Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Este liveblog onde acompanhámos o segundo dia do 24.º Congresso do PS fica por aqui. Pode acompanhar o último dia dos trabalhos neste novo link, no dia em que o novo secretário-geral do PS faz o discurso de encerramento.

    Montenegro: “Ao contrário do PS, não somos um movimento político ressabiado”

  • Mariana Vieira da Silva fecha Congresso a apontar objetivos de "ambição, força e disciplina" para a campanha eleitoral

    Mariana Vieira da Silva fecha o segundo dia do 24º Congresso do PS e aproveita para fazer um “balanço por ser a última a falar”.

    Como ministra do último Governo de António Costa, garante que os socialistas fizeram, simultaneamente, “a melhoria dos rendimentos e a política das contas certas”, garantindo que “foi mesmo uma política económica diferente que nos trouxe as contas certas, com o aumento do salário mínimo e médio a subir”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    “No PS sabemos que só uma sociedade mais justa e coesa é que pode ser mais inovadora e é isto que uma parte da direita não percebe e que outra parte não aceita (…) Porque o PS conseguiu o que eles não conseguiram”, defendeu a responsável da pasta dos Assuntos Parlamentares.

    Mariana Vieira da Silva apontou os três objetivos para a campanha que se aproxima a passos largos: “ambição, força e disciplina”. E alerta: “Não nos podemos esquecer daquilo que os portugueses esperam de nós que são respostas e soluções para uma vida melhor.”

  • Manuel Pizarro: "Do lado direito as críticas ao SNS visam abatê-lo"

    Manuel Pizarro, ministro da Saúde, intervém no congresso com foco total na pasta que lidera. Lembra a “conquista do sistema democrático que é o SNS” e recorda que “perante a gravidade dos efeitos sanitários na pandemia foi no SNS que os portugueses encontraram apoio”.

    “Do lado direito, as críticas ao SNS visam abatê-lo, não há nenhuma proposta de alternativa”, acusa Pizarro, que lembra que “PSD e CDS votaram contra um SNS público, geral e universal”. O ministro não duvida de que a “única garantia de que o SNS vai continuar a existir é uma vitória do PS nas próximas eleições”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Brilhantes Dias acusa Marcelo de ter dissolvido Parlamento quando há "uma maioria absoluta que continua coesa"

    Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, sobe agora ao púlpito para assegurar que esta “crise política não é como as outras”, sendo “diferente porque o Presidente da República dissolveu o Parlamento tendo o PS uma maioria absoluta que continua coesa e correspondendo ao principal sublinhado: estabilidade política”.

    “O primeiro-ministro pediu a demissão na sequência de um caso judicial. E pela primeira vez temos dissolução da Assembleia da República e um tempo que une o tempo da justiça ao tempo da política”, sublinha.

    Na visão de Brilhante Dias, “o que está a acontecer no país é uma campanha eleitoral contaminada por esse conjunto de elementos”.

    Para concluir, o socialista mostrou-se crente de que os 50 anos do 25 de Abril vão ser celebrados “com governo democrático e só com votação robusta no PS” pode ser garantido.

  • Congresso praticamente vazio à hora de jantar

    Pouco depois das 21h e enquanto ainda há intervenções dos vários delegados ao congresso está praticamente vazio, apenas com algumas filas à frente, preenchidas.

    Não havendo pausa para jantar a esmagadora maioria dos congressistas abandonaram o pavilhão da FIL deixando a sala praticamente vazia.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Álvaro Beleza para Pedro Nuno: "As tuas cicatrizes são as nossas cicatrizes, somos um coletivo para o bem e o mal"

    Álvaro Beleza sobe ao púlpito e começa por deixar uma mensagem de apelo à defesa da imprensa livre “num tempo de demagogia”, referindo a atual situação do Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF. Deixa também uma nota aos trabalhadores do SNS “a receber centenas de doentes”.

    O socialista garante que o objetivo do partido, no próximo 25 de abril, é “descer a Avenida da Liberdade com o primeiro-ministro Pedro Nuno Santos”. E alerta: “Não temos de ganhar as eleições por nós, mas pelos portugueses, é por eles que estamos aqui.”

    Olhando diretamente para o recém eleito secretário-geral do PS, assegurou: “As tuas cicatrizes são as nossas cicatrizes, aqui somos um coletivo e assumimos isso para o bem e para o mal”, remetendo para as polémicas que envolvem o ex-ministro das Infraestruturas.

