A ministra da Defesa dos Países Baixos anunciou hoje que em meados de julho entregará à Lituânia um sistema de mísseis Patriot, quando aumentam as alusões nos Estados bálticos a uma suposta intenção russa de atacar a região.

Kaisa Ollongren fez o anúncio durante uma viagem a Vílnius que este sistema de defensa aérea norte-americano vai ser transferido entre 06 e 23 de julho, segundo o portal noticioso báltico Delfi.

A governante dos Países Baixos revelou também a intenção de fornecer aviões de combate F-16 à Ucrânia durante o próximo outono, seguindo os passos de Estados como a Dinamarca, para procurar anular um dos principais défices das forças armadas ucranianas em relação aos invasores russos.

O site da candidatura de Ursula von der Leyen para um segundo mandato na presidência da Comissão Europeia foi alvo de um ciberataque, adiantou nesta terça-feira a alemã na rede social X.

A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) revelou numa publicação que o seu sítio da Internet de campanha – http://ursula2024.eu — foi atacado por “bots”.

“Os ciberataques não nos deterão. Defendo uma Europa forte que possa defender-se – não importa onde”, destacou ainda.

Diversos países europeus, incluindo Alemanha, Polónia e República Checa, afirmaram na semana passada terem sido alvo de ciberataques por parte de piratas informáticos russos apoiados por Moscovo.

A diplomacia norte-americana condenou na semana passada a recente campanha de ciberataques na Europa e atribuiu a sua origem à Rússia.

Moscovo considerou por sua vez infundadas as acusações do governo alemão de que o grupo de piratas informáticos russos, controlado por Moscovo, teria levado a cabo uma recente campanha de ciberataques na Alemanha.

As forças russas bombardearam esta terça-feira um território florestal em Yampil, na região de Donetsk, criando um incêndio naquela zona.

Segundo a Procuradoria Regional de Donetsk, “foi iniciada uma investigação pré-julgamento em processo penal” devido à “violação das leis e costumes de guerra”.

A investigação aponta ainda que “o Exército russo, provavelmente com artilharia, bombardeou o território da floresta Yampil”, causando o incêndio.

O vice-secretário-geral da NATO, Mircea Geoana, sublinhou esta terça-feira a importância da vizinhança meridional da organização, enquanto prepara a sua estratégia para reforçar as relações com países do Médio Oriente, norte de África e Sahel.

Geoana emitiu tais declarações num evento organizado em Bruxelas pelo centro de estudos German Marshall Fund para lançar o relatório de um grupo de especialistas independentes, encomendado em outubro passado pelo secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), Jens Stoltenberg, para servir de apoio às decisões da Aliança Atlântica sobre a sua vizinhança a sul.

“O que acontece na região afeta diretamente a segurança da região euro-atlântica”, afirmou Geoana, segundo um comunicado da NATO.

O estudo apresenta uma série de recomendações para definir a abordagem da NATO nas regiões referidas.

Embora publicado esta terça-feira, o relatório já tinha sido apresentado ao Conselho do Atlântico Norte, o mais alto órgão decisório da Aliança em março e discutido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros numa reunião em Bruxelas, em abril.

No comunicado, a Aliança indicou que Stoltenberg apresentou agora propostas concretas aos membros com o objetivo de acordar um pacote de medidas para reforçar a sua relação com os vizinhos do sul a tempo da cimeira dos líderes da NATO em Washington, em julho.

Os autores do relatório consideram que os desafios do flanco sul estão cada vez mais interligados com os do leste e que a segurança da Aliança Atlântica está estreitamente relacionada com a do Médio Oriente, do norte de África, do Sahel e mesmo do Golfo da Guiné.

Dois voluntários georgianos que lutavam pela Ucrânia morreram em combate em Avdiivka, partilhou a unidade Black Eagle.

“Como resultado das operações militares na direção de Avdiivka, os combatentes do destacamento Black Eagle, David Gogadze e Beso Lomidze, morreram”, escreveu a unidade em comunicado.

A Rússia considerou esta terça-feira a Freedom House, organização norte-americana sem fins lucrativos, como uma organização “indesejável”, partilhou o gabinete do procurador-geral.

Deste modo, a organização fica impedida de cooperar com entidades e pessoas russas.

Antonio Tajani, ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, afirmou esta terça-feira que Itália vai enviar para a Ucrânia, que estão destinadas a seres usadas apenas em território ucraniano.

Citado pela agência ANSA, o ministro afirmou que Itália não fornece “material que possa ser utilizado para além das fronteiras da Ucrânia”, garantindo que o seu país não está “em guerra com a Rússia”.

Questionado o envio de tropas da NATO para a Ucrânia, Tajani garantiu que Roma é “contra o envio de tropas para lutar contra os russos”.

As tropas russas atacaram esta terça-feira Nikopol, na região de Dnipropetrovsk, ferindo pelo menos seis pessoas, incluindo uma criança de seis anos e uma idosa de 91 anos.

Serhii Lysak, governador da região, partilhou no Telegram que foram utilizados 14 drones kamikaze e artilharia no ataque. Dez casas, três garagens e vários edifícios agrícolas ficaram danificados.

Os líderes de Espanha, Bélgica, Letónia e Finlândia confirmaram esta terça-feira que vão marcar presença na próxima cimeira de paz, que se vai realizar na Suíça a 15 e 16 de junho.

Edgars Rinkevics, Presidente letão, Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, Alexander Stubb, Presidente finlandês, e Alexander De Croo, primeiro-ministro belga, confirmaram as suas presenças em chamadas com Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano.

O ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca informou esta terça-feira que entregou um novo pacote de ajuda humanitária à Ucrânia, avaliado em 30,9 milhões de euros, que inclui alimentos, medicamentos, água e abrigo para a população ucraniana nas zonas mais fustigadas pela guerra.

Segundo Dan Jorgensen, ministro dinamarquês da cooperação para o desenvolvimento., “a situação humanitária na Ucrânia é extremamente grave”.

“Milhões de ucranianos foram deslocados, milhares de casas ficaram destruídas, hospitais foram bombardeados e necessidades básicas como água, aquecimento e eletricidade são recursos escassos para muitos ucranianos”, completa o ministério.

O governo ucraniano aprovou esta terça-feira um decreto de Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, relativo à criação de um ramo separado das Forças Armadas, dedicado aos drones.

A informação foi confirmada por Rustem Umerov, ministro da Defesa ucraniano, que disse que “este é um passo estratégico” para o país. No futuro, o ministério da Defesa vai “preparar e apresentar o projeto de lei relevante ao Conselho de Ministros”.

Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, afirmou esta terça-feira que a Europa precisa de gastar “muito dinheiro” para evitar que as potências mundiais “levantem a mão contra si”.

Tusk apelou aos países europeus para que adotem medidas conjuntas para aumentar os gastos com a defesa em pelo menos 100 mil milhões de euros, relata a Sky News.

“A Europa deve estar preparada nos próximos doze meses e durante os próximos cinco anos para uma situação em que nenhuma potência no mundo ousará levantar a mão contra ela. Muito dinheiro afastará a guerra das fronteiras da Europa durante muito tempo, talvez permanentemente”, afirmou o primeiro-ministro.

As autoridades russas avisaram hoje que os fornecimentos de armas ocidentais às Forças Armadas ucranianas “inundam o mercado negro”, admitindo consequências catastróficas para o continente europeu.

Segundo a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, o Governo da Ucrânia exporta as armas que recebe dos seus parceiros ocidentais para terceiros, apesar de os Estados Unidos e outros países terem tentado controlar a situação com comissões.

“Washington até tentou enviar uma comissão (…) para descobrir onde e como foi distribuída ajuda financeira e assistência de milhões de dólares sob a forma de armas”, disse Zakharova, que acusa o regime de Kiev de distribuir armas para várias partes do mundo.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, viaja esta terça-feira para a Rússia, onde vai encontrar-se com o seu homólogo, Vladimir Putin, disse fonte governamental. De acordo com a fonte, a visita realiza-se no âmbito das celebrações do Dia da Vitoria, a 09 de maio, na capital russa. No encontro com Vladimir Putin, serão discutidos vários assuntos, nomeadamente a cooperação Rússia/Guiné-Bissau no domínio de exploração mineira e de hidrocarbonetos, disse a fonte.

O Presidente guineense esteve o ano passado na Rússia, por altura da segunda Cimeira Rússia/África, e realizou uma visita oficial ao país em 2022.

Citado pela agência russa Tass, Yury Ushakov, assessor do Presidente russo, disse esta terça-feira que os dois líderes se conhecem bem e que, durante as conversações, deverão ser “abordadas questões relacionadas com a crescente cooperação bilateral, essencialmente nas áreas comerciais e económicas”.

O Presidente chinês Xi Jinping pediu hoje ao homólogo francês Emmanuel Macron para que a guerra na Ucrânia não seja utilizada para manchar a imagem de Pequim, considerando que tem desempenhado um “papel positivo” nas negociações de paz.

“Opomo-nos à utilização da crise ucraniana para culpar outros, difamar um terceiro país e desencadear uma nova Guerra Fria”, frisou o líder chinês durante uma conferência de imprensa a partir de Paris, onde se encontra em visita oficial.

Xi Jinping apontou ainda a Macron que a China e a União Europeia “devem continuar a ser parceiras, continuar o diálogo e a cooperação”, bem como “aprofundar a comunicação estratégica” e “fortalecer a confiança mútua”.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que assistir à tomada de posse do Presidente russo, Vladimir Putin, hoje, em Moscovo, seria uma “contradição” para a União Europeia.

Borrell argumenta a decisão de não assistir à cerimónia na capital russa por considerar que as eleições presidenciais na Rússia não foram “nem livres nem justas”.

No entanto, a União Europeia (UE) não tem uma posição unânime sobre a questão, uma vez que a França e a Hungria vão enviar embaixadores à Rússia e a Eslováquia vai destacar o encarregado de negócios.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês) afirmou hoje que as informações que recebeu sobre a alegada utilização de armas químicas na Ucrânia são “insuficientemente fundamentadas”.

Os Estados Unidos acusaram na semana passada a Rússia de ter utilizado uma “arma química”, a cloropicrina, contra as tropas ucranianas.

A missão da organização, com sede em Haia e fundada em 1997, é aplicar as disposições da Convenção sobre Armas Químicas, a fim de concretizar “a visão de um mundo em que já não existam armas químicas nem ameaças de utilização e em que a química seja utilizada ao serviço da paz, do progresso e da prosperidade”.

A França considerou hoje que a convocação pela diplomacia russa do seu embaixador em Moscovo, na segunda-feira, teve objetivos de intimidação.

“A França constata que os canais diplomáticos estão mais uma vez a ser sequestrados para fins de manipulação de informação e de intimidação”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da França.

A Rússia convocou na segunda-feira o embaixador francês para denunciar a política “provocatória” de Paris em relação ao conflito na Ucrânia, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter insistido sobre a possibilidade de enviar para tropas ocidentais para a frente de batalha.