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  • E é tudo do FC Porto-Arouca. Trago-lhe a crónica do jogo não tarde, mas Liveblog fica hoje por aqui. Muito obrigado pela preferência e até mais! 

  • O resumo do jogo

    A culpa não é de Peseiro. Ou só dele.

    Não é tarefa fácil pegar numa equipa com a moral e o futebol em farrapos e pô-la a jogar (em menos de um mês) como se o Barcelona fosse. O FC Porto é melhor com ele do que com Lopetegui. Desde logo por não ser mais um futebol maçador o que se vê no Dragão, com posse de bola mas sem perigo, sem remates, e com a rendondinha a rolar onde nem cocegas faz ao adversário. Mas hoje tudo correu mal.

    A chuva miudinha no começo dava a entender que seria uma noite de futebol veloz. Só não deu a entender que o Arouca marcaria o 1-0 logo aos 10 segundos — sim, leu bem –, com Zequinha a ser desmarcado nas costas de Ángel e a cruzar para a área, para o golo de Walter. O FC Porto levou um murro no estômago. E demorou 15 minutos a fazer um remate sequer.

    Quando o fez, Bracali defendeu um cabeceamento de Aboubakar para canto, mas não defendeu a segunda investida do camaronês, precisamente no canto, assistido por Layún e a cabecear de cima para baixo para o empate. Assim se chegou ao intervalo, mas quem foi ao Dragão deu por bem empregue o dinheiro do bilhete, com remates numa baliza e noutra, o FC Porto a rendilhar mais o jogo, o Arouca a ser mais direto na hora de subir no relvado em direção à área contrária. Valeram as noites inspiradas de Bracali e Casillas, que seguraram o 1-1.

    No recomeço, e como a noite era fresca sem ser de enregelar, o futebol ficou no quentinho do balneário. O Arouca, satisfeito com o empate — e sabendo que em cinco jogos com FC Porto, perdeu os cinco –, defendeu em bloco. Defendeu bem, mas demasiadamente. O FC Porto, ao contrário da 1.ª parte, mantinha a troca de bola como antes, mas mostrou-se demasiadamente sereno para quem empatava em casa com o Arouca e simplesmente não rematava com perigo. Não rematou o FC Porto, rematou o Arouca.

    Talvez nem quisesse fazê-lo — mas as ofertas não são para se lhes torcer o nariz com esquisitices. Que disparate foi o de Maicon no 2-1! Hugo Basto, central do Arouca, colocou a bola, longa, no meio-campo defensivo do FC Porto, Walter González (o tal que fez o 1-o aos 10 segundos) saltou para disputar a bola com Martins Indi, ainda tocou de raspão na bola, mas este foi ter com Maicon. O problema é que Maicon quis controlar a bola, fintar Walter, sair a jogar. O problema (para o FC Porto, entenda-se) é que não conseguiu, Walter surripiou-lhe a bola e correu em direção à baliza de Casillas, procurou o poste esquerdo, colocou lá o remate com a canhota e, ao primeiro remate do Arouca no recomeço, fez o 2-1, bisando no jogo.

    É importante dizer que pouco antes, aos 62′, o árbitro Rui Costa anulou um golo ao FC Porto por fora-de-jogo de André André. Mas errou. André foi desmarcado na área por Brahimi, devolveu o passe ao argelino no meio e este desviou, sozinho, para o 2-1. Ambos, Brahimi e André André estavam em jogo — Velázquez esqueceu-se de avançar (por muitos metros) com os restantes defesas.

    Mas isso não explica tudo. Isso não explica que, desde o golo do Arouca, aos 67′, e até ao final, o FC Porto simplesmente não tenha criado uma ocasião de golo clara. Peseiro não é o culpado. É que hoje, mesmo quando mexeu, quando tentou tirar um “mastigador” Brahimi e colocar um vertical Varela, notaram-se na equipa os vícios de Lopetegui: demasiada passividade a defender, uma pasmaceira sem explicação a atacar — se é que atacavam. Uma coisa Peseiro tem ou terá: muito trabalho pela frente.

    E na sexta-feira há clássico na Luz, com o Benfica. 

  • O árbitro Rui Costa deu 6′ a mais, mais acabou por compensar (vá-se lá saber o porquê) a 2.ª parte em oito. Mas o jogo lá terminou e o FC Porto perdeu mesmo. 

    https://twitter.com/bola24pt/status/696441619944509440

  • O árbitro Rui Costa deu mais 6′ de tempo extra…

  • Foi pior a emenda do que o soneto. Layún cruzou para a área, desde a direita e rasteiro, Marega não desviou ao primeiro poste, Aboubakar também não o fez ao meio, e ao segundo não estava ninguém. E assim se perde mais uma ocasião de golo. E assim vai o FC Porto perdendo com o Arouca no Dragão.

  • Varela desmarcou Ángel nas costas do lateral-dereito Gegé. Aboubakar levantou-lhe a mão, na área, como que pedindo um passe. Ángel não tinha ninguém à sua frente. Mas não cruzou. Logo. Avançou para a área, e quando cruzou, não só não encontrou Aboubakar, como o seu passe foi diretinho às mãos de Bracali. O camaronês ficou furioso…

  • Não lhe narro uma ocasião de perigo, de um e outro lado, desde o golo do Arouca. E há uma razão boa para explicar isso: é que não as há, ocasiões. O FC Porto ataca mal e nervosamente; o Arouca nem isso. 

