O número total de pessoas infetadas pela epidemia de Covid-19 em todo o mundo aumentou para 95.333, das quais 80.565 correspondem a contagiados na China e 14.768 aos restantes países, anunciou na quinta-feira à noite a OMS. A contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS) pressupõe que foram confirmados mais 2.241 casos nas últimas 24 horas (143 na China e 2.098 em outros países).

A OMS sublinha que já morreram 3.015 pessoas na China e 267 fora deste país devido ao surto do Covid-19.

A Palestina, Eslovénia, Hungria e Bósnia e Herzegovina foram acrescentados à lista de países com pelo menos um caso confirmado de infeção pelo novo coronavírus, elevando para 85 o total de nações e territórios afetados. Depois da China, os países com maior número de pessoas contagiadas são a Coreia do Sul (5.766 casos confirmados, 438 diagnosticados nas últimas 24 horas), Itália (3.089 casos, 587 novos), Irão (2.922 casos, 586 novos) e Japão (317 casos, 33 nas últimas 24 horas).

Portugal tem nove casos confirmados e os casos suspeitos aumentaram em 30 de quarta para quinta-feira.

Lusa

Naftali Bennett, o ministro da defesa de Israel, decidiu, em coordenação com as autoridades palestinianas, fechar Belém, avança o The Jerusalem Post. Tanto israelitas como palestianos estão impedidos de entrar e sair da cidade que tem cerca de 30 mil habitantes e sete pessoas infetadas com o coronavírus. decretou o estado de emergência esta quinta-feira.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, já declarou o estado de emergência nos territórios palestinianos. Contudo, o governo israelita não tomou a mesma decisão apesar de, esta quinta-feira, os responsáveis de Saúde assumirem que a decisão pode vir a ser feita.

As autoridades de Saúde da Argélia anunciaram esta quinta-feira que o número de casos infetados com o novo coronavírus subiu para 17, sendo que 16 casos dizem respeito a uma família da província de Blinda, a 30 quilómetros da capital Algiers. No mês passado, a família deu abrigo a duas pessoas francesas, um homem e a filha, que foram diagnosticados com Covid-19 após terem regressado a França.

Desde então, as autoridades têm estado a investigar o percurso dos dois infetados durante a sua visita ao país. “A mobilização das equipas de saúde continua ao mais alto nível”, pode ler-se num comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde.

Uma médica de 35 anos está a ser analisada na Região Autónoma dos Açores por suspeitas de estar infetada com o novo coronavírus. Segundo a Autoridade Regional de Saúde, a profissional de saúde, que vive no continente, realizou “consultas nos dias 2, 3 e 4 de março nas Unidades de Saúde de Ilha de São Jorge e do Pico, estando as Autoridades de Saúde já em contacto com os utentes que estiveram na consulta e todos os contactos próximos”. Segundo avança o Diário de Notícias, estarão cerca de 50 pessoas em isolamento.

Segundo o comunicado divulgado pela Autoridade Regional de Saúde, a médica “esteve em contacto com um caso confirmado, nos dias 27 e 28 de fevereiro, no norte do país”. Três dias depois, no dia 2 de março (segunda-feira), a mulher fez três viagens:

– Voo TAP Porto/Lisboa TP 1933 (7h), no lugar 26 B;

– Voo TAP Lisboa/Terceira TP 1823 (9h30), no lugar inicial 37 B, trocou depois para 37 C;

– Voo SATA Terceira/São Jorge SP 612 (11h50), num lugar de janela do lado direito, junto à asa.

Já no dia 4 de março (quarta-feira) a médica fez mais uma viagem, desta vez de barco:

– Barco “Mestre Jaime Feijó” Velas/Madalena (manhã), no piso 1, ao lado do bar esquerdo, 4.ª ou 5.ª fila a contar da entrada.

As autoridades de saúde apelam a que todos os que viajaram com a médica contactem a Linha de Saúde dos Açores, uma vez que ainda não são conhecidos os resultados das análises.