  • Pedro Nuno sobre dissolução do Parlamento por Marcelo: "Não há nenhum drama sobre isso"

    Em entrevista à RTP, Pedro Nuno Santos desfaz as dúvidas sobre uma eventual relação tensa com Marcelo Rebelo de Sousa, devido às circunstâncias que precipitaram a atual crise política.”Tenho uma boa opinião do Presidente da República e quero manter a boa relação que sempre tive com ele”, afirma.

    O secretário-geral do PS garante que apoiou a “iniciativa do primeiro-ministro [de nomear um substituto]” e repetiu várias vezes: “Não há nenhum drama sobre isso, foram marcadas eleições e aqui estamos.”

    “O Presidente da República fez a sua interpretação da realidade política e tomou a sua decisão no quadro das suas funções”, afirma Pedro Nuno, que ressalva que cada um deve estar na sua função. “É assim que a democracia funciona bem, se respeitarmos o espaço e função de cada um”, disse, recordando que Marcelo “ouviu, teve uma opinião diferente e decidiu consoante a sua ideia”.

    Sobre a Justiça e os casos que rodeiam os socialistas o atual líder defende que “o mais avisado é respeitar o sistema judicial como um todo e isso passa por, como secretário-geral do PS, não dever fazer considerações sobre o trabalho da Justiça”.

  • Francisco César: PSD "não hesitará" em fazer acordo com o Chega

    Francisco César, diretor de campanha de Pedro Nuno Santos nas diretas — que agora saiu da estrutura para se dedicar às legislativas nos Açores — começou a intervenção a alertar para o crescimento da extrema-direita na Europa, que lidera “governos em quatro Estados”, suporta mais 3 e tem “mais de 20% em 15 Estados”. Francisco César adverte que o “ressurgimento da extrema-direita só tem paralelo com os anos 30”.

    Mas esse crescimento, diz, também acontece a Portugal. César pede desculpa pela “imodéstia”, mas garante que conhece “bem esse caminho” porque o viu chegar ao Governo na sua terra — numa alusão ao Chega.

    Francisco César tentou fazer um paralelismo entre a incoerência de José Manuel Bolieiro em 2020 e o que fará Luís Montenegro após as legislativas de 10 de março. “Três dias antes das últimas regionais, o presidente do PSD/Açores afirmou que ‘não é não’ a uma coligação com o Chega e sete dias o que fez foi assinar um acordo de incidência parlamentar do qual dependia do Chega.”

    O vice-presidente da bancada do PS diz que que o PSD se necessitar de fazer um acordo com o Chega “não hesitará”.

    Para César, a governação influenciada pela extrema-direita traz “consequências diretas na vida das pessoas.” E atirou à governação do PSD: “O corte nos RSI foi cumprido e a pobreza nos Açores subiu significativamente; houve exigência de um gabiennte contra a corrupção, mas cargos de nomeação política subiram 25% nos Açores. Nunca foram tantos; as contas certas nos Açores desapareceram e a dívida aumentou um milhão por dia.”

    Terminou depois o discurso a dizer que Pedro Nuno Santos é o “homem certo”.

  • Problema de Montenegro com Passos é "problema de partido que está na oposição" e "PS não está"

    Francisco Assis considera que regresso do CDS ao Parlamento é uma “boa notícia”, mesmo para “aqueles que se preocupam com o crescimento da extrema-direita é muito importante”, sugerindo que, como chegou a dizer Paulo Portas, funciona como o tampão à direita.

    Questionado sobre a possibilidade de o partido lidar com uma espécie de liderança bicéfala devido à convivência entre Pedro Nuno Santos e António Costa, o socialista considera que “há sempre um momento de transição”, mas recorda que “António Costa é uma figura do PS desde a sua juventude e há uma relação afetiva enormíssima dos militantes do partido”.

    “Ontem foi um momento muito emocionante de despedida de secretário-geral, reconheceu.

    Mas recusa a ideia de que Costa será para Pedro Nuno uma espécie de Passos Coelho para Luís Montenegro: “O problema do PSD é um problema de partido que está na oposição, afeta Luís Montenegro, já afetou outros, há sempre nostalgia de quem já exerceu o poder. O PS não está na oposição e estou convencido que vai ser primeiro-ministro e problema fica resolvido.”

