Momentos-chave
- Se for eleito, Trump diz que vai expulsar estudantes que fizerem protestos
- Aberto novo acesso a Gaza para entrada de ajuda humanitária
- Erdogan diz que Estados Unidos e Europa não estão a fazer pressão suficiente a Israel para acordo
- Israel anuncia abertura de corredor humanitário a norte da Faixa de Gaza
- Hamas diz que apelo feito por Biden prejudica negociações
- Rafah. Israel não tem um "plano credível" para garantir segurança dos civis, dizem EUA
- David Cameron: suspender envio de armas a Israel "não é um caminho sensato" porque iria beneficiar o Hamas
- Egito anuncia que vai apoiar a África Sul no processo contra Israel
- Anunciado programa de perdão de parte das penas a civis afetados diretamente pelo 7 de outubro
- Pelo menos 30 mortos em ataques israelitas em Gaza
- Tanques israelitas entram no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza
- Representante de Israel na Eurovisão diz que foi a "voz" dos reféns
- Ministra espanhola diz que governo vai estudar "medidas necessárias" contra a RTVE por ter "apoiado" a Eurovisão
- Telavive: 30 pessoas detidas em protestos contra o governo e pela libertação de reféns. Maioria já foi libertada
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com o conflito no Médio Oriente ao longo do dia de ontem, domingo.
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Se for eleito, Trump diz que vai expulsar estudantes que fizerem protestos
Donald Trump disse hoje que pretender expulsar os estudantes que continuem a fazer protestos contra os ataques de Israel na Faixa de Gaza, caso seja eleito Presidente dos Estados Unidos nas próximas eleições.
“Quando eu for Presidente, não vamos permitir que as nossas faculdades sejam invadidas por radicais violentos”, disse Trump, citado pela Al Jazeera.
“Se vier para aqui vindo de outro país, tentando trazer jihadismo, antiamericanismo ou antissemitismo para as nossas faculdades, vamos deportá-lo imediatamente“, acrescentou.
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Aberto novo acesso a Gaza para entrada de ajuda humanitária
O exército israelita anunciou hoje a abertura de um novo acesso no Norte da Faixa de Gaza, devastada por sete meses de guerra, para permitir a entrada de ajuda humanitária.
Hoje “foi aberta a passagem Erez-Oeste, no Norte da Faixa de Gaza, para entrega de ajuda humanitária”, no âmbito de “medidas que visam aumentar as rotas de ajuda para a Faixa de Gaza, em particular no Norte” do território palestiniano”, refere o exército israelita, num comunicado citado pela Agência France Presse (AFP).
Pouco depois do anúncio, um correspondente da AFP viu cerca de 30 camiões, carregados de ajuda humanitária, vindos do Norte a entrar na cidade de Gaza, pela primeira vez desde o início da operação do exército israelita no Sul da Faixa de Gaza.
No comunicado, o exército israelita refere que coordenou o transporte de “dezenas de camiões de farinha desde o porto [israelita] de Ashdod, em nome do PAM”, o programa alimentar mundial da Organização das Nações Unidas (ONU).
No sábado, o exército israelita efetuou novos bombardeamentos na Faixa de Gaza, nomeadamente em Rafah, e ordenou novas evacuações desta cidade, ameaçada por uma grande ofensiva terrestre.
Desafiando os avisos internacionais contra uma ofensiva de grande envergadura, as tropas israelitas têm vindo a efetuar incursões na zona leste de Rafah desde terça-feira.
Israelitas e palestinianos estão em conflito há décadas, mas esta fase do conflito eclodiu em 07 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza realizaram um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.
Em resposta, Israel prometeu “aniquilar o Hamas”, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva que já provocou mais de 35.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical islâmico.
