeu que o impacto desta alteração “depende muito das condições”, mas considerou que “é sintomático que este Governo tenha conseguido isso do FMI e o Governo anterior não o tenha feito”, o que no entender do candidato “resulta de falta de vontade do Governo anterior, filosofia do Governo anterior ou de que o FMI tenha mudado de posição”.
“Se o Governo for um governo exigente, disciplinado, ter mais prazo é bom, porque podemos investir em coisas boas, que sejam rentáveis para o futuro. Se for facilitista ou quiser investimentos iguais àqueles que andámos a fazer durante o tempo do Sócrates, então é uma desgraça”, observou.
Henrique Neto reiterou que não sabe se o negócio é bom, enquanto não tiver a informação toda, para afirmar que “um dos grandes dramas da política portuguesa é a ausência de transparência”. O candidato voltou a referir-se à resolução do banco Banif para acusar o Banco de Portugal de estar “intencionalmente a enganar os portugueses” quando se diz que das quatro ofertas de compra do banco apenas uma era válida.
Lusa
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Nóvoa: "Quem nasce pobre não tem de morrer pobre"
Na segunda paragem algarvia, Sampaio da Nóvoa foi à Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, onde fez uma evocação do escritor e ex-Presidente, ao mesmo tempo que deixou — mais explícita do que implícita — uma comparação entre si e aquele chefe de Estado.
Perante uma sala cheia de membros da entourage e de personagens locais, Nóvoa reclamou a pertença a uma corrente de ideais republicanos, nomeadamente os da Primeira República, de que Teixeira Gomes foi um dos Presidentes.
Esse período da História política nacional “devia ter sido a res publica, a proteção sempre do interesse público, do interesse de todos”. Mas não foi e Teixeira Gomes acabaria por “sair desiludido” com o cargo, disse Nóvoa.
Agora, acrescentou, ele apresentava-se a votos com “essa liberdade” e “essa independência” face a “interesses privados” e com uma ideia “absolutamente essencial” na República: a de que “todos têm direito a uma oportunidade”. Tal como Teixeira Gomes, disse Nóvoa, também o atual candidato presidencial defende que “quem nasce pobre não tem de morrer pobre”, porque “a República é, por definição, a mobilidade social”.
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Marcelo diz que o principal adversário "é a situação económica e social"
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje que o seu principal adversário é situação económica e social, que causa problemas aos portugueses. Numa ação de campanha no Funchal, Marcelo, além de considerar que o seu adversário principal “é, sem dúvida, a situação económica e social”, sublinhou, também, o desejo dos portugueses de saída da crise.
O país tem “de sair da crise dê por onde der”, disse Marcelo, para quem “não é possível prolongar mais esta crise que está a custar imenso a muito aos portugueses”. “Esse é o meu adversário”, vincou, realçando que esta é uma das suas preocupações. “Depois, o que existem são outras candidaturas que, naturalmente, cumprem a sua função”, afirmou.
Na ocasião, o candidato recusou reagir às acusações de Sampaio da Nóvoa, que considerou, terça-feira, em Évora, que um “candidato a Presidente que dá por garantida a aprovação de um orçamento [de Estado] que ainda não conhece, apenas para apressar a sua eleição, já está a servir mal os portugueses”.
Para o candidato, colaborar para a saída da crise “significa criar todas as condições para que o Governo tenha sucesso nas suas políticas, no Orçamento, como outras políticas”. “E, felizmente, como disse ontem [terça-feira], o Governo aponta para uma meta que me parece correta, que é 3% do défice, e essa é a função do futuro Presidente da República, tem de criar condições para sair [da crise]”, referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa apontou ainda que “Portugal precisa de sair do processo de défices excessivos e, portanto, tudo o que for feito para que o Governo tenha sucesso, (…) na aprovação do Orçamento, (…) na tomada de medidas positivas no plano social, económico e financeiro, o Presidente deve colaborar”.