  • Lito Vidigal faz sair Mateus e entrar Jorginho. Não sabemos se Jorginho é bom ou não de bola, mas chegou a Arouca este Inverno vindo do Manchester City e é internacional Sub-19 por Portugal. Posição? Extremo. 

  • Última substituição de Peseiro: sai Brahimi e entra Marega. O argelino não gostou nada de sair…

    https://twitter.com/bola24pt/status/696436235389267969

  • Maicon sai mesmo e entre Rúben Neves para o seu lugar. Danilo vai recuar para central, ao lado de Martins Indi. 

  • Maicon está de cabeça no ar. Como se não bastasse a “assistência” que fez para o 2-1, agora queixa-se de uma lesão, sai pelo próprio pé para fora do relvado, mas tudo isto sem que a própria equipa se apercebesse e colocasse a bola fora. O estádio assobiou-o e Peseiro deu-lhe um autêntico berro para que voltasse lá para dentro. 

  • GOLO! 2-1 para o Arouca. Bisou Walter González

    Que disparate de Maicon! Hugo Basto, central do Arouca, colocou a bola, longa, no meio-campo defensivo do FC Porto, Walter González saltou para disputar a bola com Martins Indi, ainda tocou de raspão na bola, mas este foi ter com Maicon. O problema é que Maicon quis controlar a bola, fintar Walter, sair a jogar. O problema é que não conseguiu, Walter surripiou-lhe a bola e correu em direção à baliza de Casillas, procurou o poste esquerdo, colocou lá o remate com a canhota e, ao primeiro remate do Arouca no recomeço, fez o 2-1, bisando no jogo. 

  • No FC Porto, sai André André e entra Varela. 

  • Rui Costa anula um golo ao FC Porto por fora-de-jogo de André André. Mas errou. André foi desmarcado na área por Brahimi, devolveu o passe ao argelino no meio e este desviou, sozinho, para o 2-1. Ambos, Brahimi e André André estavam em jogo — Velázquez esqueceu-se de avançar (por muitos metros) com os restantes defesas. 

  • Varela e Marega estão a aquecer. Peseiro vê que é tempo de verticalizar o jogo. De dar-lhe velocidade nas alas — é que Brahimi procura demasiadas vezes o centro do relvado e Corona está para lá de Guadalajara, de tão distante que o jogo lhe tem sido. 

  • O que era bom, foi-se. Se a 1.ª parte foi digna de elogio, pela velocidade, pela futebol rendilhado mas com baliza em mira, o recomeço está a ser uma pasmaceira. Não há como dizê-lo de outra forma. O Arouca dá-se por feliz com o empate (mas veste o fato-macaco a defender) e o FC Porto não mostra pressa em chegar à vitória. 

  • Não é uma assistência que se veja todos os dias. Maicon, num corte pelos ares a meio-campo, conseguiu desmarcar Aboubakar nas costas do central Velázquez. O camaronês correu, correu, correu mais um pouco, mas quando, por fim, se lembrou de rematar, já lá estava o elástico Bracali para defender. 

  • Aí está o recomeço! 

  • O resumo da 1.ª parte

    As bancadas do Dragão estão (quase) às moscas. A noite é fria sem ser de enregelar. A chuva não é diluviana, mas é miudinha, daquela que incomoda — mas que também molha a relva e acelera os jogos. Esperar-se-ia um jogo rápido, portanto. E sem história por aí além: em cinco jogos entre FC Porto e Arouca, o FC Porto venceu os cinco.

    O que ninguém esperava é que, logo aos 10 segundos de jogo, depois de uma desmarcação de Zequinha nas costas de Ángel, este cruzasse para o primeiro golo do jogo, marcado por Walter. Nem o FC Porto o esperava, pois daí em diante demorou a acertar com os passes, com as desmarcações; era tudo um trouxe-mouxe.

    Só aos 15′ o conseguiu fazer. Bracali defendeu um cabeceamento de Aboubakar com a bola corrida, mas uns segundos depois não o segurou de bola parada, depois de um canto de Layún na esquerda.

    Até final, bola cá, bola lá, o FC Porto com mais posse do que o Arouca — na hora de atacar, Peseiro recuou Herrera para “6” e fez de Danilo um “8”, o que melhorou e muito a circulação dos azuis-e-brancos –, mas não fossem Casillas e Bracali imperiais entre os postes e o resultado ao intervalo não seria um empate como é.

    O Dragão não encheu, a noite é fria e chuvisca, mas quem foi ao estádio deu (até ver) por bem empregue o dinheiro que gastou no bilhete. 

  • E acabou a 1.ª parte! O árbitro Rui Costa deu mais um minuto para se jogar, cumpriu-se esse minuto e as equipas recolheram logo ao balneário — é que não só a noite está fria, como a 1.ª parte foi de suar as estopinhas; há que recuperar o fôlego. 

    https://twitter.com/bola24pt/status/696424092262600705

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