  • A entrevista de Fernando Medina na emissão especial da Rádio Observador

    O ministro das Finanças e dirigente socialista insistiu na importância do “rigor nas contas públicas” e garantiu que o novo líder do Partido Socialista partilha deste objetivo.

    https://www.youtube.com/watch?v=qO-YpQQLb-c

    Acompanhe aqui toda a emissão especial em vídeo.

  • Pedro Silva Pereira: "PSD combate a família social-democrata europeia e alia-se à direita cada vez mais próxima da direita radical"

    Pedro Silva Pereira, eurodeputado do PS, sobe agora ao púlpito e começa por lamentar a crise política que os “portugueses não queriam”, classificando-a como “muito injusta e perigosa”.

    Para o socialista, foram fatores externos que “precipitaram a mudança na liderança do PS e dissolveram a maioria que os portugueses elegeram há menos de dois anos e puseram em causa a estabilidade que queriam para Portugal”. Assim, apelou a que, a 10 de março, os portugueses resolvam “esta estranha crise política”, negando assim a “direita radical” e confiando no governo socialista.

    Atirando à recém retirada do baú Aliança Democrática, garante que “o PS não precisa de recorrer às receitas falhadas do passado ou às siglas enganadoras” com que se apresenta a direita.

    Partilha ainda a sua experiência no Parlamento Europeu, onde testemunha que o PSD “lá fora combate a família social-democrata europeia e alia-se à direita cada vez mais próxima da direita radical”.

  • "A ideia de termos o PS e PSD comprometidos com a mesma governação é má para a democracia"

    Em entrevista à RTP, Pedro Nuno Santos voltou a recusar falar abertamente sobre cenários pós-eleitorais, em caso de vitória ou derrota dos socialistas, mas não deixou de sugerir que dificilmente viabilizaria um Governo PSD/CDS.

    “Não se pode pedir ao PS que suporte um programa com o qual não concorda. Isso é que seria desrespeitar a vontade dos eleitores. A ideia de termos o PS e PSD comprometidos com a mesma governação é má para a democracia. Essa ideia de termos o PS e PSD comprometidos com a mesma governação é má para a democracia. Isso é que permitiria ao Chega agregar o descontentamento”, reiterou Pedro Nuno Santos.

    Apesar de tudo, o novo líder socialista tentou enterrar a discussão sobre a eventualidade de o PS perder as eleições e formar uma nova ‘geringonça’, tal como António Costa fez em 2015.

    “Não podemos estar sistematicamente a querer especular sobre cenários que não conseguimos prever. Estamos concentrados em convencer as pessoas em ter uma grande vitória a 10 de março. Não quero passar uma campanha a contribuir para cenários. Não há sinal de que o PS vá perder as eleições legislativas.”

    Pedro Nuno Santos assumiu ainda já ter pensado em alguns ministros para o Governo, incluindo para a pasta das Finanças, mas escusou-se a revelar quem.

    Nessa sequência, garantiu não existir qualquer divergência com Fernando Medina, o ministro das Finanças com quem melhor trabalhou, porque “consegue aliar uma grande competência técnica a uma grande competência política”.

  • Francisco Assis: "Não há nenhum risco de o PSD ceder a um discurso de extrema-direita"

    Francisco Assis, apoiante de Pedro Nuno Santos, considera que o Presidente da República “fez bem em dissolver a Assembleia da República”.

    “Depois da demissão do primeiro-ministro não vejo como seria possível, no atual quadro político, indicar um outro primeiro-ministro”, explica, enaltecendo que, “ainda por cima, foram conduzidas em termos que tornariam a situação intolerável do ponto de vista democrático — falou-se de nomes sem que órgãos se tivessem pronunciado, não vivemos numa tirania interna”.

    Questionado sobre vários socialistas terem criticado Marcelo Rebelo de Sousa pela dissolução da Assembleia da República, desde logo o presidente do partido, e de estarem a colocar o Presidente da República como adversário, Assis reconhece que, desse ponto de vista, o PS está a escolher muito mal” os adversários.

    “Espero que não cedamos à tentação de fazer do Presidente da República um adversário do PS”, reitera em entrevista ao Observador.

