Entretanto, nos Estados Unidos, aumenta a tensão em vários recintos universitários.

Na Universidade de Columbia, os estudantes em protesto não cumpriram o prazo que lhes tinha sido imposto e não abandonaram o acampamento de apoio à Palestina — podendo agora enfrentar suspensões em massa.

DISCLOSE! DIVEST! WE WILL NOT STOP, WE WILL NOT REST!! ❤️‍????
Hundreds of Columbia University students are gathered for an emergency rally to protect the Gaza Solidarity Encampment.
We will continue until our demands are met. We will not be intimidated. #cu4Palestine pic.twitter.com/QNPeDhuVcq

— Columbia Students for Justice in Palestine (@ColumbiaSJP) April 29, 2024

A Al Jazeera dá conta de que também na Universidade de Washington, em Seattle, os estudantes se uniram aos protestos nacionais a favor da Palestina, erguendo tendas e montando uma espécie de acampamento solidário no campus.

Já na Universidade do Texas, em Austin, também está em curso um protesto, havendo dezenas de estudantes detidos pelas autoridades.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu esta segunda-feira que Israel ainda deve fazer mais para aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, garantindo que vai aproveitar a nova viagem ao Médio Oriente para pressionar os líderes israelitas.

Blinken, que falava durante iniciativas que decorreram na Arábia Saudita, frisou que a melhor maneira de aliviar a catástrofe humanitária em Gaza será concluir um acordo de cessar-fogo, que também libertaria os reféns israelitas mantidos pelo Hamas desde que os ataques de 07 de outubro começaram o atual conflito.

Para o chefe da diplomacia norte-americana, o Hamas recebeu uma oferta “extraordinariamente generosa” de Israel, instando o movimento islamita palestiniano a aceitar a proposta.

“[O Hamas] Tem de decidir, e tem de decidir rapidamente. Tenho esperança de que tomem a decisão certa e que possamos ter uma mudança fundamental na dinâmica”, realçou Blinken, citado pela agência Associated Press (AP).

A plataforma flutuante que está a ser construída ao largo da Faixa de Gaza para levar mais ajuda ao enclave, projeto onde estão envolvidas as Forças Armadas norte-americanas, custará pelo menos 320 milhões de dólares, revelou hoje o Pentágono.

A porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, frisou aos jornalistas que o custo de 320 milhões de dólares (298 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) é uma estimativa aproximada para o projeto e inclui o transporte dos equipamentos e secções do cais dos EUA para a costa de Gaza, bem como as operações de construção e entrega de ajuda.

Fotos de satélite analisadas segunda-feira pela Associated Press mostram o USNS Roy P. Benavidez a cerca de oito quilómetros do porto em terra, onde a base de operações do projeto está a ser construída pelos militares israelitas.

Duas horas depois de expirar o prazo dado pela Universidade de Columbia para os manifestantes pró-Palestina levantarem as suas tendas, os alunos prometem resistir à ordem e desafiam mesmo os europeus a seguirem o exemplo.

“Vamos resistir”, assegurou à Lusa Sueda Polat, uma das estudantes que lidera o movimento estudantil pró-Palestina na prestigiada Universidade da Columbia, em Nova Iorque, que alastrou a campus universitários em todo o país.

Num dia de calor atípico na metrópole norte-americana para esta altura do ano (29ºC a meio do dia) e sob ameaça de expulsão, no acampamento montado no relvado sul da Universidade da Columbia, centenas de estudantes recusam-se a deixar o local, apesar de uma ordem de evacuação.

“Somos resilientes, vamos resistir (…) pelo tempo que for necessário”, afirmou Polat.

“Estamos dispostos a colocar muita coisa em jogo por esta causa”, acrescentou a jovem, que tem estado na mesa de negociações com a direção da universidade.

As forças israelitas disseram esta segunda-feira que dois soldados morreram no domingo no centro da Faixa de Gaza. Com estas mortes, o número de tropas israelitas mortos subiu para 263, indica a Al Jazeera.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai falar esta segunda-feira com os líderes do Qatar e do Egipto, que tem atuado como intermediários nas negociações entre Israel e o Hamas.

De acordo com a Reuters, Biden procura usar a sua influência para pressionar no sentido da conclusão de um acordo de cessar-fogo temporário que envolva a libertação de reféns (mantidos pelo Hamas) e de prisioneiros palestinianos (mantidos por Israel).