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Erdogan diz que Estados Unidos e Europa não estão a fazer pressão suficiente a Israel para acordo
O Presidente turco disse hoje que os Estados Unidos e a Europa estão a fazer pressão suficiente a Israel para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo o jornal The Times of Israel, Tayyip Erdogan disse que o Hamas aceitou uma proposta elaborada pelo Qatar e pelo Egipto, que era “um passo no caminho para um cessar-fogo duradouro”, mas o documento terá sido rejeitado por Israel.
“A resposta do governo de Netanyahu foi atacar as pessoas inocentes em Rafah”, referiu Erdogan, acusando Israel de não querer que a guerra acabe.
“Ficou claro quem está do lado da paz e do diálogo e quem quer que os confrontos continuem”, acrescentou.
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Alunos de universidade norte-americana abandonam cerimónia por causa da presença do ator Jerry Seinfeld, que tem apoiado Israel
A Universidade de Duke decidiu convidar o ator Jerry Seinfeld para a cerimónia de graduação e vários alunos decidiram abandonar o recinto da universidade norte-americana.
O ator norte-americano defendeu publicamente Israel e hoje foi alvo de assobios por parte de vários alunos quando subiu ao palco para discursar, avança a agência Reuters.
Duke invited a Jewish speaker to graduation and Pro-H@mas graduates walked out. The speaker? Jerry Seinfeld.
pic.twitter.com/5p3YWl1b2V— @amuse (@amuse) May 12, 2024
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Israel anuncia abertura de corredor humanitário a norte da Faixa de Gaza
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram que foi aberto um corredor humanitário a norte da Faixa de Gaza para permitir a entrada de ajuda, incluindo comida e água.
A informação é avançada pelo Times of Israel, que acrescenta que já entraram pelo novo corredor humanitário dezenas de camiões do Programa Alimentar Mundial, que transportaram farinha.
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Hamas diz que apelo feito por Biden prejudica negociações
O Hamas, em comunicado, diz que as declarações do Presidente dos EUA, Joe Biden — em que este defende que se o Hamas libertasse os reféns detidos seria possível um cessar-fogo — são prejudiciais para as negociações.
Biden tinha dito que se o Hamas quisesse “podemos acabar com isto amanhã”. O Hamas não gostou: “Condenamos esta posição do Presidente dos EUA. Consideramo-la um retrocesso em relação aos resultados da última ronda de negociações, que conduziu ao acordo do movimento em relação à proposta apresentada pelos mediadores”, segundo cita o The Times of Israel.
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Rafah. Israel não tem um "plano credível" para garantir segurança dos civis, dizem EUA
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu a decisão de suspender o envio de material bélico para Israel por considerar que Telavive não tem um “plano credível” para proteger os civis em Rafah.
Em entrevista à ABC, citada pelo The Guardian, Antony Blinken garantiu que a administração Biden continua determinada a ajudar Israel a defender-se, mas avisa que tudo pode mudar se for lançada uma operação em larga escala em Rafah. Se Israel lançar “esta grande operação militar, haverá certos sistemas que não vamos apoiar a e fornecer para essa operação”.
“Estamos muito preocupados com a forma como são utilizados”, disse, acrescentando que Israel “tem de ter um plano claro e credível para proteger os civis, o que ainda não vimos”.
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David Cameron: suspender envio de armas a Israel "não é um caminho sensato" porque iria beneficiar o Hamas
O ex-primeiro-ministro britânico, agora ministro dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, manifestou-se contra a operação de Israel em Rafah por considerar que é “extremamente perigoso”.
David Cameron também considera que uma eventual suspensão do envio de armas para Israel, como os EUA fizeram, não é um “caminho sensato”, mas sublinha que o Reino Unido e os EUA estão numa situação “completamente diferente”. Desde que logo porque os segundos são um fornecedor “massivo” de armamento a Israel, enquanto os primeiros fornecem menos de 1% do arsenal israelita.
Segundo a BBC, Cameron considera que uma mudança na abordagem em relação ao envio de armamento para Israel “tornaria o Hamas mais forte e tornaria menos provável um acordo para a libertação de reféns”.