Este é o terceiro caso suspeito no arquipélago. Dois primeiros casos foram negativos.

O número de casos suspeitos em Portugal para 147, são mais 30 do que os registados ontem. O número de pessoas sob vigilância disparou de 81 para 213, que correspondem aos que estiveram em contacto com os infetados já identificados. Mantêm-se os nove casos de infeção confirmados.

O relatório de situação da DGS revelado esta quinta-feira.

Os dados da DGS

O Ministério da Saúde francês anunciou esta quinta-feira mais uma morte no país, elevando para sete o número de mortos, avançou a CNN. Mortes correspondem a seis homens e uma mulher, quase todos com mais de 80 anos.

Até agora, 23 dos 423 casos confirmados com Covid-19 estão em estado grave.

O Departamento de Saúde da Irlanda confirmou esta quinta-feira que o país registou sete novos casos de coronavírus. Ao todo, há agora 13 pessoas infetadas no país. Quatro dos novos casos são de homens que estiveram no Norte de Itália e de duas mulheres que estiveram em contacto com pessoas já infetadas no país.

João Fernandes, presidente Região do Turismo do Algarve, afirmou esta quinta-feira à SIC Notícias que “até ao momento não há registo significativo de cancelamentos” devido ao coronavírus. “Há cancelamentos, mas não são expressivos”, refere. Contudo, disse também: “O que há sim, é a partir de 21 de fevereiro um abrandamento de novas reservas, o que faz antever redução na procura”

O responsável desta entidade afirmou que têm estado em comunicação com a Direção-Geral da Saúde e a administração regional da Saúde para trabalhar com as empresas planos de contingência e poderem acompanhar a situação.

A maratona de Paris, prevista para 5 de abril e que conta com cerca de 60.000 inscritos, foi adiada para 18 de outubro devido ao surto de covid-19, anunciou hoje a organização da prova Amaury Sport Organization (ASO).

O percurso pela capital francesa, que tem pouco mais de 42 quilómetros e passa por lugares emblemáticos da cidade como os Campos Elísios, Praça da Bastilha, Catedral de Notre-Dame, Torre Eiffel e Bosque Vincennes, vai ocorrer apenas daqui a mais de seis meses em solo francês, onde se registam, até ao momentos, 423 infetados e sete vítimas mortais, face à epidemia.

Já a meia-maratona, que estava agendada para o domingo passado e que foi cancelada na véspera, vai realizar-se em 6 de setembro.

Agência Lusa

O número de infetados pelo novo coronavírus (Covid-19) em território brasileiro subiu hoje para oito, com o país a registar os seus primeiros casos de transmissão local do vírus, anunciou o Ministério da Saúde. Segundo anunciou o governo brasileiro em conferência de imprensa, seis dos pacientes infetados estão no Estado de São Paulo, um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo.

Até à manhã de hoje, o Ministério da Saúde tinha confirmado quatro casos de coronavírus no país, todos em São Paulo. Contudo, os números foram atualizados na tarde de hoje, revelando que o país sul-americano registou os primeiros casos de transmissão local do vírus dentro do Brasil.

Até agora, todos os anteriores casos tinham sido “importados”, porque os infetados tinham viajado para países considerados de risco pelo Brasil, como Itália, de acordo com o ministério.

Os dois novos pacientes paulistas tiveram contacto com a primeira pessoa doente no país: um homem com 61 anos, residente em São Paulo, que viajou sozinho em trabalho entre os dias 9 e 21 de fevereiro para a região da Lombardia, no norte de Itália, e cuja confirmação do vírus foi feita na passada quarta-feira.

Existe ainda um possível nono infetado pelo vírus, no Distrito Federal, mas o Ministério da Saúde aguarda os resultados de uma contra-análise.