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, houve avanços nos últimos dias nas negociações — e que o ónus de aceitar a última proposta de Israel recai agora sobre o Hamas.

A Casa Branca veio garantir que o Tribunal Penal Internacional não tem qualquer jurisdição sobre a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

“O TPI é uma organização independente e os seus esforços estão a ser levados a cabo sem qualquer contacto ou interferência dos EUA”, afirmou esta segunda-feira a embaixadora dos EUA junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield.

Mais tarde, um porta-voz da Casa Branca, citado pela Reuters, afirmou que “o TPI não tem jurisdição sobre esta situação” e que os EUA não apoiam “a sua investigação”.

As declarações surgem num dia em que se tornou público que Israel teme que o TPI possa emitir mandados de detenção contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e outros líderes do país.

Em outubro do ano passado, os responsáveis do TPI já tinham dito que consideravam que o tribunal tinha jurisdição sobre a guerra.

Israel (tal como os EUA) não é membro do TPI, mas o tribunal já admitiu como membro os territórios palestinianos.

Os Estados Unidos determinaram que cinco unidades do Exército israelita cometeram abusos contra palestinianos na Cisjordânia, antes do ataque do Hamas em outubro contra Israel, divulgou hoje o Departamento de Estado norte-americano.

Quatro destas unidades tomaram “medidas corretivas” para eliminar a perspetiva de sanções pelos Estados Unidos, revelou o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.

Washington e o governo israelita continuam conversações sobre uma quinta unidade do Exército, acrescentou a mesma fonte.

O porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, disse esta segunda-feira que o grupo tem “perguntas sérias” para os mediadores que estão a facilitar os contactos para um possível acordo de cessar-fogo com Israel, mas que lamenta que Israel continue a insistir nos mesmos pontos.

Era esperada uma posição do Hamas sobre a nova proposta apresentada por Israel, classificada como “generosa” por Estados Unidos e Reino Unido. A proposta inclui um cessar-fogo de 40 dias e da libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca da libertação dos reféns.

“Fica claro, pela proposta de Israel, que eles continuam a insistir em dois pontos fundamentais. Não querem um cessar-fogo completo e não falam, de forma séria, de retirar de Gaza”, disse Hamdan à Al Jazeera.

“Na verdade, continuam a falar da sua presença [em Gaza], o que significa que vão continuar” a ocupação, acrescentou, assinalando que o Hamas tem “perguntas sérias para os mediadores”.

“Se houver respostas positivas, penso que podemos seguir em frente”, disse, deixando também críticas ao facto de os EUA terem classificado a proposta como “generosa”, nas palavras do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

“Parar o ataque contra os palestinianos não é generoso. O próprio ataque é um crime. Por isso, quando se para um crime, não se pode alegar que é uma ação generosa do lado israelita”, disse ainda o porta-voz do Hamas.

Continua a tensão entre Israel e o Hezbollah, na fronteira entre Israel e o Líbano.

De acordo com o The Times of Israel, nos últimos minutos foram lançados três mísseis anti-tanque a partir do território libanês contra a zona norte de Israel, concretamente contra a povoação de Metula.

As autoridades israelitas dizem que este novo ataque não provocou feridos e afirmam estar a bombardear as zonas de onde foram lançados os mísseis.

Antes disso, o exército israelita já tinha anunciado que vários aviões de combate estavam a atingir posições do Hezbollah no sul do Líbano.

Entre os alvos encontram-se estruturas de lançamento de rockets, um edifício e outras infraestruturas.

Um navio da Marinha norte-americana está envolvido na construção, ao largo da Faixa de Gaza, de uma plataforma flutuante que permitirá levar mais ajuda ao enclave palestiniano, segundo fotografias de satélite analisadas hoje pela agência Associated Press (AP).

O navio em questão é o “USNS Roy P. Benavidez” e está a cerca de oito quilómetros do cais e da base de operações do projeto, que está a ser construído pelos militares israelitas, segundo a agência noticiosa norte-americana.

Uma imagem de satélite de domingo do Planet Labs PBC, citada pela AP, mostra partes da plataforma flutuante no Mar Mediterrâneo ao lado do navio. As medidas do navio correspondem às características conhecidas do “Benavidez”, um navio de carga de veículos da classe Bob Hope operado pelo Comando Militar de Transporte Marítimo.