    Confrontado com o facto de o PS ter vindo a colocar PSD e Chega no mesmo saco, Assis esclarece que “há gente no PS que tem feito isso”, mas crê que “o PS em geral não faça isso”. “E espero que não faça”, acrescenta.

    “O PSD é um grande partido democrático, connosco construiu a democracia portuguesa, não há nenhum risco de o PSD ceder a um discurso de extrema-direita e estar a querer contaminar partidos democráticos com a ideia de que eles próprios já incorporaram vírus antidemocrático é altamente negativo”, realça o socialista.

  • Duarte Cordeiro faz intervenção centrada na defesa do seu legado no Ambiente

    O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, fez uma intervenção exclusivamente centrada naquilo que foi o seu trabalho na pasta do Ambiente.

    Duarte Cordeiro lembra que o país foi pioneiro na antecipação de metas de neutralidade carbónica. O atual governante falou numa perspetiva de continuidade, dizendo que o PS pretende “fazer mais e de forma mais acelerada.”

    Na defesa do seu legado como ministro, Duarte Cordeiro diz que o país conseguiu “progredir, como pouco antes, tínhamos feito na descarbonização.” Destacou ainda medidas como a gratuitidade dos passes para estudantes que está em vigor em todo o país desde 1 de janeiro de 2024.

    E terminou com uma premissa: “Queremos, exigimos, uma vida melhor, respeitando os limites do nosso planeta.”

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Medina diz que no caso da casa de Montenegro "deu-se legitimidade a uma simples denúncia anónima"

    Relativamente à questão da justiça, Fernando Medina entende que este não é um período para se fazer “particulares manifestações sobre o Ministério Público”, mas revela que no caso da casa de Luís Montenegro, e à consequente reação do líder do PSD, “deu-se legitimidade a uma simples denúncia anónima que pode ser feita por qualquer pessoa”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Medina acredita que Pedro Nuno tem dado "sinais claros" de seguir caminho das contas certas

    Fernando Medina insiste na importância do “rigor e contas públicas” porque “os portugueses valorizam muito esse objetivo” e “ninguém está em condições de falhar com os portugueses”.

    “Das grandes vitórias e méritos de António Costa foi ter provado que fazendo uma governação com apoio de partidos à esquerda matérias vitais do compromisso do PS eram intocáveis”, recorda, nomeadamente a participação na UE e NATO, nem a “trajetória em direção ao equilíbrio das contas públicas”.

    Fernando Medina refere que “Pedro Nuno Santos vai ter de provar como primeiro-ministro, [mas] tem dado os sinais corretos relativamente à matéria das contas públicas”.

    “Partidos à esquerda ou direita farão um erro muito grande se desvalorizarem o que portugueses transmitem de forma definitiva, que querem contas em ordem e não aventuras. Não voltemos aos tempos de se prometer aquilo que não se tem ou adiar redução da dívida”, aponta Fernando Medina, realçando que “Pedro Nuno tem dado os sinais claros de seguir esse caminho”.

    Ouça aqui a entrevista a Fernando Medina na Rádio Observador

    Fernando Medina: “A partir de 2026 temos de compensar o fim do PRR”

  • A entrevista de João Torres na emissão especial da Rádio Observador

    O secretário-geral adjunto cessante do Partido Socialista considera que a Aliança Democrática apresentada pelo PSD, CDS e PPM se apresenta como um “projeto do passado, com pessoas do passado”.

    Acompanhe aqui toda a emissão especial em vídeo.

  • Pedro Nuno admite governar se ficar em segundo lugar. Socialistas não vão ser "cúmplices de qualquer governação de direita"

    Em entrevista à SIC Notícias, com o congresso do PS de fundo, Pedro Nuno Santos alertou para o perigo de “comprometer o PS e o PSD ao mesmo tempo numa governação em Portugal, mesmo para quem tem como objetivo afastar o Chega do poder”. Sem deixar de assegurar que os socialistas estão “focados na vitória”, quadro em que estão a trabalhar.

    “O melhor que se pode fazer ao Chega é comprometer o PS e o PSD ao mesmo tempo, assim, deixa de haver uma válvula de escape na nossa democracia e quem beneficia é o Chega com o descontentamento”, assinalou o secretário-geral do PS.