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Egito anuncia que vai apoiar a África Sul no processo contra Israel
O Egito anunciou que vai apoiar a África do Sul no processo que aquele país moveu no Tribunal Internacional de Justiça contra Israel em que alegou “genocídio”.
O anúncio, segundo o The Times of Israel, foi feito pelo ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio numa altura em que as forças israelitas continuam a operação em Rafah. E depois de o Egito ter sinalizado que não irá coordenar-se com Israel para a entrada de ajuda humanitária através da passagem de Rafah, o que foi visto como um protesto contra a operação.
Em comunicado, o Egito diz que a decisão surge “à luz do agravamento da severidade e da abrangência dos ataques israelitas contra civis palestinianos na Faixa de Gaza e da perpetração continuada de práticas sistemáticas contra o povo palestiniano, incluindo o ataque direto a civis e a destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, e a pressão para a fuga dos palestinianos”.
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Número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou hoje os 35 mil
O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra ultrapassou hoje os 35 mil, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento radical Hamas.
Nas últimas 24 horas foram mortas 63 pessoas no enclave palestiniano devastado, elevando o número total de mortos desde outubro para 35.034, e pelo menos 114 ficaram feridas, fazendo aumentar o número total de feridos para 78.755 desde o início da ofensiva.
Os números surgem numa altura em que o exército israelita expandiu os seus ataques em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, de onde se estima que 300.000 pessoas tenham fugido sob a ameaça de bombardeamentos constantes.
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Anunciado programa de perdão de parte das penas a civis afetados diretamente pelo 7 de outubro
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, e o ministro da Justiça, Yariv Levin, anunciaram o alargamento do programa de perdão de penas.
O programa aplicar-se-á, portanto, a pessoas que cumprem pena de prisão atualmente, sendo que passará a ser elegível a uma redução da sentença quem já tenha cumprido metade da pena e tem ou um familiar de primeiro grau que tenha sido morto a 7 de outubro ou desde essa data; ou um familiar em primeiro grau que é ou foi refém ou foi dado como desaparecido após 7 de outubro; entre outras circunstâncias atenuantes, escreve o The Times of Israel.
Ficam excluídos os reclusos que tenham colocado em risco a segurança do país ou cujos crimes estão sob jurisdição de tribunais militares.
No caso dos reservistas, são elegíveis à anulação do registo criminal aqueles que tenham lutado, pelo menos, 90 dias durante a guerra que decorre, ou que não tenham sido condenados a mais de 18 meses de pena de prisão, se os seus crimes não incluam pôr em causa a segurança do Estado, homicídio, violência física e grave, crimes sexuais ou crimes de trânsito.
Isaac Herzog diz que este programa alarga o “poder de clemência” do Estado.
Por outro lado, vai manter-se o programa já em vigor para reduzir as penas de soldados das forças de defesa de Israel (IDF) e de reservistas, familiares de vítimas dos ataques, de reféns ou de pessoas retiradas das suas casas ou que viram as suas casas danificadas durante os combates.
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Pelo menos 30 mortos em ataques israelitas em Gaza
Pelo menos 30 pessoas morreram hoje em várias zonas da Faixa de Gaza, depois de o exército israelita ter retomado os ataques no norte do enclave, enquanto expandia operações militares no sul, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
A agência noticiosa palestiniana, citando fontes locais, disse que 12 corpos chegaram hoje ao hospital Kamal Adwan, na cidade de Beit Lahia, no norte, onde Israel retomou a sua ofensiva face ao regresso do Hamas.
E 18 corpos chegaram ao hospital de al-Kuwaiti, na cidade do sul, nas últimas horas.
Nos últimos dias, cerca de 300.000 pessoas abandonaram a região, onde mais de um milhão de palestinianos se refugiou após o início da guerra.