Agência Lusa

Os principais índices dos EUA registaram uma forte queda esta quinta-feira. O S&P 500 caiu 3,4%, o Dow Jones 3,6% e o Nasdaq 3,1%, avança o Financial Times. De acordo com o mesmo meio, os certificados de tesouro registaram mínimos histórico.

Sobre estes resultados, Jonas Goltermann, economista da Capital Economics, afirma: “É improvável que as bolsas de valores vejam uma recuperação sustentada até à propagação da epidemia de coronavírus diminuir”, disse Jonas Goltermann.

Várias empresas de retalho a serviços financeiros afirmam que, devido ao coronavírus, têm tido significantes perdas nos negócios. Esta quinta-feira, grupos de empresas do setor da aviação referiram que podem enfrentar uma quebra nas receitas de mais de 100 mil milhões de dólares (cerca de 89 mil milhões de euros).

O Presidente da República afirmou esta quinta-feira que “tudo tem sido feito para que a resposta esteja à altura do desafio” apresentado pelo surto do novo coronavírus.

“Até agora, para os desafios que tivemos, houve uma capacidade de resposta bastante, suficiente e positiva”, afirmou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “vai ser muito positivo quando os portugueses começarem a ver que há casos de doentes que saem curados, sabendo nós que o vírus pode ter ou não recaída”.

Agência Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje importante “haver coesão da equipa e não propriamente modificações” durante a batalha contra o novo coronavírus, afirmando que até agora “houve uma capacidade de resposta bastante, suficiente e positiva”.

Numa conferência promovida pelo Público no âmbito dos 30 anos do jornal, em Lisboa, o chefe de Estado foi questionado sobre a nomeação feita pelo Governo de um novo conselho de administração para os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), entidade responsável pela Linha SNS 24, durante o surto do novo coronavírus.

“Eu não gosto de me pronunciar sobre questões de natureza administrativa”, começou por responder. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que “a equipa que está a enfrentar esta realidade e esta epidemia” o está a fazer “24 horas por dia”, “num desgaste muito grande”.

“É uma equipa que porventura vai sendo reforçada no tempo, mas que eu percebo que se tente ao máximo evitar que haja grandes modificações e grandes alterações quando se está a travar uma batalha ou um conjunto de batalhas continuas desta envergadura. É importante, o mais possível, haver a coesão da equipa e não propriamente modificações da equipa num momento que é um momento que ainda não sabemos quando terminará“, defendeu.

Agência Lusa

*Por Tânia Pereirinha

Quatro alunos da Escola Básica Roque Gameiro, que apresentaram sintomas, foram hospitalizados e testados para o novo coronavírus, disse ao Observador António Carlos Silva, o delegado de saúde da Amadora. “Quatro miúdos foram testados. O primeiro round foi todo negativo, falta a contraprova.”

Ao todo, são 150 os alunos em isolamento profilático, mais 8 professores e 4 funcionários, confirmou ao Observador o diretor da escola. Mas encerrar o estabelecimento continua fora de questão, garantiram ambos os responsáveis. “Não há ganho para ninguém, nem para os alunos, nem para os pais, nem para a escola”, justifica o delegado de saúde.

Entre os 150 alunos em quarentena há um que preocupa particularmente vários pais ouvidos pelo Observador, um rapaz, doente oncológico, que está neste momento a fazer tratamentos de quimioterapia e, por isso, imunodeprimido. “Esse caso é muito complicado, imagino o estado em que não estão esses pais…”

Até dia 13 de março, todos vão ficar em casa, acompanhados por um dos pais. Durante a reunião desta tarde, com a direção da escola e o delegado de saúde, foram informados dos cuidados a ter e de que todos serão contactados duas vezes por dia pelas autoridades de saúde.

Só não ficaram esclarecidos sobre de que forma vão ser compensados pelos dias que vão faltar ao trabalho. “Não nos souberam dizer, mas pelo que percebemos não vamos receber a 100% porque nós não estamos em isolamento, os nossos filhos é que estão. Disseram-nos que nos iam ligar a pedir os nossos dados, números de contribuinte e tudo isso, para depois tratarem disso. O mais certo é recebermos baixa de apoio à família”, disse a mãe de uma aluna do 7o ano.