    Apesar disso, garantiu que o “PS combate o PSD” e que os socialistas não querem “ser cúmplices de qualquer governação de direita, seja ela qual for”. Ou seja, admitiu governar, ainda que fique em segundo lugar nas eleições de 10 de março. Ainda, assim, admitiu que o melhor desfecho seria uma solução maioritária do PS.

    O líder socialista recorda: “Fiz parte de um Governo de sucesso depois de o PS ter ficado em segundo lugar. Não nego a experiência do PS, antes pelo contrário.”

    Sobre Fernando Medina e a sua presença num Governo por si liderado, Pedro Nuno negou uma “grande divergência com Medina”. E em vez de destacar o que os separa, preferiu apontar o que os une: “Partilhamos o mesmo objetivo, que é ter contas públicas equilibradas. Se temos margem orçamental temos de realizar investimento público — é a única maneira da economia crescer.”

    Ainda sobre Fernando Medina, garantiu não ter a menor hesitação em dizer que foi “o melhor dos três” com quem trabalhou sempre que esteve no Governo de António Costa. E acrescentou: “Há sempre visões diferentes, é um dos melhores quadros do PS e o PS continuará a contar com ele”, sem nunca negar ou confirmar a possibilidade de o atual ministro voltar a ocupar a pasta das Finanças.

    Sobre os professores e a recuperação do tempo de carreira, garantiu que é ainda tempo de se “sentar à mesa com os sindicatos”, mas ressalva que “o Estado tem de cumprir com os compromissos que tem com os seus próprios trabalhadores”.

  • Medina reitera importância da sua proposta: "A partir de 2026 temos de ter recursos públicos para compensar o fim do PRR"

    Fernando Medina, ministro das Finanças e apoiante de José Luís Carneiro, considera que a sua visão e a de Pedro Nuno Santos “convergem na preocupação” de que, a partir de 2026, o cenário do investimento vai ser diferente devido ao fim do PRR.

    “A partir de 2026 temos de ter recursos públicos para compensar o fim do PRR e a diminuição da capacidade de investimento”, começa por explicar em entrevista ao Observador.

    Ainda que o novo líder do PS não concorde com o fundo Medina, o ministro das Finanças é perentório: “Estou certo de que eu e Pedro Nuno convergimos numa preocupação: a partir de 2026 Portugal não terá PRR e se não tiver alternativa de investimento nacional que compense vamos ter anos de menor investimento económico.”

    Medina esclarece que o que Pedro Nuno Santos referiu “tem a ver com o financiamento”, deixando claro que fundo que estava desenhado não era soberano. “O desafio que país terá de 2026 para a frente deve levar-nos a agir agora, ou se compensa [o investimento], ou PIB vai cair”, assegura.

  • Ascenso Simões: "O Presidente da República é o maior fator de instabilidade política"

    Ascenso Simões, antigo deputado socialista e o homem que promoveu o acordo entre Pedro Nuno Santos e Francisco Assis antes das eleições diretas do PS, aproveitou o seu discurso a partir do 24.º Congresso do partido para responsabilizar Marcelo Rebelo de Sousa pela instabilidade em que mergulhou o país.

    “O Presidente da República é o maior fator de instabilidade política. Não consegue conter a palavra, a sua ação, diariamente intervém na atividade governativa”, começou por dizer Ascenso.

    Lamentando que não tenha sido ponderada uma “alternativa” à dissolução da Assembleia da República, tal como propôs António Costa através da indigitação de Mário Centeno como primeiro-ministro, Ascenso Simões acredita que o país está na vertigem de entrar numa “instabilidade que pode não ter fim ou a ter um fim será um fim longo”.

    “Vamos passar a vida em eleições porque temos um Presidente da República que não se contém. Foi um erro termos apoiado indiretamente o Presidente da República”, lamentou o socialista, fazendo uma crítica aberta a António Costa.

    Ascenso Simões apontou ainda o dedo aos magistrados do Ministério Público e ao Tribunal Constitucional por perseguirem autarcas e responsáveis governativos. “Não conseguem perceber o país. Não conseguem perceber a atividade governativa. E lançam sobre os autarcas portugueses um manto de suspeição que é insustentável”.

    A terminar, o antigo deputado socialista pediu ao partido que encare as próximas legislativas como uma forma de honrarem a história do PS, mas escrevendo uma nova página, com uma nova geração, “com outra perspetiva, com outra forma de ver o mundo e os problemas do país”.

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