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Tanques israelitas entram no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza
A Al Jazeera adianta que tanques israelitas continuam a entrar no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.
No sábado, o exército israelitas lançou uma ordem de retirada da população do campo de refugiados, a quem pediu que saíssem “imediatamente”, para que pudesse aí lançar uma operação contra o Hamas.
Caças israelitas bombardearam o campo, no sábado, o que segundo a agência de notícias Wafa, controlada pela Autoridade Palestiniana, provocou feridos e mortos entre os palestinianos.
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Representante de Israel na Eurovisão diz que foi a "voz" dos reféns
Eden Golan, que representou Israel na Eurovisão, de onde saiu em quinto lugar, já regressou ao país-natal. Aos jornalistas, referiu-se aos reféns detidos pelo Hamas e disse que foi a “voz de todos os que precisam de ser levados para casa agora”.
“É um enorme privilégio estar aqui e ter tido a oportunidade de representar o nosso país, especialmente em momentos como este”, afirmou, segundo o The Times of Israel. “Senti o amor das pessoas e não se consegue perceber o quanto isso me ajudou”, acrescentou.
Eden Golan agradeceu à sua equipa na Eurovisão, em especial aos “serviços de segurança que nos mantiveram em segurança”.
A artista interpretou a canção “Hurricane”, cujo título original era “October Rain” (“chuva de outubro”), numa referência aos ataques de 7 de outubro do Hamas contra Israel. Devido a esse peso político, a organização da Eurovisão solicitou que a canção fosse reescrita e o seu título alterado.
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Ministra espanhola diz que governo vai estudar "medidas necessárias" contra a RTVE por ter "apoiado" a Eurovisão
A vice-presidente do governo espanhol e líder do Sumar, Yolanda Díaz, anunciou no sábado à noite que vai estudar a implementação de “medidas necessárias” contra a RTVE, a televisão pública em Espanha, por “apoiar” a Eurovisão no que considera um “ato de propaganda no meio de um genocídio”.
“A nossa televisão pública não pode permitir que um concurso que defende a paz e a diversidade se converta num ato de propaganda no meio de um genocídio. Vamos estudar as medidas necessárias para que a RTVE não volte a apoiar a Eurovisão nestas condições“, escreveu na rede social X a também ministra do Trabalho.
Nuestra televisión pública no puede permitir que un concurso que defiende la paz y la diversidad se convierta en un acto de propaganda en medio de un genocidio.
Vamos a estudiar las medidas necesarias para que RTVE no vuelva a apoyar Eurovisión en estas condiciones.
— Yolanda Díaz (@Yolanda_Diaz_) May 11, 2024
A Eurovisão esteve envolta em polémica pela participação de Israel, que motivou protestos dentro e fora da Malmo Arena, na Suécia. A atuação de Israel foi alvo de apupos, mas também de aplausos dentro do recinto. O país foi um dos mais votados pelo público, o que lhe permitiu ascender ao top cinco.
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Telavive: 30 pessoas detidas em protestos contra o governo e pela libertação de reféns. Maioria já foi libertada
Trinta manifestantes, incluindo quatro familiares de reféns israelitas que estão em Gaza, foram detidos durante um protesto em Telavive, Israel, que exigia eleições antecipadas no país e a libertação dos reféns.
Segundo o Haaretz, um dos manifestantes necessitou de receber tratamento médico e dois agentes da polícia ficaram feridos. O The Times of Israel adianta, por sua vez, que 29 pessoas foram libertadas na manhã deste domingo. Uma pessoa mantém-se detida por suspeitas de ter agredido um agente da polícia.
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Bom dia. Vamos atualizar neste liveblog as notícias sobre a guerra no Médio Oriente. Para recordar os principais desenvolvimentos de sábado pode aceder ao liveblog que agora arquivamos.
“Escalada inaceitável”. Egito recusa coordenar com Israel entrada de ajuda em Gaza através de Rafah