Entre conversas, à porta da escola, os últimos pais vão conversando sobre os riscos e sobre se amanhã vão ou não trazer os filhos à escola, apesar de não lhes ter sido recomendada qualquer medida de isolamento.

No final, não há consenso. Diz um dos defensores do “não trazer as crianças”: Este é um dos concelhos mais populosos do país, esta escola é uma das maiores, senão a maior do concelho [tem 1050 alunos, precisa o diretor]. Isto é um potencial foco de infeção enorme. Não estou nada tranquilo”.

Kim Jong Un, o líder da Coreia do Norte, enviou esta quarta-feira uma nota ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, a expressar as suas condolências pela epidemia no país, como conta a Time. Na Coreia do Sul, há atualmente 6,088 pessoas infetadas e já houve 40 vítimas mortais. Na Coreia do Norte, as autoridades do país têm afirmado que não há casos.

Na nota, Kim Jong Un sublinhou “a sua inabalável amizade e confiança em relação ao Presidente Moon”, disseram responsáveis sul coreanos.

O CDS-PP pediu hoje ao primeiro-ministro para esclarecer se a linha SNS24 “passará a funcionar cabalmente” após a nomeação de uma nova administração para a entidade responsável pela Linha SNS 24.

Num requerimento enviado a António Costa, após ser conhecida a notícia da nomeação novo conselho de administração da entidade que gere a linha SNS24, os deputados Telmo Correia e Ana Rita Bessa colocam duas questões.

Está V. Exa. em condições de assegurar que com a mudança de responsável a Linha SNS24 passará a funcionar cabalmente? Considera V. Exa. que não podem ser mudados ‘generais a meio da batalha’, mas que podem ser demitidos ‘coronéis’?”, são as duas perguntas dirigidas a António Costa.

A referência aos coronéis tem que ver com o responsável da SNS24 agora afastado e aos generais com a frase proferida pelo primeiro-ministro na quarta-feira, no debate quinzenal no parlamento, ao rejeitar o afastamento da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas: “não se mudam generais a meio da batalha”.

Agência Lusa

O ministro da Economia considerou hoje ser “normal” as medidas anunciadas pela TAP para reduzir a sua operação e custos, sublinhando que se trata de uma atividade de gestão, tendo em conta os impactos provocados pelo novo coronavírus.

“No setor das viagens e do alojamento estamos a ter uma quebra muito grande de procura. E, portanto, se uma empresa de transporte aéreo de repente tem voos marcados em que tem muito poucos passageiros ou, se calhar, não tem passageiros, é normal que adote medidas para reduzir a sua atividade e custos, de tal maneira que não faça determinados investimentos que iriam exigir um esforço de tesouraria nesta altura”, afirmou Siza Vieira, que falava aos jornalistas, em Lisboa, à margem da apresentação do plano de ação para a transição digital.

Para o governante as medidas anunciadas pela comissão executiva da TAP fazem sentido e refletem a atividade de gestão da empresa.

É isso que é gerir uma empresa. É, nestas alturas, fazer planos de contingência e saber exatamente como gerir”, precisou o governante, sobre a resposta da comissão executivo da TAP ao impacto do novo coronavírus.

Os acionistas da TAP são públicos e privados, sendo que 50% está nas mãos da Parpública, sociedade que detém as participações do Estado, e 45% nas mãos do consórcio Atlantic Gateway, detido por Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, e pelo empresário David Neeleman. Os restantes 5% do capital estão nas mãos dos trabalhadores.

O também ministro de Estado e da Transição Digital sublinhou ainda que, apesar dos impactos do Covid-19, a atividade económica “continua funcional”, acrescentando que, à exceção dos setores do turismo e viagens, não estão a ser registados “impactos significativos”.

Agência Lusa