As forças armadas dos Estados Unidos da América (EUA) e as autoridades israelitas não comentaram a atual posição do “USNS Roy P. Benavidez”, afirmando apenas que esperam ter o cais móvel instalado e as operações em curso no início de maio.

De acordo com a presidente da Universidade de Columbia, as negociações com os manifestantes pró-palestinianos que se encontram acampados no estabelecimento escolar há duas semanas, em protesto contra o conflito em Gaza, não foram bem sucedidas.

Nemat Minouche Shafik terá instado os manifestantes a deixarem a universidade de forma voluntária, mas não teve sucesso, indica a Sky News.

Uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi apresentada ao movimento islamita palestiniano Hamas, prevendo a suspensão das hostilidades durante 40 dias e a libertação de reféns e prisioneiros, declarou hoje o chefe da diplomacia britânico, David Cameron.

“Uma proposta muito generosa de um cessar-fogo de 40 dias e da libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca da libertação dos reféns” foi apresentada ao Hamas, disse Cameron numa reunião do Fórum Económico Mundial na capital saudita, Riade.

Uma delegação do Hamas é hoje esperada no Egito para dar uma resposta à mais recente proposta dos mediadores para uma trégua na Faixa de Gaza associada à libertação dos reféns em poder do movimento islamita palestiniano, após quase sete meses de guerra entre Israel e o Hamas naquele território palestiniano.

A polícia francesa interveio esta segunda-feira na Universidade Sorbonne, em Paris, para expulsar ativistas mobilizados pela causa palestiniana que montaram tendas dentro do recinto universitário.

Segundo a agência France Presse (AFP), cerca de 50 manifestantes foram levados para fora do edifício e depois removidos em grupos, supervisionados pela polícia, poucos dias depois de uma mobilização marcada por tensões noutra universidade de renome da capital francesa, a Sciences Po Paris.

“Havia cerca de 50 pessoas quando a polícia chegou a correr ao pátio. A evacuação foi bastante brutal, com cerca de dez pessoas arrastadas para o chão, mas nenhuma prisão”, disse Rémi, de 20 anos, estudante de história e geografia, citado pela AFP.

Várias dezenas de estudantes reuniram-se ao meio-dia desta segunda-feira em frente à Sorbonne e no interior do edifício, onde montaram tendas – uma dúzia, segundo a reitoria, entre 20 e 30 de acordo com um manifestante. Uma bandeira palestiniana foi colocada no chão.

O chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell, referiu que os parceiros europeus devem reconhecer o Estado palestiniano até ao fim de maio. A curta declaração citada pela Al Jazeera, aconteceu durante o Fórum Económico Mundial, que se realiza em Riade, na Arábia Saudit.

Israel tem exigido que o Hamas liberte, pelo menos, 40 reféns para que o processo de tréguas possa ter início, mas o número terá sido reduzido para 33.

Agora, de acordo com as autoridades israelitas, citadas pelo New York Times, Israel aceitou que sejam libertados 33 reféns pelo Hamas numa primeira fase, existindo assim a possibilidade de reiniciar as negociações de cessar-fogo já amanhã.

Esta decisão estará relacionada, avança o mesmo jornal, com morte de alguns dos reféns israelitas. As autoridades de Israel acreditam que estão cerca de 130 israelitas detidos em Gaza, mas acreditam também que alguns possam ter morrido.

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, disse estar esperançoso de que o Hamas aceitará uma oferta que considera “extraordinariamente generosa” para travar a ofensiva em Gaza.

“O Hamas tem diante de si uma proposta que é extraordinariamente generosa por parte de Israel”, realçou Antony Blinken em Riade, na Arábia Saudita. Frisando que a decisão está do lado do Hamas e que “têm de decidir rapidamente”, Blinken disse ter “esperança” que tomem “a decisão certa”.

“Neste momento, a única coisa que se interpõe entre o povo de Gaza e um cessar-fogo é o Hamas”, insistiu, frisando que é possível ter “uma mudança fundamental na dinâmica” caso o Hamas aceite a proposta.

A agência de Operações Marítimas Comerciais da Marinha do Reino Unido reportou um incidente na costa do Iémen esta segunda-feira, revela o The Times of Israel.

No relatório em causa é referido que as autoridades estão a investigar a situação, havendo indicações para que os navios circulem com precaução.

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— United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO) (@UK_MTO) April 29, 2024