Lusa
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Edgar Silva diz que Passos confirmou que Marcelo e Cavaco são iguais
Edgar Silva diz que viu confirmada a tese de que o seu adversário Marcelo Rebelo de Sousa não difere política e ideologicamente de Cavaco Silva, referindo-se à entrevista do ex-primeiro-ministro e presidente do PSD, Passos Coelho à Rádio Renascença.
“No essencial, na conceção da Presidência e na natureza das políticas, não se diferenciam – Cavaco e Marcelo Rebelo de Sousa. Dizia Passos Coelho que, sendo personalidades e estilos diferentes, a natureza das políticas e a conceção dos poderes e exercício das funções presidenciais não se diferenciam”, disse, criticando “a reserva mental” que aquelas personalidades têm face a “partes da Constituição” da República.
O antigo padre e deputado regional madeirense sublinhou que Rebelo de Sousa e Passos Coelho “quiseram impor uma revisão constitucional [em 2010], que atentava contra direitos dos trabalhadores, como pôr fim ao despedimento só com justa causa”. “O que confirma é que, quer em relação a Rebelo de Sousa, quer a Cavaco Silva, não há qualquer diferenciação de fundo. Ele [Passos Coelho] não só apoiou Cavaco Silva como apoiou agora Rebelo de Sousa”, frisou Edgar Silva, salientando a “identidade comum”, mas “talvez um mais sorridente que outro”.
Lusa
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Marisa Matias diz que Cavaco falhou na inclusão social
Marisa Matias lembrou que ainda se está na campanha da primeira volta e a “democracia está a funcionar”, refreando o ímpeto vencedor de Marcelo que diz ter a vitória na primeira volta assegurada. A candidata visitou esta quarta-feira a Cova da Moura e disse que a inclusão foi esquecida por Cavaco Silva nos seus roteiros e apenas mencionada nos seus discursos anuais.
“Esta é uma comunidade onde vive muita gente e precisam de serviços públicos dignos, as creches abrem as 6 da manha e os pais têm de sair muito cedo para ir trabalhar em Lisboa”, lembra a candidata, lembrando os problemas que instituições como o “Moinho da Juventude” enfrentam nos arredores mais pobres em Lisboa. Para ajudar nestas questões como Presidente, Marisa diz que basta fazer cumprir a Constituição e “não só a capa”.
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Ora aí está Nóvoa a fazer jus à fama… Em Lagos, o desafio foi superado: toques na bola com o joelho pic.twitter.com/OQXEj93sAP
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 13, 2016
A viagem entre Aljustrel e Lagos foi em velocidade cruzeiro. Houve um breve discurso e um passeio pelo centro da vila. Mas não só. Desafiado por uma rapariga, o candidato mostrou que ainda tem jeito para a bola.
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Maria de Belém já está na Fábrica da Vista Alegre, em Ílhavo pic.twitter.com/IBiXvvQR9N
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) January 13, 2016
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Marcelo quer ser "árbitro" que ora apita "à esquerda" ora "à direita"
Na Madeira, lado a lado com o líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu insistir que a posição que quer manter é equidistante para todos os partidos.
“Quero colocar-me na posição de candidato presidencial e depois de Presidente da República, de árbitro. Um árbitro não está contra nenhum dos clubes, está acima dos clubes. E ora apita contra o clube que está à esquerda ora à direita”, disse no Funchal em declarações captadas pela SIC.
Aos jornalistas, agradeceu no entanto o apoio dos sociais-democratas da ilha depois de Miguel Albuquerque ter insistido na ideia de que os partidos não se podem pôr de parte das presidenciais: “Já sabem que eu não peço apoios, a candidatura é independente. Não me vinculo a apoios, mas é evidente que agradeço o apoio do PSD/Madeira”, disse Marcelo.
O candidato continua o dia de hoje pela Madeira com várias arruadas e até uma visita ao Museu de Cristiano Ronaldo.